O meu nome é Tomás e tenho 11 meses. Pedi o PC ao meu Pai para vos contar a minha história.

Estava eu acabado de nascer e o Montero a marcar golos e golos. Tudo parecia fácil até que em Braga a coisa não se encaminhava. Então o meu Pai, sozinho em casa comigo naquela tarde, decide ir buscar-me ao berço e, como que por milagre, o Cedric espeta uma batata daquelas que até agora nunca mais lhe vimos fazer. Leve como eu era, tive muita sorte em não bater com a cabeça no teto da sala, mas que saltei muito não tenham dúvidas.

Depois continuaram os jogos onde fomos ganhando a jogar bem, onde ganhámos a jogar mal e onde perdemos (e empatamos) a jogar mais ou menos mal e a sermos “ajudados” … a não ganhar.

Até que chega o jogo em Setúbal e lá tive que ir de novo para o colo do meu Pai, senão não conseguiríamos dar a volta. Festejámos que nem uns perdidos e ainda bem que sou mais pesado senão tinha ido mesmo ao teto! Mas depois fomos de novos roubados, desta vez por Santos. Já não se pode confiar nem neles.

Virada a página e a Fruta desce à Capital (onde eu gostava de morar, mas o meu Pai diz que aqui no Brasil é que é bom). Não vi a primeira parte pois estava a dormir, o meu pai sofreu sozinho. Decidi acordar ao intervalo e fazer uma birra do tamanho do mundo até que o meu Pai me foi buscar aos 5/6 minutos da segunda parte. 15 segundos a olhar tranquilamente para a TV e Alá desce à terra! Fácil não é? A parte do salto nem vou contar mais, mas fiquei assustado, porém não chorei … logo. Como conhecia o adversário fiquei muito nervoso e com grande birra, mas quando o jogo terminou a minha birra foi embora, os três pontos estavam no saco.

Esta é a minha experiência recente de SPORTINGUISTA e não posso dizer que seja o meu Pai a incutir-me isso, foi escolha própria, obviamente.

Texto escrito por Pedro Silva