Luís Magalhães utilizou a palavra “triste”, mas, no fundo, ele está é lixado porque a direcção não lhe dá abertura para inscrever um novo estrangeiro a que tem direito e que, segundo a ideia do treinador da nossa equipa de basquetebol, seria fundamental para atacar a fase decisiva da época em pé de igualdade com os mais directos competidores.

Ora, Luís é tudo menos maluco, por isso acredito que não ter conseguido conter a irritação/frustração em frente às câmaras da Sporting tv significa que este é um tema que não tem sido fácil gerir internamente. Isso não significa que ele tenha escolhido a via correcta para desabafar e tentar aumentar a pressão sobre a direcção, no sentido de conseguir o que pede.

Numa altura em que o clube vive em total convulsão, o desabafo do Luís só serve para fazer alastrar as brasas e para aumentar a clivagem entre os adeptos, ainda para mais sendo feita com muito menos elegância do que a utilizada por Thierry Anti, que ironizou algumas vezes pelo facto de estar a ser demorada a contratação do canhoto que ele considerava essencial para equilibrar o plantel.

Se qualquer um deles está no seu pleno direito de manifestar desconforto se lhes cobram determinados objectivos e não lhes dão a matéria prima esperada/acordada, a forma como devem fazê-lo está longe de ser a que escolheram. Mesmo que sintamos que esses desabafos estão longe de os tornar nuns cabrões e representam, antes, um sinal de que não se contentam com outros resultados que não sejam as vitórias.