O Pavilhão João Rocha voltou a ter público e o tema das assistências deve voltar a coabitar na boca dos Sportinguistas.

O futebol tem tapado os olhos ao crescente desinteresse que os seus adeptos mostram ter. As assistências pré-pandemia eram más e as pós-pandemia também o são. As modalidades não estão em melhor estado e espero estar enganado quando digo que os tempos continuarão a ser nublosos se nada se fizer.

Os jogos grandes, as finais, terão sempre boas assistências. Claro. E o resto do ano? Todos gostamos de nos levantar às 4 da manhã para fazer uma viagem ao Japão, mas tolerávamos acordar a essa hora por rotina? Quero com isto dizer que uma má rotina leva a saturação.

A mim até me parece que o Sporting CP pouco se importa e que ninguém percebe o perigo comercial que isto representa. Os patrocinadores também não querem saber. Reparem, por exemplo, que o diretor de Makerting da Norauto nunca se importou com o ridículo autocolante que se cola nas camisolas das equipas de voleibol.

O assunto é sério e não vai lá com ideias. Vai com projeto, com estratégia, com consistência.

As opiniões sobre os motivos vão sendo muitas. Desde o preço dos bilhetes ao facto de Portugal não ter adeptos suficientes para encher pavilhões, passando pela pouca relevância competitiva de algumas equipas. O achómetro tem várias respostas, mas será que alguém já se lembrou de responder à pergunta que realmente importa: “Afinal, porque é que alguém deve ir ver um jogo de voleibol? Porquê?”

*às terças, o Adrien S. puxa a bola bem alto e prega-lhe uma sapatada para ponto directo.