Sabia-se que ia ser uma época muito complicada, nomeadamente depois das saídas da capitã Débora Queirós e de Cátia Morgado, algo que já havia acontecido com Débora Lavrador, Dani e Kika. Por outras palavra-se, pedia-se que quem ficava e quem chegava, lutando com armas desiguais, fosse capaz de respeitar o símbolo Rampante e nunca desse motivos para que lhe apontassem o rótulo de falta de empenho.

Pelo pouco que foi sendo possível acompanhar, até porque a modalidade pouco ou nada é acompanhada (basta ir à secção de notícias de futsal no site oficial e contar pelos dedos as publicações referentes aos nossos jogos), não estarei a errar se disser que foi mesmo isso que fizeram: lutaram até à última.

Este fim-de-semana, dois jogos fundamentais. No sábado, Golpilheira e Sporting disputaram o jogo em atraso da 6.ª jornada da Série Sul do Campeonato de Futsal Feminino. As Leoas venceram por 4-1, mantendo viva a esperança de se qualificarem para a fase de apuramento de campeão. O Sporting passava a somar nove pontos ao fim de seis jogos e estava na quarta posição, com mais três pontos que UA Povoense , Golpilheira e CR Leões de Porto Salvo.

No domingo, no João Rocha, as esperanças desvaneceram-se com a derrota por 5-9 frente ao CRC Quinta dos Lombos, resultado que atirou a nossa equipa para a fase de manutenção.

Mais do que o não apuramento, o que me incomoda é um total silêncio face à modalidade e aos objectivos. Existe uma estratégia de contenção de custos para apostar na formação? Queremos implementar o que se fez nos iniciados/juvenis do futebol, abdicando de lutar uma época pelo título para fazer subir os mais novos e começar a preparar uma equipa? Estamos à espera de um tombo para justificar a suspensão da modalidade? Zero, zero respostas e um real travo a abandono.