“Mas peço que percebam a minha visão de alguém que tal como vós quer o Sporting de volta ao país e ao Mundo.”

Obviamente que sim, Rui.
E compreendo os teus argumentos.
Queres experimentar o que ainda não experimentámos, pois o que já tivemos não resultou em nada. Ou quase nada.

Mas para a próxima época abre-se uma hipótese mais consistente de irmos à Champions (assim fiquemos, pelo menos, em 3.º lugar).

As idas à Champions fazem toda a diferença.
Fazem toda a diferença.
Até o “maluco” sabia disso e por isso ficou, tal como muitos de nós, furioso por aquilo que os jogadores fizeram no final da época 2017/18. Teve a sua quota parte de culpa.
Mas os jogadores são profissionais, pagos a peso de ouro, se compararmos com a esmagadora maioria da população, e naqueles 2 últimos jogos (para mim, 3), foam tudo menos profissionais. Alguns deles, não todos.

Quanto aos investimentos externos na SAD.
Não sou contra.
Apenas não embarco na ideia que tudo vai ficar melhor, porque não basta vi alguém e “despejar” dinheiro em cima, trazendo o Ronaldo, o Messi e o Neymar.
Existe uma coisa chamada fair-play financeiro e que tem a ver com as receitas operacionais.
Agora, há sempre forma de contornar a coisa. O PSG que o diga. O City também, apesar de ter sido desmascarado.

Esta ideia de alguém pegar no clube não é de agora: lembro-me de ter sido falada em tempos. Que havia um investidor de Macau que queria comprar o Sporting.
Na altura pensei “Força! Que compre uma equipa competitiva!”.

Mas agora as coisas não são assim.

O mercado português não é igual ao mercado inglês. Daí a dificuldade em aceitar que nos tornaremos num caso de sucesso, como o PSG ou o Manchester City.

Falas de se um investidor sportinguista. Isso é a ideia (ou, pelo menos, foi no “Sporting Com Rumo”) do Tomás Froes.

Mas será mesmo assim?

O teu desespero é assim tanto que queiras arriscar este “all-in”?

Sei como te sentes. A frustração de não sermos campeões é imensa. E as vitórias nas modalidades servem apenas para apaziguar essa frustração.

Acredita que compreendo a tua reflexão e revejo-me em parte na mesma.

… se a falta de vergonha na cara matasse… ou até a falta de honestidade intelectual… esta guerra fratricída que vem de maio’18 já estaria apaziguada… ou então, bastaria a tal honestidade intelectual e admitirem e reconhecerem o erro gigantesco que foi irem na cantiga dos golpistas e retirarem de forma ilegal e vergonhosa uma direcção legítima e superhipermega competente (e TRANSPARENTE)…

Mas preferem continuar a demonstrar toda sua presunção, arrogância e cinismo…

Nada é garantido, de acordo!

Mas as probabilidades de crescimento e de resultados desportivos são enormes!

Tivemos alguém que pegou no clube como o encontrou e teve os resultados positivos que toda a gente sabe.
Não ganhou o campeonato é verdade mas também sabemos o porquê. Mas tinhamos o “feeling” que esse campeonato estava mais perto. Claro que é só achismos mas estávamos a crescer, e isso é factual.
Os sócios não quiseram. Preferem este Sporting que existe à decadas. É pena, porque poderiamos ser grandes. Assim somos só mais um para rodar dinheiro e encher os bolsos a alguns…
SL

“Temos medo de investimento”

Eu não tenho medo de investimento, pelo contrário.
Mas em Portugal confunde-se, e parece-me que o fazes, gastar com investir.

Acho que esta discussão está ferida de morte à partida por duas grandes razões:

1º- Em centenas de clubes de futebol só me lembro de Chelsea, City e PSG como exemplos de equipas em que o investimento brutal levou a títulos sustentados ( e mesmo assim o Chelsea tem oscilado imenso) e nestes o City levou alguns anos até ter um projecto vencedor.

2º- A paixão no futebol não vem só dos titulos e atrevo-me a dizer que nem serão o principal fator de um clube pujante em massa adepta (são isso sim catalisadores para pujança financeira e titulo tende a gerar mais titulos num clube grande). É só ver como o Flamengo o Liverpool são dos maiores clubes do mundo com décadas a fio em que não venceram nada de relevante. Basta ver como o Dortmund é um dos clubes mais vibrantes do mundo com 8 campeonatos e 4 taças ganhas em toda a história. Assim de repente vejo muito mais exemplos de clubes que não ganham com mais adeptos e fervor clubístico do que exemplos bem sucedidos de investimento externo e compras de clubes.

Por isto tudo acredito piamente que é possível ter um Sporting forte sem ganhar títulos e que para isso basta ver competência e um rumo. Os laços afectivos com um clube são nutridos por um sentimento de pertença a uma causa, se essa causa é lutar por ser campeão ou por outros objectivos menores não é o fundamental. O fundamental e sentir que se está a ser competente com as armas que se tem, que estamos todos juntos e a lutar por ser cada vez melhores. Se assim não fosse mal seria do futebol porque títulos com regularidade ganham meia dúzia de clubes no mundo inteiro os outros todos andam na luta para ganhar aqui e ali um titulo, uma classificação acima do valor da equipa uma vitória contra um gigante etc… O Sporting será forte se estiver a ser comandado num rumo, se fomentar a pertença dos sócios (eu por exemplo passei muitas horas em criança na antiga sala de sócios do velho alvalade), que criar familiaridade etc…

Num clube com a base de adeptos do SCP (e na escala portuguesa) façamos isto, e haverá apoio para se crescer durante anos (o Liverpool de Kloop levou quanto tempo a montar? Tinha a mesma capacidade de investimento de United, Chelsea e City?) e os títulos vão ficar mais perto a capacidade de investimento vai aumentar e aí sim podemos regularmente estar no topo.

Não vai ser investimento puro que do ano para o outro nos vai colocar a ganhar títulos regularmente, teria de haver competência ou toneladas de dinheiro, ambas me parecem muito difíceis de concretizar no caso do SCP. Pessoalmente acho a gestão desportiva dos clubes da Red Bull muito interessante mas são um caso à parte pois a Red Bull estabeleceu-se como uma marca desportiva de sucesso (F1 etc..) e incorporou isso no core business da marca logo não andam ali só para lavar dinheiro ou fazer negócios, é importante associar red bull com vencedores. O city é também gerido por gente muito competente, o PSG e o Chelsea já nem tanto e dinheiro desse calibre não há por aí aos montes.

Spoiler alert :
Não percam tempo a ler esta ode à venda da SAD.
#projectocroquette

Não concordo com a grande parte das coisas que escreves e defendes.

O que nos colocou, novamente, em 18 anos sem sermos campeões foram 2 coisas básicas:
a) a corrupção que existe no desporto em Portugal, e que tem feito de Benfic@ e Porto constantes vencedores;
b) os nossos constantes erros onde essa cena do “ganhar já/este ano é que é” é a cereja no topo da incompetência que temos demonstrado.

E coloco as coisas por esta ordem – primeiro a corrupção e depois a nossa incompetência – porque está provado que, mesmo na eventualidade de termos sido sempre incompetentes nos últimos 40 anos, já ganhámos campeonatos (2) e teríamos ganho outros (entre 3 a 5 de caras) se não fosse a corrupção nos ter impedido de o fazer.

Em ultima analise, não é a nossa incompetência (atroz) que nos tem impedido de ganhar mais. É a corrupção que o faz!

Mas isto não justifica o sermos incompetentes.
Nem o facto de outros serem também incompetentes o pode ou deve justificar.
Dos outros devemos olhar aos bons costumes, se os têm, e aprender com eles. Nunca usar as fraquezas deles para justificar ou defender as nossas!

O Sporting precisa de quem trabalhe com competência e de tempo para esse trabalho competente ser feito.
Não precisa que se invistam M€ que não temos, endividando-nos ainda mais, para tentar ser campeões – que podemos ser ou não, e que a corrupção existente tende a não deixar acontecer.

Nós devíamos ter sido, claramente, campeões em 15/16. Não o fomos porque o sistema lampião levou o Benfic@ ao titulo – como levou o ano passado!

Nem me recordo do ultimo campeonato onde o Benfic@ ganhou sem ser levado ao colo…
Em 93/94, ano do infeliz 3-6 em Alvalade, se não nos têm gamado tanto, mesmo com esse resultado o campeonato era nosso.
Em 04/05, ano do golo do Luisão e do Estorilgate, o Benfic@ de merda lá foi ganhando 1-0 ou 2-1 com penaltis e livres inventados para Suinão marcar.
Em 09/10 foi o Campeonato do Túnel, com jogadores do Porto e do Braga afastados da competição por cenas passadas nos túneis nos jogos com o merdoso!
Em 13/14, ano do Jardim, tiveram de nos impedir de ganhar uma série de jogos em Alvalade para deixar o Benfic@ ser campeão.
Em 14/15, foi o campeonato do colinho, com as arbitragens a terem influência em 17 dos 34 jogos do glorigozo – metade dos jogos!
Em 15/16, já falei…
Em 16/17, foi mais uma demonstração do sistema que deu o 2º titulo Rui Vitória. Mesmo assim foi o campeonato menos escandaloso porque o Porto também teve as suas ajudas.
E a época passada, 18/19, aquelas 3 saídas seguidas com Feirense, Braga e Rio Ave foram vitórias escandalosas em jogos que normalmente teriam perdido – nem sequer empatavam. E bastava um empate num desses 3 jogos para perderem o titulo.

Olha o “fim” do Aves…

Boas Tardes, Caros Tasqueiros.

Compreendo perfeitamente o sentido do post, que aliás vem bem sumarizado no seu título de “quero ganhar já!”

Com a devida vénia, copio aqui as razões de discordância do Caro Lúis Miguel, das quais comungo:

1- Perder a maioria será perder poder de decisão dos sócios,
2- Ainda acredito que tenhamos outras opções para ganharmos mais;
3- investimento externo não é garantia de vitórias.

Regra geral, maior investimento no plantel significará maior possibilidade de vitória.
O Caro Rui Cunha endereça a questão desse investimento ser externo, através da eventual venda da SAD (leia-se, capital social) a investidor(es).
NO ENTANTO,
Esse investimento poderá surgir de formas alternativas, eventualmente mais conduzíveis a uma forma mais sustentada/sustentável de sucesso.

Esta época, por mais miserável que seja/tenha sido, traz-nos três vislumbres de esperança num futuro competitivo:
1- A emergência de jvens jogadores, que torna DISPENSÁVEIS jogadores menos impactantes e MUITO MAIS CAROS;
2- O acesso à Pré-eliminatória da LC, o qual deveremos atingir sem problemas CASO SEJAMOS MINIMAMENTE COMPETENTES;
3- Vamos ter TRÊS plantéis de jogadores profissionais, com largas dezenas de jogadores disponíveis para “colmatar” posições.

O que é preciso é uma mudança de paradigma. Em vez de comprar um camião de jogadores para “ver depois no que dá”, pensar qualquer coisa do tipo: ok, o nosso futuro pertence a Max, Quaresma, Nuno Mendes, Matheus Nunes, Wendel e Jovane. Com quem e que os podemos “complementar”?

Dêem de barato a seguinte situação teórica, no plantel para a próxima época:
GR – Max, Renan (ou outro: experiente, do campeonato português, fim de contrato ou custo de aquisição de um máximo de € 1M);
DC – Quaresma, Coates, CONTRATAÇÃO, Neto, Ivanildo, Inácio;
AD – Ristovski, João Oliveira;
AE – Nuno Mendes, Borja;
MD/MC – PAlinha, Mateus Nunes, Wendel, Bragança, Geraldes?;
ED – CONTRATAÇÃO, Plata, Geraldes?;
EE – Jovane, Joelson;
AV – Sporar, Luis Phillipe, Pedro Mendes ou Tiago Tomás

1- Há alguma razão para esta equipe não conseguir, no mínimo, o terceiro lugar?
2- Duas contratações para a titularidade. Qual o máximo de investimento necessário? € 10M?
3- Saidas de jogadores como Rosier, Acuña, Ilori, Eduardo, Battaglia, Matheus Oliveira, Vietto, Doumbia e Camacho. Quanto conseguiríamos fazer em vendas? Pelo transfermarket, mais de € 40M. A somar aos € 10M pelo Matheus e € 3M pelo Misic.
4- A quanto ascenderia a massa salarial de um plantel como este? € 45M? € 50M?

E é também preciso gente capaz nas decisões sobre o futebol. A curto prazo, para conseguir “colocar” os nossos excedentários e assegurar a contratação de dois jogadores impactantes. A médio/longo prazo, para estabelecer DE UMA VEZ POR TODAS o paradigma que todos nós Sportinguistas já sabemos “de cor e saltedo”: aposta na formação, contratações só o absolutamente necessário.

Obvamente, se considerarmos que NUNCA vamos ter alguém competente a organizar o nosso futebol, então…. 🙁

SL

Ontem, tal como hoje, nas palavras de Pedro Santana Lopes:

“Eram nomes muito fortes que procuravam trazer para o projeto idealizado por José Roquette figuras sonantes também do sistema financeiro e que pudessem garantir a credibilidade do caminho que ia ser encetado.
Na altura, em junho de 1995, o passivo do Sporting era de cerca de seis milhões de contos (30 milhões de euros), mas referenciados no final dos mandatos de José Sousa Cintra. O projeto que se apresentou às eleições anunciava aos sócios que com a constituição de uma SAD para o futebol, e com a tal rentabilização dos ativos patrimoniais do clube, seria possível, com uma gestão rigorosa e dinâmica, conseguir fazer o Sporting entrar num novo ciclo.”

O que precisamos mesmo é de um investidor e ….. “com uma gestão rigorosa e dinâmica, vamos conseguir fazer o Sporting entrar num novo ciclo”