Neste fim de semana esperavam-se outros resultados de ambas as equipas. Se os rapazes, depois de uma excelente vitória nas competições europeias, acabaram por ganhar num jogo sofrido com o Castelo da Maia GC, as meninas não conseguiram vencer o AVC Famalicão.

Seniores Masculinos
A meio da semana passada fomos vencer, brilhantemente, o Kladno da República Checha por 3-0. Esta vitória permitiu-nos uma margem de confiança boa para a segunda mão que se disputa dia 11 de fevereiro. Grande jogatana dos nossos centrais a fazerem cerca de 40% dos pontos da equipa. Destaque para o Athos Costa com 14 (!!) pontos e o Andre Brown com 9 pontos. A MaDost deve ter ficado contente com esta grande exibição do Andre. Quando os centrais têm este protagonismo no ataque, há fatores diretos a suportar este sucesso: uma boa distribuição (ou seja, o Miguel Maia voltou a espalhar magia), uma boa recepção (confirmada com o jogaço do Gil Meireles com uma percentagem de receção próxima dos 80% de sucesso) e estratégia (Gersinho conhecia bem a equipa adversária e preparou-nos desta forma).

A equipa do Kladno serviu por 67 vezes, em que 10 foram erros de serviço, ficando com 57 serviços efetivos. Destes, metade foram para cima do Thiago. Estranha lógica por parte da equipa checa, mas neste post serve para evidenciar o nosso jogador. De destacar, portanto, o Thiago Sens pela força psicológica que teve e qualidade que aporta ao jogo.

No sábado vencemos o Castelo da Maia GC num jogo muito complicado. Se os adversários estiverem num dia mais positivo e nós com rotação de equipa, está visto o filme. Em termos práticos interessa pouco este ponto perdido porque a nossa posição para o playoff está praticamente fechada. Imagino que o mister Gersinho esteja agora focado em que os atletas mais utilizados cheguem em ótimas condições à ambicionada final. Esta gestão deve garantir, também, o esforço para chegar à final da taça de Portugal e competições europeias.

Seniores Femininas
Saímos da taça de Portugal com uma derrota num jogo que podia ter caído para nós. Não caiu. Valeu pelo agradável jogo de voleibol que, em certos momentos, parecia um duelo de distribuidoras. De um lado, o nosso, a Ana Couto e do outro a Vanessa Rodrigues. Entrámos bem no jogo, com uma estratégia bem montada no serviço. Forçar a zona 1 do AVC Famalicão para que a distribuidora Vanessa Rodrigues tivesse mais dificuldade em construir jogo.

Perdemos um pouco o centro nos dois sets seguintes, muito por custa da recepção e alguma dificuldade em fechar os pontos. Tivemos num registo mais eficaz no 4º set, vencendo facilmente. No decisivo set, não conseguimos aguentar, talvez, uma maior experiência do vice-campeão nacional. Não esperava esta derrota pela sequência de jogo que vínhamos fazendo, mesmo sabendo do poder das adversárias.

A taça era assim tão importante? Há um vídeo no Youtube onde está um pai e o filho a conversarem e o rapazito pergunta: “Pai, o que é mais importante, a Champions ou a Liga Europa?”. O pai responde: “Depende”. Depois de algum silêncio, o filho insiste: “Depende de quê?”. Depois o filme termina e já não temos a resposta, mas muito fácil de responder. Depende de qual competição está a nossa equipa.

É mais importante a taça ou o campeonato? Depende de qual competição temos mais hipóteses de fazer uma boa performance. A resposta, agora, é campeonato.

Dia 9 jogamos contra o Leixões SC em nossa casa e tenho receio de como esta derrota possa ter abalado. Estamos muito bem neste ano de 2020, por isso foi um insucesso que quebrou uma dinâmica vencedora. Quem é de assumir que assuma. Quem é de motivar que motive. Quem gosta de ganhar que se exponha. Pela amostra de arbitragem que houve no último jogo, já deu para perceber que não há interesse nenhum que o Sporting chegue longe em competição alguma. O poder está concentrado em 3 ou 4 equipas e nenhuma veste verde.

Relembro que nunca será falta se recebermos excelentemente, passarmos excelentemente e pusermos a bola direitinha no chão. Certo é que vamos chegar ao top 4. Está-me a parecer que a luta está entre nós e o Clube K. Veremos como acaba.

*às terças, o Adrien S. puxa a bola bem alto e prega-lhe uma sapatada para ponto directo (ou, se preferires, é a crónica semanal sobre o nosso Voleibol) – esta semana o homem emocionou-se tanto que bateu a bola antes do tempo!