Esta semana neste regresso do nosso dia de Futsal, vamos falar da vitória em forma de atropelo que serviu para garantir a nossa passagem às meias-finais da Liga Placard e do primeiro jogo das meias-finais. Foram muitos golos e o continuar do nosso rolo compressor que não abranda, só fica cada vez mais forte, mas por tudo isto temos vários aspetos para falar e por isso venham daí que temos um dia de Futsal em cheio aqui na Tasca do Cherba.

MASCULINO
No segundo jogo dos quartos, recebemos e vencemos o Portimonense por 13-2, um jogo à Sporting para fechar a passagem às meias da melhor forma com uma vitória inequívoca. 21-5 em dois jogos frente a uma das equipas mais fortes do nosso campeonato diz bem da forma da nossa equipa, diz bem de como estamos a jogar e todos os que achavam que a equipa ia abrandar depois da Champions já tiveram duas respostas claras.

Falando do jogo, entrámos com fome de golos e por isso os primeiros minutos foi de um Sporting dominador e arrasador. Prova dessa força o golo aos 31 segundos que Merlim marcou, o primeiro do que ia ser um grande jogo do nosso Mago. Depois disso seguiu-se a oportunidade de João Matos, a do Portimonense, mas Sporting por cima no encontro e por isso o nosso segundo golo surge naturalmente, golo do Cavigol que assim faz o 2-0 ainda com apenas 5 minutos de jogo. A nossa superioridade era evidente, a equipa algarvia ia sentindo muitos problemas, muitas dificuldades em sair a jogar, mesmo com vários bons jogadores a equipa de Portimão acaba por ter mais problemas do que devia fruto do seu treinador, mas nesta altura estávamos por cima e mais uma vez a chegada ao golo foi inevitável, terceiro golo ao sétimo minuto, desta vez Taynan, ele que como dissemos na altura em que estava afastado ia ser muito importante na fase final e tem vindo a mostrar isso mesmo. Depois disso Júnior conseguiu criar perigo junto da nossa baliza, mas erámos nós a estar por cima e no controlo jogo, dava Sporting e mesmo com o Portimonense a melhorar um pouco isso não mudava, dava Sporting e apenas Sporting.

O 4-0 surge numa jogada de equipa, bola rápida, Taynan coloca em Rocha que assiste para o nosso Samurai marcar, mais uma jogada, mais um belo golo e mais Sporting. Como resposta ao nosso quarto golo, desconto de tempo para o Portimonense, tentativa de abrandar o Sporting e de subir um pouco as linhas na busca de um golo que pudesse relançar a partida, mas a verdade é que fomos nós que voltámos a marcar, livre de Merlim que o Gutta ainda toca, mas que não conseguiu impedir que a bola entrasse. O Portimonense conseguiu marcar num golo do Nuno Miranda, um dos jogadores mais talentosos do nosso campeonato voltou a marcar contra nós, desta vez um passe em profundidade do Filipinho que tinha estado desaparecido no primeiro duelo que descobriu o Miranda que fez assim o 5-1. Até ao intervalo ainda tivemos mais um golo Sporting, mais uma grande jogada, mais uma vez o Rocha na jogada e mais um golo do Merlim para fechar a primeira parte da melhor maneira. 6-1 ao intervalo, Sporting por cima a dominar o jogo e a controlar a seu belo proveito e no início da segunda parte isso não mudou, “mais” Sporting e com a gestão do jogo, nesta altura controlávamos o ritmo da partida.

O nosso Sporting chega ao golo pelo Rocha, um contra-ataque de livro e um belo golo daquele que é um dos 3 melhores Pivots do mundo na atualidade. Portimonense ia sentindo o peso do jogo, do resultado e os erros iam-se acumulando, a verdade é que não demorou para em mais um contra-ataque surgir novo golo, neste caso o Rocha com mais um ótimo trabalho de Pivot, mas desta vez a assistir o Mamadú Turé, que mais uma vez soube aproveitar para se mostrar mesmo em pouco tempo de jogo. O Portimonense chega ao segundo golo numa das melhores jogadas desta partida, o mágico Divanei a assistir o Júnior para um belo golo, depois disso várias chances para cada um dos lados, mais para nós, mas destacar a belíssima defesa do Bernardo Paçó que tal como o Mamadú mostra-se sempre que joga. Merlim fez o nono golo, continuava como sempre endiabrado e depois disso passe do Pauleta para o Pany que fez o décimo golo e que golo, um remate forte e mais uma vez Pany em grande, é um dos nossos jogadores mais regulares nesta altura e que está a jogar melhor. Zicky marcou o depois de receber, rodar e fintar, mais um golo à Sr. Pivot e o décimo segundo golo foi do “miúdo” Diogo Santos que também tem crescido muito ao longo da temporada. Até ao final Bernardo Paçó ainda mais em evidência, negando vários golos, inclusive nas belas defesas nos dois livres de dez metros que o Bernardo defendeu ao Caio e ao Júnior. Rocha fez um hat-trick e fechou assim o marcador.

Com esta vitória passámos às meias-finais, onde no passado sábado jogámos o primeiro jogo contra os Leões de Porto Salvo. Jogo complicado como esperado, falamos de uma das equipas mais fortes, mais bem trabalhadas e com mais soluções da Liga Placard, por isso este 4-2 diz bem da nossa forma e da nossa qualidade. Estivemos na frente por 3-0 e ainda acabámos por sofrer um pouco com a reação da equipa de Oeiras, mas mais uma vez soubemos contornar e dar a volta nos maus momentos.

Começou tudo com um ritmo muito elevado, duas equipas a querer desde cedo um jogo rápido, mas com a nossa equipa por cima e prova disso a primeira grande oportunidade de o jogo ter sido nossa. O primeiro golo do jogo foi nosso, como seria de esperar a nossa superioridade materializou-se no tento inaugural. Pany como sempre em grande assistiu para o golo do nosso Cavinato que não tremeu frente a Bebé. Nós com o golo assumimos ainda mais o jogo e fomos ainda mais para cima na busca pelo segundo golo e assim garantir cedo uma vantagem mais tranquila. O segundo tento surge de forma natural e depois de algumas oportunidades, mais uma vez aquele que é um dos 3 melhores do mundo a mostrar-se, falo claro do Rocha que de meia distância fez este segundo golo. O terceiro também não demorou para chegar, surge de uma bola parada, mais uma que sai do laboratório de Nuno Dias e mais uma vez com Merlim a cobrar, desta vez para o Tomás Paçó marcar e fazer assim o terceiro golo. O Sporting esteve sempre por cima, mais oportunidades, mais remates, Bebé muitas vezes a intervir e por isso além do resultado dava Sporting que ia conseguindo controlar. Os Leões conseguiram criar algum perigo, Papa Unjanque foi aparecendo em alguns momentos, mas longe do que pode fazer. Bruno Pinto era outro que já ia mostrando alguns apontamentos deixando já no ar o que viria a fazer depois, mas apesar de algumas chances da equipa da casa o jogo estava nosso e eramos nós que íamos conseguindo controlar tudo e nesta altura parecia que ia ser mais calmo do que viria a ser. Isto porque ainda antes do intervalo a equipa de Oeiras reduz, uma recuperação do Wesley que com uma assistência brutal coloca em Bruno Pinto que fez o 3-1. Ré ainda desperdiçou uma grande oportunidade para os Leões, mas já ficou uma amostra do que viria a ser a segunda parte deste jogo.

Começámos o segundo tempo com alguns problemas, fomos revelando algumas lacunas e mais dificuldades, mas mesmo assim fomos criando algum perigo junto do Bebé. A verdade é que os Leões estavam no melhor momento em todo o jogo, Wesley que foi dos melhores na quadra estava “on fire” e prova dessa melhoria dos Leões está o golo que Bruno Pinto apontou, uma assistência desta vez de Ré para o Bruno bisar em mais um ótimo trabalho. Já tínhamos visto este filme neste mesmo pavilhão, cheirava a empate porque estávamos no nosso pior momento neste jogo. Seguiram-se várias oportunidades para os dois lados, Guitta e Bebé com várias defesas importantes, vários bons momentos e com o Wesley a continuar a ser a grande figura dos Leões, tanto pelo que fazia no ataque, como na defesa, enorme jogo do jogador que está emprestado por nós. Com oportunidades, com o jogo aberto, Ricardo Lobão para o jogo e decide apostar no 5×4 e ainda bem…como sabemos é uma situação de jogo onde estamos confortáveis e isso voltou a acontecer. Na primeira oportunidade do 5×4 que tiveram, os Leões erraram perante a nossa defesa, a bola sobra para Guitta que atirou muito bem para fazer o golo. O jogo acalmou, foi uma vitória mais sofrida que as anteriores com o Portimonense, tal como era esperado, mas ficou mais uma vez evidente toda a nossa força e a nossa qualidade, além de que continuamos a mostrar o melhor futsal em Portugal, o jogo do nosso rival com o Fundão deixou isso ainda mais evidente. Vamos ao segundo jogo com uma equipa a carburar cada vez melhor.

FEMININO
As nossas leoas jogaram a 14ª e última jornada da fase de manutenção, foram até à Póvoa Santa Iria vencer o Atlético Povoense por 2-7. Para encerrar a época em beleza as leoas voltaram a jogar muito bem, mais uma vez Rui Ferreira apostou no nosso 4-0 para iniciar a partida, no caso com a Débora Venâncio e a Sara Tavares dois fixos, mas duas fixos móveis, principalmente a Sara e depois a Inês Lima e a Carolina Pedreira, mais uma vez o nosso mister a apostar numa equipa numa equipa inicial muito móvel, tentando assim desmontar a organização da equipa da casa com a nossa velocidade e capacidade técnica. Mais uma partida onde essa estratégia resultou, conseguimos marcar cedo e deixar a equipa adversária mais perdida em campo. O nosso primeiro golo surge dentro do primeiro minuto de jogo, mais um golo da Sara Tavares, no caso o sexto da temporada, uma fixo que foi crescendo muito ao longo da época. Depois não demorou para surgir o nosso segundo golo e foi marcado pela inevitável Inês Lima, que época que a nossa Inês fez, uma das melhores jogadoras da época no futsal português, este golo deu-nos uma vantagem mais tranquila e deixou-nos ainda mais confortáveis no jogo.

O terceiro golo também foi logo de seguida, mais algumas oportunidades e golo desta vez da nossa capitã, a Débora Venâncio a marcar o seu nono golo da época, a nossa fixo voltou a ser um dos esteios da nossa equipa, jogadora preponderante pelo que faz, tanto na defesa, como no ataque e pela sua liderança em jogo, é uma jogadora com 3 épocas de Sporting, mas que tem um peso enorme nesta equipa, principalmente com tantos elementos jovens. A equipa da casa reagiu e conseguiu reduzir, golo da Pivot do Povoense, a Nanci Neves, uma jogadora muito experiente que soube aproveitar bem o espaço que teve, mas estávamos por cima e este golo não abalou a nossa superioridade. Fomos dominando, somando oportunidades, Raquel Nobre foi muitas vezes chamada a intervir, foi acumulando defesas importantes, tal como a nossa guardiã Cristina Fonseca que voltou a mostrar segurança e qualidade em diversas intervenções neste jogo. Agora, o Sporting continuava por cima, controlávamos o jogo e era inevitável que chegasse para um golo para as nossas Leoas e foi o que aconteceu, no caso mais uma vez a Inês Lima, bisava e fartava-se de espalhar magia, bons pormenores e ia estando sempre em evidência na partida. O Povoense conseguiu o seu segundo golo, contra o sentido do jogo, mas a Beatriz Carrola a aproveitar bem e a reduzir, a verdade é que logo depois a Inês Lima voltava a marcar, fazia assim o seu 19º golo da época e volto a frisar, que época da Inês, ela foi fundamental na equipa e merece sem dúvida nenhuma muito destaque, melhor época em relação a golo, o máximo anterior tinham sido 13 na época passada, por isso percebemos que é uma jogadora em crescendo e isso só nos dá garantias que a Inês vai ser ainda mais importante na próxima época e por isso RENOVEM COM ELA! Este é um ponto do qual teremos mais tempo para falar, mas é um dos nossos problemas: já sabemos que vamos ter mudanças.

Regressando ao jogo, dava e ia dando Sporting, a Pedreira ia mostrando toda a sua qualidade, é o Merlim das nossas Leoas, não gosto destas comparações, mas neste caso serve para mostrar a qualidade e a importância que a Carolina tem nesta nossa equipa, mais uma jogadora que fez uma bela época, que foi crescendo e que assumiu ainda mais peso nesta nossa equipa. Carolina Pedreira, um diamante por lapidar, um dos maiores talentos do futsal nacional, incluindo masculino. Regressando novamente ao jogo, tivemos ainda mais dois golos, no caso o sexto marcado pela Sara Tavares que bisou e confirmou assim o ótimo jogo que fez e o sétimo marcado pela Carolina Baptista (mais um diamante), a Carolina é uma pivot de apenas 18 anos, muita qualidade e muita margem de progressão.

Terminou assim a nossa época, sem derrotas desde janeiro, foram 14 jogos sem perder, em crescendo e mesmo depois do mau início de época, dos erros de preparação por parte dos nossos dirigentes, esta equipa encerra com 14 jogos sem perder com 81 golos marcados e apenas 15 sofridos, bom futsal e mais uma vez a mostrar que com um pouco de atenção por parte dos dirigentes esta equipa pode dar o salto e chegar aos níveis competitivos que todos queremos.

Chega ao fim mais um dia de futsal, este com ainda mais jogos, mas em todos eles com vitórias e boas exibições das nossas equipas. Ainda temos um título para vencer, mas além disso temos balanços e reflexões para fazer ao longo dos próximos dias de futsal e uma das melhores noticias do futsal não foi esquecida (sim o Guitta), mas temos tempo para falar mais sobre isso e outros temas. Por esta semana terminamos o dia de futsal com um grande sorriso pelo futsal masculino e com muita preocupação pelo feminino.

*às quartas, o Zé Ricardo mostra que está mais atento que o mister Nuno Dias e traz-nos todas as novidades do Futsal