Novo dia de futsal, aqui na Tasca do Cherba. Esta semana tivemos, um novo dérbi e um jogo sem golos. Dois jogos de muita luta, muita garra e com menos golos do que habitual das nossas duas equipas.

Masculino
O Sporting, foi até Belém enfrentar o Belenenses – que estava pressionado a vencer para evitar a despromoção – e vencemos por 4-1, neste jogo a contar para a 28ª jornada. Um jogo em que o Sporting foi melhor, deu para ver mais de alguns jogadores e em que o guardião dos azuis, o João Amaral, acabou por impedir que a nossa vitória fosse por números mais expressivos.

Desde cedo, que ficou evidente o que seria o rumo do jogo, muita posse e muito Sporting, com o Belenenses a tentar segurar o mais possível e com o João Amaral a começar a mostrar serviço desde cedo na partida. Os primeiros minutos, foram logo do Sporting, muitos remates, muitos deles perigos e vários a serem defendidos pelo João Amaral. O primeiro golo surge ao sétimo minuto, jogada e assistência do Diogo Santos para o Pauleta, que voltou a marcar, segundo jogo consecutivo a marcar, ele que tinha andado uns jogos a render menos, mas que já está a regressar à melhor forma. Jogo de posse, como eu falei, mais oportunidades para vários jogadores, como o Bernardo Paçó que se mostrou muito bem, ele que não era titular desde a 7ª jornada, quando vencemos o Futsal Azeméis no Pavilhão João Rocha por 8-1. O Bernardo foi chamado a intervir várias vezes e foi sempre mostrando que estava atento e conseguiu mesmo algumas boas defesas, aproveitando a oportunidade.

Muita posse, inúmeras oportunidades para marcarmos e o Belenenses a defender, mas nas poucas vezes que chegavam na nossa baliza, conseguiam criar perigo. Ainda antes do intervalo, o nosso segundo golo, Taynan muito bem, com uma boa jogada a servir o Mamadu que precisava muito deste golo. Mamadu marcou, mas esteve em destaque neste golo, fintou dois jogadores e mostrou um pouco da técnica que lhe é reconhecida. Dois a zero ao intervalo, mais bola e mais oportunidades para nós, resultado justo mesmo que escasso. No sego tempo as coisas não mudaram, mais Sporting, mais posse e mais uma vez o João Amaral em grande. Fomos conseguindo controlar, muita rotação, vimos mais do Diogo Santos que mostrou mais pormenores, é mais um jovem jogador de qualidade e que tem crescido muito com Nuno Dias.

Mesmo com o Sporting melhor, é o Belenenses que acaba por marcar, um canto para a equipa da casa e o Telmo Sousa a fazer o golo. Animava assim o jogo, pois logo de seguida o Belenenses tem uma nova oportunidade, mas não conseguiram marcar e acaba por ser o Tomás Paçó a dar uma maior tranquilidade ao jogo. Canto e golo do Tomás, mais uma bola parada e mais uma jogada do nosso laboratório a funcionar. Seguiram-se mais oportunidades, mais bolas nos ferros, mais defesas do João Amaral e mais Sporting. Até ao final, várias oportunidades e mais um golo, desta vez o Hugo Neves a marcar, tal como o Mamadu um golo importante. Vitória, jogo tranquilo, muita rotação e por isso nem sempre o ritmo tão elevado que por norma caracteriza o nosso jogo, mas muitas oportunidades. Foram 79 remates, dos quais 40 enquadrados, aqui se percebe bem o jogo que fizemos, acabámos por pecar na finalização e também se percebe como o João Amaral fez um grande jogo. Destaque para os miúdos que voltaram a mostrar muito, desde os irmãos Paçó, ao Diogo, ao Mamadu, até ao Hugo Neves, marcaram golos importantes, mostraram mais pormenores de muita qualidade e ganharam ainda mais confiança para o que está para ver.

Continuamos na liderança e o Belenenses acabou por descer de divisão, mesmo antes da pausa para as seleções. Os nossos Leões regressam no próximo dia 17, para o duelo com o Caxinas no Pavilhão João Rocha.

Feminino
Já as nossas Leoas, foram até Penafiel empatar a zero com o Águias de Santa Marta. Neste jogo da 10ª jornada, as Leoas entraram bem, tentaram ter posse desde cedo, mas nada de golos, algo que não se alterou até ao final. Muita mobilidade, muita qualidade nos nossos passes, a equipa ia lidando bem com a pressão do Águias. Para combater as fixos do Águias, o mister Rui Ferreira lançou a Cristina Gonçalves, a Carolina Pedreira, a Inês Gonçalves e a Ana Alves de início, na busca da mobilidade e da qualidade técnica destas jogadoras. O Águias nem sempre tentava sair apoiado, não tinham medo em colocar na frente, aproveitando a qualidade e a capacidade de segurar da Pastel, mas nós sempre com mais posse e a sair de forma apoiada, fosse para acelerar, fosse para segurar a bola.

Sempre muito discernimento, aí jogadoras como a Inês Lima, a Pedreira ou Ana Alves, são muito importantes, sabem gerir bem a bola e ler bem o jogo. Gostei muito da pressão alta, a equipa foi sempre tentando pressionar alto, conseguindo mesmo por diversas vezes ganhar a bola. A primeira substituição foi lançar a nossa capitã, a Débora Venâncio, que dá uma outra segurança, a ideia foi tentar ter alguém para segurar mais a Pastel e a Andreia Gonçalves. Muita posse, mas muitas oportunidades para os dois lados, ambas as equipas iam conseguindo criar perigo e das bolas que foram às balizas, as guardiãs iam mostrando sempre serviço. Uma primeira-parte muito equilibrada, deu para ver bom futsal e um jogo animado, sempre duas equipas a tentar marcar e com os olhos na baliza. Mais oportunidades para nós, mais remates e mais posse, mas o nulo foi o resultado.

No segundo tempo, começámos logo com uma grande oportunidade, seguiram-se inúmeras chances de golo. O segundo tempo, voltou a ser mais do Sporting, pecámos na finalização e isso fez a diferença. Fomos criando muito, remates de fora da área, arrancadas da Pedreira ou da Inês Lima, jogadas criadas desde a Débora Venâncio da Catarina Neves, muitas também pela Ana Alves em que segurou muitas bolas, em que voltou a mostrar toda a sua qualidade. A verdade é que fica um jogo sem golos, com mais Sporting, onde voltámos a não estar tão bem na finalização, mas em que conseguimos colocar em prática algumas das ideias de Rui Ferreira para este jogo, prova disso alguns problemas que o Águias foi tendo. Foi dos jogos onde lutámos mais, a equipa do primeiro ao último minuto deu tudo, tentaram sempre de tudo, a sair com a bola apoiada, a jogar e a sair em velocidade, com uma equipa mais móvel, com duas fixos, tentámos de tudo e foi a finalização o grande problema. Destacar ainda as bolas paradas, criamos sempre perigo, muitas delas cobradas pela Carolina Pedreira, que tem uma missão parecida com a do Merlim. Muito bem trabalhada a nossa equipa nas bolas paradas.

Faltou o golo, acaba por ser apenas isso, porque fomos melhores e podíamos ter vencido de forma clara. Qualidade, garra e raça uma equipa de Leoas, que mantém assim a liderança da fase de manutenção.