É complicado ficar indiferente às notícias que colocam Marcos Rojo perto do ManUnited (e, sim, encaixa que nem uma luva no 3-4-3 de Van Gaal). Primeiro, porque o considero o melhor central do plantel. Segundo, porque, a acontecer a saída, vejo o treinador ser obrigado a mudar de planos a poucos dias do arranque da época. Mesmo tendo em conta as contratações de Paulo Oliveira, Sarr e Rabia, embora este último tenha sido apresentado como médio defensivo, não me parece que se estivesse a contar com a saída de Rojo, ainda para mais depois da saída de Dier.

Fala-se, neste momento, numa proposta de 20 milhões, sendo que o Sporting deseja que a oferta suba para 24, de forma a encaixar 6 milhões, valor correspondente aos 25% do passe que lhe pertencem. E diz-se que o argentino recusou treinar esta manhã, algo em que eu não acredito, tal como não acreditei que ele se tivesse recusado a defrontar o Montevideu, rumor que faz capa do Jogo e que, entretanto, já foi desmentido por dois ou três órgãos de comunicação. Aliás, e muito sinceramente, este é o tipo de situação em que o Sporting não devia dar margem a especulações: se está a ser veiculada uma mentira que mina a boa ligação que o atleta tem com os adeptos, devia haver um desmentido oficial.

Regressando aos valores em causa, o que nos lixa nesta situação é a pouca percentagem do passe que está em nossa posse. Claro que a direcção poderá bater o pé e tentar chegar ao valor da cláusula – 30 milhões –, até pelos valores envolvidos nos negócios de Magala ou de David Luiz, mas, parece-me, neste caso pesará a conduta profissional que tem marcado a passagem de Marcos Rojo pelo Sporting e, a não descurar, o ordenado que o argentino aufere.

A confirmar-se tudo isto, são 11 milhões que entram nos cofres verde e brancos (Dier + Rojo), mas levanta-se um problema central. Resta saber se com o dinheiro arrecadado chega algum patrão, ou se Marco Silva convence dos deuses do futebol a darem-nos uma agradável surpresa no coração da defesa.