O Sporting foi aos Açores conquistar três pontos de forma competente e ocupou a terceira posição na tabela classificativa antes de arrancar para a fase decisiva da época

sta clara

Depois da derrota com o LASK, na Áustria, o Sporting tinha obrigação de vencer o Santa Clara, até pelo facto de Silas ter deixado bem claro que as poupanças na Liga Europa tinham como objectivo ter a equipa fresca nos Açores. E se o plano era esse, resultou na perfeição.

Linhas subidas desde o apito inicial, reacção pronta às perdas de bola, uma clara vontade de empurrar o adversário para trás. Acuña e Ristovski mostravam vontade de subir, procurando aproveitar o povoamento da zona central por parte dos insulares, numa tarefa em que eram bem auxiliados por Vietto e, a espaços, por Bruno Fernandes. E foi precisamente a partir de cruzamentos que o Sporting esteve perto de marcar por quatro vezes, três delas por Luiz Phellype, duas delas em perdidas escandalosas.

Mas tantas vezes o cântaro vai à fonte que um dia a asa lá fica e o avançado brasileiro acabou mesmo por marcar, a passe de Vietto, quando faltavam cinco minutos para o intervalo. Vantagem mais do que justa, face a um adversário que apostava tudo em transições rápidas e em algum erro por parte da defensiva leonina (como esteve quase a acontecer com Coates).

E precisamente porque nunca se sabe quando o Sporting vai cometer suicídio, foi importantíssimo começar a segunda parte como se fechou a primeira: com um golo. Outra vez Phellype, agora a passe de Ristovsky, agora com o pé em vez de ser com a cabeça.

Estavam decorridos 47 minutos e o Santa Clara ficou de cabeça perdida. Tanto, que até com a parte de trás da cabeça Bolasie marcou, na sequência de um canto batido por Bruno Fernandes. E, cinco minutos depois, os papéis inverteram-se: Bolasie foi derrubado na área e Bruno Fernandes bateu o penalti para o 0-4.

Vietto ainda podia ter assinado a mão cheia, mas até final o momento mais importante foi o regresso de Battaglia à competição, numa altura em que o Sporting levantava o pé do acelerador e baixava a pressão, gerindo um jogo que ganhou com competência e autoridade e que o coloca no terceiro lugar antes de iniciar um ciclo de jogos que incluem as recepções a fcPorto e benfica.

Ficha de jogo
Santa Clara-Sporting, 0-4
14.ª jornada da Primeira Liga
Estádio de São Miguel, em Ponta Delgada, nos Açores
Árbitro: Manuel Mota (AF Braga)

Santa Clara: Marco, Patrick, João Afonso, Fábio Cardoso, Zaidu Sanussi, Lucas Marques (Zé Manuel, 57’), Osama Rashid, Lincoln (Bruno Lamas, 57’), Ukra, Thiago Santana (Schettine, 64’), Carlos Junior
Suplentes não utilizados: André Ferreira, Dennis Piñeda, César Martins, Francisco Ramos
Treinador: João Henriques

Sporting: Luís Maximiano, Ristovski, Coates, Mathieu, Acuña, Doumbia (Battaglia, 64’), Wendel (Eduardo, 77’), Bruno Fernandes, Bolasie, Luiz Phellype (Jesé, 71’), Vietto
Suplentes não utilizados: Renan, Rafael Camacho, Rosier, Borja
Treinador: Silas

Golos: Luiz Phellype (40’, 47’), Bolasie (54’), Bruno Fernandes (gp, 60’)
Ação disciplinar: cartão amarelo a Zaidu (22’), a Coates (66’)

stats sta clara