Em simultâneo com o anúncio das contas positivas no exercício 2019/20 (lucros de 12,5 milhões de euros), o Sporting comunicou à CMVM as propostas que pretende levar à assembleia geral da SAD no próximo dia 29, no Auditório Artur Agostinho, em Alvalade. Entre elas está a revisão da política de remunerações da sociedade para a época 2020/21.

E mbora a proposta não altere os vencimentos fixos (Frederico Varandas continuará nos 182 mil euros brutos anuais), a comissão de acionistas propõe “algumas modificações” quanto às variáveis e começa por estabelecer um princípio novo: “Os objetivos desportivos e financeiros têm o mesmo peso relativo (50%/50%)”, mantendo-se a regra segundo a qual “a remuneração variável máxima a atribuir será fixada em 50% da remuneração fixa”. Ou seja, no caso do presidente, eleito há precisamene dois anos, este valor nunca será superior a 91 mil euros antes de impostos (50% de 182 mil euros).

O relatório e contas enviado à CMVM, porém, deixa claro que, em 2020/21, tal como na última temporada, os membros executivos do conselho de administração (Varandas, Francisco Salgado Zenha, João Sampaio e André Bernardo) renunciam “ao valor que correspondesse a um aumento de vencimento.” Em 2019/20, “os administradores executivos prescindiram de qualquer aumento na componente fixa face aos montantes pagos no exercício transato” e “não foi pago qualquer montante a título de remuneração variável”. O modelo de avaliação prevê que não sejam atribuídas variáveis “ se o desempenho atingir menos de 60% dos objetivos” definidos.

Os leões revelam ainda que a SAD atribui aos membros executivos do Conselho de Administração “viatura automóvel ou ajudas de custo até valor equivalente; manutenção, portagens e combustível; uso de computador pessoal, telemóvel e internet; seguro de saúde”.

Entretanto, o presidente da Mesa da Assembleia Geral da SAD avisa na informação remetida à CMVM que a AG marcada para o dia 29 estará sujeita a medidas ou restrições ainda impossíveis de prever, decorrentes da pandemia de Covid-19. O próprio Bernardo Ayala terá entretanto a prerrogativa de “alterar o modo da realização” da assembleia “para meios exclusivamente telemáticos”, se “ vier a considerar que não estão reunidas as condições de segurança” sanitária. Salvo motivo de força maior, a AG acontecerá no Auditório Artur Agostinho, em Alvalade. Medição de temperatura e uso de máscara serão obrigatórios para os acionistas presentes. Até ao final do mês, haverá ainda uma AG do clube, a ser convocada por Rogério Alves.