Colômbia: órfãos de Falcão
Os cafeteros chegam ao Brasil com vontade de confirmar o talento de uma geração de jogadores, mesmo tendo em conta a ausência da sua estrela maior: Radamel Falcão, um dos melhores pontas de lança do mundo. Cuadrado, James Rodrígues, Freddy Guarín e Teófilo Gutiérrez, são, assim, os homens em que residem as maiores esperanças do meio-campo para a frente, com os nossos bem conhecidos Jackson Martinez e Quintero à espreita de uma oportunidade (é uma pena Montero ter dado o berro, pois seria perfeito vê-lo no Mundial). Lá atrás, a Colômbia conta com jogadores experientes como Yepes, Zapata e Zúñiga, o que a torna numa equipa compacta e uma das duas candidatas a passar à fase seguinte num grupo que, à partida, será muito disputado.

Grécia: filosofias de Santos
Por mais que o técnico Fernando Santos insista em dizer que a Grécia não veio de férias ao Brasil, é difícil imaginá-los a passar à fase seguinte. Karagounis e Katsouranis bem que desejariam fazer uma gracinha na sua despedida das grandes competições de selecções, mas a não ser que Samaras e Gekas se transformem na improvável dupla de sonho da Copa, os helénicos regressarão a casa ao fim de três jogos onde jogar para o espectáculo será, sempre, força das circunstâncias.

Costa do Marfim: os complicados
São complicados a todos os níveis: entre si, nunca se sabendo se os egos dos jogadores se sobrepõem às necessidades da equipa; para os adversários, que têm pela frente um conjunto de atletas técnica e fisicamente acima da média. No fundo, a Costa do Marfim tem condições para, na prática, lixar a teoria de que Colômbia e Japão vão seguir em frente. Yaya Touré, um dos melhores jogadores da época 13/14 e um dos melhores executantes do mundo é o novo menino bonito de uma selecção que continua a contar com a inspiração de Didier Drogba, a experiência de Kolo Touré, as arrancadas de Kalou e a juventude de Tioté.

Japão: origami
É sempre uma incógnita o que a selecção japonesa pode fazer, dada a ténue linha que separa o ilusionismo de jogadores como Honda, Yamaguchi, Hasebe ou Kagawa das constantes “casas” dadas pela defesa. Talvez a presença de Alberto Zaccheroni no banco ajude a corrigir estes problemas defensivos, embora os jogos de preparação tenham mostrado que este Japão é o mesmo de sempre: joga com vertigem pela baliza adversária, mas esquece-se de defender a sua. É espectáculo garantido e, acredito, será uma das equipas a seguir em frente.