No seguimento do jogo de sábado, que terminou com uma vitória sobre o Penafiel (1-3), ainda assim insuficiente para passarmos às meias-finais da Taça da Liga, fui brindado com várias teorias a respeito do Sporting.

O Sporting não foi apurado porque não cumpriu a sua obrigação de ganhar ao fcp, em casa, na primeira jornada do grupo.
Portanto, de uma exibição em que metemos o habitual campeão no bolso dos trocos e onde o guarda-redes adversário foi o melhor em campo, passamos para a teoria da incapacidade. Peço desculpa, mas o que este Sporting mais tem mostrado é de que é capaz. Não marcou? Pois não, mas era tudo tão simples se ganhássemos sempre que jogamos melhor do que os outros, não era?

O Sporting não devia ter tirado o pé do acelerador contra o Penafiel! Se marcássemos mais um, coisa que era simples, hoje estávamos apurados.
Aquele pequenito também não devia ter marcado aquele golo do meio da rua! Estamos a entrar no campo do disparate e, pior, a colocar em causa o empenho dos jogadores. Coisa que, convenhamos, até pelos dois últimos jogos, se torna ridícula…

O Sporting devia ter regressado mais tarde do balneário, ao intervalo. Para cabrão, cabrão e meio!
Confesso que isto me passou pela cabeça, assim que o circo pegou fogo. Mas não foram necessários mais de cinco minutos para consolidar uma certeza: eu não quero ser cabrão e meio. É verdade que o tentar fazer as coisas da forma mais correta eleva o grau de dificuldade, mas também aumenta o prazer da conquista. E se há coisa que me orgulha para lá da nossa aposta na formação é, precisamente, não ser igual a esta gentalha que adora os bastidores do futebol. Há quem se contente em ganhar a qualquer preço. Eu acho que devemos promover o contrário.

O Bruno não devia ter vindo falar!
Quem quiser, eu posso enviar uma foto do Soares Franco, na galhofa com o Pinto da Costa, depois de termos sido vergonhosamente prejudicados e termos perdido o jogo, em Alvalade.

Duas Taças já se foram. Vamos passar mais um ano em seco!
Já vi que, contigo, não vale a pena conversar sobre os contornos com que fomos eliminados em ambas as Taças. Aliás, já vi que, contigo, não vale a pena falar sobre o Sporting. Um ano em seco passaste na época passada! Tão seco que ias ficando sem clube! Mas, ainda assim, permite-me responder à tua afirmação: será que vamos?

Agora não há desculpa para não ficarmos em segundo e não lutarmos pelo título!
O que é que entendes por não haver desculpa? É veres uma equipa a jogar futebol e a deixar a juba em campo todas as semanas? Se for isso, garanto-te que vais ter motivos para acreditar até final (e, se estiveres apenas armado em imbecil, podes sempre recordar a miséria que foram os últimos anos)

Isto é para esquecer… o futebol português não passa desta merda.
Errado. Isto é para recordar. E, se tomares atenção, vais ver que algo está a mudar. Por exemplo, onde é que achas que o Bruma estaria a jogar com uma das direções anteriores? E o Ilori?
Não te diz nada o facto do Sporting tomar a iniciativa de questionar o modelo em que assenta o nosso futebol, apresentando propostas ao governo e aos clubes que se mostram interessados em alterar este lodaçal? Não te diz nada, no seguimento dessas reuniões, ficar bem vincado quem deseja a continuidade do chamado sistema, incluindo o homem que manda na arbitragem?
Não te diz nada a manhosa campanha para promover a formação benfiquista, a que quem dirige o clube vizinho se viu obrigado no seguimento da aposta que foi feita em Alvalade?
Não te diz nada mandares um murro na mesa no que toca ao endividamento, levando a que muitos adeptos dos principais adversários questionem o modelo de gestão das respetivas direções?
Não te diz nada veres o Pinto da Costa vir chorar arbitragem, depois de se apanhar em terceiro lugar? Não te diz nada veres o confrangedor treinador do fcp andar, semanalmente, a falar de uma campanha contra o clube que treina (tentando desviar atenções do seu paupérrimo trabalho)?

Não te diz nada? Então, permite-me dizer-te que me fazes lembrar o Paulo Fonseca, o tal que berrava à sua equipa para apressar o jogo e que, minutos depois, na conferência de imprensa, dizia que já sabia que estava apurado e arranjava forma de falar de tudo menos de futebol.