O Sporting anunciou esta quinta-feira em comunicado que vai desenvolver entre o Estádio José Alvalade, a zona do Alvaláxia e o Pavilhão João Rocha aquilo que ficará como a “Cidade Sporting, que envolverá desporto, arte e tecnologia”. “Um espaço pioneiro, pensado para dinamizar o ecossistema leonino, dando uma nova vida ao Estádio José Alvalade, ao Pavilhão João Rocha e às suas zonas envolventes, permitindo dar aos sportinguistas uma nova experiência, um novo espaço de convívio e a possibilidade da prática desportiva”, acrescenta o clube.

A ideia, que irá arrancar em maio, passa por criar aquilo que define como “uma artéria verde”, feita com uma pista de tartan em memória daquilo que existia no antigo estádio e que recebeu não só grandes meetings de atletismo mas também muitas provas de ciclismo, incluindo passagens da Volta a Portugal. Vão seguir-se depois outros espaços em junho, com a criação de um campo de basquetebol e de um parque de skate: “Os dois espaços serão alvo de pinturas de arte urbana, ganhando também uma dimensão cultural e uma atrativa estética adicional”.

“O Sporting quer com isso apostar no skate, à imagem do que fez com o surf, e reforçar a aposta no basquetebol, modalidade que recuperou em 2019/2020, ainda que, neste caso, numa componente mais lúdica, mas que pretende atrair mais praticantes. O campo de basquetebol embora não seja oficialmente de 3×3 – modalidade olímpica a partir deste ano –, está alinhado com o projecto 3×3 BasketArt, promovido pela Federação Portuguesa de Basquetebol (FPB). Estes espaços ainda estão a ser desenvolvidos e serão idênticos a vários que já existem pelo Mundo fora, nomeadamente nos Estados Unidos da América, onde a arte urbana se faz sentir em maior escala, com estes desportos a serem também muito praticados.”, explica a propósito de modalidades ou variantes que já estão integradas na lista dos desportos olímpicos e que farão a sua estreia nos Jogos de Tóquio.

“Este projeto do Sporting vem, assim, de certa forma, também ao encontro do da própria cidade de Lisboa, que em 2021 é Capital Europeia do Desporto, e que com isso dará aos lisboetas e aos seus visitantes novos espaços para a prática desportiva. A Cidade Sporting foi e está, inclusive, a ser planeada com a colaboração da Câmara Municipal de Lisboa (CML), nomeadamente através do Gabinete de Arte Urbana (GAU), e com a Junta de Freguesia do Lumiar. O GAU é a entidade que está a projectar os espaços que a CML quer melhorar um pouco por toda a cidade, no âmbito da Lisboa Capital Europeia do Desporto 2021, tendo este projeto também um papel social de enorme relevo”, acrescenta o clube verde e branco em comunicado colocado no site oficial.

“O Sporting, tendo na sua génese um papel social muito importante e ativo, construindo desde 1906 uma história eclética, estará, portanto, e mais uma vez, em consonância com o desenvolvimento e as intenções da própria cidade com este projeto pioneiro da Cidade Sporting. Uma cidade que, pela arte e envolvimento que terá, será uma espécie de “Cidade‑Museu”, com o Sporting no seu epicentro, reunindo as vertentes desportiva, cultural e empresarial do clube”, conclui o texto apresentado esta quinta-feira pelos leões, no Jornal Sporting.