No rescaldo do empate no dérbi desta sexta-feira, o treinador da equipa de futsal do Sporting Clube de Portugal, Nuno Dias, considerou que os Leões foram superiores durante a partida, tendo pecado apenas pela falta de eficácia.

”Apesar de termos chegado ao empate da forma como chegámos e a 25 segundos do fim, não consigo ficar satisfeito com o ponto alcançado. Na minha opinião, o Sporting CP foi melhor, criou mais oportunidades e as que criou foram flagrantes, algumas delas até caricatas. A eficácia é a coisa mais importante no jogo, por mais que se crie e que se jogue, o resto é conversa. Hoje não fomos eficazes e, por isso, sofremos bastante para chegar a um resultado que nem sequer nos agrada”, começou por dizer, apontando depois as razões para que o Sporting CP não tenha conseguido concretizar mais lances de perigo.

“O que é certo é que também encontrámos pela frente um Roncaglio em alguns momentos inspirado, ou em outras situações uma grande solidariedade dos jogadores do SL Benfica. Havia sempre um carrinho ou uma ajuda a chegar perto. Havia sempre um pé ou um corpo a aparecer à frente para que o lance não tivesse sucesso. Mérito pela forma como os jogadores do SL Benfica foram solidários”, referiu.

Por fim, Nuno Dias considerou que o problema não foi a falta de eficácia no jogo com o pivô, faltou apenas passar para a frente do marcador.

Não me parece justo dizer que pelo facto de não termos marcado o jogo de pivô não funcionou. Acho que o jogo de pivô, e mesmo sem ser de pivô, funcionou. Se aquela bola em que o Rocha tropeçou quando ia sozinho para a baliza tivesse entrado, se o lance do Erick sem ninguém na baliza tivesse dado golo ou se o lance sem barreira do Cardinal tivesse tido sucesso, não estávamos aqui com este discurso. Faltou-nos passar para a frente no resultado, o que nos daria algum conforto e desconforto ao SL Benfica. (…) Apesar de não estarmos satisfeitos como resultado, foi um mal menor”, referiu

As palavras de Nuno Dias estão repletas de verdades, mas há uma pergunta que um dia gostava de fazer-lhe e que ontem voltou a pairar-me na mente: há quantos anos defrontamos o benfica do Joel e há quantos anos levamos com uma equipa que prescinde da posse de bola para jogar no nosso erro? Há quantos anos nos mostramos atarantados por defrontar esse esquema onde ainda cabe o critério Largo dos árbitros no que toca a avaliar intensidades?