Em Portugal, gerou-se o mito de que o Benfica é o “Clube do povo”, alimentado pela narrativa jornalística em que a maioria da massa adepta do Benfica era oriunda das camadas trabalhadoras [narrativa curiosamente tolerada pela censura salazarista, a quem dava jeito a “emblematização” oficiosa dos chamados 3 Fs: Fátima (e a entronização dos 3 Pastorinhos), Fado (e a entronização de Amália) e Futebol (e a entronização de Eusébio). Todavia, a 1ª narrativa de popularização do fenómeno futebol excluía o Clube das águias e centrava o fenómeno da popularidade no Sporting dos 5 Violinos e na rivalidade Sporting vs Porto [vide o filme “o Leão da Estrela” de 1947, realizado por Arthur Duarte e como os protagonistas do Sporting (representados por António Silva e Artur Agostinho) estavam ligados a uma classe média baixa trabalhadora e os o do Porto a uma “aristocracia” empresarial, mas a que os leões pareciam aspirar].

A lenda do Benfica o clube popular, só aparece nos anos 60 por força das vitórias nos Campeões Europeus e do 3º lugar no Mundial de 66 (pináculo da entronização no 3º F – deixou de haver o Eusébio e nascia o “Pantera Negra”; a popularização do Deus negro convinha ao Regime numa altura em que perdera os “Estados da Índia” e vira declarada guerras de independência em 4 das suas colónias). Esse mito foi prolongado e amplificado (à direita) pela propaganda do regime e (à esquerda) pela predominância largamente benfiquista entre os jornalistas d’A Bola (Homero Serpa, Vitor Santos, Carlos Pinhão, Alfredo Farinha). Já neste século, o mito perpassa na propaganda do Clube (amplificada na CS, agora quase toda afecta aos encarnados) de que “estudos demonstravam que o benfica era o Clube com mais adeptos” (6 Milhões segundo esses “estudos” que jamais alguém viu). Entretanto as campanhas promocionais para as venda de bilhetes de época na lixeira de carnide já falam em 14 Milhões. Ridículo? Sim! Mas o mito ficou criado: “o Benfica é o Clube do Povo!” (Embora hoje também se grite com muito mais propriedade que “O Benfica é o Clube do Polvo!”).

Acho insuspeito que o carnide seja o Clube com mais adeptos. Mas qualquer dos grandes Clubes portugueses possui uma composição social eminentemente “popular”. O que não chega para os definir como Clubes igualmente Populares no sentido que quero interpretar neste artigo. As matrizes “ideológicas” e a “eco-sustentação” da Popularidade dos 3 clubes são diversas.

Diria que a “matriz popular” do fifica é mais Popularucha, mais pimba, dos orgulhosamente “pobrezinhos e analfabetos mas honestos” (esta última condição é muito pouco aplicável, desde os tempos do Calabote – 1959); a função do “povo” é estar presente e apoiar os “seus pares” que estão predestinados a os dirigir [mesmo que não sejam NADA seus “pares” como foi o caso de 2 dos melhores presidentes da sua História: Borges Coutinho (Marquês da Praia) e Ferreira Queimado (grande industrial corticeiro e do turismo)]. “Quem não é benfica, não é bom chefe de família” era o Slogan … mesmo que o “bom chefe” descontasse na família as derrotas do seu fifica.

Já a matriz popular do Porto é mais Populista, servindo-se da demagógica dicotomia Norte-Sul para alargar a sua base de apoio para lá do Porto-cidade, estendendo-a a uma forte implantação nas terras a Norte do Douro e, mais tarde, conseguindo penetrar, mais a Sul, em terrenos que lhe são menos afectos, mas onde conheceu influência crescente até o início do século XXI, fruto do seu sucesso desportivo internacional.

Quanto ao Sporting, é um clube popular de natureza normalmente autofágica. Tendo uma forte implantação numérica e a maior implantação geográfica orgânica, parece gostar de prescindir dessas enormes vantagens para ostentar uma espécie de falso pedigree (que bastaria para tornar o Sporting diferente e melhor que os outros). Sucedem-se, ao longo destas últimas 5 décadas, os dirigentes leoninos que reclamam como matriz “identitária” do Clube o elitismo e a “elegância”, (desde Cazal Ribeiro e Amando Aguillar a José Maria Ricciardi, passando por Abraão Sorin, Manuel Brito Vinhas, Abr. Mendes, J. Roquete, Menezes Rodrigues, Silv. Marques, Júlio Rendeiro, Ricciardi, D. da Cunha, D. Ferreira, Soares Franco, Nobre Guedes, J. Eduardo Bettencourt, Paulo Andrade e outros mais boçais mas com o mesmo pedantismo como o Sousa Cintra do século XXI, Santana Lopes, Godinho Lopes, os Carlos Barbosa, Torres Pereira, Marta Soares, Frederico Varandas e os vários Espadinhas e Paulos Futres desta sociedadezinha de “Quinta das Celebridades”). O “povo” do Sporting tende muitas vezes a sentir-se aliciado pela identificação a esse “pedigree”, até para não ser “confundido” com o “povinho” benfiquista.

Mas o Sporting não foi sempre assim: também viveu momentos em que os dirigentes sustentavam os seus projectos e a sua acção na matriz Popular do Clube. Reforçando o associativismo de base, procurando o ecletismo, incentivando a expansão da implantação orgânica. Curiosamente foi nesses períodos que, por crescer mais, o Sporting teve maior sucesso:

OLIVEIRA DUARTE (1932-42: 8 Campeonatos de Lisboa; 3 campeonatos de Portugal, um Campeonato Naciona, uma Taça de Portugal, vários títulos na Ginástica, Andebol, Hóquei em Patins e Ténis de Mesa; realizou o I Congresso Leonino com participação de todas as Delegações e Filiais e iniciou a construção do Estádio José de Alvalade com a aquisição de terreno e a 1ª maqueta do projecto; 1º grande crescimento de número de associados);

JOÃO ROCHA (1973-82: 3 Campeonatos, 3 Taças e 1 Supertaça no futebol; 12000 títulos nacionais em 22 Modalidades e 12 títulos europeus em Corta-Mato e no Hóquéi em Patins; mais de 15.000 atletas; iniciou com 40.000 associados e deixou o Clube com mais de 130.000 sócios; fez obras como o fecho das bancadas do Estádio, aproveitamento das Naves, novas torres de iluminação do estádio, Salas do Bingo e a sala de convívio Joaquim Agostinho; entre 1981 e 1985 realizou 4 Congressos Leoninos; na Revisão Estatutária de 1984 foram criados os Núcleos e 3 categorias de sócios).

SOUSA CINTRA (1989-1995: com um estilo presidencial popularucho, recuperou o Clube de uma enorme crise financeira e desportiva; no Futebol, construíu um das melhores equipas da nossa história e atingiu as meias finais da Taça UEFA; nas Modalidades o Sporting foi novamente hexa-campeão europeu de Corta-Mato e reconquistou uma Taça das Taças de Hóquei em Patins; estancou a sangria de associados que vinha da direcção de Amado de Freitas e da segunda parte da Direcção de Jorge Gonçalves; dinamizou o surgimento de vários Núcleos)

BRUNO DE CARVALHO (2013-2018: concretizou a larga maioria das medidas que o elegeram – instituíu a Gala Honoris Sporting; fundou a Sporting TV; combateu a opacidade dos Fundos de Transação de Jogadores; apresentou o Livro Branco com um conjunto de medidas para a regeneração, credibilização e modernização do Futebol Português; organizou 3 Congressos Internacionais “The Future of Footbal” e 3 Jornadas Internacionais de Medicina Desportiva”; denunciou o caso do Vouchers; pugnou pela Verdade Desportiva; realizou o maior contracto de venda de direitos de transmissão televisiva; realizou 4 das 5 melhores vendas de activos até então operadas no futebol do Sporting; determinou que a totalidade das receitas provenientes das quotas dos associados passasse a ficar adstrita às contas do Clube e não da SAD, aumentando significativamente os orçamentos das Modalidades; passou de 34 Modalidades moribundas para 55 Modalidades pujantes; construiu, com a participação dos sócios e adeptos, o Pavilhão João Rocha; o clube conquistou milhares de títulos em várias Modalidades e escalões; com 14 Modalidades de Desporto Adaptado e Paralímpico, o Sporting é o Clube mais inclusivo do Mundo; conquistou 7 títulos europeus e participu em 2 finais; é o Clube mais Ecléctico do Mundo com títulos continentais em 7 diferentes Modalidades; iniciou o consulado com cerca de 80.000 associados e deixou o Clube com mais de 180.000 sócios; em 2 épocas consecutivas a média de assistências no José Alvalade na Liga NOS ultrapassou os 40.000 espectadores.

Ora, são estes indicadores (conquistas, obra, património, dinâmica associativa, grandeza, expansão geográfica) que ajudam a aferir a Popularidade eco-sustentável de uma Instituição.
Quando um Clube Desportivo atinge forte Popularização com base nesses indicadores, ganha as condições para sustentar com durabilidade o seu sucesso desportivo e financeiro. Não são as únicas condições, mas sem conseguir gerar estas, nem vale a pena falar de outras.

É nisto que eu sustento o meu OPTIMISMO LEONINO. O Sporting tem as condições potenciais ideais para recriar a sua popularização:

1º – O Sporting tem uma massa adepta enorme, nacionalmente implantada, e de inquestionável fifelidade. Quando nestes dias muito se falou da fidefidade dos sócios mais antigos, talvez seja bom também colocarmos na mesa a fidelidade daqueles que nem são sócios. Passados 38 anos com a conquista de apenas 2 títulos no Desporto que é o Núcleo da paixão do Clube, é impressionate perceber que este não perdeu a capacidade de cativar e apaixonar os seus adeptos. Fazer com que um número sempre crescente desses adeptos sinta como imperativo passar a pertencer ao Clube enquanto sócio e ter, assim, uma ainda maior participação nos trilhos de sucesso que para ele almeja, é tarefa prioritária para que os dirigentes do Clube consigam a sua Poularização. Isso só se obtem com projectos claros, com objectivos ambiciosos mas realistas e bem calendarizados, falando claro, exemplificando a cultura de exigência e de transparência, fazendo regulares balanços do cumprimento de promessas e objectivos, destacando os Valores, a História e a Cultura do Clube.

2º – O Sporting tem uma dimensão e expansão orgânica que talvez não exista em qualquer outro Clube do Mundo. Quem se propuser a (re)Popularizar deve saber proporcionar aos mais de 300 Núcleos, Filiais e Delegações do Universo Sporting condições para uma maior participação na Vida associativa do clube e deve trabalhar em conjunto com eles para que essa actividade e participação se traduzam numa muito maior eficiência operacional mútua. O Clube tem muito a ganhar com Núcleos mais activos e mais conectados; os Núcleos têm muito a ganhar com o incremento de modelos de apoio ao Clube. Para isso há que demonstrar muito maior respeito pela actividade desses Núcleos, Filiais e Delegações. Desde logo, disponibilizando meios para uma maior participação na vida associativa do SCP. A implementação do Voto Electrónico à distância mas presencial nas sedes dos Núcleos e com todas as garantias de acesso atempado à informação e ao debate dos assuntos a deliberar e de credibilidade, fiabilidade, certificação e verificação independentes, seria à partida um óptmo “argumento” para uma cooperação mais permanente, mais eficiente e mútuamente proveitosa e para um crescimento exponencial do número de associados nos meios mais afastados do centro nevrálgico do universo Leonino. O incentivo à organização regular dos Núcleos em redes de proximidade, para usufruto de packs colectivos de descontos para jogos nas nossas casas (os 2 Estádios e os 2 Pavilhões, incluindo visitas ao Museu), com aproveitamento de transportes colectivos comuns poderá ser outra forma de incrementar a actividade dos Núcleos e ajudar a crescer o Clube, além de promover um maior conhecimento entre grupos de associados. A utilização COMO NORMA de apoio logístico dos Núcleos nas deslocações das nossas equipas (em todas as Modalidades e Todos os Escalões) por via de uma maior iniciativa proactiva do Clube, também reforçará e muito o sentimento de pertença e a atractividade dos Núcleos para os sportinguistas da sua área de infuência; servirá também para um maior contacto entre atletas (de todas as idades, dos dois géneros e de qualquer condição – o desporto Adaptado não deve ser esquecido) e os adeptos em todo o País, incrementando o Orgulho dos útimos e reforçando a Cultura Leonina dos primeiros; além disso, poderá ser uma boa forma de optimização de recursos para procura baixar custos de deslocações. Os sócios dos Núcleos sentirem-se úteis ao Clube é o melhor incentivo que podem receber.

3º – O Sporting tem a seu favor o seu enorme Ecletismo. Ele tem, no entanto, de ser muito mais aproveitado como recurso de crescimento do Clube e da sua Popularização. O Universo Leonino tem de estar permanentemente actualizado sobre toda a actividade e todos os resultados do clube em todas as Modalidades e Escalões. Essa é uma obrigação das secções de TODAS as Modalidades. As secções teriam de informar atempadamente os responsáveis da direcção para os Núcleos e para a Comunicação Interna (sócios) sobre a sua actividade (programa de jogos do mês, com locais e horários) e os seus resultados (ficha resumida dos jogos ou das provas). Esses responsáveis Directivos teriam a seu cargo a coordenação da difusão imediata dessa informação aos Núcleos, Filiais, Delegações e Sócios (via e-mail); aos Núcleos, Filiais e Delegações competiria divulgar os resultados nas suas áreas de implantação. Dessa forma PUBLICITA-SE A NOSSA FORÇA. Com a Verdade dos Factos e não com a cartilha das manipulações. Há que expandir o orgulho nos feitos de TODOS os nossos atletas e de TODAS as nossas equipas. Esse também é um enorme elemento de Popularização do Clube.

4º – O Sporting tem uma enorme Cultura de Inclusão e de Solidariedade Social. Este é outro ponto que deve ser visto como um recurso e ser devidamente optimizado. Não é, por exemplo, concebível que 2 decisões da Super European Goalball League Masculina (SEGL) e uma da SEGL Feminina tenham acontecido em Lisboa (e a nosso favor) e o responsável pelo Desporto Adaptado e Paralímpico do Sporting, a Fundação Sporting e mesmo o Grupo Stromp não tenham trabalhado em conjunto com a Câmara de Lisboa, a Federação Portuguesa de Desporto para Pessoas com Deficiência e a Associação Nacional de Cegos e Amblíopes para a promoção conjunta e pedagógica do evento (desde logo dentro do próprio Clube mas também com a população de proximidade do Pavilhão onde se realizaram os eventos, através das juntas de Freguesia, das Escolas, dos Centros de Dia, etc); não sópara divulgar um acontecimento Desportivo Internacional, mas sobretudo como oportunidade para a população de aprendizado prático sobre Inclusão. Dei este exemplo como poderia dar outros: a maior proximidade dos nossos atletas de Desporto Adaptado ao universo associativo leonino; o convite, incentivo e mesmo desafio à maior participação de associados em iniciativas da Fundação Sporting em regime de voluntariado conjuntamente com atletas. E, sim, dar visibilidade e propaganda a todas essas iniciiativas. Não porque queiramos directamente extrair “benefícios próprios” das mesmas, mas porque a cultura de solidariedade e de inclusão deve ser difundida como parte do nosso ADN. O que daí advenha de benéfico para o clube não é oportunismo mas sim reconhecimento. Outro bom exemplo da função social do Clube era o Programa Núcleo Duro, na Sporting TV: a promoção que fazia das actividades dos Núcleos e de vários aspectos dos meios em que estes se inserem, contribuiram bastante para a autoestima das populações, particularmente em meios mais pequenos, que extravasavam completamente o universo clubista. O programa sobre o Núcleo SCP da Ilha de Santa Maria, por exemplo, foi bastante elogiado por marienses, até da diáspora, que são adeptos dos rivais. As entidades oficiais, especialmente as Câmaras Municipais, também passam a atender com outra deferência as justas pretensões dos Núcleos.

5º – O Sporting tem uma História de que se deve orgulhar e que deveria orgulhar todos os Portugueses. Não podemos, por isso permitir, os reincidentes desrespeitos e atropelos a essa História por via do desvirtuamento da sua Verdade e, pelo contrário, deveremos pugnar pela reposição dessa Verdade e pelo devido reconhecimento dos factos da Nosa História com relevo internacional. Mas devemos, sobretudo, adoptar uma política comunicacional e editorial que promova a difusão de vários momentos da Nossa História, sob formatos e conteúdos epecificamente dirigidos a diferentes alvos geracionais, culturais e sociais (BD; o Jubas conta histórias, livros, fascículos do Jornal Sporting, artigos regulares no Site Sporting em secção específica; Séries de Depoimentos e Entrevistas, Programas na Sporting TV; conteúdos em Youtube como se fez com os 22 campeonatos ou os feitos do Peyroteu, etc) . E, mais uma vez, usar os Núcleos, Filiais e Delegações para apoiar essa difusão, mesmo combinando sessões de “tertúlia e convívio” com convidados emblemáticos que possam contar partes dessa História.

6º – O Sporting tem um Histórico de Cultura Desportiva que ultrapassa largamente os aspectos competitivos. A Formação, o Desporto para Todos, o Desporto Inclusivo, a prática Desportiva como Educação Física e promoção de hábitos saudáveis de vida devem tamnbém ser bandeiras para a nossa Popularização. Lembro o enorme incremento que no consulado de João Rocha se deu à aprendizagem e à prática não competitiva de actividade física como a Natação e a Ginástica. Isso “rendeu” ao Clube milhares de atletas e de sócios seus familiares. Nos dias de hoje essa bandeira deve ser agitada também como prática de combate à obesidade, a doenças cardio vasculares, à diabetes e outras doenças crónicas e de promoção da mobilidade, do convívio social e de hábitos de vida salutares: em suma, deve ser promovida essa prática como factor de aumento da Qualidade de Vida e, claro, mais um argumento de aproximação ao Clube.

7º – O Sporting é o Clube com o maior e melhor histórico de Claques ou Grupos Organizados de Apoio. Definitivamente, devemos olhar as claques como fazendo parte da Solução do Sporting e não como parte dos seus Problemas. A unificação da Curva Sul foi uma primeira grande medida nesse sentido. O estabelecimento de protocolos mais rigorosos no que concerne à responsabilização por castigos e multas derivadas do seu mau comportamento e à proibição de realização de negócios com as facilidades que lhes são concedidas, deve ser acompanhado de uma maior capacidade de integração no Universo Leonino e na sua Cultura (um Livro ou Livros sobre a História das Claques; programas na Sporting TV; integração na logística disponibilizada pelos Núcleos aquando das deslocações das equipas, etc). Temos a tendência para só recordar os maus momentos e episódios mais violentos das Claques, mas será bom guardarmos na nossa memória também os muitos momentos vibrantes de incondicional e fantástico apoio à nossas equipas desde as delocações a Amsterdão e a Bilbau nos anos 80 para defrontar Ajax e Atleti, passando pelo impressionante jogo já no novo Alvalade contra o Newcastle na caminhada da última Taça UEFA, aos inúmeros momentos que a Curva Sul tem proporcionado (Real, Borussia, Barcelona, Juventus, Atletico Madrid) até à impressionante manifestação de PODER na última deslocação a Londres para defrontar o Arsenal. Esses momentos valem boa parte dos espectáculos que os sócios e adeptos pagam para ver. O Clube tem de se relacionar com as Claques de modo a replicar muitas mais vezes esses momentos.

Claro que, a Popularização do Clube é condição sine qua non para o sucesso sustentado do Clube e da SAD, mas não chega. É TAMBÉM necessário que os dirigentes sejam competentes em todas as áreas (das competições, ao negócio, do associativismo ao merchandising, da imagem ao sponsoring). Que a comunicação para dentro seja regular, assertiva, transparente e verdadeira e que a comunicação para fora seja firme, incisiva e o menos necesária possível. Que saibam gerar receitas operacionais regulares superiores às despesas operacionais: que saibam complementar essas receitas operacionais ordinárias com a recorrência de boas receitas complementares. Que não apenas promovam o crescimento do número de Sócios e adeptos, mas que lhes dêem sempre motivos para se sentirem Felizes e Orgulhosos por pertencer ao Universo Leonino. No entanto, convenhamos, dirigentes mais capazes de promover esta popularização também serão, normalmente, os mais dotados de inteligência emocional, os mais identificados com os desígnios históricos do Sporting Clube de Portugal e os mais capazes para preencher os requisitos de competência para o exercício dos seus cargos.

ESTE POST É DA AUTORIA DE… Álvaro Dias Antunes
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