O Governo escreveu à Liga Portugal no sentido de alertar o organismo do facto de se terem “verificado, em grande parte dos estádios (…) que as zonas com condições especiais de acesso e permanência de adeptos [afetas ao Cartão do Adepto] não foram ocupadas, observando-se, inclusive, uma anormal dispersão de adeptos e uma alteração de comportamentos nos acessos aos recintos desportivos e áreas envolventes”.

Na missiva, a que O JOGO teve acesso e que o Executivo de Pedro Proença redistribuiu pelas sociedades desportivas das ligas BWIN e SABSEG, as secretarias de Estado do Desporto e da Administração Interna revelam que “esta alteração de comportamentos e o potencial de risco percecionado daí decorrente, obrigou as forças de segurança a ajustar os seus planos de policiamento, previamente estabelecidos, o que causou sérios constrangimentos na sua atuação”.

Ou seja, as autoridades poderão, por motivos de segurança pública, aumentar o número de efetivos em cada estádio e, assim, fazer com que os custos de policiamento nos recintos desportivos aumentem consideravelmente.

Assim, ambas as secretarias de Estado pretendem medidas “para obstar a que a situação se mantenha, com prejuízo para a segurança dos cidadãos”. Na carta, as autoridades avisam que “não transigirão em matéria de segurança pública e não deixarão de cumprir a sua missão de fiscalização para que a lei seja efetivamente cumprida”.