Ponto prévio: Adán é um belíssimo guarda redes e, aos 33 anos, está longe do final da carreira. Também por isso, Adán não vem para o Sporting para ser o gajo que ajuda Max a crescer e pouco se preocupa com o facto de poder ser suplente.

A entrevista que, hoje, Silvino dá ao Record e a respectiva chamada de capa, são uma espécie de confirmação do que se escreveu acima: o homem vem para jogar.

Obviamente que seria ridículo contratarmos um jogador que vinha feliz da vida para ser suplente. E, sim, Max precisa de alguém que o obrigue a treinar no limite e a jogar com o peso de ter concorrência que lhe possa roubar o lugar.

Mas, e há sempre um mas, creio que isto poderia ser feito de outra forma. Ainda ontem, Beto Pimparel afirmava que se pudesse escolher o seu próximo clube e, provavelmente, o último, escolheria o que lhe ocupa o coração: o Sporting. Beto é um guarda redes tarimbado, com qualidade e, sim, Sportinguista. E poderia trazer a Max muita da experiência que ele precisa nesta fase da carreira, muita da exigência extra em treino e, não menos importante, seria uma injecção de Sportinguismo no balneário. Já para não falar do quanto custou e custará Adán e do quanto custaria Beto, pormenor que jamais poderia ser descurado num clube com nó financeiro apertado.

Claro que poderão dizer-me que “Max só tem é que aplicar-se para não perder o lugar”. Verdade. Muito do que vier a acontecer terá que, forçosamente, passar por ele. Mas será que o seu futuro continuará a passar pelo Sporting?