«As pessoas estão muito preocupadas com o que o presidente do Sporting disse, inclusive os próprios sportinguistas. Mas ninguém fica preocupado com aquilo que se está a passar nas eleições na Liga. Estão a ser completamente manipuladas. Não posso assistir a sportinguistas que tiveram passagens verdadeiramente brilhantes nos últimos anos pelo Sporting e que acham que sabem o que é melhor para o futebol português. É impensável que se escolham candidatos para a Liga sem que se saiba quais são os seus programas”
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«Os sportinguistas preferem calar-se porque devemos ser diferentes, politicamente corretos, ficamos chocados com tudo. E no entanto vejam os títulos que temos tido nas últimas décadas porque não queremos levantar ondas e somos gente de bem».
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«Não foi para ser apenas gente de bem e diferente que votaram em mim para presidente do Sporting. Posso ser gordo mas não tenho três pernas. Pela primeira vez consegui colocar sobre a mesa o tema da bipolarização. Já o tinha tentado mais de dez vezes, confesso, mas nunca pegou»
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«Os sportinguistas manipuladores terão em mim um opositor feroz. Aos sportinguistas iluminados não admito mais situações onde as pessoas se queiram servir do clube […] Não me vou calar. Só os sportinguistas o poderão fazer. Não venderei os meus ideais a ninguém porque acredito que estou à frente da única entidade que interessa de facto em Portugal: o Sporting».

As tom das palavras de Bruno de Carvalho, no encerramento do IX Congresso Leonino, podem continuar a chocar uns e outros. Mas é inegável que esse incómodo serve para levantar questões. De um momento para o outro, fica a nu que quem anda no futebol tem a perfeita noção da vergonha que norteia o futebol português. E alguns até decidem falar às claras, como pode ver-se a partir do minuto 53, mais coisa menos coisa.