Não se acanhem e aproximem-se da mesa onde acompanhamos o fecho do mercado que, no caso do Sporting, tem todas as atenções viradas para a chegada e um ponta de lança.

Faz falta à equipa, pois faz, e, ao que parece, Rúben Amorim só vê Paulinho. Tanto que, dizem os mais variados órgãos de comunicação social, terá dito “nim” à hipótese Slimani. O argelino queria regressar a Alvalade, estava disposto a baixar e muito o ordenado, mas num misto de falta de vontade da equipa técnica e da falta de dinheiro parece definitivamente descartado. E é pena.

Apesar dos 32 anos, apesar de dar ideia de estar numa fase descende da carreira, Slimani seria sempre um marcador de golos em Portugal e acrescentaria algo que faz tanta falta: o sentimento. Continuamos a desprezar este “pormenor” que aproxima os adeptos do clube e que é fundamental para gerar a tal onda de apoio que tanto se deseja. No que toca às questões financeiras e a fazer fé no que foi noticiado, Slimani viria ganhar 1,4M limpos por ano, o equivalente a 2,8 brutos. Imaginando um contrato de duas épocas, estamos a falar de 5,6M que poderiam subir aos 6M com prémio de assinatura.

É muito dinheiro, claro que é, mas se pensarmos no que ganha o Ilori… bem, não vamos por aí. Centremo-nos no “desejado”. Chama-se Paulinho e tem uma cláusula de rescisão de 15 milhões. Na época passada marcou 25 golos em 48 encontros, o que são belíssimos números, e fê-lo ao serviço do… Braga!

E é aí que reside, quanto a mim, o maior problema. Escrevo “maior” porque eu, repito, eu, jamais daria 15 milhões pelo Paulinho. Acho que não os vale. Ponto. E menos daria se tivesse que pagar ao Braga. É ridículo que estejamos a dever 12 milhões da contratação do treinador e andemos a tentar negociar um jogador que custa 15. É ainda mais ridículo que nos coloquemos numa posição de fragilidade meia dúzia depois de, numa reunião da Liga, o presidente desse clube, Salvador, ter enxovalhado o Sporting, aproveitando a cobardia dos nossos dirigentes que, sabendo que iam estar cara a cara com aquele a quem devem dinheiro, mandaram um advogado fazer figura de corpo presente.

Termino sublinhando algo que é cada vez mais uma evidência: a conversa do scouting de excelência é mais uma tremenda mentira contada por Frederico Varandas durante a campanha eleitoral. Se existisse, esse scouting teria chamado a atenção para Marko Raguz ainda antes de termos jogado contra o Lask, na época passada. Se existisse, e olhando para as características físicas e futebolísticas de Paulinho, o desejado, esse scouting teria avisado que no México, ao serviço do Pumas, há um argentino chamado Juan Ignacio Dinenno que poderia vir por 5 milhões e que marca golos que se farta! Se existisse, esse scouting saberia que no Japão existe um avançado brasileiro, Leonardo de Souza, que depois de ter sido melhor marcador na JL3 e melhor marcador na JL2, com quase 30 golos, chegou à JL1 e leva 9 golos apontados em 16 jogos como titular. Mas esse scouting, que também só deu por Sporar quando ele marcava golos na Liga Europa, é um embuste. E como bom embuste que é…

Foi naquele encontro de Verão
Que eu conheci a Paulinha
Naquele baile de São João
A ouvir discos do Vitor Espadinha