Talvez seja o momento para relaxar um pouco da questão dos calções verdes, da televisão, das dispensas e compras para o plantel e aproveitar esta altura do Verão para reflectir sobre uma outra modalidade, ligada ao nosso clube e para a qual o Sporting muito contribuiu.
Sou uma apaixonada pelo ciclismo. Não uma conhecedora profunda, nem sequer uma conhecedora superficial, mas é um desporto que me fascina. Todos os verões, depois das duas da tarde, é tempo de Tour e de acompanhar aqueles guerreiros por aquelas colinas acima. Primeiro, há que escolher um favorito, sem razões muito racionais, depois torcer acompanhar por longas horas o seu percurso até se perceber qual a posição que passou a ocupar. É realmente impressionante o esforço físico a que estão sujeitos aqueles atletas, que mostram uma força mental, anímica e física para conseguir cortar a meta. Não é quase humanamente compreensível como é que eles conseguem, que raio de preparação os pode preparar para aquilo!
Por estes motivos e pelo gosto pelo ciclismo, alimento o sonho de voltar a ver a verde e branca a correr pelo asfalto.
Somos parte da história da modalidade em Portugal, uma parte muito significativa. Um dos maiores símbolos do clube acaba por ser um atleta de uma modalidade que já não existe e isso, para mim, é incompreensível. Nem que fosse apenas pelo Joaquim, nem que fosse de uma forma quase amadora, nem que apenas se participasse em provas muito pequenas, a secção de ciclismo tinha de existir.
Nos momentos que vivemos e no momento em que esse desporto vive, o dinheiro é essencial. São necessários patrocínios e formas de concorrer com os melhores. Os prémios das provas de topo são tão elevados, apenas pela participação, que as equipas pagam autênticas fortunas aos seus atletas apenas para cortar o vento da vedeta ou ir buscar águas ao carro de apoio. O material é caríssimo, cheio de requisitos e de tecnologia, a preparação física e a recuperação exige os melhores profissionais e meio técnicos. Como tal, não se advinha um projecto muito fácil, mas a verdade é que corre um “zum-zum” de que em 2015 poderemos ver o Leão Rampante a correr a Volta a Portugal. Nada disto é confirmado ou certo, mas podemos ter alguma expectativa para que aconteça. E que bonito seria, ver a Serra da Estrela em tons de verde.
Não conhecendo os moldes em que se vai proceder esta reintrodução na modalidade, sugiro eu mesma um modelo:
Aproveitar o que foi feito com o hóquei em patins. Criar uma secção independente, mas que possa usar o nome, o símbolo e as cores do maior clube português. Tornar o projecto sustentável a curto prazo, com patrocinadores e resultados desportivos (no caso do hóquei duas manutenções sucessivas). Depois disso ir apoiando com algumas verbas, faseadamente, para que se garantam melhores atletas e se vá vivendo períodos tranquilos dentro da secção.
No espaço de três anos, fazer da modalidade parte do Sporting Clube de Portugal. Pedir a contribuição de sócios e adeptos, fazer injecções de capital e convencer as marcas de que o nome Sporting poderá trazer de volta as pessoas à rua para ver passar o pelotão.
Quem sabe, um dia até ter tanto sucesso que possamos contratar alguns dos melhores do mundo, correr o Tour e espalhar pelo mundo o nome do nosso grande amor, com um atleta no pódio. Participar no Giro, Mundiais e Europeus! Nada é impossível com a nossa massa humana!
*às terças, a Maria Ribeiro mostra que há petiscos que ficam mais apurados quando preparados por uma Leoa
15 Julho, 2014 at 7:01
Muito difícil mas realmente um sonho ver o leão Rampante nos asfaltos desta Europa
Excelentes pipis Maria obrigado
15 Julho, 2014 at 7:42
o que se falou era que era uma parceria com uma equipa já existente( até esteve para ser já este ano, mas não existiu acordo com o paredes).
quanto a correr nas grandes provas, a não ser que seja por convite, dificilmente uma equipa portuguesa terá dinheiro para chegar ao world tour
15 Julho, 2014 at 8:02
Fomos a única equipa portuguesa a participar na elite e a ir ao Tour, talvez isso um dia também pudesse ser possível.
15 Julho, 2014 at 8:32
Era bonito sim senhora, esse sonho tornar-se realidade daqui a uns anos qd estivermos mais fortes ( financeiramente)
15 Julho, 2014 at 8:36
É das modalidades que gostava de ver novamente no clube. juntamente com o voley e o basket (apesar deste já existir nos escalões mais jovens).
Não sei se a melhor maneira não seria associar a marca Sporting a uma já existente no pelotão, de modo a tornar mais fácil (desde que viável do ponto de vista financeiro) o aparecimento da verde e branca nas estradas.
15 Julho, 2014 at 8:47
Aos poucos, voltaremos a ter o velhinho ambiente vivido na nave. Sobre o ciclismo não sei bem quais os planos oficiais … mas tudo se conjuga para o Sporting andar outra vez na estrada. Apareça o patrocínio e o BC não recusa as “camisolas”.
Reconheço que é muito uma questão financeira, porque a vontade (sei que posso falar assim com esta direcção) sei que está lá.
15 Julho, 2014 at 8:53
Penso que o problema é a questão financeira e a sustentabilidade da modalidade, tal como é para as restantes. Daí referir que se calhar poderíamos associar a marca Sporting a uma equipa já existente. Se calhar o investimento será menor, acho eu.
15 Julho, 2014 at 8:58
Eu sempre adorei ciclismo…mas não partilho a vontade de ver o Sporting com equipa! O ciclismo é uma modalidade que tem cada vez mais praticantes amadores e menos profissionais! O doping retirou ao ciclismo os patrocinadores e os que ficaram não estão disponíveis para pagar muito e correr o risco do seu nome ficar ligado (mesmo que sem culpa) a mais um caso de doping! Por isso não sei se me apetece correr o risco de daqui a 3 anos haver um qualquer atleta que ponha o nome do meu clube de coração na lama por usar doping…mesmo que depois seja expulso e se faça 30 por uma linha a mancha fica lá! Como digo sigo a modalidade (hoje menos porque os últimos grandes que segui todos foram apanhados com doping…o que me deixou frustado demais para continuar a seguir com a mesma regularidade..) mas temo que possa não ser o melhor caminho para o Sporting, por mais apelativo e por mais que perceba o que nos faz querer…
15 Julho, 2014 at 11:00
+1
15 Julho, 2014 at 9:07
Não acho que o SPorting deva ou venha a ter uma equipa profissional no futuro. Pede demasiado dinheiro, requer parcerias com empresas e marcas que simplesmente não se interessam por este pequeno rectãngulo
Por outro lado…
O ciclismo de pista parece estar a entrar no país, não seria uma aposta interessante ser um dos percursores do desporto por cá?
15 Julho, 2014 at 9:24
O ciclismo já não é o que era, deixou de ser um desporto de paixão e emoção para se tornar demasiadamente corruptível. Não gostava de ver o nosso SCP implicado em casos de doping por causa de qualquer incauto atleta.
15 Julho, 2014 at 10:05
teste
15 Julho, 2014 at 10:07
Escola de ciclismo Joaquim Agostinho. A melhor homenagem ao grande campeão seria pôs em prática uma escola de ciclismo nas suas várias vertentes, pista, estrada, btt, na zona de Torres Vedras, e começar a competir nos escalões mais jovens com as cores do Sporting Clube de Portugal. O ciclismo profissional poderia eventualmente aparecer por acréscimo daqui a 4 ou 5 anos.
15 Julho, 2014 at 10:37
belíssima ideia!
15 Julho, 2014 at 10:56
Seria uma justa homenagem!
15 Julho, 2014 at 11:21
+ 1000 🙂
15 Julho, 2014 at 10:30
Sai uma bifana, picante extrai e um metro de imperiais aqui pró canto!! Obrigado Cherba, juko e demais implicados por esta solução temporária.
Agora um offtopic.
A questão do Viola será um caso disciplinar ou é mais um a ser encostado por qualquer motivo que não agrade à Direcção? Que perentagem tem o Sporting do seu passe? Será por isso que é encostado?
Penso que o Viola é um puto com bons pés, motivado e com espírito de luta e entrega assinaláveis. Gosta do Sporting, sente-se bem por cá e a vestir a verdibranca e penso que seria plausível, numa altura em que outros vôos se levantam em termos de competições a disputar na próxima época e em que notícias avançam a possível saída de alguns extremos e a entrada de outros, dar-lhe uma oportunidade no plantel principal ou pelo menos fazer a pré-época com a equipa e avaliar a importância ou não para a época que se avizinha. Agora encostá-lo numa fase tão prematura da pré-época é uma forma de proceder que não me parece sinceramente correcta e que põe em causa também o jogador no plano desportivo e profissional.
Este é mais um daqueles (poucos) casos que me parece que a Direcção ou o departamento não estará a agir de forma correcta (como o foi também a dispensa do Abel e forma lacónica como o assunto foi divulgado). Se a questão da informação sobre o clube é feita exclusivamente pelos canais do clube, então será talvez premente equacionar a forma como a divulgação de alguns casos é feita e clarificar o que deve ser clarificado. Ser objectivo e não deixar pontas soltas é o que se pede.
15 Julho, 2014 at 10:30
*Jusko
15 Julho, 2014 at 10:31
O ciclismo é hoje uma mentira. Deixou de me apaixonar. Não é uma modalidade que faria questão de ver no Sporting. Fiquemos com a nostalgia da glória do passado.
15 Julho, 2014 at 11:12
Tambem sou um fanático de ciclismo, Maria, mesmo depois de ter tido grandes desilusões com alguns dos grandes ciclistas que tenho acompanhado ao longo dos tempos. Mesmo com todas estas questões associadas, doping e etc. era brutal ver a verde e branca por essas estradas de Portugal, a fazer as delícias dos Sportinguistas espalhados pelos quatro cantos do país. Não tenho dúvidas que o publico na estrada, na volta a Portugal, duplicaria só por causa da participação do Grande. Relativamente ao que o pessoal tem dito de não querer ciclismo no Sporting, por causa do risco de haver um dia um ciclista a ser apanhado nas malhas do doping, é um risco que teremos de correr, mas as vantagens são bem maiores do que os possiveis inconvenientes…
Cherba, a roulotte tá porreira, mas tem assim um aspecto de roulotte “gourmet” , nem parece uma filial da Tasca 🙂 o importante é que arranjaste uma solução temporária para a malta continuar a beber uns canecos…
SL
15 Julho, 2014 at 11:42
O Ciclismo tem de ser numa fase inicial sendo lançado, apenas para uso doméstico, uma equipa para fazer pontos para ser protour gasta no minimo entre 4 a 6 milhões época, uma equipa protour gasta no minimo 8 a 9,5 milhões, por exemplo casos como Sky, BMC ou Omega Pharma, tem um orçamento semelhante ao nosso Futebol, Agora para consumo doméstico e algumas provas de 3ª ou 2ª na vizinha Espanha, certamente o nome do Sporting conseguiria uma equipa competitiva
15 Julho, 2014 at 12:43
O ciclismo do Sporting até já ganhou etapas no Tour. Foi em 1984, na 5ª etapa, pelo Paulo Ferreira, que dedicou a vitória ao Joaquim Agostinho. A equipa era Sporting Clube de Portugal – Raposeira.
Sou um grande fã de ciclismo e também me parece irreal pensar que o Sporting (ou alguma equipa que não se dedique exclusivamente à modalidade) possa aspirar a entrar no pelotão internacional. Agora para consumo interno e como entidade formadora/divulgadora adoraria poder vibrar com a camisola do Sporting por essas estradas a fora! (quem sabe numa volta a portugal…)
15 Julho, 2014 at 16:26
Eu daqueles que segue sobretudo o Tour nesta altura do ano…Pensar nas grandes voltas parece algo inatingível, mas como já foi dito por outros tasqueiros, um projecto para as estradas portuguesas, ou mesmo para a pista, seria bem interessante!
16 Julho, 2014 at 14:57
A presença do sporting em qualquer competição profissional está dependente dum grande patrocionador ( holdimo?) Mas acredito, se bem que improvavel, que num futuro breve poderemos ver a verde e branca exibida orgulhosamente na chegada aos campos Elísio!