No fim de semana realizou-se a fase de grupos da Supertaça Masculina de Voleibol. Em simultâneo, o Adrien S. decidiu ir de férias (pagas pelo Cherba, obviamente) e delegou-me a mim a impossível tarefa de o substituir, durante duas semanas. Ainda agora vou nas primeiras linhas e já estou arrependido de ter aceite o convite… Descrever um jogo de voleibol é chato e difícil para quem o faz, por isso, vou tentar manter o estilo que o Adrien S. utiliza e que me parece o mais acertado: sem falar em parciais e sem apontar erros individuais.

Contudo, como dizia, neste fim de semana realizou-se a fase de grupos da Supertaça Masculina de Voleibol. Fruto da interrupção das competições na época passada, a Federação Portuguesa de Voleibol, decidiu (e bem, diga-se!) reformular o formato da Supertaça, realizando uma fase de 2 grupos, cada um com 3 equipas que jogam entre si num jogo único. Os dois primeiro classificados de cada grupo apuram-se para as meias-finais, defrontando-se de forma cruzada. Os vencedores das mesmas apuram-se para a final, num formato em tudo semelhante à Taça da Liga no futebol.

No Grupo B, que é o que nos interessa, o Sporting teve um fim de semana de jornada dupla, com jogos no sábado e domingo.

Sábado, 12 de Setembro, Pavilhão Multidesportivo de Gondomar
Sporting 3 – 0 SC Leixões
(25-15, 25-13, 25-21)

Gil Meireles, Bruno Alves, Victor Hugo, Hélio Sanches, Robert Dvoranen (Bob), Renan e PV da Silva: foi este o primeiro 6 escolhido por Gersinho para iniciar oficialmente esta época.

Sporting com recepção a 3 (Bob, Renan e líbero). Início de set’s muito típica no voleibol – serviço cá, serviço lá. 0-1, 0-2, 1-2, 2-2… Algures nos set’s conseguimos uma margem que fomos gerindo e, por vezes, aumentando. Gersinho rodou muito pouco a equipa, excepto no 3º set com o parcial 18-10, em que fez entrar Maia, Rojas e Levi primeiro, e André Saliba posteriormente. Depois das trocas, algumas falhas naturais permitiram uma pequena recuperação ao Leixões. Nada de preocupante, no entanto.

Jogo consistente que vencemos sem grande dificuldades e onde poderíamos perfeitamente ter limitado o adversário a menos de 45 pontos no jogo. Sporting apresentou muita consistência durante todos os momentos do jogo, com claro destaque para os poucos erros cometidos no serviço e para a eficiência do bloco que tocava em muitas bolas. Em suma, uma exibição segura e sem sobressaltos, algo que já seria esperado, face à diferença de qualidade entre as equipas.

Domingo, 13 de Setembro, Pavilhão Multidesportivo de Gondomar
Fonte do Bastardo 3 – 2 Sporting
(26-28, 25-18, 25-20, 20-25, 15-13)

Para mim, a palavra que define este jogo é desilusão! Desilusão pela derrota e, sobretudo, pela exibição. Cometemos demasiados erros no jogo; recepção, serviço e distribuição não estiveram ao nível exigido e, no voleibol, isso paga-se demasiado caro. Os açorianos entraram sempre determinados e estiveram seguros em quase todos os momentos do jogo e isso fez com que andássemos quase sempre a correr atrás do prejuízo.

O bloco foi o nosso ponto forte e foi, por vezes, uma alavanca de confiança para conseguirmos estabilizar a distribuição, serviço e recepção.

No primeiro set, fizemos uma recuperação hercúlea onde só conseguimos passar para a frente já mesmo no final! No segundo, deixámos a vantagem do Fonte Bastardo ser ainda superior e, apesar do esforço para recuperarmos, a distância era já demasiada para evitarmos a derrota no set. O 4º set foi o nosso melhor, mas, mesmo assim, não conseguimos levar esse ascendente psicológico para a negra. Cansaço, falhas de concentração ou meramente um dia mau? Take your pick! Para mim, foi um pouco de tudo…

Relembro os mais distraídos que, na época passada, perdemos com o Esmoriz na fase final da pré-época, na final do Torneio das Termas. O problema desta derrota é que já não estamos na pré-época. Este é um torneio oficial e que, ainda por cima, vale um troféu. Este jogo valia o 1º lugar no grupo e, com isso, evitaríamos o Benfica na meia-final. Acabar em primeiro do grupo e chegar à final seria o mínimo exigível para os padrões do Sporting!

Obviamente que o objectivo ainda pode ser cumprido. Ficou mais difícil? Certamente, embora defrontar o Benfica na meia final significa que, em caso de vitória, teremos um adversário teoricamente mais acessível no jogo decisivo.

Resta-nos fazer a pergunta: Que Sporting teremos na meia-final de dia 19, frente ao nosso velho rival? Se for aquele que se viu frente ao Leixões, consistente, com qualidade no serviço, recepção e bloco, teremos algumas hipóteses de discutir o jogo. Se for um Sporting semelhante ao de domingo, dificilmente não perderemos por 3-0.

PS: Na outra meia-final defrontam-se Sp. de Espinho e Fonte do Bastardo.

*às terças, o Adrien S. puxa a bola bem alto e prega-lhe uma sapatada para ponto directo (ou, se preferires, é a crónica semanal sobre o nosso Voleibol). Mas esta terça quem escreve é o Tiago aka Tigas68 –