Nomeadamente…acho que o bom senso neste momento diz para aguardarmos.
Por exemplo quem tirou a foto pode dar o seu testemunho se de facto estavam a arrumar os cachecois.. todos ou só a tirar os nossos…
Não quero julgar apenas com uma foto uma unica imagem pode distorcer toda uma verdade…
(De qq maneira já aqui o disse eu nunca lá deixaria um simbolo do SCP, com todo o respeito)

Fico-me por homenagear os nossos heróis, esses sim merecem ser homenageados . Grande Peyroteo!

Numa altura em que a bem oleada máquina de propaganda dos galináceos faz o seu trabalho. Sempre foram mestres na arte da propaganda e ainda a dominam com o controle que exercem sobre os media. E em que a morte do Eusébio trouxe à baila a forma vil como foi desviado do Sporting, para incómodo de alguns que se apercebem que não fazem parte de um clube virtuoso, como a mesma propaganda quer fazer passar, queria deixar ao Cherba uma sugestão para uma iniciativa importante. Vivemos uma fase de vacas magras mas convém não esquecer que ainda há pouco tempo o Sporting e o sportinguismo foram postos em causa e que falta algo que contribui para cimentar esse sportinguismo. O maior simbolo da nossa memória colectiva são os cinco violinos e eu sugeria que se fizesse uma angariação de fundos junto a alguns sportinguistas endinheirados (Sousa Cintra?) para a construção duma estátua a colocar junto ao estádio, não com um jogador, mas com os cinco violinos todos abraçados com aqueles sorrisos de alegria que se vê nas fotografias depois de mais uma vitória. Alegria dos cinco violinos que eu acredito vamos recuperar brevemente. Fica o repto lançado ó Cherba.

A mim dizem-me que estão lá os cachecóis do Sporting

A teoria do U- boat U77 tem grandes lacunas. O Peyroteo não jogou na Zâmbia. Jogou no mesmo campeonato onde jogou o Eusébio, contra os mesmos clubes, num tempo não muito distante um do outro por isso podemos comparar a performance de um e outro. O Peyroteo não detém um recorde nacional. É simplesmente o maior goleador da História do futebol mundial e até hoje ninguém conseguiu fazer o que ele fez. E se desvaloriza os anos em que jogou o Peyroteo como sendo uma época dum futebol menor, nós hoje podemos fazer o mesmo com o Cristiano Ronaldo em relação ao tempo em que jogou o Eusébio, por isso não vale a pena entrar por aí.

Toda esta discussão à volta de mortos já cansa, quando o melhor jogador português de todos os tempos ainda está bem vivo, a espalhar magia pelos relvados e a bater sucessivos records. Ou então se calhar não é o melhor, porque ainda não teve oportunidade de jogar com unhas encravadas, como noutros tempos.

Porque este post era sobre o Peyroteo (acho eu):

O Eusébio foi o único atleta verdadeiramente icónico da colectividade de Carnide durante a sua existência. Foi elevado a esse patamar porque foi no seu tempo um atleta excepcional, porque numa cultura que cultiva a adoração de ídolos ele personificou convenientemente um dos “F” da trilogia salazarenta, e porque depois de o terem descartado quando os joelhos cederam às dezenas de infiltrações a que foram sujeitos (the show must go on), obrigando-o a acabar a carreira no União de Tomar (ainda não consigo conceber isto…), os lamps ainda tiveram a desfaçatez de “recuperar” o símbolo que mandaram embora quando foi um empecilho, para o usarem uma outra vez, agora para se servirem da imagem mundial do atleta excepcional (vejam os ecos da morte dele na imprensa e em alguns dos principais palcos mundiais) para se colarem a essa imagem, e porque é (era) o que resta(va) dos tempos de glória.

E nós? Quantos atletas excepcionais, verdadeiros ídolos do desporto, tivemos ao longo da nossa História? Sim, Peyroteo. Sim, os Cinco Violinos, e Carlos Lopes, e Fernando Mamede, e Joaquim Agostinho, e Livramento, e Vitor Damas…
Nós nunca tivemos um regime “a trabalhar” para promover os nossos ídolos, é verdade. Mas também fizemos muito pouco para isso. Temo-nos limitado a olhar e promovê-los “para dentro”.

Temos muito de que nos orgulhar. Pelos atletas de eleição, e também porque nunca demos um chuto no cu de um desses atletas quando ele se tornou incómodo, para o ir buscar só quando nos lembramos que precisamos de uma “imagem de glória”, um cartão de visita dourado. Acho que é mais que tempo de começar-mos a fazer o trabalho de casa…virados para fora.

SL