Há pessoal a rir-se do facto do Renato Sanches andar a treinar com uma camisola da Juventus, achando normal o facto dos jogadores do Sporting terem regressado aos treinos como quem vai para uma peladinha com os amigos. Aliás, nas peladinhas que eu faço com os meus amigos há, garantidamente, mais equipamentos com o símbolo do Sporting.

Ora, isto não me parece uma questão menor. É, no fundo, um pormenor que mostrar a forma amadora como o Sporting é gerido, nomeadamente no que toca à imagem que passa para o exterior e à forma como é pensada a promoção da marca SCP.

Recuemos. O Sporting interrompeu os trabalhos por causa da pandemia. Os jogadores, treinadores, staff, tudo para casa. Criou-se um plano de treinos para manter minimamente a forma, criou-se uma tabela nutricional para ser seguida em termos alimentares, marcaram-se sessões zoom para manter o contacto. E, mesmo que pouco, pensou-se em fazer alguma coisa nas redes sociais, como por exemplo entregar o instagram do clube a um atleta por dia.

Ora, precisamente nessas sessões personalizadas, os nossos atletas pareciam, na sua maioria, com equipamentos de treino. Além disso, nos vários directos que faziam por iniciativa própria, surgiam equipados ou com roupa alusiva ao Sporting. Óptimo.

Acontece que, ontem, a equipa profissional de futebol regressa aos treinos e… os jogadores, na sua maioria, aparecem equipados como quem vai para uma peladinha com os amigos.

O que já de si era lamentável, passou para o campo do ridículo quando as nossas redes sociais editaram as fotos para apagar os símbolos de marcas que competem no mercado com o nosso parceiro, a Macron. E percebeu-se o quão patéticos chegamos a ser em termos comunicacionais quando, esta manhã, o Record faz capa com as fotos que nós tínhamos editado… sem estarem editadas. Ou seja, alguém fez o favor de enviar as imagens e enviou as originais.

Com o Doutor a tirar fotos em fatos pandémicos, o Zenha a inventar desculpas para a incompetência e os outros três bonecos que compõem a equipa que pensa a comunicação e a imagem do clube, fomos brindados com mais este exercício de amadorismo, de impreparação e, pior, de um total desleixo.

Não houve uma, repito, uma alminha que se tivesse lembrado de informar os jogadores que, no regresso, teriam que vir equipados de casa… mas à Sporting. E que, depois de se perceber que aquilo até correu bem nas redes sociais porque calhou alguns terem feito a trouxa com a roupa certa, tivesse criado uma lista dos atletas que não tinham equipamento consigo, fazendo-lhes chegar o mesmo a tempo do primeiro treino.

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