Para lá do projecto desportivo e económico do Sporting Clube de Portugal, existe também o projecto de melhoria da marca que representa o nosso clube.
Nos últimos anos, a Comunicação do Sporting tem sido fraca, muito fraca mesmo. Muito poucas campanhas inovadoras, por vezes vinham os comunicados constrangedores, as notícias relativas ao clube chegavam sempre em último aos seus próprios canais e as redes sociais muito pouco atentas ao potencial que um clube com milhões de adeptos pode ter.

Desde a chegada de Bruno de Carvalho e da sua equipa, isso alterou-se um pouco. Mas alterou-se essencialmente porque existiu uma aproximação clara à massa associativa, com uma mensagem forte, vinda de uma Direcção forte e também um pouco empurrada pelas boas exibições das nossas modalidades. Não é difícil crescer quando se aproxima o clube daqueles que são a sua maior arma, os adeptos.

Depois, as reestruturações, projectos e mudanças em vigor, ditavam que os canais que dispúnhamos se mexessem muito mais, para informar todos em todo o País de que o Sporting rugia mais alto outra vez e, desta vez, se propunha não só a corrigir erros do passado como a alterar as práticas no Desporto português. Chegou ao ponto de muito adeptos, crentes da veracidade dos jornalistas do CM, Record ou A Bola, apenas saberem as notícias do seu clube depois de um comunicado bem estruturado, publicado no site oficial.

No entanto, o caminho neste campo tem se traçado muito mais lentamente do que nas outras secções do Clube. É necessário e urgente que arranque o projecto Sporting TV. Estamos todos cansados de não ter transmissão das modalidades, juniores, equipa B, algumas entrevistas mais extensas a dirigentes e jogadores. Necessitamos de um canal, que se auto-sustente, mas que viva e respire Sporting. Feito por e para sportinguistas. Vejam só a quantidade de golos extraordinários que perdemos do Iuri e do Dramé esta temporada. Os festejos do Matheus que perdemos. A caminhada do nosso Andebol e Futsal. A natação, o atletismo, o hóquei, entre outros, todos pouco acompanhados por olhos de leões. O Sporting TV tem de nascer e mostrar a força do clube uma vez mais, longe de megalomanias, com a isenção possível e com bons jornalistas. Nada de gordinhos que baixam a cabeça a olhar para um ecrã (não me façam isso de por dois parvos a comentar jogos que dão na concorrência).

Depois, as redes sociais. Um sportinguista não é um clique no botão “Like”.
Falta mais interação, mais conteúdos exclusivos, mais imagens e vídeos. Custaria muito a que faz o Facebook e Twitter mostrar o que vemos aqui na Tasca tantas vezes? “Faz hoje nove anos que…”, “Neste dia há 12 anos, acontecia isto”. Recordar os aniversários de velhas glórias, lembrar golos inéditos e mesmo dias menos felizes, que nos relembrem que também de sofrimento é feito um sportinguista.

Coisas simples, como uma fotografia no balneário do Mané a ser praxado (exemplo apenas). Esse tipo de coisas faz-nos sentir próximos de quem está do outro lado, de quem compete e não apoia apenas. São essas as coisas que queremos comentar e partilhar, não calendários que todos conhecemos de cor. Admito até que tem melhorado esse aspecto. Vemos mais interacção, os gestores do Facebook respondem aos comentários dos seguidores, tiram dúvidas e saem do silêncio dos últimos anos. Também o Twitter, está bem melhor e ao criar o hashtag #RazõesParaSerDoSporting colocou o nosso clube no topo das tendências das redes sociais, em Portugal. Isto uma semana após vermos o Benfica campeão, é obra!

Por fim, alguns projectos como o “Missão Pavilhão”, merecem ser explicados com a devida cautela aos adeptos e sócios. Só a nós, os outros não interessam para nada. Vídeos, que contemplem alguma maquete do nosso pavilhão, alguma declaração oficial do Presidente, jogadores vestidos com a tal camisola (principalmente os das modalidades). Precisamos de uma comunicação mais pessoal, que nos deixe sem qualquer dúvida depois de apresentada a ideia. De tal forma eficaz que estejamos todos já com o dinheiro pronto e na fila da Loja Verde.

O despedimento dos funcionários da área de Comunicação foi triste. Nunca é motivo para alguém ver algo de positivo, ainda por cima imaginando o futuro das mesmas pessoas que nos colocaram o Jornal Sporting nas bancas. Que seja então uma oportunidade para melhorar e não fazer o mesmo. Que se reestruture tudo o que não estava certo para que, pelo menos, exista o mínimo consolo para os Sportinguistas que perderam o seu trabalho. Quanto à YoungNetwork tudo o que oiço são coisas boas. São ambiciosos, jovens e desejantes de agarrar a oportunidade. Sejam bem-vindos e venham cá ler isto!

 

Às terças, a Maria Ribeiro mostra que não há pipis como os desta Tasca (e que há iguarias que, definitivamente, sabem melhor quando preparadas por uma Leoa)