É caso para dizer: “no comments” 🙂

Grande mesmo.
Lembro me de um jogo em Chaves, já lá vao muitos anos.
O jogo estava empatado , se a memória nao me falha.
As tantas um jogador do chaves atrasa a bola para o seu guarda redes. O yorda desata a correr para o guarda a redes . Este, provavelmente, espantado com tal loucura , atrapalha-se e larga a bola.
Moral da historia : golo do sporting.

O Sporting sentia sempre grandes difilcudades em Chaves e principalmente quando o Coroado ficava com azia. O golo que falas salvo erro foi o Juskowiak q marcou depois de enorme pressão do Yorda!

Há por aí alguma foto do Iorda a meter o cachecol no Marquês?

O próximo é o Boeck!

Muitas vezes, os jogadores mais carismáticos e que mais nos marcam são aqueles que menos expetativas criam no início. Realmente, Yordanov quando apareceu em 1991, vindo do sinistro Lokomotiv Gorna (!), e rotulado de grande goleador era desconhecido do grande publico. Lembro-me que no inicio da decada de 90 (o período em que mais vezes fui a Alvalade) às vezes era um suplício:) vê-lo jogar, porque falhava golos aparentemente simples. Tambem foi uma época complicada porque tinhamos grandes jogadores mas nao tinhamos equipa. E Yordanov viveu um pouco na sombra do seu conterrâneo Balakov, inquestionavelmente um jogador de maior classe. Mas é curioso pensar no tal “corpo estranho”, marreco, quase timbuteante, e pensar nele como um dos meus jogadores preferidos, uma das grandes referencias do Sporting. Pois é. Mas Yorda deu-me a mim o que nenhum outro deu: a enorme entrega, esforço e sempre com uma grande humildade, diria ternurenta, com aquele sorriso de míudo de rua. Nas bancadas era proibido gozar com ele, mesmo quando ele falhava. Era como se fossemos impacientes com todos menos com Yorda. Porque o Yorda era o nosso maior simbolo: o patinho feio que não desiste nunca!

O grande ano de Yorda foi em 1994, em que acabou em 4º lugar no Mundial dos EUA e nessa epoca ganhou-nos (foi ele que nos ganhou!) um troféu que não ganhávamos há 13 anos: a Taça de Portugal, precisamente contra o Marítimo. Nesse dia estive lá no Jamor e vibrei com os dois golos fantásticos dele (lembro-me como se fosse ontem, se não fosse o ágil Everton, tinha marcado um poker!). Comemorámos essa Taça como se dois campeonatos fossem. E fui com amigos para a noite no Bairro Alto. Teria sido a noite perfeita, se meia duzia de filhos da puta nazis não a tivessem estragado, matando Alcino Monteiro. Os tais “casuals” de que agora tanto se fala e que tanto envergonham o meu Clube.

Mas essa bela memória do Jamor ficou-me para sempre. Pude dar mil berros de alívio, porque Yordanov convenceu-me que afinal o meu Sporting sabia ganhar! Eu, que tinha estado 13 anos a jejum, em que o ultimo titulo que tinha visto tinha sido o célebre campeonato de Allison, Jordão, Manel e tantos outros, no dinossáurico ano de 1982.Eu que passava a vida a ser gozado pelos lampiões amigos e afinal tinha ali na forma daquele corpo frágil a marca da vitória!

E depois veio a puta da doença. Foda-se, ninguem a merece mas Yorda menos do que qualquer outro! E ainda hoje, tenho muita muita pena que ainda não tenhamos feito a grande homenagem ao nosso “Mochilas”. A que fizemos teve uma míseras 16 mil pessoas.

Penso que, agora, com um novo fôlego em que já não estamos ligados à máquina, em que respiramos por nós, é o tempo de voltar a fazer a grande homenagem a um Homem que nos deu tremenda Saúde Leonina, mas que a vida injusta a tirou. Sei que a esclerose múltipla do Ivaylo está controlada, mas a vida nunca volta a ser a mesma.Quem conhece esta maldita doença, sabe-o.

Se fechar os olhos, e passarem pela minha memoria de 41 anos os rostos dos jogadores de Leão Rampante vestidos, o sorriso traquina de puto de rua de Yordanov aparece sempre. Yordanov é o Sporting! O nosso primeiro Capitão estrangeiro! Foda-se Bruno, façam-lhe justiça agora! Por favor. Ele merece e nós também.

Numa equipe em que “estrelas” mais altas despontavam (Balakov, Figo, Barbosa, etc.) o Yorda sempre foi o meu jogador favorito.
Limitado e trapalhão, enchia o campo com a sua vontade e esforço. Humilde, tornou-se para mim um dos símbolos do Clube dos últimos 20 anos (ajudou ter-nos dado o primeiro troféu em quase 15 anos!).
Quando me lembro de jogadores como o Liedson e o Maçâ-Podre e de quantos os sportinguistas os idolatraram só posso abanar a cabeça… O Yordanov sim, ESSE era um verdadeiro Leão!
SL

Aproveitando o repto das sugestões para o novo nome do comando, e que tal “A mochila do Iorda”?
É um nome na onda do cacifo, sobre um dos últimos grandes símbolos do nosso clube!

http://www.youtube.com/watch?v=yRCj4AsRuMA

Vejam esta merda brutal. Foi assim, caralho! Foi assim!

E digo-vos, aqueles segundos de gritos de leão a partir do minuto 9:05 significaram um dos melhores momentos do meu Sportinguismo.