ESTE POST É DA AUTORIA DE… Álvaro Dias Antunes
a cozinha da Tasca está sempre aberta a todos os que a frequentam. Para te candidatares a servir estes Leões, basta estares preparado para as palmas ou para as cuspidelas. E enviares um e-mail com o teu texto para [email protected]
1 Janeiro, 2021 at 20:19
Para ler com calma mais logo. Vénia ao Álvaro: não sei quando saem os resultados do tasqueiro do ano, mas tem o meu voto
2 Janeiro, 2021 at 9:55
E só agora vi que foi uma parceria, portanto parabéns aos dois!
Excelente exposição e argumentação. Como é hábito.
E difícil encontrar argumentos para raciocínio lógico e sustentado.
Só há uma saída: tirar de lá esta gente e eleger uma direção com os pessoas competentes e com amor ao clube.
2 Janeiro, 2021 at 11:23
Basicamente o trabalho é todo do Alvaro, tive todo o gosto em ter uma pequenina colaboração facultando a interpretação de alguns números.
No final temos um documento que aborda aspetos importantes que nos ajuda a perceber o passado recente, o presente e os caminhos que trilhamos ou deveríamos trilhar para o futuro.
O mérito e empenho é todo do Alvaro e por isso os meus sinceros parabéns, pois é por si e pelos muitos Alvaros que ainda existem no clube, que vale a pena manter a esperança e continuar o Fight&Resist.
1 Janeiro, 2021 at 20:45
Excelente trabalho Leonino do Alvaro, quem ainda se importa com o clube deve aproveitar para perceber a dinâmica de crescimento e de soluções que foram encontradas por uma gestão que se preocupava em primeiro lugar com o clube. O fácil, fácil é a solução atual, viver à custa da herança e nada criar, nada fazer ou melhor a única coisa que faz é dispensar atletas e modalidade. Fico parvo com a quantidade de Sportinguistas que justificam este marasmo culpando sócios que suspenderam as quotas por não concordar com o rumo para o abismo em que nos encontramos. LoooooooL
Lembro, que o trabalho que se iniciou em 2013 ainda nem a meio tinha chegado, a fase seguinte de recuperação de património e de uma nova fase da Cidade Sporting com maior aproveitamento comercial das infraestruturas existentes é um sonho que ficou adiado, quem sabe se para sempre …
PS: Duplo click em cada pagina e consegue-se uma melhor leitura.
1 Janeiro, 2021 at 21:25
“Fico parvo com a quantidade de Sportinguistas que justificam este marasmo culpando sócios que suspenderam as quotas por não concordar com o rumo para o abismo em que nos encontramos.”
+1 aqui.
A culpa tem que ser sempre dos mesmos. Nunca deles.
1 Janeiro, 2021 at 21:27
“da Cidade Sporting com maior aproveitamento comercial das infraestruturas existentes”
Uma coisa que nunca entendi foi o subaproveitamento do Alvaláxia.
1 Janeiro, 2021 at 21:35
O Alvaláxia entrou no “pacote patrimonial” alienado no consulado Filipe Soares Franco e CONTRA A VONTADE DOS SÓCIOS, graças a um golpe anti-estatutário e antidemocrático do então PMAG … Rogério Soares que após 2 votações em AG que rejeitaram a alienação “esperou” até depois da 1 da manhã e quando boa parte dos sócios já tinham abandonado a AG para colocar à votação dos “resistentes” a possibilidade de essa decisão passar para responsabilidade do … Conselho Leonino.
SL
1 Janeiro, 2021 at 21:44
E compensou essa alienação? (pergunta de retórica)
1 Janeiro, 2021 at 21:56
“@cfvieira
Lá está. Num modelo de aprendizagem permanente os erros não devem repetir -se. Por exemplo, há oportunidade de se recuperar em boas condições financeiras boa parte do património alienado do complexo Alvalade XXI. Se os sócios o quiserem.”
@cfvieira
Alvalade XXI era uma denominação criada aquando do projeto global do estádio e dos edifícios circundantes. Hoje essa denominação já não existe. Podia ser interessante recuperar esses imóveis após a reestruturação financeira (analisámos essa possibilidade em 2018).
1 Janeiro, 2021 at 22:04
“Venderam” ao preço da uva mijona (tudo por 50M€ – Alvaláxia, UCS CUF, Health Club Holmes e Edifício Visconde de Alvalade): Se compensou? Eventualmente terá compensado alguém.
SL
2 Janeiro, 2021 at 3:17
Compensou certamente…
Quem comprou…
1 Janeiro, 2021 at 22:56
Desconhecia esse fdp*uta desse pormenor da votação a horas tardias….. Esse pormenor agora permite-me perceber a razão pela qual essa proposta passou….. (bem como, claro está, o facto de essa proposta carecer de apenas 50%+1 dos votos…)
Obrigado pelo esclarecimento desse pormenor, caro Álvaro
1 Janeiro, 2021 at 23:30
Não, Sebastião a proposta, por Estatutos carecia de 2 terços. Como não passou o PMAG de então, ROGÉRIO ALVES ( e não Rogério Soares como, por engano, escrevi no outro comentário; vade retro … já basta este PMAG Rogério ser Alves … nem sei o que seria uma mistura com o PMAG JM Soares) muito “democraticamente”, como continua a ser seu apanágio, colocou outros assuntos a discussão, aguardou um quorum mais favorável e, então sim, dizendo apenas necessitar de maioria simples pôs a votação do que restava de AG a delegação da decisão da alienação de património ao Conselho Leonino.
SL
2 Janeiro, 2021 at 13:25
Peguemos então nesse tema: o projeto da Cidade Sporting.
O que estava em estudo para 2018- 2020 para concluir (continuar) esse projeto?
1. Recuperação de património do complexo Alvalade XXI alienado no consulado de Soares Franco (renda Centro Comercial Alvaláxia; rendas Clínica Cuf e Clínica Holmes)
2 . Restaurante de Luxo junto ao Auditório Artur Agostinho com panorâmica para o relvado (aluguer Corporate e eventos).
3. Restaurante no PJR
4. Quiosque Loja Verde na Praça Centenário
5. Sporting Fans Bar na Praça Centenário
6. Loja Vintage Sporting 1906 e CR7
7. Hostel na Praça Centenário
O que poderá ser acresentado?
1. Polo “Aperitivo Virtual” do Museu Sporting no PJR
2. Loja Verde Modalidades no PJR
3. Torneios Fans Futebol 7 nos campos anexos ao PJR
4. Outras estruturas e iniciativas de animação regular do Espaço, particularmente para dias de jogos no Estádio e/ou no PJR
1 Janeiro, 2021 at 23:31
Malcolm, o meu obrigado por continuares o teu trabalho de explicação do que significa a palavra:
– INCOMPETÊNCIA
1 Janeiro, 2021 at 21:15
” …. este deveria ser outro reconhecimento de dívida da SAD, assumindo a parte dos 70M€ de dívida da SGPS ao Clube referente à absorção da SPM.”
Isso nem é necessário, Carlos Vieira falou e escreveu varias vezes sobre isto, a solução estava pronta a ser assinada e para mim é um crime imperdoável terem deixado cair a solução que em primeiro lugar defendia o clube, os seus sócios e modalidades.
A SGPS é 100% propriedade do clube, está completamente falida e tem uma divida de 70M para com o clube que obviamente dificilmente para não dizer nunca irá conseguir pagar.
A SGPS comprava aos bancos a divida do clube 70M, as vmocs 135M e a divida bancaria da SAD 80M. Os bancos vendiam estes créditos por um máximo de 150M.
A SAD comprava a sua divida pagando à SGPS os 80M, utilizando para o efeito adiantamento da nós, e emprestava a SGPS os restantes 70M para que o negocio fosse concluído.
As contas entre clube e SGPS ficavam acertada e o clube sem divida bancaria e com avales e garantias libertos para novos negócios.
A SGPS ficava apenas com uma divida de 70 à SAD, que rapidamente poderia regularizar utilizando os mais 90% das ações que passava a deter da SAD.
A SAD ficava também sem divida bancaria e ficava com um credito sobre a SGPS e com boas perspetivas de rápida cobrança.
1 Janeiro, 2021 at 21:37
Achas que a maioria dos Sportinguistas sabe disto?
Querem lá saber…
Dizem logo coisas como “Só vejo os Sportinguistas preocupados com as contas… não vejo lampiolhos nem porcos preocupados com isso, mas sim, em títulos” e não passam disto.
1 Janeiro, 2021 at 21:49
Pois Jaime, o problema é que já caímos no buraco e foi com enorme “sorte” deveria dizer trabalho, que nós conseguimos levantar.
Depois, já estamos habituados a ser as cobaias para tudo e mais alguma coisa, já são imensos os clubes que caíram, algum dia calha a um grande.
Ainda porque outros mais concretamente o FCP só ainda caiu porque tem uma “vaca” descomunal, cheios de problemas e arrancam campanhas de milhões.
E por fim e talvez o mais importante para mim, tenho orgulho de ser sócio do clube mais eclético do mundo e da maior potencia desportiva nacional. ( E não não vou ver as competições de dardos ou bilhar e até mesmo canoagem que só vi uma prova ao vivo uma vez na vida, mas dá um orgulho tremendo ver na TV e ou ler nos jornais que os melhores atletas destas modalidades andam de leão ao peito e que eu contribuo para isso)
1 Janeiro, 2021 at 22:30
Meus caros, sobre essa de “acompanhar as Modalidades” … para alguma coisa foi criada a Sporting TV.
Para que o Universo Sporting possa acompanhar mais a vida do Clube, nomeadamente das suas Modalidades.
E, hoje em dia, não apenas a Sporting TV. Eu não pago Sport TV, porque não estou para sustentar chulecos, mas (não indo ao Núcleo desde Março, por questão de distanciamento social profilático em era de Covid), não deixei de ver os jogos de Futebol do Sporting … na InácioTV.
Ou, por exemplo, como sou aficionado do Goalball, não perdi um único jogo do Sporting nas suas campanhas dos Títulos Europeus (no site da IBSA – International Blinds Sports Federation – que organiza a SEGL – Super Euroean Goalball League). Na campanha do 1º título (tal como no 2º) a etapa final foi em Lisboa e ao Sporting bastava ganhar um dos 5 jogos para se sagrar campeão; claro que foi logo o primeiro, mas o deprimente foi ver que no pavilhão de Odivelas, além dos dirigentes (a coordenadora de secção e treinadora Márcia Ferreira, o Presidente Bruno de Carvalho e o Vice para as Modalidades Luis Giestas,) só estava um adepto do SPC a apoiar uma equipa que se sagraria Campeã Europeia; mas a depressão passou quando após a entrega da Taça e das medalhas o Presidente foi buscar o adepto, apresentou-o a todo os atletas e entregou-lhe a medalha que ele, Presidente, tinha recebido.
Isto é cativar adeptos!
Isto é cativar atletas!
Isto é, muito assertivamente, pôr o dedo na ferida quanto à irregularidade do apoio às modalidades.
SL
1 Janeiro, 2021 at 21:43
Certo Malcolm, mas agora nem adianta “chorar sobre o leite derramado”. Esta Direção foi incapaz de assinar com a Banca aquilo que estava pré-acordado pelo anterior CD. Mesmo num futuro relativamente próximo, com outros interlocutores no SCP, muito dificilmente os Bancos aceitarão a solução que tinham aceite em abril/maio de 2018. Daí achar que será mais lógico passar por uma re-estruturação das dívidas entre participadas do Grupo que implicasse um maior compromisso da SAD (eventualmente com os reconhecimentos mútuos a serem efetivados após a compra pela SGPS da totalidade das VMOCs, reforçando consideravelmente a posição acionista do Clube).
1 Janeiro, 2021 at 22:07
Atenção a uma coisa, a SAD não pode comprar as vmocs terá sempre de passar por um “empréstimo” bem encapotado do montante necessário ao clube ou à SGPS.
*E uma questão legal, uma sociedade não pode comprar ações ou vmocs próprias nem sequer emprestar dinheiro para o efeito.
1 Janeiro, 2021 at 22:41
As VOCS seriam sempre adquiridas pela SGPS.
Aliás, a SAD nunca o poderia fazer. Como as converteria depois em acções? A quem ficariam a pertencer essas acções?
Também por isso escrevi no comentário anterior «(…) com os reconhecimentos mútuos a serem efetivados APÓS a compra PELA SGPS da totalidade das VMOCs, reforçando consideravelmente a posição acionista do Clube».
Quando digo SGPS também admito o próprio SCP, por exemplo, financiando-se em EO.
SL
2 Janeiro, 2021 at 9:57
Isto. Era tão simples
1 Janeiro, 2021 at 21:23
Meu caro Álvaro Dias Antunes e Malcolm,
MUITO obrigado pelo trabalho aturado, que realizaram, o qual analisei em diagonal, mas ao qual prometo voltar, com mais tempo de análise !
Sem querer fazer uma leitura rápida e imprecisa da questão, há já uma reflexão que sobressai neste bom trabalho !
As modalidades viverão tanto melhor, quanto maior for a participação activa, dos sócios de todo o pais .
Pela ” praxis ” política, destes actuais Órgãos Sociais do clube, a não existência de equidade de votos entre os sócios, a ausência de votação electrónica em todo o pais (devidamente certificada qualitativamente ), a juntar às medidas escabrosas e vexatórias de afastamento dos sócios do clube, com campanhas odiosas; têm levado a um significativo afastamento da militância dos adeptos e sócios do Clube !
Acresce a minha desconfiança da veracidade de alguns números fornecidos nos R&C e Orçamentos da direcção actual, ao qual vocês os dois são alheios, pois só podem trabalhar, com os n°s que vos são fornecidos .
Necessita o clube urgentemente de maior transparência e respeito junto dos sócios !
Muito obrigado pelo inestimável valor deste vosso trabalho !
SL
1 Janeiro, 2021 at 21:55
Completamente de acordo com o Diastristes. E apenas ressalvo que o enfoque que coloco na necessidade de um enorme reforço do associativismo e da expansão territorial do Sporting tem como pressuposto o que assinala, como escrevi no que apresento como solução:
«(…) ao acréscimo de receitas obtidas, em boa parte, por via directa ou indirecta do forte crescimento do envolvimento dos adeptos e sócios, teriam de estar sempre associadas:
• uma política de extensão da democracia dos direitos associativos (equalização do voto; expansão geográfica aos Núcleos, Filiais e Delegações SCP aderentes da participação em AG comuns – permitindo assim o voto presencial eletrónico; Voto Eletrónico Universal para as AGs eleitorais;
• uma política de transparência que exige a divulgação aos sócios de TODA a matéria relevante da vida associativa do Clube, nomeadamente os objectivos desportivos, financeiros e associativos definidos, quantificados e calendarizados a curto e médio prazo (no limite de um mandato);
• uma política de competência e exigência que cumpra com todos os requisitos Estatutários e mantenha e reforce a sustentabilidade do Clube e a competitividade das suas modalidades;
• uma muito maior aposta na formação de qualidade de atletas em todos os Escalões para todas as Modalidades e em todo o País.
Até porque estas políticas são as que criam terreno propício à continuidade de captação de novos sócios. (…). Com um Clube mais forte, mais expandido, mais competitivo, mais bem sucedido, mais aberto, mais exemplar é mais fácil continuar a cativar e reproduzir o crescimento associativo e reforçar o Clube e as suas Modalidades.»
Resumindo, não se aumenta (ou diminui) consideravelmente o número de sócios, porque sim. O associativismo de uma instituição cresce se esta se apresentar mais cativante. Captar sócios é uma tarefa que incumbe EM PRIMEIRA INSTÂNCIA aos dirigentes do Clube e à sua gestão. Até mesmo envolver Sócios e Núcleos na missão de captação de Novos Sócios para facilitar a grandeza desse crescimento é tarefa que cabe, antes de mais, aos dirigentes.
SL
1 Janeiro, 2021 at 21:40
Obrigado.
Hoje não vou poder ler com atenção mas amanhã irei ler.
2 Janeiro, 2021 at 12:31
Já li. Gostei muito.
Cada um de nós tem de fazer o que pode. O que está ao seu alcance.
Não quero puxar o tema do CD que dirige o barco, mas como é referido isso é fundamental para a motivação das massas.
1 Janeiro, 2021 at 22:14
Grande trabalho do Álvaro Dias Antunes no seguimento de outro do Malcolm. Quem não percebe de contas até fica a perceber o que esta direção faz de errado. Só nos resta esperar que a próxima direção consiga inverter estes dados e coloque novamente o Sporting no bom caminho.
1 Janeiro, 2021 at 22:20
Caro Álvaro,
Vamos começar pelo princípio.
O Alvaro é um senhor. Um leao atento, educado e com um sentido crítico justo e apurado. É sempre com grande prazer que leio os seus comentários no Bonito Serviço. Ate a sua utilização da língua portuguesa é um gosto porque, nos tempos atuais das redes sociais, parece que isso pouco importa. A minha primeira palavra é para a pessoa, este tasqueiro que já tem mesa fixa aqui no espaço e o Cherba já sabe de cor o que o Álvaro que bebe.
Quanto ao artigo nota-se aqui uma costela financeira que, assertivamente, foi sendo utilizada para a assertiva análise dos números. É uma preocupação esta situação do clube, sem dúvida! Os pontos apontados são evidentes e justos. Se o Álvaro quisesse podia falar da disparidade entre homens e mulheres que em nada melhorava o panorama, a questão da formação ser sustentavel, mas negligenciada, a falta de percepção das modalidades como fonte de novis adeptos… era realmente uma discussão longa.
Em jeito de conclusão deixar os parabéns ao Álvaro por este trabalho. Resta-nos esperar por quem realmente se importe com as modalidades porque está visto que temos sido liderados por fracos gestores desportivos. Os orçamentos altos vao sempre trazer títulos momentâneos, a competência em gestão desportiva traduzirá a sustentabilidade de um clube.
1 Janeiro, 2021 at 22:30
“Os orçamentos altos vao sempre trazer títulos momentâneos, a competência em gestão desportiva traduzirá a sustentabilidade de um clube.”
Bingo!
1 Janeiro, 2021 at 22:54
Excelente comentário.
Conto ler o texto do Álvaro amanhã, com mais atenção, para poder comentar. Gabo-lhe já o trabalho que deve ter tido a fazer um texto destes. Não é para qualquer um!
1 Janeiro, 2021 at 23:03
Caro Adrien, muito obrigado pelas suas palavras.
Um dos principais objetivos deste post era exatamente o de suscitar o debate de VÁRIOS pontos por onde se pode (e deve) trabalhar a sustentabilidade do SCP e das suas Modalidades.
O “tópico” Formação é uma das mais relevantes (e não falo apenas da formação de equipas competitivas), por isso a “arrastei” para a abordagem da Rubrica das Contas “INSCRIÇÕES NAS MODALIDADES”; também acho muito interessante que essa abordagem abarque a questão do Género no Desporto (como deve saber, também é uma questão que me é bastante querida).
Igualmente, é relevante percebermos que existem áreas de sustentação que praticamente têm sido negligenciadas: demonstração de retorno aos sponsors, merchandising específico e diversificado (reactivando a Loja Verde no JR, mas agora só Modalidades); promoção dos/das atletas e da sua imagem; programas de animação do PJR; Programas de envolvimento dos Núcleos em dupla componente territorial (exterior↔Centro↔exterior); e outras.
O meu desafio é de que os Tasqueiros abordem essas questões sem preconceitos e apresentem sugestões soluções (independendo de quem está ou esteve a dirigir o Clube; comos se fossem debater o que gostariam de ver num Programa futuro para o Clube e as Modalidades).
Um abraço e saudações leoninas
1 Janeiro, 2021 at 22:48
Muito bom texto.
Na página 5 (Núcleos, filiais e delegações) sabemos que os Núcleos apoiam as equipas que jogam nos seus concelhos, aqui na Covilhã a equipa B e/ou equipas jovens que joguem por aqui costumam abastecer (refeição) no Núcleo, assim como o futsal quando vai ao Fundão faz o mesmo no Núcleo local.
Os Núcleos ajudam o clube, mas os Núcleos não geram receitas suficientes para isto!
Por outro lado, qual o papel das Filiais e das Delegações hoje em dia? Compensa, nos dias de hoje, tanto para o Sporting CP como para as Filiais e Delegações manterem esse vínculo, que não passa do papel?
Qual a solução para haver um apoio mutuo entre Clube e suas Filiais/Delegações?
1 Janeiro, 2021 at 23:20
Ora aí está um dos “Tópicos” que acho muito interessante ser debatido. Também aqui na ilha de Santa Maria nos Açores, esteve a equipa A de Andebol, para defrontar a equipa dos marienses para os oitavos de final da Taça de Portugal e o Núcleo disponibilizou 2 refeições (a equipe teve de passar 2 noites na Ilha, os jantares foram disponibilizados pelo Núcleo, em parceria com 2 restaurantes e a Câmara). Do mesmo modo, quando uma equipa de reportagem da Sporting TV veio cá filmar o programa “Núcleo Duro” (4 dias) oferecemos 4 das refeições dos funcionários (repórter e técnico de câmara) deslocados e “guiámos” ambos durante a sua Estadia e trabalho (proporcionando inclusive imagens de mergulho que foram um MUST do programa).
Mas esta é uma via que poderia (deveria) ter 2 sentidos e que poderia (deveria) ser muito mais potenciada através da criação de sinergias inter Núcleos, criando Redes de proximidade geográfica que os possa tornar ainda mais eficientes e fortes e que facilitem, por exemplo, programas de excursões conjuntas para dias Sporting desses Núcleos no PJR/Estádio ou no Aurélio Pereira/Academia.
Este será um tópico que terei todo o prazer de abordar mais em detalhe, caso assim o solicitem.
SL
2 Janeiro, 2021 at 13:36
Para a tal abordagem mais destacada de como potenciar e rentabilizar o papel dos NÚCLEOS, faço copy-paste do que já escrevi num post aqui na Tasca:
«(…) , os Núcleos podem e devem assumir um papel fulcral, de diversos modos e em várias matérias:
• REFORÇAR A DEMOCRACIA DO ASSOCIATIVISMO LEONINO – utilizando as suas sedes como locais de votação electrónica presencial nas AGs e articulando com o Clube modelos de divulgação e debate dos conteúdos das mesmas;
• REFORÇAR A DIMENSÃO DO CLUBE E A EXPANSÃO DA MARCA – estabelecendo um funcionamento dos Núcleos em rede (redes locais de agrupamento de Núcleos; redes regionais de agrupamento de Núcleos; Rede Nacional e Rede Internacional de Núcleos) e promovendo a interactividade entre eles;
• APOIAR A CAPACIDADE COMPETITIVA DAS EQUIPAS E AFIRMAR A RAÇA LEONINA – usar essa estruturação e funcionamento em Rede para incentivar o apoio regular às nossas equipas no Estádio José de Alvalade, no Pavilhão João Rocha, ou no Estádio Aurélio Pereira [várias redes locais de Núcleos a aproveitarem a sua proximidade para organizarem esse apoio em excursões; adquirindo Gameboxes “colectivas” de sócios SCP de Núcleo (novo produto a criar) para os 2 Estádios e os 2 Pavilhões com acesso ao Museu Sporting] por forma a que TODOS os fins de semana possam ser “Dia de Núcleos”; usar essa estruturação em Rede para melhorar o apoio nos jogos fora de todas as Nossas Modalidades (rede de Núcleos de proximidade ao local da deslocação da equipa, organizando-se não só para incentivar as equipas nos seus jogos, mas também para apoiar logísticamente essas deslocações);
• EXPONENCIAR AS VENDAS DE MERCHANDISING E EXPANDIR A MARCA SPORTING – usar a Rede de Núcleos para criar pontos de venda de merchandising Sporting (Clube, Futebol e Modalidades) como “extensões” das Lojas Verdes;
• DAR DESTAQUE AO ECLETISMO DO SPORTING – usar as fachadas das suas sedes para instalação de “placards” informativos onde realcem os resultados semanais das várias equipas leoninas nas diversas Modalidades, em todos os Escalões e nos 2 géneros; no período de “defeso”, instalar um “placard” maior que realce todas as conquistas de Títulos referentes à época transacta com um especial destaque para todos os feitos internacionais;
• DINAMIZAR E REFORÇAR A EFICÁCIA DO ASSOCIATIVISMO DOS NÚCLEOS – agrupar as sub-redes locais de Núcleos em: iniciativas de promoção de mercahadising com participação de Atletas; iniciativas de cariz solidário com participação de atletas; iniciativas de convívio (que permitam também a angariação comum de receitas e a promoção das suas terras, reforçando o reconhecimento da comunidade local pelo Clube); organização de torneios desportivos inter Núcleos (envolvendo não apenas os associados, mas também os seus filhos e outros familiares);
• AMPLIAR A DIMENSÃO DO ASSOCIATIVISMO LEONINO – participar activamente em campanhas de angariação de novos sócios SCP, traçando metas e objectivos anuais (angariação que estaria imensamente facilitada pela verificação de todas as iniciativas anteriores, que tornariam muito mais apelativa e compensadora a associação no Clube para os adeptos mais distantes do centro-sede);
• PROMOVER A CONSCIÊNCIA LEONINA/ REFORÇAR OS LAÇOS DA FAMÍLIA SPORTINGUISTA/ AFERIR BOAS PRÁTICAS- procurar organizar Conferências Regionais Anuais de Núleos e Congressos de Núcleos de 4 em 4 anos para debater estas e/ou outras propostas, monitorizar a sua taxa de sucesso, procurar meios e elaborar mecanismos para optimizar a acção individual de cada Núcleo e a acção interactiva de conjuntos de Núcleos;
• EXPANDIR A PRESENÇA GEOGRÁFICA DO CLUBE – apoiar e incentivar a criação de novos Núcleos.
(…)”
2 Janeiro, 2021 at 17:50
Sempre defendi que Núcleos fortes Clube fortíssimo!
O que vejo é os Núcleos (no geral) a lutar pelo Sporting e a apoiar directamente o Clube. O inverso não vejo tanto, pese embora as últimas medidas que dão algum apoio aos Núcleos, nomeadamente a bilhética onde uma pequena percentagem da venda é para o Núcleo.
Em relação às Filiais e Delegações, nos dias de hoje não vejo vantagens para nenhuma das partes envolvidas.
2 Janeiro, 2021 at 23:29
São mais uma afirmação da Expansão da Marca. A maioria das Filiais, mantêm uma forte ligação ao Sporting e as suas sedes “substituem” os Núcleos para os seus associados. Por exemplo, no Distrito de Coimbra a capital de Distrito e Figueira da Foz não possuem Núcleos mas existe o Sporting Clube de Coimbra e o Sporting Clube Figueirense; em França só existe um Núcleo em Perpignan, mas existe o Sporting Club de Paris (onde jogou o nosso ex “futsalista” Diogo) e Sporting Club em mais 3 localidades; na minha terra Natal, Goa, existe um Sporting Clube de Goa, em cuja sede a comunidade de origem lusa (e alguns goeses indianos) se reúne para assistir aos jogos. As filiais contribuem MUITO para a expansão geográfica do Clube e, com isso, ajudam imenso a promoção da Marca Sporting, o que também ajuda a angariar melhores patrocínios e publicidade. As Delegações já são poucas e têm menos relevância.
3 Janeiro, 2021 at 12:07
Álvaro, filiais fora do país faz todo o sentido. Por acaso segui em tempos o SC Goa e ajuda sim a expandir o nome/marca Sporting, MAS aqui dentro de portas já não sei.
Coimbra e Figueira da Foz pelo que sei têm Núcleos (o da Figueira até foi Núcleo do Ano em 2019, salvo erro.).
Em Coimbra existem vários Núcleos (não sei se o do Mondego será o antigo NSCoimbra) e todos trabalham em conjunto, o que é de louvar.
3 Janeiro, 2021 at 19:28
Tem razão, já existem Núcleos quer em Coimbra quer na Figueira. Não foi o melhor exemplo.
Mas existem Filiais como o Sporting Clube de Parambos ou o S.C. de Moncorvo no distrito de Bragança, ou o SC de Cuba, o SC Santaclarense e o SC Ferreirense no distrito de Beja. Em ambos os distritos o território é grande e a rede viária muito deficitária. Nesses casos as filiais funcionam um pouco como as do estrangeiro – o ponto de referência leonino. Também, até à pouco tempo, Filiais como o SC Lourinhanense ou o SC do Livramento serviram de suporte à antecedente da equipa B e à “sede” do nosso Hóquei em Patins, respetivamente.
De facto, com a reforma de 2016, as Filiais e as Delegações perderam aa ligação oficial ao Clube. Uma boa parte das Filiais do estrangeiro passaram a Núcleos. As que se mantêm como Filiais cumprem com o papel de referência leonina local e mantiveram o seu estatuto devido à inscrição das equipas com que competem (para manter os escalões em que se encontravam, por exemplo).
Seja como for é uma referência da marca Sporting. Nos Açores o Lusitânia é referenciado por todos os açorianos ao Sporting Clube de Portugal como sua filial. O mesmo se passa na Beira Baixa com o Sporting da Covilhã.
Mas, para o que abordamos neste post, as Filiais e delegações são de facto irrelevantes (poderão deixar de o ser se, por exemplo, em caso de o Clube adoptar o Voto Electrónico presencial em AGs Comuns, aceitarem as condições para funcionarem como extensão da AG e Mesas de Voto).
Um abraço e saudações leoninas
3 Janeiro, 2021 at 22:16
Parabéns pelas abordagens, Álvaro.
Este tema interessa-me bastante, pena ser pouco consensual no universo verde e branco.
Talvez deva ser o Sporting a definir o que pretende dos Núcleos/Filiais/Delegações, obviamente em conjunto com essas Instituições.
O SCCovilhã esteve anos e anos sem ter jogadores emprestados por parte do SCPortugal, (enquanto eram emprestados aos rivais directos) entretanto passaram alguns do FCP por cá e apenas na época 16/17 salvo erro tivemos o C. Ponde e o Filipe Chaby.
Haveria promessas de mais empréstimos em 2018/19 mas com as mudanças em Alvalade voltamos ao mesmo.
3 Janeiro, 2021 at 19:37
O que faz o Núcleo da Figueira da Foz (sem ser as sardinhas assadas)?
4 Janeiro, 2021 at 14:43
Nuno, talvexz o melhor seja mesmo perguntar aos dirigentes do Núcleo.
Estou certo de que não será só as sardinhas assadas.
Montar e manter um Núcleo dá IMENSO trabalho. E, aqui, este é genuinamente gratuito e voluntário. Três coisas fazem de certeza. Ajudam a angariar novos sócios e a expandir a Marca Sporting; ajudam a manter vivo o fervor leonino (mesmo em tempo de “vacas magras”); fornecem um local de referência, encontro e convívio da família leonina da região ou que a visitem.
Não me atrevo a perguntar o que faz o Nuno pelo SCP. Mas acho um muito infeliz insulto ao leonismo achincalhar o que fazem os Núcleos pelo Clube (nem todas as tentativas de humor são bem conseguidas).
Um abraço e saudações leoninas
4 Janeiro, 2021 at 17:15
Olá Álvaro
Perguntei a quem referiu o Núcleo. Como o referiu, pensei que soubesse a actual actividade do mesmo.
Embora a pergunta não lhe fosse dirigida, tinha um feeling que ia receber a sua resposta.
Pelo Núcleo em causa deixa ver o que fiz… olha, ajudei a montá-lo. Trabalho gratuito e voluntário. Transformar uma barraca cheia de baratas num espaço aprazível para sportinguistas.
Ao longo do tempo o Núcleo foi-se transformando num local de petiscos, com direito a consumo mínimo. Não, não é humor ou metáfora, pessoas que ajudaram a colocar aquele núcleo de pé foram mais que uma vez convidadas a sair porque não consumiam.
Hoje, o Núcleo é um restaurante, entre o Jardim e o Parque das Abadias (foi-se expandindo para uma excelente, e até certo ponto ilegal, esplanada).
Sei que fazem excelentes sardinhas, e que o restaurante está (ou estava, antes da covid) sempre muito bem composto.
O que faz enquanto núcleo desconheço (e duvido que muito sportinguista da Figueira o saiba), mas da última vez que lá entrei, tratavam melhor as verdes que os verdes. Não sei se entre umas entradas e umas sobremesas fortalecem o fervor leonino.
Quanto a achincalhar os núcleos, é mais uma das muitas conclusões à Álvaro. Referi-me a um em particular, não “aos núcleos”. Portanto, se o Álvaro conhece o mesmo, a sua história, e o que fazem, agradeço o esclarecimento. Homilias é que dispenso.
FUn fact: e como o Álvaro aprecia humor, pesquisei no Google Núcleo de Coimbra, aparecem páginas do facebook, wiki, nucleos.sporting; já no da FF, aparecem reviews no TripAdvisor.
4 Janeiro, 2021 at 17:33
Olha que se come bem!
A minha filha mais nova quis ir ver a “Xana TocToc” e aproveitamos para lhes mostrar a regiao centro, por uns dias – e almoçámos no Núcleo que estava altamente recomendado… no TripAdvisor.
SL
PS: comi sardinhas, como.sempre sardinhas!
4 Janeiro, 2021 at 17:51
provável. Tem boa fama.
Aquela esplanada (que tem uma história longa e interessante) está sempre à pinha.
Mas aquilo seria um núcleo e não um restaurante, digo eu. Como núcleo afastei-me, e por isso mesmo nunca tive a mínima curiosidade em lá entrar enquanto restaurante, embora seja um daqueles espaços considerados como “must go”.
1 Janeiro, 2021 at 23:28
Que nunca vos doa a voz (e a mão) para termos posts desta grandeza, onde se demonstra o caminho que era seguido (até 2018) e o caminho que se segue atualmente.
São este tipo de posts, onde se coloca a nu a merda que é esta Direcção, que faz saltar a corja avençada aqui na Tasca.
Eles bem gostavam que os sportinguistas comessem e calassem como aconteceu até 2011, mas esse tempo passou.
Por muito que o Rogério lhes ampare todos os atentados ao ecletismo, o tempo deles chegará e a porta de saida será ocaminho inevitável para tanta incompetência.
2 Janeiro, 2021 at 1:07
Excelente trabalho, Álvaro Dias Antunes. Infelizmente o trabalho de Bruno de Carvalho foi interrompido. Mas percebeu-se que a estratégia funcionava. Estes incompetentes têm os dias contados. É preciso trabalhar numa alternativa viável, criando uma vaga de fundo para o efeito.
2 Janeiro, 2021 at 7:18
Gosto de ler documentos “abertos”, disponibilizados para todos, incluindo este CD, que porventura o ira’ utilizar, escalpelizar e, se conseguir, contrariar ou melhorar.
E 2020 vai ser um anos “seco” de receitas, assim como 2021 vai ser pouco melhor – as perspectivas nao sao boas para ninguem, para estes ou para outros quaisquer, incluindo os “magos da gestao, os Midas”.
O caminho, na minha opiniao, tera’ de ser o reforco da ligacao afectiva (que esta’ em crise) ja’ que os tempos que correm sao de crise e serao de crise logo dificilmente os valores de patrocinios irao aumentar.
E tera’ de ser de competencia tecnica, quer de treinadores quer de jogadores, “Leonardos Jardins” em muitas modalidades – que os ha’, as diferenca de orcamentos entre o Sporting e “os outros”, ao que se diz, sao abismais com prejuizo para o Sporting.
E sim, continuo a defender que uma alteracao estatutaria e’ do mais urgente que ha’, aliada a um reforco/empowerment da nossa rede de nucleos e olheiros, que sao o que temos de mais baixo custo e com maior retorno, porque dao receitas e amor, receitas muitas vezes tiradas dos proprios bolsos, “a carolice”. E uma alteracao estatutaria tem, tambem, de ser feita de modo a prevenir que a SAD funcione como um eucalipto ou que faca sombra ao Sporting Clube – o Sporting tem e tera’ sempre de prevalecer.
Nao sei quantos atlets/usufruarios das nossas instalacoes existem e se sao todos socios mas nao me parece ser dificil, a querer-se “de dentro das pessoas”, a que se consigam esses 225k socios – fazer mais e’ sempre possivel.
Excelente, mais uma vez – e obrigado.
SL
2 Janeiro, 2021 at 8:36
Grande empreitada, Álvaro (tens o nome do meu irmão, já agora)!
Sem grandes delongas, é apenas estúpido achar que um clube da dimensão e do enraizamento histórico do Sporting pode gerir o seu ecletismo a meio gás. Pior, se se achar que esse ecletismo se alimenta da existência de um Pavilhão João Rocha e de um multidesportivo por onde passam, diariamente, centenas de pequenos e grandes atletas.
O pensamento deve ser, precisamente, o contrário: é a dimensão mundial do Clube que deve alimentar esses dois pólos, num trabalho de bases a ser feito em parceria com os núcleos e com as mais diversas autarquias.
Numa altura em que a puta da pandemia coloca ainda mais em causa o desporto escolar, regional e de formação, o Sporting tem que assumir-se como o Clube de Portugal que é, mas tem que fazê-lo com um projecto real e bem explicado aos seus sócios e aos seus adeptos. Claro que a maioria dos miúdos e, cada vez mais, das miúdas, quer jogar futebol no Sporting, mas há tantas outras crianças que gostam de atletismo, basquetebol, voleibol, andebol, hóquei, surf, canoagem, judo, tenis de mesa, rugby, etc, e tudo o que precisam é de alguém que lhes diga que, sim, podem fazer aquilo que gostam e podem sonhar em fazê-lo ao mais alto nível.
Ganha com isso o país e ganha com isso o Clube, que se entranha na comunidade de forma natural e próxima. Haja vontade e a noção de que um milhão de euros investidos no arranque de um projecto destes nunca pode ser obstáculo
2 Janeiro, 2021 at 10:02
Façam uma lista, porra!
A paixão do cherba, o olho prás finanças do Malcolm e o conhecimento jurídico e associativo do Álvaro…só aqui tínhamos infinitamente mais competência que a corja que lá está.
Eu candidato-me a roupeiro do voleibol feminino 😀
2 Janeiro, 2021 at 10:59
“Eu candidato-me a roupeiro do voleibol feminino”
😀 😀 😀 😀
2 Janeiro, 2021 at 10:09
Cherba, não posso concordar com essa abordagem”das modalidades”. Isso é conversa de adepto de futebol, há o futebol e as modalidades.
Há diversas modalidades, diversas abordagens, projectos.
Há modalidades profissionais, lúdicas, de massas, de atletas de elite. Já tantas vezes aqui foi discutido, quando houve vontade (por curiosidade, é ir ver um post em que se fala da extinção da equipa de basquete feminina) se fazia sentido o clube ter ténis e padel nos modelos que tinha. Ou se fazia sentido ter modalidades não competitivas, sendo apenas para “participar”.
Mas no fim resume-se a títulos, porque como a maior parte não quer saber da modalidade em si, vive é de ler os títulos que se obtêm. E claro, vem o investimento. É preciso investir.
Os 100 gajos que praticam ginástica e ficam a meio da tabela não fazem manchetes ou posts. Não “orgulham”.
Pessoalmente, não invejo as vitórias dos lampiões na canoagem. São atletas que compraram e patrocinam, o Benfica faz zero pelo desenvolvimento da canoagem nacional.
Queria ver no Sporting outras abordagens.
Cada caso é um caso, vemos no Sporting modalidades bem geridas (futsal, ténis de mesa), outras ao Deus dará (andebol, voleibol). E não é exclusivamente por não haver dinheiro. Tem a ver com pessoas, ideias e projecto, palavra tão falada mas cujo significado muitos desconhecem.
2 Janeiro, 2021 at 10:18
Não esquecer o valor social das modalidades. Somos uma instituição de utilidade pública e, especialmente a nível de modalidade com formação ou mesmo as unicamente lúdica, trazem muitos benefícios para a sociedade.
Para mim, essa é a razão principal para pagar quotas.
2 Janeiro, 2021 at 11:11
Mas, Nuno. Pode conseguir-se as duas coisas: equipas competitivas ao nível profissional sénior e angariação de atletas / sócios para o resto, muitos com porta aberta a chegarem ao nível profissional.
É como tu escreveste… “E não é exclusivamente por não haver dinheiro. Tem a ver com pessoas, ideias e projecto, palavra tão falada mas cujo significado muitos desconhecem.”
Havendo isto, o que impede o Sporting de conseguir os 2 objectivos?
2 Janeiro, 2021 at 15:22
«Cherba, não posso concordar com essa abordagem”das modalidades”. Isso é conversa de adepto de futebol, há o futebol e as modalidades.»
Mas com qual abordagem o Nuno não concorda?.
O Nuno procura apresentar-se como um Tasqueiro de humor refinado e muitas vezes cáustico, mas muitas vezes argumenta com chavões do mais demagógico que há: «Isso é conversa de adepto de futebol, há o futebol e as modalidades.». Mas há mesmo o Futebol e as Modalidades! Por isso um está na SAD e outras no Clube. E o que está em análise é a procura de um Modelo de sustentabilidade do Clube e das suas Modalidades.
«Há diversas modalidades, diversas abordagens, projectos.» Verdade de La Palice! Que é valorizada no post e gostaria de ver valorizada nos comentários e no debate através de sugestões e/ou exemplos que possam ser proveitosos para a gestão dessas Modalidades.
Claramente as Modalidades de PJR são diferentes da Natação ou da Ginástica ou das Modalidades de Combate. E, no entanto, estas geram, diretamente, mais receita que as primeiras. Porque assentam num Modelo de Gestão diferente, sustentado numa missão e objectivos diferentes. A esmagadora maioria das Modalidades de menor mediatismo procuram valorizar a componente lúdica e pedagógica, sem descurar a componente competitiva. Já as Modalidades mediatizadas assentam o seu Modelo no sucesso competitivo e descuram bastante a componente lúdica e pedagógica, o que eu acho um erro que deveria ser corrigido. Quase todas elas (as Modalidades SCP) não têm procurado procurado o máximo aproveitamento da vantagem ORGÃNICA do SCP para expandir a sua implantação e influência.
São essa questões que procuro debater.
As suas outras verdades («Mas no fim resume-se a títulos, porque como a maior parte não quer saber da modalidade em si, vive é de ler os títulos que se obtêm.»; «Os 100 gajos que praticam ginástica e ficam a meio da tabela não fazem manchetes ou posts. Não “orgulham”.»; «Cada caso é um caso, vemos no Sporting modalidades bem geridas (futsal, ténis de mesa), outras ao Deus dará (andebol, voleibol). E não é exclusivamente por não haver dinheiro. Tem a ver com pessoas, ideias e projecto, palavra tão falada mas cujo significado muitos desconhecem.») essas nem debato porque parece que não têm discussão.
Relevo (e bastante) uma sua frase: «QUERIA VER NO SPORTING OUTRAS ABORDAGENS». É exatamente isso que também pretendo quando escrevi o post e pedi ao Cherba para o publicar.
DEBATAMOS ENTÃO OUTRAS ABORDAGENS! Apresentemos sugestões! Descrevamos exemplos!
Um abraço e saudações leoninas
2 Janeiro, 2021 at 15:42
Mas há mesmo o Futebol e as Modalidades
Não, não há. Há modalidades. Cada uma tem a sua especificidade.
Recuso-me a discutir as modalidades como estando tudo num saco, e não quero saber se quem gere é a sad, o clube ou um carola qualquer.
Mesmo no modelo de alta competição, não é comparável hóquei (em que Portugal é formador e potência mundial) e basquete (onde qualquer americano de 5ª é rei). Cada modalidade precisa de um plano, de um projecto. Um projecto inclui metas e meios, e não obstante adepto do futebol (o que berra “Olha o que fizeram ao atletismo”, porque leu no Twitter que o Évora saiu) pensar que é preciso “investir”, sempre para ganhar, porque é disso que se trata, não é possível um projecto para as modalidades todas. Porque umas são e serão amadoras, de carolice, outras profissionais, umas não apelam aos jovens, umas existem num espaço físico (pavilhão, ginásio, piscina), outras têm atletas espalhados pelo país com mera ligação contratual.
E se nenhuma ou quase é sustentável sem quotização, umas geram receita, outras apenas despesa.
Meter no saco “as modalidades” é sim, conversa de futeboleiro, que acha que se pode ganhar o nacional de piscina curta com “reforços”.
As modalidades têm de ser discutidas individualmente.
No caso específico do andebol, o Sporting devia usar mais os núcleos do Norte e ligações a colégios, visto que os clubes com tradição formadora na zona de Lisboa estão de rastos. Aplica-se o mesmo ao futsal? Não. Estas estratégias dependem de secção para secção.
Até a questão do género é diferente entre modalidades, atrair raparigas para ginástica ou basquete exige “sinergias” diferentes.
2 Janeiro, 2021 at 16:06
Onde é que o Álvaro escreveu que se tem que ter o mesmo tipo de abordagem para as diferentes modalidades?
Vocês escrevem coisas semelhantes e depois “marram” no sexo dos anjos.
Tudo o que escreveste é complementar do que o Álvaro e o Cherba escreveram.
O Que o Álvaro tento dizer, ao separar Futebol das restantes Modalidades, é que este tópico prende-se com a sustentabilidade das mesmas.
E aí entra, e bem, o que escreveste. Que é o que todos escreveram.
Compreendo quando dizes que deveremos apostar na formação e não na compra imediata de craques para sermos campeões “em tudo”, só para dizermos que ganhámos.
Mas se isso for visto como um investimento e puder trazer receitas que permitam montar um projecto (que tu e eu tanto prezamos… projecto!) de sustentabilidade e desenvolvimento das modalidades.
Se eu quero no FF maior investimento para garantir a CONTINUIDADE de vitórias? Talvez agora, menos, face ao desinvestimento do Benfocas no FF. Mas não quando, há 2 anos, eles fizeram o investimento que fizeram com vista a limparem tudo.
Isso não implica que se deixe de apostar na formação. Deve-se apostar na formação.
O que não se pode é “limpar tudo” durante 2 aos e depois “deixar andar” e ganhar ZERO nos anos seguintes.
Deve haver um projecto que nos permita ganhar consistentemente no futuro? Claro que sim!
Mas não se pode passar de um ano em que se “limpa tudo” para um que “ganhas ZERO”.
E não é na canoagem, no berlinde ou no pião. É no Futebol Feminino.
Escapou-me alguma coisa?
2 Janeiro, 2021 at 16:23
A resposta é a um comentário do Cherba. Que refere as modalidades como um todo.
E que é, aceitem ou não, o mote. Fala-se sempre “nas modalidades”. Investimento, desinvestimento, tudo num saco (excepto a eleita como especial, pelas razões sabidas).
E a resposta serve não para o Álvaro em particular (porque interpretaram isso é com vocês), mas no geral, nomeadamente para os adeptos do atletismo e canoagem.
2 Janeiro, 2021 at 16:31
Mas eu não discordo de que escreveste.
O Cherba escreveu de uma forma genérica, mas de certeza que sabe que cada modalidade tem que ser tratada de maneira diferente.
GENERICAMENTE, há que cativar atletas e sócios para as mesmas.
Como se vai fazer, obviamente que tem que ser feita de forma semelhante em determinados aspectos e de forma diferente noutros consoante o objectivo que se pretenda atingir.
E mais uma vez reforço: sempre integrado num PROJECTO a médio/longo prazo.
2 Janeiro, 2021 at 16:35
Agora, nós podemos querer que determinados objectivos devam ser conseguidos e ter propostas para que os mesmos sejam alcançados (cada um, com propostas diferentes), mas há quem tenha objectivos diferentes. E – parece-me – a actual Direcção tem objectivos diferentes.
Para tudo é preciso haver dinheiro.
Mas, tal como escreveste, o que se passa extravasa essa lacuna (diminuição das quotas) porque já se viu que essa questão, apesar de não poder ser descurada, tem um impacto marginal nessa argumentação.
2 Janeiro, 2021 at 16:48
O fator quotas é marginal na desculpabilização daquilo que atualmente se faz ou melhor não se faz.
Numa estratégia de estruturação e crescimento é muito importante. Até 2018 o valor gasto em salários dos atletas era inferior ao total arrecadado em quotas a partir de 2018 inverteu-se esse paradigma e com tendência para agravar.
2 Janeiro, 2021 at 17:13
Por isso escrevi “tem um impacto marginal nessa argumentação.”
A argumentação é que “tem que se desinvestir nas modalidades porque não há dinheiro porque as quotas diminuíram.”
2 Janeiro, 2021 at 21:23
Nuno, o post que eu escrevi é sobre «O Clube, as Modalidades e a sua sustentabilidade e competitividade», logo, não falo nele sobre Futebol, mas sim sobre o Clube e sobre as Modalidades do Clube.
Também acho que se torna claro na leitura do post que não trato as Modalidades por igual. Mais ainda, nos comentários notará que, mesmo quando apresentando uma linha estratégica comum (e.g.: reforçar a aposta na Formação expandindo-a tirando partido da vantagem da nossa expressão Orgânica territorial), procuro falar e dar exemplos de soluções de ajustamento nessa estratégia que são diferenciadas para a Ginástica e Natação ou para o Volei ou para a Canoagem ou para o Surf, como o poderá ser para o Futsal, o Basket, o Hóquei e o Andebol.
Fiquei sabendo que se »recusa a discutir as modalidades como estando tudo num saco». Perfeito. Acho que estamos em sintonia nisso.
Peço-lhe então que debata as Modalidades diferenciadamente e apresente as suas ideas para e sobre elas. Claro que não todas, porque isso acho que nenhum de nós o saberá fazer.
Há-de reconhecer, todavia que a definição de políticas de gestão diferenciadas por Modalidade, não contradiz a necessidade de definição de uma política de gestão global e de sub-políticas de gestão agregadoras de grupos de Modalidades (e.g.: PJR; Multidesportivo; “Outdoor”).
Aliás a definição da gestão por Modalidade até deveria ser relativamente simples de definir, bastando “acertar agulhas” com os respectivos responsáveis: definir missão, objectivos, metas, recursos materiais, recursos humanos, capacidade de financiamento, etc. O que não invalida que seja a Direcção do Clube a fazer saber o que pretende sobre áreas de gestão mais genéricas (que formação? que competição? que equipas? que apostas? em que escalões e géneros? que níveis de custos suporta? etc.).
Um abraço e saudações leoninas
2 Janeiro, 2021 at 17:27
Nuno, o defender um projecto modalidades não implica não existir, dentro desse mesmo projecto, a noção de que cada modalidade é uma ilha que forma um arquipélago.
Claro que existem modalidades em velocidade de cruzeiro, como por exemplo o futsal e o hóquei, e será muito complicado dizer aos miúdos que por fazerem a formação connosco estão mais perto de chegar às equipa principal. Mas podemos dizer aos miúdos e às miúdas espalhados por todo o país, que é o Sporting que os ajuda a ter condições para praticarem a modalidade de que gostam, que é o Sporting que activa torneios e eventos para eles se mostrarem aos seus pais e à sua comunidade, que é o Sporting que está empenhado em promover o desporto infantil e juvenil. Podemos levar o Girão junto deles. Núcleos, câmaras, escolas, juntas de freguesia. Comunidade. É nelas que temos que colocar uma bandeira que saiba dançar ao ritmo do vento das preferências e da história desportiva que cada região apresenta.
Depois, há os padels ou os surfs. A Bonvalot é campeã nacional e ser ou não do Sporting é igual ao litro. Isso é inadmissível, mesmo que os patrocínios a impeçam de vestir a lycra Rampante. Quantas escolas de surf gostariam de poder associar-se ao Sporting? Quantos miúdos gostariam de entrar na água com uma prancha e uma lycra verde e branca? Quantos gostariam de entrar na água com a campeã? Implica investimento? Claro! Mas tem retorno a muito curto prazo. Monetário e sentimental, esse pormenor que comanda tudo o resto.
2 Janeiro, 2021 at 14:48
Cherba, vieste tocar em 4 pontos (que se interligam) que também acho devem ser MUTO MELHOR trabalhados para uma maior sustentação do Clube e das Modalidades e até (como muito bem salientas) para melhor e mais profundamente enraizar os Valores e a Missão do Sporting Clube de Portugal:
Vamos por partes.
1 – FORMAÇÃO
A formação nas Modalidades SCP deve ser holística: não deve contemplar apenas a constituição em Lisboa de equipas de vários escalões para competir. Deve seguir o exemplo da Ginástica, da Natação, das Modalidades de Combate e do que começa a fazer o Surf: para além de procurar formar atletas de competição, ensinar a mera prática desportiva como veículo de fortalecimento da saúde, da mente, da integralidade e da interação humanas e da qualidade de vida. Neste prisma, formar atletas e contribuir para a educação cinestésica, humana e social de indivíduos dos dois géneros e de todas as idades, é uma tarefa que não deve ser confinada ao centro ou à periferia da Sede do nosso Clube. O Sporting, mais do que um Clube de dimensão nacional e mundial é um Clube de ORGÂNICA nacional e mundial. Deve, por isso chamar a esta tarefa a sua enorme Rede de Núcleos e Delegações, protocolando com Núcleos (ou, preferencialmente, com Redes de Proximidade Núcleos) modelos de Formação/Educação em várias Modalidades que envolvam também a participação de Autarquias e Escolas.
Como exemplos: a Secção de Surf pode, a exemplo do que já fez na Costa de Caparica e em Carcavelos (pelo menos) criar Escolas SCP de Surf por todo o Litoral de Portugal e nas Ilhas; para facilitar essa tarefa poderia entrar em contacto com os Núcleos próximos das localidades alvo, para estes promoverem essas Escolas (inclusive a via poderia ser dar Formação de Formadores a surfistas dos Núcleos e padronizar modelos de funcionamento da Escolas SCP geridas pelos Núcleos com Royalties para a Secção da Modalidade e merchandising do Clube); a Canoagem, ao invés de ter sido extinta poderia ter optado por uma via idêntica (o Artur Pereira é de Esposende, o Emanuel Silva é de Braga, a Francisca Laia é de Abrantes, o David Varela é de Vila Franca de Xira; desde logo conhecerão poderiam trabalhar isso nas suas localidades, mais uma vez em cooperação com os Núcleos que aí existem – as 4 Localidades têm Núcleos SCP e existem outros de proximidade)
2 -EXPANSÃO ASSOCIATIVA
Uma tal aposta na Formação e Educação Física através das Modalidades e comprometendo os Núcleos SCP e Escolas e Autarquias, poderá ser um contributo DECISIVO para a cativação de muitos novos adeptos e a activação de muitos novos sócios. Envolver os Núcleos nisso e até incentivá-los a procurar novas formas de organização, de funcionamento e de relacionamento inter-Núcleos, pode, não só ajudar ao seu crescimento (e, logo, ao crescimento do SCP) mas até ser um exemplo incentivador da criação de novos Núcleos Expandindo ainda mais a presença e a influência do SCP). Esta Expansão Associativa e a Expansão física e territorial da Formação das Modalidades será sempre, também, um forte argumento de cativação e atração de novas e/ou maiores patrocínios e receitas de patrocínios e publicidade, além de poder aumentar consideravelmente as receitas de Inscrições nas Modalidades e Merchandising Modalidades.
3 – Escolas e Autarquias- O Sporting tem de ser MUITO MAIS ACTIVO E ASSERTIVO no seu relacionamento co Escolas e Autarquias. Expondo o muito que tem para lhes oferecer no complemento das suas Missões respetivas. Não apenas na Formação Desportiva, mas também estabelecendo com estas entidades iniciativas e Programas de Acção Educativa e Social em Áreas como a Educação Alimentar (aproveitando os/as Atletas e os/as Nutricionistas que trabalham no/para o Clube), a Educação Ambiental, a Solidariedade Social (aproveitando a Fundação Sporting) e a Inclusão Social (aproveitando o Gabinete Paralímpico e os Atletas e Seccionistas do Desporto Adaptado.
Poderia o SCP começar por trabalhar com as Juntas de Freguesia próximas à sua Sede (Lumiar/Telheiras; Campo Grande; S. João de Brito; Alvalade) com vista a, por exemplo, estabelecer Programas de apoio aos seus Centros de Dia para Idosos (visitas de Atletas, convites para jogos no PJR, visitas temáticas guiadas de grupo ao Museu Sporting, etc). Talvez, a partir daí pudessem os seus dirigentes ficar um pouco mais capacitados do que e como podem trabalhar em complementaridade com as autarquias.
SL
2 Janeiro, 2021 at 10:43
Peço permissão ao amigo Álvaro (a quem tiro desde já o meu Panamá Jack) e ao impagável Tasqueiro-Mor (o Livro dos Fiados na Tasca já não tem folhas) para copiar este valioso documento, dando-me a oportunidade de o examinar miudamente e opinar de maneira crítica e consciente.
Reitero os meus votos de Feliz Ano Novo a todos os verdadeiros Sportinguistas
2 Janeiro, 2021 at 10:54
Com certeza que o meu Panamá também se levanta à passagem do Malcom, “a maior e mais disponível Enciclopédia Financeira” aqui da Tasca”.
2 Janeiro, 2021 at 15:29
Caro leo14, o post está aí exatamente para isso! Força!
um abraço e um bom 2021
SL
2 Janeiro, 2021 at 10:50
Confesso que não tive, nem terei, paciência para ler este relatório.
Sei que posso confiar em Bruno de Carvalho mas, também sei que me não posso dar à veleidade de acreditar nestes lacaios do capitalismo selvagem que grassa no Sporting e, a bem dizer, começando nas cúpulas do Estado vem por aí abaixo, até subjugar toda a Nação.
Enriquecer a qualquer custo, designadamente à custa de Portugal e dos Portugueses, é o mote desta escumalha infecta e voraz.
O número de sócios que deixou de pagar quotas é enorme. Neste momento são já para cima dos 20.000! Porquê? Porque não acreditam na ocupação selvagem do nosso Sporting, nem na seriedade de quem o gere a partir da SAD e do clube.
É fácil de explicar, não é verdade?
A questão é a de saber se no descalabro das modalidades se encontra escondida a intenção de vender a SAD, meter o Estádio ao bolso por contrapartida do pagamento de dívidas à SAD, etc. etc. Imaginem a voracidade desta corja que, até a Família e os amigos ROUBOU e pensem como lhes é fácil roubar o Sporting Clube de Portugal.
É deste modo que, desde a Revolução Francesa, agem impunes os cripto-judeus.
NADA MUDOU. TUDO SE AGRAVOU.
2 Janeiro, 2021 at 11:26
Caros Álvaro e Malcolm,
Só agora li o post. Para mim está lá tudo.
Não me venham com “estórias” de que há modalidades lúdicas, competição e tal e coisa. Para cada caso tem que haver competência de gestão.
Desfizeram toda a restruturação que estava pensada e pronta a realizar por uma de duas razões (ou pelas duas cumulativamente:
– porque vinha do “coreano” e era preciso destruir tudo o que fosse conotado com BdC
– porque a intenção é vender a SAD, deixando o Clube “nas lonas” e ainda ir buscar ao Clube qualquer coisita, tipo PJR.
Vamos ver como fica a dívida do Clube à SAD, no final deste ano.
Para mim, há muita incompetência aliada a uma estratégia maliciosa desta CORJA.
Muito obrigado e, parafraseando um tasqueiro acima, que nunca vos doam nem a voz, nem os dedos (nem nada, claro) para nos elucidarem.
Contra factos não há argumentos, só nevoeiro e mentiras.
2 Janeiro, 2021 at 11:40
Precisamos de alguém com muita competência, sensatez e Sportinguismo para conseguir recuperar o Clube, quando estes OS de lá saírem.
De entre os candidatos, só vejo duas pessoas que espero tenham essas capacidades e características: Nuno Sousa e, sobretudo, Pedro Azevedo.
SL
2 Janeiro, 2021 at 15:38
O Sebastião permita-me discordar. Não vejo em nenhum deles a capacidade empática e carismática para conseguir o mais importante: galvanizar e empolgar os adeptos a ponto de conseguir atingir no mandato os 225.000 sócios, que considero o número mínimo para gerar (quer na SAD quer no Clube) custos Operacionais sustentados por Receitas Correntes (não apenas através das quotas claro, mas de tudo o que este número representará em assistências, patrocínios, publicidade, merchandising, etc).
Também não vejo como se cativa novos sócios sem defender abertamente e o mais rápido possível a mudança para 1 Sócio= 1 Voto.
Finalmente não vejo como se defende a democracia associativa quando se defende para as AGs Comuns o I-Vote Universal em qualquer ponto do planeta.
Um abraço e saudações leoninas
2 Janeiro, 2021 at 11:55
Hoje, cabe-me retribuir os elogios que o Álvaro me dispensa, semanalmente, na cronica do NBCá.
Não o faço, no entanto, como retribuição de simpatia, mas por competência, pois o artigo sobre as modalidades esta excelente. Obviamente, o elogio é extensível ao Malcolm.
O artigo toca em pontos já há muito, discutidos na blogosfera leonina, alguns deles quase numa base semanal – a forma como são trabalhadas as nossas modalidades.
Lanço apenas mais alguns dados para a discussão.
1° – Sem conhecer orçamentos, duvido que o basket seja a modalidade, de pavilhão, com o orçamento mais alto do clube. Essa é, na minha opinião e mesmo com os cortes, o Futsal. Penso que o basket estará na linha do andebol, com o orçamento a rondar o milhão de euros.
2° – Grande parte do artigo parte do pressuposto que o Sporting faz segmentação dos seus associados e adepos e que tratar e analisa, as suas assistências no PJR e afins. Eu penso que o clube não o faz e nem tem o software necessário para isso. Porque se o fazem, como se explica que crianças que nem têm idade para ter carta de mota, tenham recebido emails com o protocolo do combustivel com a repsol? Se têm o software ou se fazem a segmentação “à mão”, via folhas de excel, então digo-o com todas as letras – São uns INCOMPETENTES!
E isto leva-me ao ponto seguinte…
3° – Se o voleibol era a modalidade com menores assitências, não deveria ser a mesma a que deveria mais trabalhada, de forma a atrair mais adeptos e associados? E isto serve apenas como exemplo, porque poderiamos falar da forma como são semanalmente ignoradas as modalidades femininas, com horários completamente desajustados, com pouca ou nenhuma promoção nas redes socias e na própria Sporting TV. Faz sentido o Sporting ter modalidades, se não as promove?
4° – O apelo que o Álvaro faz aos socios é muito importante, mas lanço outra questão: Se os orçamentos das modalidades baixam de ano para ano, enquanto os custos dos não atletas e treinadores sobem, qual o incentivo que os adeptos têm para se tornar socios, se o dinheiro das suas quotas não vai servir para reforçar as modalidades, com mais e melhores jogadores e equipas técnicas?
5° Finalmente, um clube não pode só existir. Um clube tem que saber captar e cativar associados. E desculpem-me, mas esta direcção do Sporting, não sabe fazer nenhuma das duas.
Perde o Sporting e perdemos nós…
SL a todos.
2 Janeiro, 2021 at 12:03
Tudo boas questões
És tu o tigas do Sporting 160?
Excelentes as crónicas das modalidades. Grande comunicador
2 Janeiro, 2021 at 13:07
Antes de mais obrigado.
E sim, sou eu, esse Tigas. Também tenho aqui a crónica do basket no NBCá.
2 Janeiro, 2021 at 12:40
Bom dia tigas68, desde logo o agradecimento pelo enorme trabalho que fazes na rubrica do basquetebol, raramente comento pois pouco posso acrescentar, mas acredita que é um prazer ler as analises que fazes e numa modalidade que desde miúdo, no tempo em que Lisboa, Fultz, Israel, Baganha (esse mesmo) Carter, Taborda faziam as delicias dos adeptos, aprendi a gostar.
Centro no primeiro ponto que referes:
A auditoria deu-nos a informação dos gastos em salários por secções que em 2018 foram os seguintes:
Futsal: 2.894M
Andebol: 1.667M
Atletismo; 1.360M
Hoquei; 1.094M
Volei: 0.568M.
Natação: 0.434M
Ginastica: 0.232M
Todas as outras: 0.768M
Um total em 2018 de gasto em salários com Atletas de 8.017M
Para a época 2019/20, já com o basquetebol, que lembro foi introduzido com a ideia que os patrocínios basicamente sustentavam a modalidade, o orçamento indicava que seriam necessários 8.027M, basicamente um valor parecido ao de 2018. (Não temos acesso às contas com o valor por secção)
Na realidade as contas mostram que o valor efetivamente pago em 19/20 foi de 9.598M, mais quase 1.6M relativamente ao que estava orçamentado.
Para a presente época, o orçamento chumbado prevê 7.090M, uma redução relativamente ao real da época anterior de 2.6M.
Isto mostra que alguém terá de pagar a fatura e mais importante mostra que além de incompetentes temos uma gestão que nem nas contas acerta.
Já agora, uma curiosidade que está mencionada no artigo do Alvaro, os títulos de 2018, custaram seguinte:
(Valor de todos os gastos com a modalidade e com dedução das receitas próprias)
Futsal: -1.979M
Andebol: -2.318M
Hoquei: -1.261M
Volei: -0.775M
2 Janeiro, 2021 at 13:15
Obrigado peli esclarecimento Malcolm. Efectivamente tenho pena que os nossos Relatorios de Contas, não sejam de facto transparente ao ponto de os associados ficarem a saber quanto se gasta em cada modalidade.
Eu afirmo que o basket ronda o Milhão de Euros, apenas pelo que sei de forma não-oficial. Penso que era este o valor da época passada, pelo que nesta, presumo até que, possa ter subido ligeiramente fruto das deslocações inerentes à participação nas competições europeias.
Mas nada disto é oficial… E falo do orçamento, mas nada sabemos se efectivamente é o custo total para o clube ou não.
Um abraço forte e obrigado pelos elogios. Esta é uma discussão muito pertinente para se ter nas blogosfera leonina, quiçá uma das mais importantes sobre as nossas modalidades, pois acaba por ter impacto sobre tudo o que se decide mais abaixo na hierarquia e que leva a que se diga ao Gersinho e ao Rui Silva, por exemplo, que o objectivo da época não é terminar em primeiro lugar!
2 Janeiro, 2021 at 12:46
Sobre os jogos das modalidades femininas e dos escalões mais jovens no PJR.
Neste ponto será tão difícil conseguir trazer mais público ao pavilhão?
Basta pensar que as jogadoras têm famílias, amigos e colegas de escola/universidade, onde reside muito potencial de apoio para as equipas pois qualquer um gosta de apoiar o seu familiar/amigo.
Não precisariam de ser sócias para vir apoiar as equipas do Sporting mas com certeza que seria mais fácil por esta via vir a contar com estes apoiantes entre os futuros sócios do Sporting.
Um bilhete família e amigos seria sempre interessante de ser criado e poderia sempre trazer mais apoio e futuros sócios nos escalões nas modalidades femininas mas também nos escalões mais jovens.
E que melhor veículo divulgador existiria que os próprios atletas e técnicos?
O Sporting tem de se virar para a juventude pois é aí que reside o seu futuro e sobrevivência.
Tem que saber lançar sementes entre os mais novos de forma diferente e sem ser só e apenas com base no futebol.
Como referes e bem, toda esta componente do Marketing e atração de público continua a ser trabalhada de forma amadora (basta lembrar um tal de Miguel Cal) e duvido que haja algo pensado e estruturado para lá do futebol e muito menos no feminino e escalões jovens, continuando o Sporting a ser uma espécie de loja à espera de fregueses que entrem em vez de sair à rua para os procurar e convidar a fazer parte da família.
2 Janeiro, 2021 at 17:07
tigas68, muito obrigado pelo comentário que coloca questões relevantes.
1º – Em relação ao orçamento do Basket relativamente às Outras Modalidades, infelizmente não disponho de números excepto o das receitas geradas por Inscrições na Modalidade. Aqueles que apresentei foram extraídos da célebre “Auditoria de Gestão” de que ainda estamos (quase 2 anos depois) em que resultou o inquérito sobre a fuga de informação. Aí, ainda não havia dados sobre o Basket porque ainda não tinha equipa profissional.
Não sei, todavia se o Basket seria muito menos que o Futsal ou o Andebol, onde os números apresentados na auditoria referem os honorários das Secções que incluem, para além da VERGONHOSA descriminação individualizada dos gastos com atletas e técnicos, o item “outros” que se refere a técnicos/as Formação desde os Benjamins (Futsal, que também tem femininos) e desde os Infantis (Andebol). Acho que o Basket andará “ela por ela” com o Futsal e o Andebol custa pouco menos.
Todavia o que releva daqui é que as Contas e Orçamentos poderiam (e deveriam em minha opinião), em nome da transparência, mas também da melhor operacionalização da gestão, conter um Anexo com os custos e receitas Modalidade a Modalidade
2º – Completamente de acordo. A mim também me faz confusão receber, aqui na lha de Santa Maria, nos Açores, “convites” para os jogos no PJR ou no Estádio ou, o mesmo e-mail do protocolo Repsol que receberam crianças (pois apesar de até possuir viatura e carta de condução e até de 2 das 3 Bombas de abastecimento da Ilha serem da Repsol, e de o meu cartão possuir o “chip-CódigoQR” da Repsol, o facto é que o protocolo … só abrange Portugal Continental!)
3º – Não consigo responder com assertividade a isso. Mas acho que será algo onde o Adrien S. poderá dar um bom contributo. No Voleibol de muito positivo: a) o que e como se faz no Feminino, não apenas do ponto de vista da competição, mas também da Formação (gerando até boas receitas de “Inscrição na Modalidade”; b) o Masculino ter anunciado que iniciará a Formação, tendo já feito acções de captação.
O que me parece é que, na senda do que já referi em outros comentários sobre outras Modalidades, estando a prática do Voleibol muito concentrada no Norte, se deveria trabalhar aí, nos 2 géneros, a captação, formação básica e formação competitiva, usando (mais uma vez) o apoio dos Núcleos e/ou Redes de proximidade de Núcleo); já no Centro e Sul, onde a Modalidade conhece menor expansão centrar o suporte à expansão territorial da nossa Formação nas escolas (com intervenção dos Núcleos). Mas, decerto o Adrien terá uma visão mais conhecedora da realidade e, por isso, poderá apresentar sugestões mais eficientes.
4ª – Tanto quanto si os Atletas têm de ser Sócios [havendo uma categoria especifica para isso – suponho que estão englobados nos Sócios D (quota mensal de 3€?)]. Mas o fundamental da questão que coloca, volta a versar a questão da competência. Como classificar uma Gestão que, em 2 anos mais que duplica os gastos com Pessoal “não desportivo” (só não duplicou efectivamente porque em 3 meses só pagou 1/3 dos vencimentos desse pessoal, graças à aplicação de Lay-Out no âmbito das medidas públicas de mitigação do impacto económico da pandemia)? Como não percebem que esse tipo de gestão terá necessariamente algum reflexo nas atitudes e compromisso de sócios e adeptos?
5º – Mais uma vez COMPLETAMENT DE ACORDO. E esta é um dos principais insucessos destes dirigentes a sua dificuldade em gerar empatias, a sua falta de carisma, a sua incapacidade em empolgar, em galvanizar adeptos. Por tudo: desde a atitude de sobranceria, o recurso ao insulto a adeptos e sócios, a beligerância permanente contra G.O.A.s, o revanchismo face a grupos de adeptos e sócios, passando pelas inúmeras demonstrações de pura incompetência e terminando no desrespeito pelos Estatutos e a democracia Associativa do SCP.
Um abraço e um ótimo 2021 para si e para os seus
SL
2 Janeiro, 2021 at 17:32
Estamos em sintonia amigo Álvaro. Tenho muito respeito por quem segue o Sporting ao longe, seja no Algarve, Norte, ilhas, Eua, Austrália, etc… (excepto o Dubai) 🙂
Acho que é sempre mais fácil ser-se do clube estando mais próximo do mesmo, por isso tenho grande estima por todos vós, que estão “distantes”.
Forte abraço e mais uma vez obrigado pelo execlente post.
2 Janeiro, 2021 at 23:45
* de que ainda estamos À ESPERA DE SABER (quase 2 anos depois) em que resultou o inquérito sobre a fuga de informação
2 Janeiro, 2021 at 13:44
Caro Álvaro
Que trabalho fantástico, com a colaboração do Malcolm.
Tudo bem claro e transparente, fruto de um trabalho enorme e bem estruturado, que até um leigo , como eu , percebe minimamente. Bem hajam.
As trocas e baldrocas entre as diversas empresas, criadas durante a vigência de José Roquette, sempre tiveram um fito : enfraquecer o Clube e fortalecer a Sad.
A salvação do Clube , a meu ver , tem a ver com o aumento do número de Sócios, e um forte e inequívoco apoio às modalidades.
Com esta ” direcção “, é impossível.
A debandada de Associados, tem a ver, apenas, com a hostilização permanente e a falta de respeito , a que os Sócios foram votados.
Só com uma acção permanente e directa com o Núcleos espalhados por todo o País e estrangeiro, poderemos reverter esta situação.
Mas para isso, é necessário que haja vontade.
Há bem pouco tempo, e mesmo sem a ” pesada herança “, conseguimos transformar um Clube amorfo, num Clube pujante e vencedor.
Com Sportinguistas como o Cherba, o Álvaro, o Malcolm e outros que por aqui vão deixando as suas crónicas, mantenho viva a esperança, de ver o Nosso Sporting trilhar o caminho, do qual nunca deveria ter sido desviado.
2 Janeiro, 2021 at 17:06
O Sporting com a reputação que tem (tinha) em criar jovens de qualidade deveria ter escolas por todo o país nas diversas modalidades (seja organizadas pelos núcleos ou por iniciativa privada). O trabalho mais difícil que é o de marketing estava feito e essas receitas poderiam ser usadas para apoiar as modalidades séniores enquanto “imagem” do clube. Por outro lado, começava-se desde pequeno a criar a mística do clube!
2 Janeiro, 2021 at 17:12
Sem dúvida Nuno que esse caminho tem de ser muito mais percorrido. É outra enorme fonte potencial para o aumento, não apenas de receitas, mas sobretudo da cativação de novos adeptos, da activação de novos Sócios e da Expansão orgânica e territorial do Clube e da Marca SCP.
Um abraço e um bom 2021
SL
2 Janeiro, 2021 at 17:22
Obrigado Alvaro! Quando ganharem as próximas eleições podem contar comigo para expandir o nome do Sporting no Norte! 😉 Um abraço e votos de um bom ano!
2 Janeiro, 2021 at 17:21
Primeiro que tudo dar os parabéns ao colega tasqueiro Álvaro pelo texto que, com certeza, deu enorme trabalho a fazer e demorou várias horas a elaborar. Eu valorizo muito o trabalho a que os tasqueiros se dão para exporem e fundamentarem as suas opiniões e o Álvaro, concorde-se depois com a opinião ou não, tenta sempre fundamenta-la. E isso é muito positivo.
“Hoje o Sporting apresenta-se em 55 modalidades, sendo o clube mais ecléctico do mundo. É também o clube com o ecletismo mais inclusivo do mundo ao apresentar 14 modalidades de desporto adaptado e paralímpico (o 2º é turco e apresenta 7 modalidades).”
Bem, tomando isto por verdade, vocês percebem bem o alcance disto?
Como é que um clube que factura o que o Sporting factura, nem sequer sendo o que mais factura no próprio país onde será o segundo ou o terceiro com mais receita, pode ter tanto sucesso nas modalidades de modo a estar no Top10 mundial de clubes com mais taças internacionais e de mais taças no geral (nacionais e internacionais)?
É óbvio que nem tudo é perfeito mas a facilidade com que se critica este clube é um absurdo! Basta ler este trecho do texto do Álvaro para perceber que muito faz o clube com os recursos que tem – e parte do mérito é também dos treinadores e dos atletas.
Ficando só por Portugal, competimos com o Benfic@ que factura o dobro e tem menos modalidades. Percebam a noção disto, sff. Se fosse ao contrário, nós a facturarmos o dobro e a ter menos títulos, o que diriam vocês? Não achariam uma vergonha ter muito mais dinheiro e perder campeonatos para um clube com muito menos recursos – metade?
Competimos também com o Porto, que estará equilibrado connosco em termos de recursos financeiros mas que têm muito menos modalidades – algumas com peso significativo nos orçamentos totais, como o Futsal e o Voleibol masculino. E não tem comparação o número de títulos que têm… Estão muito longe do nosso total.
Portanto, mesmo internamente, em desigualdade com os 2 maiores rivais, o nosso desempenho é, no geral, melhor. Querer que se ganhe sempre é o cúmulo da utopia. Os nossos rivais, especialmente nas modalidades de pavilhão que têm, no Atletismo, e numa ou outra modalidade olímpica que tenham, lutam sempre, como nós, por ganhar. Normalmente com mais meios. E, repito, acharem que nós é que temos sempre a obrigação de ganhar, é uma criancice! Nós temos a obrigação de ter equipas minimamente competitivas – Benfic@ tem o dobro do dinheiro disponível, cerca de 40M€, e o Porto tem menos modalidades, tendo um valor próximo do nosso. Minimamente competitivas… E temos muito mais do que isso, em quase todas. No geral, batemo-nos pelos títulos no Futsal (contra Benfic@), no Andebol (contra Porto e Benfic@), no Hóquei (contra Porto, Benfic@ e Oliveirense, pelo menos), no Atletismo (contra Benfic@), agora no Basquetebol (contra Porto, Benfic@ e Oliveirense), no Judo normalmente somos campeões, o que acontece no Ténis de Mesa também. Só o Voleibol masculino destoa aqui, apesar de termos conseguido ser campeões no ano do regresso.
Não perceberem que o Clube, com as condições competitivas que tem, faz, normalmente, um bom trabalho, pelo menos, é não ter noção do que se passa.
Em cima disto, temos boas prestações a nível internacional em muitas modalidades, o que é incrível dado o poderio económico que muitos clubes têm em comparação com qualquer clube português.
Agora, isto não impede de tecer criticas onde as coisas não são bem feitas. Mas uma coisa é criticar algo que não foi bem feito, e outra é criticar simplesmente porque nesse ano não se ganhou. Não competimos sozinhos, caramba. Do mesmo modo que há 3 anos fomos campeões no Futsal nos penaltis, há 2 anos perdemos o título com uma bola no poste a 2 ou 3 segundos do fim do prolongamento. Muitas vezes são detalhes… Às vezes uma questão até de alguma sorte. Por vezes um jogo mais bem conseguido de quem ganha, num equilíbrio enorme.
Essa cena da “obrigação de ganhar” acontece em casos muito pontuais… No Voleibol masculino do Benfic@ – que tem anos de projecto e de domínio da modalidade em Portugal – ou no nosso Rugby feminino, exactamente pelas mesmas razões: projecto sustentado de anos e domínio da modalidade há muito tempo. Mas são excepções.
“Devemos, todavia, reconhecer que o apoio dos sportinguistas às modalidades ainda está muito longe daquilo que elas realmente merecem.”
E é uma pena!
Quando surgiu a notícia que só autorizavam um pavilhão com 3 mil lugares, além do facto de perceber logo que isso iria impossibilitar fases finais ou finais no PJR, achei que muitas vezes o pavilhão ia estar cheio e com muitas pessoas a não poderem ver os jogos ao vivo, como queriam. Nunca me passou pela cabeça que a realidade fosse a que é e que é aqui exposta pelo Álvaro.
Mesmo considerando uma assistência de 30 mil no futebol, será assim tão difícil esperar que 10% queira ir ver modalidades ao Pavilhão? Eu pensei que não. Mesmo tendo em conta que nem toda a gente gosta de todas as modalidades e também que nem toda a gente tem a possibilidade de gastar para ser sócio, gastar para ir ao futebol e depois gastar também para ver algumas modalidades – e cada vez me parece que há menos gente com possibilidades para isto!
Mas, mesmo nesta realidade, continuo a achar que a CML devia ter dado autorização para um pavilhão com 5 mil lugares, que pudesse receber finais europeias, e que o Sporting merecia e devia ter esse pavilhão, mesmo ficando muito vazio na maior parte dos jogos. Mais gente possibilitaria sempre, ou mais receita para o Clube e para o Estado, ou preços mais baixos, o que seria mais atractivo.
No entanto, cabe à Direcção motivar os sócios a irem ver as modalidades. Caramba, gente dita profissional tem de saber como motivar os adeptos a irem ao PJR ver as nossas equipas – e o mesmo sucede no Estádio. E aqui o trabalho da Direcção é praticamente nulo. Quer no Pavilhão, quer no Estádio, quer na Academia… E isso é um ponto negativo da Direcção – mais um!
Como eu já aqui tenho dito, o Sporting necessita, na minha opinião urgentemente, duma revisão estatutária que melhore o funcionamento do Clube – não o deixando ao arbítrio de quem o dirige – e o defenda de incompetentes ou megalómanos – especialmente no que diz respeito a fazer divida ou a usar dinheiros de receitas futuras, onde é absolutamente necessário que haja um limite, eventualmente podendo ser ultrapassado em AGs com votações esmagadoras, tipo 75%!
Pelo que o Álvaro expõe, e o Malcolm também já explicou, hoje os orçamentos acabam por ser um bocado fictícios pois há uma parte do dinheiro que lá aparece que é só existe mesmo no papel – porque foi consumida no passado. Portanto, fica óbvio que quando se usam receitas futuras, alguém está a usar um dinheiro que “não é seu” e a prejudicar quem, no futuro, devia ter esse dinheiro disponível. Esta Direcção está a sofrer na pele isso na parte do Clube mas, por outro lado, também já adiantou receita futura – esperemos que não para além do suposto mandato!
Já disse aqui, e mantenho esta opinião, que não olho para o adiantamento de receitas como uma coisa má, só por si. E explico… Se eu antecipar 10M€ para ir buscar um “Bruno Fernandes”, não há problema. Na altura certa, os 10M€ valerão mais do que isso e se precisar deles, vendo o jogador e tenho esses 10M€ mais o resto que foi a valorização do jogador. No entanto, se for buscar um “Ilori”, já há problema. Não altura certa, os 10M€ valerão muito menos do que isso e estou lixado. Limitei-me a queimar dinheiro…
Portanto, depende sempre de como se utiliza essa receita futura, antecipadamente. Pode ser um problema mas também pode ser uma boa medida.
Para mim é fundamental chegar ao ponto de equilíbrio, quer no Clube, quer na SAD. Isto é, ao ponto em que temos disponível para a época o suposto dinheiro da época, e não menos porque alguém no passado usou parte da verba desse ano. Não sei, quer no Clube, quer na SAD quando é que isso será possível, mas é bom que não se antecipem receitas para pagar contas correntes porque isso é sempre mau.
Foi-me dito que a Direcção está a tentar negociar tudo o que sejam pagamentos para a época 22/23, exactamente porque haverá mais dinheiro disponível nessa altura. Isto condiz com o que veio a público, por exemplo, da contratação do Tabata, onde o grosso do pagamento poderá ser feito nessa altura. Acontece também com o Pote e o Nuno Santos, arrastando os pagamentos maiores para lá. Talvez a ideia seja mesmo essa mas se arrastarem tudo para 22/23, deve ficar uma conta bem pesada na altura. Não vão às compras nesse ano? Ou acabam por fazer exactamente o que criticaram na Direcção anterior, deixando para outros os pagamentos das suas compras?
Não é fácil lidar com esta situação, quando receitas que supostamente deviam haver foram já consumidas por gente que esteve no clube antes, ou porque gastaram demais e mal, ou porque tiveram de fazer essa antecipação porque alguém também antecipou o dinheiro que deviam ter… Complicado!
Bem, já vai longo…
Só uma perguntinha para perceber algo que ainda não percebi… Portanto, como dito aqui e anteriormente pelo Malcolm, parte dos 20M€ do Orçamento já foram consumidos anteriormente. Isso aparece reflectido nas contas desta Direcção? E nas contas da Direcção anterior também aparecia? É que não me lembro de ver isso debatido no Orçamento apresentado para 2017/18, que foi o único que acompanhei com mais atenção, para perceber de onde vinham os dinheiros e para onde iam… Não me lembro de na altura se falar nisto, que só haviam 13 ou 15 M€, apesar do Orçamento ser à volta dos 20M€. Passou-me despercebido ou realmente não se falou? Porque, parto desse principio, se há agora uma parte que é orçamentada mas já foi consumida, em 17/18 também era assim, certo?
Mais uma vez, excelente prestação, Álvaro.
Apesar de já se fazer um trabalho meritório, sim, há ainda espaço para melhorar.
2 Janeiro, 2021 at 17:28
“Isso aparece refletido nas contas desta Direção? E nas contas da Direção anterior também aparecia?”
Já aparece refletido nas contas do clube desde 2004/2005, altura que se fez a cedência de utilização dos espaços pela SAD.
Para a direção anterior nunca foi problema pois fazia a execução dos seus orçamentos gerou sempre resultados positivos entre os 2 a 4M e com isso contornava o problema.
2 Janeiro, 2021 at 18:08
Primeiro que tudo dizer que concordo com tudo o que escreveste, inclusivamente com:
“Querer que se ganhe sempre é o cúmulo da utopia. Os nossos rivais, especialmente nas modalidades de pavilhão que têm, no Atletismo, e numa ou outra modalidade olímpica que tenham, lutam sempre, como nós, por ganhar. Normalmente com mais meios. E, repito, acharem que nós é que temos sempre a obrigação de ganhar, é uma criancice!”
“Querer que se ganhe sempre é o cúmulo da utopia” e ” acharem que nós é que temos sempre a obrigação de ganhar, é uma criancice!”
Totalmente de acordo.
Agora, desculpa ser picuinhas nisto…
Mas o que se passou de 2018 para 2019 foi que em 2018 ganhaste TUDO e em 2019 ganhaste ZERO (naquelas modalidades de pavilhão + FF).
No FF, passaste de um ano em que limpaste Supertaça, Taça e Campeonato para outro onde ganhaste BOLA!
Se achas que isso é normal (os outros também competem para ganhar, a história dos penaltis, negra, bola no ferro, etc.), eu não acho.
O voleibol aceito, pois tivemos a felicidade em 2018 de sermos campeões, mas seria natural não o sermos no ao seguinte.
Mas nas outras 4? Em todas? Passaste de “ganhar tudo” para “ganhar nada”?
Obviamente que estou a fala internamente.
Eu não acho normal.
É a minha opinião.
Mas concordo com tudo o que escreveste. Apenas fiz este reparo porque sei qual é a tua opinião e ele extravasa o que te limitaste a escrever neste texto. Está lá subentendida.
Não é normal ganhar tudo num ao e nada no ao seguinte. Simplesmente, não é.
2 Janeiro, 2021 at 18:08
*ano
*ano
3 Janeiro, 2021 at 22:33
Foi-se campeão europeu em duas. Feito básico.
Voltando ao mesmo, não há “as 4”, há modalidades
No futsal foi-se à final, foi preciso arredar o Dieguinho para desequilibrar a coisa. No andebol o Porto foi superior. No hóquei há 4 candidatos, num ano caiu para o Sporting, no seguinte para outro.
Por esse raciocínio o Benfica nunca poderia deixar de ser campeão de basquete, ou o Porto de andebol e hóquei, já foram hegemónicos, onde se viu perder assim domínio.
3 Janeiro, 2021 at 22:55
Que parte do “Obviamente que estou a falar INTERNAMENTE.” e “É a MINHA OPINIÃO.” que não percebeste?
Não, não é normal. Nem natural. Campeão em TUDO num ano e ZERO no ano seguinte.
Em 2018, o Benfocas também teve um ano de seca, mas não ganhou TUDO no ano anterior.
Percebes a diferença ou queres que te faça um desenho?
Repito… NA MINHA OPINIÃO, NÃO É NORMAL!
3 Janeiro, 2021 at 23:05
Lembro-me do Porto ter uma faixa na sede de Lisboa num ano em que ganharam as modalidades (que tinham) todas.
Aconteceu uma vez. É uma anomalia estatística. Tal como não ganhar alguma
Mesmo assim, dois títulos europeus, como se fala aqui (não ganharam nada, não ganharam nada) contam zerito.
Este ano, futsal, basquete, hóquei, podem conquistar o campeonato. Vai ser difícil, não jogam sozinhos.
Sim, os outros também têm mérito e não andam a ver a banda passar.
Entretanto já entraram 2 taças 19/20. Para colmatar o 2º ano branco.
3 Janeiro, 2021 at 23:08
Lá estás tu a desconversar com os títulos europeus…
Eu falo em alhos e tu falas em bugalhos.
INTERNAMENTE… Campeonato… E no FF, Campeonato + Supertaça + Taça de Portugal. De TUDO a NADA, num ano.
Normal?
3 Janeiro, 2021 at 23:12
“É normal ganhar algumas modalidades num ano… Não é normal, mas podes ganhar todas as modalidades num ano… mas não é normal PERDER TODAS as modalidades num ano, quando no ano anterior GANHASTE TODAS”
– Jaime Grilo
3 Janeiro, 2021 at 23:24
O domínio no Ff era assim tão intenso que num ano não podia cair para o Braga?
Sim, acho normal equipas que não sejam totalmente dominadoras ganharem num ano e perderem noutro para quem lhes seja equivalente ou superior. Uma anomalia de 100% vitórias é idêntico a 100% de derrotas.
Vocês (posso usar o vocês?) têm uma visão do desporto marcada pela excelência. O problema deve ser meu, fruto de uma carreira medíocre, estou habituado a perder para quem seja superior.
Usássemos todos essa exigência nas nossas vidas (eu não, que sou mediano) Portugal estava na vanguarda.
3 Janeiro, 2021 at 23:37
“O domínio no Ff era assim tão intenso que num ano não podia cair para o Braga?”
Mas perder TODAS as provas? Não é normal…
“Vocês (posso usar o vocês?) têm uma visão do desporto marcada pela excelência.”
No meu caso, isso não é verdade.
Obviamente que não gosto que o Sporting perca, mas aceito que não ganhe sempre.
Não me surpreendi termos perdido do voleibol em 2019, por exemplo.
O que me faz confusão é ganhar TUDO num ano e ganhar ZERO no ano seguinte.
Desculpa, mas faz-me confusão.
“O problema deve ser meu, fruto de uma carreira medíocre, estou habituado a perder para quem seja superior.”
Nem sempre quem é superior ganha. Tem mais probabilidades / possibilidades de ter êxito, mas nem sempre ganha. Underdog rules.
“Usássemos todos essa exigência nas nossas vidas (eu não, que sou mediano) Portugal estava na vanguarda.”
Mas não se trata apenas de exigência, pura e dura.
Trata-se de estranheza e coincidência dos momentos.
Não digo que perderam por falta de exigência. Os outros também investem para ganhar.
O que digo é que é estranhíssimo GANHAR-SE TUDO nem 2018 e PERDER-SE TUDO em 2019.
Obviamente, se queres ser pragmático, falas no atletismo, no ténis de mesa, no rugby feminino, por exemplo, e aí renovámos os títulos.
3 Janeiro, 2021 at 23:39
*no voleibol
*em (em vez de “nem”)
4 Janeiro, 2021 at 15:10
Acho interessante neste post e, mesmo face ao comentário do Miguel esteja a discutir o que se ganhou e o que não se ganhou.
Não é isso o relevante.
Relevante é criar condições para sustentar o Clube e, simultaneamente, fornecer as melhores condições possíveis de competitividade e de ACTIVIDADE às suas Modalidades.
E, em relação a respostas ao comentário do Miguel, acharia mais interessante que elas começassem por verificar os pressupostos em que esse comentário se baseou.
Na resposta que dei ontem, salientei que desconheço os números do carnide A porque só são acessíveis a sócios registrados no site. mas coloco seriamente em dúvida que tenham rendimentos operacionais de 40M€ (se assim for, direi que são dos maiores incompetentes do Mundo, pois rendimentos desses para tão poucas Modalidades etão poucas vitórias, mesmo para rabolhos, é miséria a mais=.
Pude aceder aos números do Porto de 2014/5 a 2018/19 e aí provei que, ao contrário do que o Miguel afirma, o Sporting “factura” muito mais que o Porto. E ganha muito mais competições, porque tem muito mais Modalidades (o ecletismo, para mim, é já uma VITÓRIA). Acontece que, no último ano em que se conhecem as contas dos 2, o Sporting tem mais do dobro dos rendimentos operacionais do Porto e, nas modalidades que ambos disputam, a comparação é favorável ao Porto (exceto nas 2 com Euro Liga do Hóquei – mas foi no Campeonato – na Natação e no Desporto Adaptado).
O que acho mais relevante e PREOCUPANTE é perceber que o Porto apresenta Resultados Operacionais negativos durante anos consecutivos (em 2018/19 de mais 1,3 milhões de euros, mas não se encontra em situação financeira tão grave quanto o nosso Clube e ISSO NÃO É POR TERMOS MAIS MODALIDADES, é por termos MENOS COMPETÊNCIA DIRETIVA.
SL
4 Janeiro, 2021 at 16:45
A exigência de excelência tem mesmo de ser um padrão na Vida Associativa do SCP.
O que não quer dizer que se tenha de ganhar sempre. Nem que a exigência se deva limitar aos resultados competitivos.
Também se deve estender à actividade não competitiva das Secções; à actividade de missão social e de solidariedade do Clube; ao cumprimento dos Valores e do lema do Clube; aos actos de gestão de dirigentes.
E, sim, deve ser sob esses padrões de exigência em todas as áreas que devemos (todos nós sócios) escrutinar e julgar a gestão do Clube.
SL
3 Janeiro, 2021 at 22:16
«Ficando só por Portugal, competimos com o Benfic@ que factura o dobro e tem menos modalidades. (…)
Competimos também com o Porto, que estará equilibrado connosco em termos de recursos financeiros mas que têm muito menos modalidades (…). E não tem comparação o número de títulos que têm… Estão muito longe do nosso total.»
… Não sei em que documentação se baseia o Miguel para sustentar essas comparações. Tentei aceder à contas do carnide (a agremiação, não a SAD) e só sócios registrados têm acesso a elas (como deve calcular, por mais curiosidade que tivesse, não me registrei -vade retro!).
Quanto às dos fruteiros, os rendimentos operacionais variaram como segue (tudo em milhares de euros): 2014/2015 = 12.549m€; 2015/2016 = 12.296m€; 2016/2017 = 12.092m€: 2017/2018 = 11.843m€; 2018/2019 = 12.186m€. Ora, os rendimentos operacionais do Sporting para os mesmos anos foram, respetivamente de: 19.736m€; 18.950m€ ; 21.468m€; 24.138m€; 26.334m€. Ou seja, a “facturação” do Sporting, em 2018/19 é mais do dobro da do Porto. Quanto a títulos, teremos tido muito mais, por termos muito mais Modalidades. Foram as seguintes as Modalidades em que o Porto competiu: Andebol, Basquetebol, Bilhar, Boxe, Ciclismo, Desporto Adaptado, Hóquei em Patins, Natação. Ganhou em Andebol, não tínhamos basquetebol, ganhou no Bilhar, no boxe os título são individuais e andarão repartidos, no Ciclismo são dominadores desde que regressaram à Modalidade; no Desporto Adaptado “damos nós cartas”; no Hóquei, o Porto foi campeão, mas nós ganhámos a Euro League. Na natação somos dominadores; na Natação revalidámos o Título Nacional em Masculinos e ficámos em 2º em Femininos (ganhou o Algés e Dafundo).
Portanto não vejo que comparações o Miguel faz: aquilo que nos dá o predomínio no Desporto nacional é, antes de mais, o Ecletismo (que foi posto em causa por sucessivas Direcções durante quase 2 décadas); depois é a competência dos “carolas que andaram a manter secções com um enorme Esforço, Devoção e Dedicação; finalmente foi o reverter a partir de 2013, da tendência miserabilista para uma aposta decisiva no Eletismo e na Exigência de excelência. A competência nas diversas Secções, acho que ninguém pode colocar em dúvida que existe. Os resultados comprovam-no; independentemente dos orçamentos porque, se podemos estar em vantagem interna, o mesmo não se passa externamente e, desde 2015, comquistámos 15 títulos europeus.
Mas, não são essas contas que me preocupam, porque sei bem que havendo o adequado investimento, GARANTINDO A SUSTENTABILIDADE OPERACIONAL desse investimento, as conquistas vão SEMPRE aparecer. Não conquistaremos tudo, Claro que não. Mas estaremos SEMPRE mais perto de vencer mais vezes e em mais modalidades.
As contas que me preocupam são mesmo as das finanças do Clube. E elas estão muito sombrias e, na minha opinião, só podem ser revertidas com outra Direção e com outra filosofia de gestão.
Obrigado Miguel pelo seu contributo. Esta é uma questão que, acho, todos nós devíamos continuar a debater sem preconceitos.
Um bom 2021 para si e para os seus
SL
2 Janeiro, 2021 at 17:40
Contra factos, não há argumentos!
Parabéns aos autores e obrigado por manterem a nação Sportinguista informada.
Um bom ano a todos.
SL
2 Janeiro, 2021 at 17:49
Obrigatório ler.
Vai ser a minha leitura de Domingo.
Obrigado Ao Álvaro e ao Malcolm, por mais esta visita ao coração do Sporting
2 Janeiro, 2021 at 18:08
*ano