Espanha: os campeões
A selecção espanhola é a actual campeã mundial e é bicampeã europeia, galões mais do que suficientes para se assumir como a favorita à vitória final. O futebol de passe curto e de carrossel só é possível com artistas como Iniesta, Xavi, David Silva ou Fábregas (como Koke à espreita), sem esquecer David Villa ou Diego Costa, que deixam no banco jogadores como Mata ou Fernando Torres. A amparar os artistas, homens como Xabi Alonso, Busquets ou Piqué dão todas as garantias e há muitos espanhóis com a esperança que Sérgio Ramos dê continuidade à veia goleadora que marcou a sua época no Madrid.

Holanda: laranja em renovação
A Holanda chega a este campeonato do mundo numa fase de renovação, com o cunho de Van Gaal, e até tem surpreendido pelo 5-3-2 híbrido, capaz de, rapidamente, se transformar num 3-5-2. Sneijder, Robben e Van Persie são os líderes desta laranja nem sempre doce, tendo em Kuijt e em De Jong outros focos de experiência. Os defesas Janmaat, à direita, e Blind, à esquerda, serão peças chave na movimentação da equipa, criando superioridade na linha média sempre que em posse de bola (com a curiosidade de, por vezes, Blind fechar junto a De Jong e a equipa esticar-se num 4-3-1-2). E para conquistar essa mesma bola, Van Gaal conta com o pequeno grande Jordy Clasie, que poderá ser uma das figuras deste Mundial, onde a Holanda chega sem ter conhecido o sabor da derrota ao longo da fase de apuramento.

Chile: caixinha de surpresas
Olho para este grupo B e pergunto-me: foi o Chile que teve azar em ficar com a Espanha e com a Holanda, ou foram as outras duas que tiveram azar em ficar com o Chile? É que esta é uma das selecções que pode provocar surpresas e complicar as contas das casas de apostas. Bravo, na baliza, transmite segurança; Vidal, no centro do terreno, é garantia de qualidade; Vargas e Alexis Sanchéz, na frente, são um perigo constante. É uma pena não vermos Matías Fernandez, mas será um prazer rever Mauricio Pinilla.

Austrália: o efeito canguru
Pouco mais restará aos australianos, que não vender caras cada uma das partidas. Assentando o seu futebol na disponibilidade física, os cangurus têm a seu favor a total ausência de pressão, pois qualquer ponto conquistado saberá a vitória. Para tentar esse ponto, as maiores esperanças residem em Dario Vidošić e Jedinak, no meio-campo, e na irreverência goleadora do jovem Leckie.