Mahmoud Fadlallah (dirijo-me a ti assim, na esperança que, quando eras pequeno, os teus pais usassem dois dos teus nomes para te mostrarem que a conversa era séria),
eu percebo que tenhas ficado lixado por não teres jogado um minuto que fosse, na Taça de Honra. Também percebo que aches injusto, que aches que jogaste muito contra os açoreanos e que aches mais um milhão de coisas. Agora, caro Shika, o que eu não percebo, é que dês ares de vedeta e corras para o balneário depois de termos conquistado o primeiro troféu da época.
Meu, mete uma coisa na cabeça: lá porque és descendente de faraós, não és mais que os outros. Lá porque és o gajo do plantel que dá mais toques, não significa que és mais jogador. Lá porque estás rotulado de craque e tens vídeos fixes no tubo, não significa que tenhas que ser titular. No fundo, rapaz, vais ter que ser profissional e respeitar as opções do treinador. Se não tiveres sido habituado a isso, ainda vais a tempo de aprender. Se não quiseres aprender, ouvi dizer que estão a precisar de guias turísticos no Nilo.
Vá, toma lá uma chucha, com aero-om que a birra foi grande, e vê se te acalmas.