E quando chegou ao Sporting, que dificuldades encontrou?
Não estava habituado a defender e era fraco na marcação mas com trabalho e a ajuda de todos os companheiros consegui ir superando os obstáculos.

Depressa conquistou os adeptos leoninos. Como explica isso?
Acho que era mesmo pelo meu jeito. No início ninguém sabia o meu nome. Chamavam-me Teo, Leo, e por fim diziam ‘aquele ali, o mais baixinho de todos’. Durante todos estes anos senti-me priveligiado por ser tão acarinhado.

De todos os seus golos, o que ficará na história é o último que foi marcado na mítica Nave de Alvalade.
E que orgulho tenho nisso! Foi contra o Modicus, ganhámos 11-1. Que saudades da Nave, aí sim, sentiamo-nos em nossa casa. Ainda hoje me lembro do primeiro derby com o Benfica lá e fico arrepiado.

Que balanço faz dos 12 anos que jogou de leão ao peito?
Muito positivo. Dei tudo de mim ao clube e sinto que fui retribuido de igual modo. O amor e carinho que sinto pelo Sporting são para toda a vida. Tive altos e baixos, como todos, mas fui muito feliz aqui e guardo todos os momentos no coração.

As suas lágrimas após a conquista do título de campeão, no passado domingo, no Fundão, foram de alegria ou tristeza?
Um misto. Vivi uma semana de muita emoção e sincermente não estava preparado para a despedida. Mas a maior felicidade foi poder celebrar a conquista do título na hora do adeus.

Num tom de voz emocionado, Deo quis deixar uma mensagem de despedida a todos os Sportinguistas: «Obrigado por tudo. De coração. Acreditem que não foi fácil a decisão que tomei, deixo para trás uma família, a casa onde cresci e me fiz homem. Mas esperem por mim, vou voltar». Deo disse que fez uma espécie de pacto com Bruno de Carvalho: «Disse-lhe que queria acabar a minha carreira no Sporting. E recebi logo um sim como resposta.» Durante esta semana, Deo vai oficializar o seu vínculo com os russos do KPRF e dia 25 de julho apresenta-se ao serviço.

(in A Bola)