Título que, com sinceridade gostava de ver rapidamente substituído por um “as notícias da minha morte foram manifestamente exageradas” mas a cada relatório trimestral, a cada novo negócio a minha esperança é cada vez menor.

Poderia incidir esta análise apenas pela propaganda publicada no ReC sob a forma de HIGHLIGHTS manipulados e que terão certamente ampla divulgação pelos meios de comunicação subserviente, ou seja, praticamente todos.

Highlights que mencionam as vendas esquecendo de referir a perda de competitividade e sobretudo as obscenas comissões e encargos que rondam os 17%, mencionam a compra de Amorim mas esquecem a falta de meios para o pagar, mencionam o volume de negócios record e o lucro de 12M esquecendo de referir que para isso praticamente venderam tudo o que tinha valor, mentem e manipulam a informação da redução salarial, mencionam a redução de passivo esquecendo o pesado aumento das dividas a fornecedores e brutal record de pagamento em juros e encargos bancários.

Enfim, tanto haveria a dizer sobre estas highlights, mas o foco vai ser uma análise fria dos números expressos no balanço e demonstração de resultados, pois esses não mentem.

Tendo em mente a enorme perda de valor, qualidade e competitividade da equipa de futebol somos confrontados pelos 24.089M de gastos em FSEs, novo record absoluto e também pelos 60.542M de gastos com pessoal. Gastos já expurgados da poupança de mais de 3M ocasionada pelo acordo de redução de salários nos 3 meses de lay off, ou seja, em condições normais a poupança teria sido de 5M, que de forma alguma é proporcional à perda de qualidade do plantel. Explica-se facilmente quando vemos que o número médio de colaboradores passou dos 323 em 2018 para 497 em 2020.

Passamos para a venda de jogadores, e para um valor líquido de 106M pagamos 17%, novo record, em comissões e encargos, leram bem, 17% se e quando pensarmos que em alguns casos não deveriam ter interesse em vender é caso para ninguém ter dúvidas em afirmar que o rei segue completamente em pelote.

Entramos em mais um brutal record, pagamento de 15M em juros e comissões bancárias. Incomportável, inadmissível, insustentável, conhecem medidas que permitam reestruturar esta divida trazendo os encargos para valores razoáveis, há muita gente a mamar à custa das dificuldades do clube e isto estou a ser simpático nas palavras, mais de 10% em juros já nem é usura é extorsão mesmo.

Passamos ao balanço e vemos um ativo de 288M inflacionados pelos 17M de divida do clube à SAD, que carece de explicações muito urgente, estaríamos a falar de mais dois records (menor ativo de sempre e menor valor do plantel que apesar de não estar pago até já inclui os 10M de RAmorim), por falta de tempo não fui confirmar mas duvido que alguma vez os ativos, o património da SAD valesse tão pouco.

Não podemos esquecer a FALENCIA TECNICA, que tanto preocupou em tempos passados, a enorme vitoria e propaganda da mesma feita aquando da apresentação das contas de março, afinal foi apenas uma vitoria de pilro, é só mais do mesmo, estamos bem fodidos …

Louve-se a descida do passivo comparativamente ao ano anterior, mas quando juntamos os dois anos de gestão e o desbaratar de tudo o que tinha valor e verificamos que afinal o passivo de 282M em 2018 é agora de 298M, cresceu 16M e simultaneamente vemos um novo record em dividas a fornecedores 65M, dizer que algo vai mal no reino da Dinamarca, é curto, muito curto …

Tanto há ainda para detalhar e dizer sobre a tragédia que se abateu sobre o nosso clube, mas hoje não quero deprimir mais, fica para outra oportunidade, espero que o Tiago e ou Nuno possam fazer uma analise com recurso a imagens e gráficos que muito melhor irão exemplificar aquilo que procurei transmitir em palavras. Vamo-nos encontrando por aqui …

ESTE POST É DA AUTORIA DE… Malcolm
a cozinha da Tasca está sempre aberta a todos os que a frequentam. Para te candidatares a servir estes Leões, basta estares preparado para as palmas ou para as cuspidelas. E enviares um e-mail com o teu texto para [email protected]