Tem sido por demais evidente a falta de respeito, repetida, repetitiva e reiterada, “ad nauseum”, para com o SPORTING CLUBE DE PORTUGAL por parte de alguns elementos da dita mídia. Poderíamos estar aqui horas a fio a debater onde e quando começaram tais “maus fígados” para com o GRANDE… pouco interessa para o caso. Interessa, isso sim, é que não temos tido descanso ultimamente.
E os “argumentos” tem sido tão diversificados, atingindo tantas vertentes que, só de pensar nisso, ficamos tontos, tal a espiral psicadélica que se forma nas nossas mentes com a quantidade abominável de “notícias” difundidas sem o mínimo critério que não seja apenas o de mostrar até onde se pode descer profissionalmente.

A verdade é que muito desse desrespeito foi “fomentado” por nós, e quanto mais o negarmos, mais longe estaremos de um dia poder resolver esta questão. Provavelmente, desde a saída de João Rocha que não tínhamos um presidente que defendesse intransigentemente o CLUBE (e aqui, permitam-me extrapolar, pois o pouco que sei, não é por conhecimento de causa, uma vez que só tomei real consciência do nosso clube em 1989, quando regressei a Portugal, mas através de relatos da época que fui lendo/ouvindo), tendo começado, acredito eu, a partir daí, a tal má relação do SCP com a mídia… ou melhor dizendo… o contrário… a má relação desta para connosco. De lá para cá, nomeadamente até há 10 meses atrás, oficialmente, o nosso clube não era defendido com a garra que se pede a um leão. Fomos sendo “comidos” todo este tempo… muito por culpa nossa. Porque renunciamos defender aquilo que nunca poderíamos abdicar… o nosso orgulho!

Por onde começar? Já se viu do mais absurdo que se pode imaginar: Photoshop mal amanhado de trazer por casa, retirando símbolos do Leão Rampante de indumentárias dos nossos atletas de forma a não poderem ser associados ao nosso clube, substituindo símbolos com a dignidade dum Leão por outros tão ou mais rasteiros como a intenção dos seus autores, até ao cumulo de alterar as regras duma competição profissional por forma a adulterar a posição (ainda que temporária) de liderança na tabela classificativa, mesmo quando a esmagadora maioria dos outros meios de comunicação desafiam esta lógica tão sui generis. Muitos, muitos, muitos outros casos haveriam para falar. Arriscaria dizer que TODOS OS DIAS há um dislate, um atropelo, uma ofensa que seja, sempre guardada para lançar em jeito de bazófia por parte daqueles que, por não terem o nosso nível, teimam em não deixar o seu próprio nível, procurando levar-nos de arrastão até ao nível zero, ou abaixo disso, onde se sentem realizados. Por isso, mais do que nunca, temos de deixar os energúmenos de mão estendida, a engasgar-se no seu próprio riso, com as suas próprias “notícias”, nomeadamente as desse jornal “estrangeiro” que por cá lança atoardas à mesma velocidade com que algumas Televisões seleccionam putaria para participar em programas (?) de televisão. Desde os tempos áureos do Calor da Noite que não se via tal desfile de produção frutícola…

O Sporting, também por culpa própria, virou um circo nestes últimos anos. “Largos dias tem um circo”, poderia ser o nome dum qualquer livro editado, só que este, em vez de procurar branquear o sucesso desportivo conseguido à custa de muitas noites mal dormidas de muita gente, de maus hábitos alimentares, de conselhos matrimoniais perdidos no meio dos calores da noite, este seria apenas um apanhado de todas as humilhações, desditas, ofensas e faltas de respeito que sofremos. Fomos alvo de chacota e galhofa de uma plateia de hienas (entre os mídia e os rivais, é só escolher), a rir despudoradamente mas sem sentido nem critério. Como qualquer hiena faria, de resto, justiça lhes seja feita. Uma plateia de hienas, a quem, seria apresentado o cardápio da seguinte forma: “Boa noite, meus “senhores”! Hoje temos Leão escalado ou às postas. O que vai ser?”. Tornou-se hábito diminuir o Leão. Verdade seja dita, passamos por uma fase “nerd”… em que nos deixávamos comer por parvos (entenda-se, ao mais alto nível) e ainda pedíamos desculpas caso a nossa indignação ousasse soltar um ai.

Hoje por hoje, os tempos apresentam-se outros. De Março para cá, colocamos em sentido quem nos queria dar a extrema-unção (bancos), limpamos a casa aos poucos, removendo a maior parte da gordura das paredes devida à constante confecção de fritos, desfazemo-nos de móveis velhos ou demasiado caros e reabilitamos outros (E já mostramos que não nos atrapalha nada deixar outros tanto na arrecadação caso não queiram ser vendidos)… no fundo arrumamos a casa. Vivemos com aquilo que temos e na perspectiva de mudar de vida fruto daquilo que melhor sabemos fazer. Ou seja, o futuro, por todas as razões e mais algumas, é nosso.
Por muito que custe a aqueles que controlam esta tenda de circo em que transformaram o futebol português, o Leão, apesar dos pesares, continuará sempre a rugir, hoje mais alto por força da sua própria convicção. Sempre no sentido de não se sentir aprisionado e claustrofóbico numa tenda pequenina demais para a sua grandeza…