É uma das nossas maiores esperanças e, de cada vez que fala, mostra uma maturidade bem superior à sua ideia. Traído por problemas físicos, que não permitiram dar continuidade ao que de bom fez na época passada, Eric Dier será titular amanhã, em Guimarães e está, igualmente, em destaque numa entrevista à Rabona (com um nome destes, a primeira capa devia ser o Matías Fernandez), uma nova revista inglesa de futebol que será oficialmente lançada no dia 28 de Novembro.

E o que diz o jovem central?
Desde logo, uma revelação sobre o que se passava antes de ser emprestado ao Everton. «Eu estava a ficar muito preguiçoso. As coisas tinham-se tornado muito facéis no Sporting e eu tornei-me desleixado. O meu pai percebeu e quis que eu mudasse de ambiente, para manter os pés no chão […] a mudança fez-me bem e deparei-me com uma mentalidade bem diferente e com um futebol que era muito mais rápido, em que é complicado parar e onde um jogador está sempre envolvido»

No regresso, Eric Dier começou por ser aposta na equipa B, mas viria a ser promovido à equipa principal, como uma das bóias de salvação para o pesadelo em que o Sporting se encontrava. «Vou guardar essa experiência para o resto da minha vida e, de forma egoísta, até posso dizer que foi uma sorte tudo isso ter acontecido. Passámos por muitas coisas no ano passado, com mudanças de treinador e resultados terríveis, mas passar por isso numa idade tão jovem faz-te crescer muito!»

E como é crescer numa Academia que é um exemplo em termos de formação? «Quando fui morar para a Academia, com 13 anos, havia fotos de Ronaldo, Figo e Nani nas paredes, para nos recordar que estamos num local onde se formam os melhores do mundo! Segredos do sucesso da formação do Sporting? Os treinadores adaptam-se muito bem a cada uma das nossas idades e deixam-nos crescer com os nossos erros. Querem que sejamos nós a perceber quando erramos e dão-nos liberdade para experimentar posições diferentes. Isso ajuda-te a pensar no que é melhor para ti.

Este ano Eric Dier tem jogado menos, mas os tempos são bem menos agitados em Alvalade. «As mudanças foram radicais! Novo presidente, novo treinador, novas pessoas a trabalhar na Academia. Acho que ainda estamos todos a adaptar-nos às mudanças, mas está a correr bem. É preciso é perceber que estamos longe de ser um produto finalizado. Estamos com meses de trabalho e, depois do que aconteceu na última época, seria um erro criar expectativas que podemos não ser capazes de cumprir. O que podemos fazer é fazer a nossa obrigação, que é competir e lutar até final. E nós estamos a fazê-lo!»