Este é o local onde recordaremos alguns dos melhores momentos que estiveram na origem daquele que é, hoje, o Comando C. (os fantásticos comentários que fazem parte destas memórias e desta história, estão guardados com todo o carinho, mas motivos técnicos tornaram impossível colocar aqui os posts na sua plenitude). Este é, também, uma excelente forma de se perceber o quanto o futebol é capaz de nos fazer alterar as nossas opiniões.

p.s. – isto é capaz de demorar, até estar terminado…

 

Mas que raio queres tu, Miguel?

Posted Junho 27, 2008 by cherbakov in Miguel Veloso. 3 Comentários

Semana após semana, enquanto o Paulo insistia em pôr o Custódio a jogar, aproveitava toda e qualquer troca de ideias leonina para clamar o teu nome como merecedor da titularidade.

Ela chegou e, nos jogos que se seguiram, comprovaste aquilo que eu e outros tínhamos como algo inquestionável: a tua qualidade como jogador, com tudo para te tornares o “trinco” do futebol português para os próximos dez anos. Quase fomos campeões, o estádio encheu para aplaudir de pé uma equipa que “até morrer” nos fez acreditar e tememos que algum tubarão te levasse.

Ficaste e, como titular indiscutível no arranque de novo ano, começaste a dar ouvidos em demasia ao que os jornais iam escrevendo. Tanto, que a tua cabeça estava em todo o lado menos no que era realmente importante. Foste para o banco. E abriste a pestana. Acabaste a época em bom plano, quase certo de que irias jogar para um grande de Inglaterra, Espanha ou Itália.

“Claro que gostava de sair.” “Claro que gostava de sair.” “Claro que gostava de sair.” “Claro que gostava de sair.” Gravaste este disco e levaste-o para o Euro, provavelmente convencido de que podias ser titular e deixar meio mundo a babar. Acontece que o tal sargentão continuou a inventar e, mesmo no jogo em que deixou que jogasses, colocou-te num lugar estranho, entregando a tua posição a um tal de Fernando que a destruir já não é grande coisa, quanto mais a construir.

Ficaste triste, mas ainda assim a música foi a mesma. “Claro que gostava de sair.” (depois da derrota com a Suíça). “Claro que gostava de sair.” (depois da derrota com a Alemanha) “Claro que gostava de sair.” (depois de aterrares em Portugal). Aliás, consigo imaginar-te, já em casa, com a tua mãe a perguntar-te o que queres para o almoço e tu a responderes “Claro que gostava de sair.” (e depois de reconfortares o estômago, arrotas. Em vez de “perdão”… “Claro que gostava de sair.”)

A verdade é que ainda cá estás, pese o facto dos jornais continuarem a vender-te diariamente. Vê tu bem que, só hoje, tens as virilhas completamente rasgadas dada a força com que a Juventus te puxa a perna esquerda e o Arsenal a direita (és uma espécie de arco do triunfo sobre toda a França). E parece que queres ganhar mais.

Sabes, Miguel, claro que eu gostava que ficasses, mesmo que isso signifique ter que levar novamente com o losango, mas começo a ficar cansado de tanta notícia em teu redor. O problema, Miguel, é se quem manda no clube também se cansa e acabas por ir parar um um Newscastle desta vida, onde vais ganhar mais, mas corres o risco de não passar dessa mediania.
Logo tu, que estiveste à beira de provocar uma cimeira dos sete maiores clubes do mundo.

Afinal, a culpa é deles!

Posted Maio 27, 2008 by cherbakov in Gestão desportiva, Modalidades, SAD. Deixe um comentário

a-culpa

Soares Franco, presidente do Sporting, deixou um alerta durante o 1º Fórum da Associação de Adeptos Sportinguistas, no auditório do Liceu Camões, em Lisboa. O dirigente lembrou que as modalidades do clube não têm independência financeira e, como tal, prejudicam a competitividade da equipa de futebol.

«Temos que viver por nós próprios e nessa base pensar no Sporting do futuro. O futebol profissional é quase o único veículo a gerar receitas e nas modalidades não é fácil arranjar patrocínios. As modalidades, quanto muito, conseguem, no máximo, equilibrar-se, mas não pagam o investimento num multidesportivo», considera Soares Franco.

O presidente do Sporting apelou à reflexão dos adeptos leoninos: «Mas se é esse o desejo dos sportinguistas (ndr. a continuidade da aposta nas modalidades, mesmo em prejuízo do futebol), assim será se o quiserem. Para o ano só o campeão se apura directamente e o segundo discutirá com o quarto classificado da Liga Inglesa, Espanha, Italiana, Francesa ou Alemã. Vale a pena interrogarmo-nos em relação ao que queremos ser.» (notícia do MaisFutebol)

p.s. – malditos sejam vocês, atletas e praticantes de modalidades pequeninas, que só têm servido para transformar o Sporting num dos dois clubes europeus com mais títulos conquistados!

p.s.2 – uma pergunta, caro presidente: a que propósito convidou a Michelle Brito para assistir a um joguinho, de camarote, em Alvalade? Ah, já sei! A menina é uma promessa do seu amado ténis

Venham mais cinco

Posted Abril 19, 2008 by cherbakov in Humilhar o Benfica. 2 Comentários

Cheguei a casa há coisa de 10 minutos e, ao tirar o casaco, voltei a sentir uma dor no ombro direito. Curiosamente, é uma dor que me faz sorrir, pois resulta da forma descontrolada como festejei os golos na passada quarta-feira.

Durante 90 minutos, o amor irracional que sinto pelo Sporting (começou há 26 anos, tinha eu cinco) atravessou todas as fases que um amor de verdade atravessa.

Durante 45 minutos sofri. A equipa que eu amo estava ali, à minha frente, levando pancada atrás de pancada, e aqueles incumbidos de defendê-la pouco ou nada faziam para evitar as constantes punhaladas rumo ao coração.

O intervalo chegou e eu, amargurado, quase ferido de morte, sentia-me afundar no verdadeiro pântano que tem sido toda esta época. Mais do que tristeza, sentia raiva. Uma raiva enorme, que pedia incessantemente para ser libertada e povoava a minha mente com a crença de que um golo, um golo apenas, podia mudar tudo.

Quando os segundos 45 minutos tiveram início, sentia as hostes agitadas. Sentia que, tal como eu, a família verde e branca apenas pedia um motivo para mostrar que no fundo, bem lá no fundo, mantinha a secreta esperança de celebrar à chuva algo realmente histórico.

E veio o remate do Moutinho. A bola embateu na barra. O meu coração voltou a bater.
E entrou o Derlei.
A curva sul renasceu e, por mais estapafúrdio que tal pensamento pudesse ser, os leões na bancada sentiam que aquele jogo nunca poderia acabar como estava.

E veio o primeiro golo. Djaló.
A minha raiva libertou-se e gritei golo com tanta força que me engasguei.
Do outro lado, a uma centena de metros, quem lançara antecipadamente “olés” sentia medo.
Faltavam 25 minutos.

E veio o segundo golo. Liedson.
A minha raiva soltou-se definitivamente e vieram-me as lágrimas aos olhos enquanto abraçava o meu irmão.

E veio o terceiro golo. Derlei.
E já não era raiva. Era toda uma época de amor incondicional espezinhado que, num golpe de ninja, me corria nas veias com sangue a ferver e me fazia escalar a vedação que separa bancadas, erguendo bem alto o meu punho cerrado com a mesma força com que punha à prova a resistência das minhas cordas vocais.

E veio o empate.
E, estranhamente, quase não o senti(mos).
Nada podia impedir aquela épica comunhão de sentimentos.

E veio o 4-3. Djaló.
E o meu coração rebentou, espalhando sangue de leão por todo o meu corpo, ao ponto de sentir as veias das têmporas pulsarem de tal forma que, arrisco eu, se fosse uns anos mais velho tinha desfalecido em plena curva sul.

Mas como ainda não sou uns anos mais velho, como a curva estava belíssima e a equipa jogava de forma fantástica, os meus olhos abriram-se e viram a bola sair dos pés do Miguel e tomar a direcção que eu, na bancada, pedida aos gritos para ela tomar. E o Vuk, que tal como os onze leões em campo parecia ouvir o que eu lhe dizia, encheu o pé e mandou-me de volta, punho cerrado e sorriso rasgado, para os braços do meu irmão.

16 de Abril de 2008
Gostava de acreditar que esta é a data da revolução no futebol do meu Sporting. Uma revolução feita por 11 homens que mostraram estar ao lado de quem os dirige e, depois de meses de agonia, partilharam com quem os apoia a verdadeira vontade de ganhar.
Sei que os problemas da equipa continuam lá. Mas também sei que faltam quatro jogos para o fim da liga, mais a final da Taça.
Assim, e já que falei em revolução, não resisto a utilizar uma frase constante numa das músicas de Zeca Afonso: venham mais cinco!

O fim da linha

Posted Abril 11, 2008 by cherbakov in Paulo Bento, Taça UEFA 07/08. 2 Comentários

Completamente despedaçado por aquilo que tinha acabado de ver (eliminados em casa por uns protestantes que tratam a bola sem o carinho que ela merece, mas que aproveitaram a paciência que o nosso treinador tanto pediu e nulidade que é o nosso central Pedra Feliz), ainda tive a coragem de ir ouvindo e lendo o que diziam as nossas gentes. Talvez não devesse tê-lo feito, pois o sentimento de tristeza que me invadia subiu de tom (esta noite sonhei que estava a marcar golos em Alvalade, veja-se o desespero), mas pelo menos fiquei sem dúvidas: independentemente do que acontecer até ao final da época, este jogo significou o fim da linha para Soares Franco, Ribeiro Telles, Paulo Bento, Pedro Barbosa e companhia.

Antes do jogo de ontem, Soares Franco teve a ousadia de andar a dizer que o que interessa é o segundo lugar e o acesso à Champions, e que a Taça UEFA vinha por acréscimo. Ontem, terminado o jogo, foi finalmente questionado por alguns sócios, mas manteve a sua pose idiota (chegou a dizer que o Sporting massacrou o Rangers… ai o scotch) e voltou a afirmar que acredita que vamos ficar em segundo lugar e que esta eliminação não vai afectar de forma alguma os objectivos do Sporting (confesso que já não tolero esta maldita palavra, objectivos).

O Ribeiro Telles, à semelhança do que já tinha acontecido na Taça da Liga, ficou calado. Tal como tem estado calado ao longo de praticamente toda a época. Mas não é ele o responsável pelo futebol? Assim sendo, não seria lógico que desse a cara? Já agora, e nesta linha de pensamento, afinal qual é o papel do Pedro Barbosa no Sporting? Indicar ao quarto árbitro os nomes dos jogadores, na altura das substituições?

O Paulo Bento… até já me custa dizer o que quer que seja. Aquilo que vi ontem irritou-me tanto, que era capaz de entregar-lhe a carta de despedimento em mão. Ele pede paciência, eu digo que a paciência tem limites! E a minha está claramente esgotada, principalmente para ver uma equipa toda borrada e atrofiada frente a uns escoceses que, em termos de valores individuais, são claramente inferiores ao Sporting. Mais uma vez passámos 45 minutos sem a mínima objectividade, e esta falta de ambição com que se entra para os jogos tem que depender em muito do discurso que se tem no balneário. A propósito de discurso, a conferência de imprensa voltou a ser pautada por banalidades, e no que toca ao planeamento táctico… como é possível o Romagnoli ter jogado os 90 minutos? (eu diria mesmo, como é possível ter jogado?). Eu não tenho curso de treinador, mas parece-me simples ver que faria todo o sentido o Pereirinha e o Djaló terem entrado mais cedo, para os lugares do Izmailov e do Romagnoli, passando o Vuk a jogar a 10 e o Moutinho à esquerda.

Depois o Vuk, o grande Vuk, deu a machadada final na minha noite. Quando aquele que tenho como sendo um dos jogadores com mais mentalidade ganhadora e mau perder, vem dizer que o interessa é o segundo lugar, retirando importância ao jogo da Taça de Portugal frente ao Benfica, penso que está tudo dito (já para não dizer que temo uma noite de pesadelo na próxima quarta-feira). Esta direcção e esta equipa técnica conseguiram esfarelar a mentalidade que tem obrigatoriamente de fazer parte de um jogador do Sporting. Quem veste esta camisola, só pode pensar em ganhar. E, caro Paulo, os jogos, principalmente do género do de ontem, ganham-se com entradas fortes.

p.s. – não resisto a falar de alguns dos nossos jogadores. O argentino que sofre de raquitismo, também conhecido por Romagnoli, não tem condições para ser titular.
O Abel é mais do mesmo (será que o Grimi não tem um amigo que jogue do lado direito?).
O Gladstone é patético (para isto, não valeria a pena ter ficado com o Daniel Carriço. Aposto que não fazia pior. E não deixo de questionar-me como é que o Guimarães descobre o Geromel, como é que o Braga descobre o Rodriguez e anteriormente o Nunes, e nós descobrimos estas felizes pedras (perdão, pérolas).
Quanto ao Izmailov, vejo-me obrigado a concordar com o que o Douglas disse ontem, depois do jogo: não podemos dar 3,5 milhões por um jogador que faz 4 ou 5 jogos bons durante toda a época (mesmo correndo o risco de depois vê-lo brilhar noutro lado).
Sobre o Tiuí, não preciso de falar (já agora, e se não for pedir muito, podiam tentar trazer para Alvalade o Daniel Cousin. Sim, esse mesmo que ontem entrou com as cores do Rangers)

“Sou uma pessoa que diz o que pensa…

Posted Março 28, 2008 by cherbakov in Paulo Bento. Deixe um comentário

… e o que não penso, não digo”.

Pegando na forma de estar do Paulo Bento, expressa durante a entrevista de ontem, aproveito então para dizer o que penso sobre aqueles 90 minutos de troca de palavras.
Não querendo alongar-me muito, até porque o Sousa Cintra e o Douglas já analisaram de forma extremamente válida o que ontem se passou,  passo a apontar o seguinte:

– basicamente, não temos um modelo de jogo alternativo. Parece que não houve tempo para trabalhá-lo na pré-época. Mas o Paulo Bento diz que sim, que há. E até diz que a culpa de levarmos três batatas em Braga não foi culpa do modelo alternativo, implementado ao intervalo. O que eu vi foi que, realmente, entrámos na segunda parte com mais atitute, deu a sensação que podíamos empatar, mas depois o nosso lado esquerdo da defesa virou um passador, onde o Polga tinha a estranha tarefa de jogar como um meio central/meio lateral (será que o Paulo Bento não se lembra que o Peseiro, numa traumatizante deslocação a Paços de Ferreira, decidiu utilizar o Polga a defesa esquerdo e levou uma quase mão cheia?).
No fundo, acho que o modelo alternativo não existe e que não passa de uma espécie de grito de revolta, um “bora lá, caralho!”, que até pode resultar se os jogadores estiverem num dia Bueno;

– Se um dia fosse convidado para almoçar em casa do Paulo Bento, um almocinho domingueiro, aposto que a mesa ia ser posta com os pratos dispostos em losango. E que, em seu redor, o Miguel Veloso ia ser um guardanapo, o Moutinho um garfo, o Izmailov uma faca e o Romagnoli a faquinha para barrar o pão com manteiga.
O Paulo meteu na cabeça que esse sistema é o melhor do mundo, e não abdica dele. Logo, para o ano, caso ele fique, será mais do mesmo.

– perguntaram-lhe porque razão não se pensou num jogador que pudesse dar outra elasticidade ao maldito losango. No fundo, um substituto directo do Nani. Ele não respondeu. Perguntaram-lhe porque razão o Sporting não dá continuidade à tradição de ter extremos de qualidade. Ele diz que o Liedson não se sente confortável a jogar em 4-3-3.
Caro Paulo, no tempo do Boloni, vi o Sporting jogar com o Jardel e o Niculae na frente e o Quaresma à direita. Digo mais, caro Paulo, neste momento até tem dois avançados, Liedson e Vukcevic, que não se importam de pressionar os defesas e, mais importante ainda, tem um Vukcevic que pode jogar descaído para qualquer das alas e que nunca lhe dirá não se lhe pedir para pressionar um dos laterais adversários, quando não tivermos a bola. Portanto, caro Paulo, a equipa poderia ter um extremo, esquerdo ou direito.
Mais curioso ainda, caro Paulo, é ouvi-lo dizer que o Moutinho fez toda a sua formação jogando numa táctica de 4-3-3, ou seja, como um dos dois médios que jogam à frente do trinco. Engraçado… é que eu também me recordo de ver o Izmailov, na selecção da Rússia, fazer uma posição semelhante, ou seja, o Paulo tem o Veloso para a posição mais recuada, o Moutinho e o Izmailov para jogarem à sua frente. Depois o Vukcevic, o Liedson e, ora lá está, vinha mesmo a calhar um extremo. Não há dinheiro? Há o David Caiado, no Estoril.

– “se me perguntassem por um médio, eu respondia João Moutinho (…) temos um jogador que só sabe jogar a 10, o Romagnoli (…) Não considero fundamental para a evolução do Moutinho, fixá-lo numa posição”.
Porra, Paulo!

– eu enviei um e-mail para o programa. Não o leram, claro. Apenas leram mails patéticos, cheios de palmadinhas nas costas. E o meu mail até era giro. Falava do Moutinho e do Romagnoli. Falava do Stojkovic. Falava do Vukcevic e do tempo que se demorou a subi-lo no terreno, insistindo semanas a fio num Purovic (que até poderia marcar muitos golos nos júniores do Sporting, porque se joga com extremos). Até dizia que esta teimosia fazia lembrar a demora em colocar o Veloso no lugar do Custódio, e pedia uma explicação breve para a falta de alma com que a equipa jogou a final da Taça.
Fiquei triste por não ter respostas. No fundo, como se tivesse acabado de ver o Sporting jogar, e continuasse sem ter uma resposta para as primeiras partes a ver navios ou as quase inexistentes oportunidades de golo que se criam.

p.s. – a não ser que haja um levantamento popular em tons de verde e branco, basta ganharmos ao Benfica na meia-final da Taça e ficarmos em segundo lugar, para o Paulo Bento cumprir o contrato até ao fim, ou seja, mais uma época. Depois da entrevista de ontem, fiquei com essa certeza.

A minha avó e o Cristiano Ronaldo

Posted Março 24, 2008 by cherbakov in Cristiano Ronaldo. Deixe um comentário

Estranha, a associação que dá título a este post. Vou tentar ser breve na explicação.

Outro dia, a minha avó virou-se para mim e disse-me “os benfiquistas continuam com a mania que são os maiores. Coitados… e o Sporting tem andado por baixo, não é? Tínhamos jogadores tão bons…”. Acredito que, nessa altura, a minha avó, de 78 anos, recuou uns 60 e imaginou os Cinco Violinos. Eu procurei na minha memória uma rápida selecção de “jogadores tão bons”, que pude ver jogar com a camisola leonina vestida.

Curiosamente, no dia seguinte o Cristiano Ronaldo encheu-me de orgulho ao bater o recorde de golos do George Best, com a camisola do Man United. Voltou a haver quem tentasse desvalorizar o feito, dizendo que o melhor produto de sempre da nossa Academia não era melhor que o Eusébio. E, de um momento para o outro, o pensamento da minha avó fez todo o sentido. No fundo, um dia que eu seja avô, parece-me natural dizer a um neto que os lampiões serão eternamente donos de uma grandeza balofa e, de forma natural, acrescentar ”tínhamos jogadores tão bons…”