Creio que a derrota desta noite se resume a estas duas palavras: intensidade e maturidade. E resume-se a elas porque, na maioria do tempo, nos faltaram.
É verdade que até entrámos bem, personalizados e a querer ter a bola, mas aquele penalti, aos dez minutos, foi um balde de água gelada. A equipa não tremeu, mas também não reagiu e, nos restantes 35 minutos, o jogo arrastou-se para o intervalo com poucos motivos de interesse.

O intervalo foi bom conselheiro e a entrada no segundo tempo não podia ter sido melhor. Conseguimos pegar no jogo e, ainda mais importante, conseguimos empatar. Não se admite é que a bola vá ao meio e, passado um minuto, golo (e estou-me a cagar para se é um bom golo. não pode acontecer). Voltámos a saber responder, mas a veia goleadora de Montero esbarrou num guarda-redes inspirado. Contra a corrente, voltámos a sofrer um golo e o jogo terminou.

Posto isto, qual é o meu sentimento? Irritado. Mais do que aziado, é irritado. E irritado porque nos cerca de vinte e cinco minutos em que vi o Sporting que me habituei a ver esta época, fiquei com a clara sensação de que era perfeitamente possível ganhar ou, pelo menos, pontuar no dragão. Mas, confesso, também tenho plena consciência de que jogos como o desta noite são perfeitamente normais numa equipa em formação. A defesa deu casas que não tem dado, o meio-campo parecia não ser capaz de encaixar no do adversário, o homem golo não foi servido e os extremos mal se viram.

Dores de crescimento que irritam (lá está), mas que não podem fazer-nos esquecer o que de bom estes jogadores já fizeram e, principalmente, no longo caminho que têm a percorrer como equipa. Saibamos nós estar a seu lado como estiveram os Leões que, esta noite, rugiram bem alto nas bancadas onde estavam em enorme minoria.