Não sei se foi melhor o resultado do que a exibição, até porque, nomeadamente na primeira meia hora, os jogadores do Marítimo andaram a cheirar a bola. E a verdade é que, e peço desculpa se estiver a ser injusto, sempre que o Sporting se lembrou que este jogo contava para alguma coisa e acelerou – ou deverei dizer, sempre que o William resolveu limpar todas as bolas e mais algumas? – não faltaram oportunidades para marcar mais golos (Slimani que o diga).
E é, precisamente, pelo argelino que começo. É verdade que falhou dois golos inacreditáveis, um mais por mérito do defesa que conseguiu cortar, outro por ter querido marcar em grande estilo e ter esperado pelo completo movimento do redes, mas Slimani fez um grande jogo. Correu, pressionou, recebeu de costas e colocou redonda a jogar (veja-se o primeiro golo), foi ao choque, arrastou os centrais, esteve lá. Sempre. Permitam-me, por isso, uma enorme vénia a quem conseguiu dar-nos, por meia dúzia de tostões, um ponta de lança puro e duro que, neste futebol mais europeu, tem condições para apurar os seus predicados. O resto… o resto é a cada vez maior vontade de ver o Sporting começar um jogo com dois avançados.
De avançado para avançado, embora Mané tenha surgido e seja aposta a extremo. “Raça do puto” que partiu a loiça toda durante 25 minutos e marcou um golo capaz de fazer o Pedro Barbosa saltar do sofá e manda o croissant amanteigado para a carpete. Que golo do cacete, meus amigos! Se eu tivesse um jornal cheio de manhas, já estava a preparar uma capa a dizer “o Weah de Lisboa!”, mas depois percebia que o rapaz joga no Sporting e fazia uma capa, atrasada, com o Ronaldo. Ah, espera, este também é verde…
Verdes, como diz a minha avó, ficaram os avançados do Marítimo com as defesa de Boeck. Sim, porque, e louve-se a atitude, os insulares tentaram sempre chegar lá à frente e marcar, não o conseguindo por mérito do guarda-redes brasileiro. Ah, grande Marcelo! E eu que andava com a sensação de que os teus níveis de concentração estavam abalados com tanto tempo a socar bancos de suplentes. A propósito, bem que deves ter vontade de dar umas murraças na cabeça do Dier e do Rojo, não deves, durante os minutos em que pareciam estar a dormir?
Creio que já destaquei os três homens do jogo, mas não podia deixar de endereçar uma palavra ao Cédric e ao Jefferson pela atitude e por aquilo que jogaram e ao Vítor por ter marcado um golo. Aproveito, igualmente, para sublinhar os momentos em que o Adrien recuou mais para receber a bola, colocando-se quase ao nível do William e deixando Vítor mais solto no topo do triângulo. Foi curioso e, confesso, pareceu-me ter resultado no maior afastamento dos homens de meio-campo do Marítimo. Curioso é, igualmente, reparar na felicidade com que o Carrillo entra quando vem do banco e constatar que o Magrão sabe muito bem como tratar a bola e como colocar-se em campo. E estava sorridente, o Gérson, como que carregando o nosso sorriso neste regresso à normalidade (mesmo que com vários momentos onde a ficha foi desligada).
p.s. – Obrigado, Pedro Martins, por me teres feito a vontade e teres voltado a choramingar a arbitragem. E por teres levado um casaquinho capaz de esconder-te os vincos que a camisa um tamanho abaixo te provoca no perímetro abdominal…
15 Janeiro, 2014 at 13:52
um pormenor na noite: a organização foi vergonhosa. Fecharam metade do estádio, as pessaos chegavam e diziam-lhes para ir para o outro lado, e que não haveria lugares marcados. Pessoas com lugar de leão, que compraram para 20 anos, ficaram sem o seu lugar. E chegados ao lado de lá, como cada um se sentava onde queria, quem tinha lugar de leão também ficou sem ele em muitos casos. E como esperavam 10000 pessoas, e estiveram 11321, praticamente não sobrava lugares (na central e lateral, na curva sul havia muitos), e quem chegou tarde em grupo teve que ir cada um para seu lado, andava a segurança a dizer “há ali um há ali outro”, pais ficaram separados de filhos, etc etc, e só não deu pancada entre os lugares de leão que foram ao ar, porque ganhámos 3-0, no início havia muitos ânimos exaltados.
Chegado a casa é que vi uns emails e tal, mas no próprio estádio a informação foi nula; nas portas fechadas, diziam para onde irmos, mas as outras, quem tinha o bilhete certo, nada era dito, e as pessoas chegavam ao “seu” lugar e estava ocupado…
Espoliaram as pessoas de lugares que são seus por direito por 20 anos, separaram famílias, uma vergonha. E tudo para poupar uns euros na limpeza e afins do outro lado. Péssimo.
15 Janeiro, 2014 at 14:06
Bem, eu não assisti a nada disso. Vi o mail antes de ir para o estádio, quando lá cheguei, escolhi o meu lugarzito na boa. Como estava sentada mesmo junto a umas escadas, vi as pessoas chegarem com alguma pressa, mas sentavam-se no primeiro lugar que viam vazio, na boa, sem stresses. Encontrei vários amigos que têm lugar na Central Nascente e nenhum estava com esses problemas existenciais.
15 Janeiro, 2014 at 14:22
poupar uns euros? amigo, não são uns euros, são milhares de euros em policia, bombeiros, stewards, catering de bares, limpeza e afins.
Compreendo que ter um lugar comprado e não o poder usufruír é chato, mas meu caro…isto passa-se em apenas um jogo e aí a compreenção devería levar a melhor, afinal somos uma família, quantas vezes não dou o meu lugar no autocarro e no metro, porquê fazer uma tempestade num copo de água?
Já vi que votou no Couceiro…
15 Janeiro, 2014 at 14:51
isto não tem nada a ver com votos, tem a ver com teres uma coisa que compraste e tirarem-ta; é como comprar uma casa, e um dia chegas e queres entrar e dizem “ai hoje não dá, hoje precisamos da sua casa para outra coisa, tenha lá paciência e vá dormir noutro lado qualquer”.
os sócios que têm os lugares de leão compraram-nos por 20 anos, não por 20 anos menos um dia. Foi uma pouca vergonha sim senhor, e eu, que fui dos que roubei lugares, não dei o lugar a quem veio dizer que era dele porque eu era um dos tais que estava com o filho e nem pensar em deixar o meu puto ir para longe de mim, como é óbvio. Mas os gajos a quem tirei o luger tiveram toda a razão em protestar.
15 Janeiro, 2014 at 14:55
é preciso calma, foi um momento esporádico, e a alusão ou comparação da casa é um tanto ou quanto descabida para este assunto, compreendo mas não aceito tanta indignação, há coisas mais importantes como o saneamento do clube, longe vai o tempo em que com 6000 espectadores as bancadas estavam todas abertas, tontaría pura!
15 Janeiro, 2014 at 15:25
Também acho que estás a fazer uma tempestade num copo de água. Eu por acaso até tinha o meu lugar na Central que abriu e quando cheguei sentei-me num lugar qualquer. Não apareceu ninguém a “chatear-me” com esse lugar é meu. E após o intervalo até nos “aconchegámos” de outra maneira. Nós queremos é ver a turma de Alvalade a vencer!
15 Janeiro, 2014 at 15:12
LOL
15 Janeiro, 2014 at 14:26
Tem razão. Mas nos tempos que atravessamos acho que devemos ter alguma tolerância para situações deste genero.
15 Janeiro, 2014 at 14:32
aliás, se uma pessoa pensar um pouco, esta situação terá sido a única deste género esta época, até porque agora serão só jogos do campeonato e além do mais foi uma situação de recurso, provavelmente se se passar outra semelhante será tratada de outra forma.
Tolerância é a palavra chega, muito bem dito scpgz
15 Janeiro, 2014 at 14:33
palavra chega* está mal escrita, era palavra chave*
15 Janeiro, 2014 at 14:42
Quer-me parecer que esta medida esporádica se deveu sobretudo ao facto de ser a competição que era, ao dia da semana e ao adversário, fora ter dado na TV…
Se esperavam 10000 e apareceram 11321, não me parece que tenham errado muito.
Nem estou a ver que isto volte a acontecer até final da época, até porque imagino que a onda verde se mantenha.
Mas isto de pegar num clube em cacos devido aos desmandos de anos e anos e tentar fazer as coisas com cabecinha não agrada a todos. Quem esperava que esta direcção só tomasse medidas populares tire o seu cavalinho da chuva.
Se foi feito para poupar dinheiro, pois eu aplaudo a frontalidade com que foi referida esta medida (pontual). Clube que gaste milhões e não precise justificar onde, podem procurar uns nºs mais abaixo na rua, se faz favor…
15 Janeiro, 2014 at 14:55
Meu caro amigo, nao sendo mandatado por ninguém, posso lhe dizer que quando se arrisca comprando por vinte anos algo para sair mais barato. Chamado o Bom negocio!
Nós nunca sabemos o dia de amanhã… E neste caso especifico … Entendo que é melhor ir à procura de um lugar e saber que a nossa família esta no seio de uma família maior….
Do que quer ir ver o Nosso Amor e nao poder .., por ter fechado para sempre.
Poupar … Poupar … Poupar
É o que temos todos que fazer… E o Sporting como grande instituição que é, deve dar p exemplo, como tem feito!
De resto compreendo a sua insatisfação 😉
15 Janeiro, 2014 at 14:41
O que destaco do jogo de ontem é o facto de que no dia em que a nossa defesa esteve uns furos abaixo do que tem vindo a ser normal, sofremos 0 golos. E não foi com nenhuma equipazita fraca. Ontem o marítimo deu luta.
Quanto à capa do record hoje não me admira nada que se quisessem redimir depois do número de assinantes sportinguistas que devem ter perdido ontem, tinham mesmo que ‘nos passar a mão pelo ‘pêlo’…tão enganadinhos que eles estão…
15 Janeiro, 2014 at 14:49
of-topic:
será que o Nani vem? gostava bastante, mas sem que para isso tenha de haver desconto na contratação do William Carvalho…direito de preferência e já gozam, e é se querem…se não querem vão cagar á mata de manchester.
15 Janeiro, 2014 at 15:09
Também gostei de alguns pormenores:
Mané tem ginga, quando acelera parece que os outros vão de triciclo.
Rojo usa apenas uma parte do cérebro, seja para cabecear seja para fazer faltas esquisitas. (tirando a que safou o Dier, claro!)
O Dier não pode ficar muito tempo sem jogar. Faz raízes e qualquer dia passa para a categoria + 100kg.
O Marcelo só precisa de fazer 3 jogos e fica pronto para esmurrar o banco no próximo ano.
O Cedric não sabe distinguir um jogo da taça da liga da liga dos campeões. Ainda bem!
O Jefferson devia ter via verde, assim escusava de parar para respirar.
O William é uma mistura de Beckenbauer, Matthaus, Albertini, Patrick Vieira, Touré e Busquets. Todos ao mesmo tempo, claro.
O Adrien quer ir ao Brasil, porque gosta muito de havaianas.
O Vitor é um pequeno motor diesel de altas rotações, não gasta muito e se lhe derem espaço faz rally.
O Capel quando levanta a cabeça estraga tudo. Deve jogar sempre com os olhos no chão para enganar os defesas. A sério.
Slimani não gosta de golos fáceis. Oferece-os aos colegas e prefere os difíceis.