Não vou negá-lo: a confirmação do comportamento pouco profissional por parte de Marcos Rojo e de Islam Slimani, deixou-me o estômago apertado. Por vários motivos. Primeiro, porque a três dias do arranque da época perdemos dois jogadores que, pelo menos no ano passado, foram fundamentais e que se afiguravam como dois dos maiores trunfos à disposição de Marco Silva. Em segundo lugar, porque é mais uma machadada naquele meu lado de criança embevecida que, cada vez mais a custo, vou tentando manter quando penso em futebol. Em terceiro, porque, infelizmente e tal como aconteceu com Eric Dier, sinto que há adeptos do meu clube a quem este tipo de situação espoleta sorrisos de pura satisfação.
Desde ontem à noite que ando com o cérebro às voltas, tentando organizar as ideias antes de escrever-vos. Não porque a entrevista de Bruno de Carvalho me tenha surpreendido (podes vê-la clicando aqui); antes porque não consigo deixar de surpreender-me com o facto de algumas centenas (ou milhares) de Sportinguistas acharem que os maus da fita neste conturbado arranque de época, são as pessoas que dirigem o clube.
Eu não consigo entender, mesmo que me façam um desenho e me tratem como se eu fosse um pirralho de cinco anos, como é que existe quem defenda que face a recusas em treinar, usadas como forma de pressão para conseguir negociar transferências, nós devíamos ir resolvendo as coisas com paninhos quentes. Castigar os dois jogadores retira força à equipa que entra em campo? Não coloco isso minimamente em causa. Mas deixá-los decidir quando treinam ou deixam de treinar, deixá-los acharem que podem encostar o clube à parede, não retira força ao grupo e, consequentemente, à equipa? Não coloca em causa a autoridade, primeiro, do corpo directivo e, segundo, do corpo técnico? Será um jogador (ou dois) mais importante do que o grupo? A minha resposta, taxativamente, é «não, não é! E se eu estivesse à frente dos destinos do Sporting, a minha posição seria exactamente a mesma».
Também não consigo entender, a não ser vindo de putos mimados que não têm de trabalhar ou o fazem ao colo dos pais em empresas de família, que se ache normal que, um ano após assinar um contrato de livre vontade, tendo escolhido vir para o Sporting em vez de rumar a outras paragens, um jogador ache que está no direito de exigir que se renegocie esse mesmo contrato. «Quero ganhar mais!». Isso todos queremos, foda-se! E estes meninos não andam, propriamente, a trabalhar a recibos ou a receber parte do ordenado em cartões refeição, pois não? E o Sporting é que está a ser injusto e ingrato? Se calhar devíamos continuar a promover contratos a la Labyad, em que na primeira época se recebe um milhão e na segunda, independentemente das prestações desportivas, esse valor quase que duplica. Não me gozem…
Só falta, mesmo, ver adeptos das minhas cores defender os fundos e os aliciamentos (proibidos, diga-se) feitos aos jogadores. Portanto, já não basta andarmos a promover jogadores cujos direitos desportivos nos foram retirados por quem devia defender-nos (o caso de Rojo é inacreditável, desde perdermos um milhão assim que vendemos parte do passe ao fundo, ao termos deixado mais valias na mão do Spartak, o que faz com que os nossos 25% se reduzam a quase nada), como ainda devemos achar normal que esses fundos forcem a saída do jogador para triplicarem o investimento que fizeram? Como ainda devemos achar normal que, infringindo as regras, existam clubes a acenar com ordenados chorudos a jogadores do Sporting?!? (neste momento, muito sinceramente, perco a noção se estou a falar com adeptos do meu clube ou de clubes adversários).
Pese as diferenças na análise a esta situação, creio que todos estaremos de acordo num ponto: o Sporting sai enfraquecido de toda esta situação. Ou não. Saiba o plantel fazer dela um boost extra de união e de motivação, apostando em calar quem já esfrega as mãos de contentamento e afia as facas que nunca deixaram de estar à mão. E saibamos nós, adeptos do Sporting, fazer deste mais um momento em que ficamos as quatro patas no chão, sacudimos o pó da juba e rugimos, bem alto, um «presente!» no apoio à equipa. O apoio que, há mais de um século, tem ajudado a construir uma história à imagem do desejo de José Alvalade.
13 Agosto, 2014 at 16:56
A luta contra os interesses dos fundos de jogadores pode ser inglória e pouco mais proveitosa do que perseguir moinhos de vento, mas é uma luta pela transparência, vale a pena travá-la e o Sporting está do lado certo.
Contudo, converter isto numa luta contra os jogadores é absurdo. Futebol sem futebolistas não existe. Já sem fundos e agentes… Não digo que os jogadores tenham de ser ídolos, mas é escusado vê-los como bestas negras. Tratem e sejam bem tratados no clube, enquanto cá estão e quando se forem embora.
13 Agosto, 2014 at 17:37
Já agora, para informar a malta: depois do desmentido do presidente em directo ficou hoje também claro num outro blogue que afinal a tal “opcao de recompra de 25% do passe do Rojo por 1M€ em Outubro de 2013″ nunca existiu.
Como nos ingrupiram esta patranha é que nao me entra na cabeca.
13 Agosto, 2014 at 17:40
Slimani e Rojo têm contracto com o Sporting e cláusulas de rescisão fixadas. Pelo que sabemos, nenhum deles tem algum tipo de cláusula extra como tinha Dier, que possibilitava a sua saída para Inglaterra por um valor inferior.
Posto isto a decisão cabe exclusivamente à direcção e ao Sporting.
Por mim são 2 casos diferente:
Rojo, que à uma temporada atrás era uma miséria como central para grande parte dos sócios e adeptos, passou a ser o melhor central do plantel e a sua saída vai certamente deixar a equipa mais fraca. Dier também já não mora cá e dos 3 centrais adquiridos, nenhum dá ainda certezas de equilibrar o valor da equipa. Aliás, Rabia parece ter sido adquirido para a posição 6, mas temos o Tobias à espreita e pelo que se viu nesta pré-época também merece as suas oportunidades.
Nunca vamos ter grande retorno do Rojo em função da percentagem de passe e moldes do seu contracto. E não acredito que o clube tenha euros para agora ou em 2015 comprar a percentagem ao fundo. Por isso… seja vendido, mas como fez birra, não pelos 20 milhões. O jogador e o seu agente ou fundo que arranje mais 3 milhões e assim fica livre para ir à sua vidinha. Quer o United, pague do seu bolso para ir para lá 🙂
Slimani é o típico caso de jogador que da noite para o dia acha que virou craque. Mas aqui a ingratidão é a palavra de ordem. Está há uma época no clube, clube que o projectou e deu possibilidades de jogar na montra europeia – e mundial por acréscimo – e já ganhou tiques de vedetísmo. Por mim não ia a lado nenhum. Só se baterem a cláusula.
Agora aqui acho que a direcção deve começar a perceber uma coisa. Os tempos são outros e os jogadores já sabem que podem forçar saídas e amuar. O clube tem de saber exigir mas ao mesmo tempo premiar. Slimani fez uma boa época. Não sei como foi feito o seu contracto mas ouvimos falar muitas vezes que esta direcção apostava em contractos por objectivos. Acho bem. Premiar o bom desempenho e o profissionalísmo é algo que hoje se faz um pouco por todo o lado e em todas as actividades. O patrão ganha no desempenho e aplicação do empregado e este ganha no reconhecimento e prémios que o patrão lhe atribui.
Se estas medidas já estão no contracto do Slimani então é cumprir com elas. Se não estão, talvez a direcção deva analisar o desempenho do jogador e, sem desculpar a atitude, reunir e saber chegar a consensos. O interesse do clube também merece algum jogo de cintura, principalmente no que respeita a jogadores considerados mais valias desportivas.
Esta postura deve também ser analisada para episódios futuros. Jogadores formados no clube a quem se reconheça valor acima da média, dificilmente ficarão satisfeitos com propostas de renovação em que perdem direitos actualmente existentes. Os jogadores (pais ou agentes) não são burros. Os que são apontados como futuros craques, sabem o valor que têm e por isso dificilmente aceitam ordenados inferiores ou menos regalias em futuras renovações. Até porque o Sporting não é o único clube em Portugal. Outros também andam à espreita de novos talentos.
A direcção não pode querer impor apenas as suas exigências, caso contrário corre o risco de deixar sair do clube os melhores do futuro e com os quais anda há vários anos a gastar milhares em investimento.
Se existe dinheiro para trazer (mesmo com valores inferiores – e bem – ao de outros anos) jogadores que nada trazem de novo e que passado uma época são convidados a rescindir, então que se faça melhor o trabalho de casa e se analise se em vez de Welders, Magrões, Geraldes, Píris, Victores, e outros… não teremos na nossa própria casa gente capaz de numa primeira fase ser alternativa a titulares e mais tarde opções de qualidade reconhecida e, principalmente, valorizada.
13 Agosto, 2014 at 17:47
FODA-SE!!!
PAREM DE DAR TROCO AO LETAO PARVO!!!
EU ACHO QUE A CULPA NAO E DELE MAS DE QUEM LHE dá troco.
IGNOREM , please, passem a frente…
sou contra “ficar a janela”
ELE SOZINHO NAO FAZ MERDA, nao fica a falar sozinho
Faço aqui um mea culpa, hoje não resisti a responder-lhe…
13 Agosto, 2014 at 18:06
A partir do momento que ninguém lhe corta o pio, e ele debita as alarvidades no blog, fica quase ciclópico não responder. è tal e qual como as notícias “manhosas” que vão surgindo, se ninguém ligar ou desmentir passam por consensuais…
13 Agosto, 2014 at 18:24
Para quem já andava a desesperar pensando que o Jefferson era o senhor que se segue…
“A Sporting SAD e o atleta Jefferson repudiam estas notícias, ainda para mais nas vésperas de um jogo que marca o início do campeonato nacional, e também pelo facto de o referido atleta nem sequer ter qualquer empresário.
O Sporting conta com Jefferson, que está muito satisfeito e empenhado em ajudar a equipa na época que vai agora começar.”
Bolas… que desinformacao que anda por aí…
13 Agosto, 2014 at 21:09
Eu propunha ao Manchester ou outro clube a sério a venda de rojo por 4 euros, e vinham dois ou três putos deles para o SCP com contrato e ordenado pago também por eles durante 5 anos.
Ganhava o rojo: jogar no MU ou outro
Ganhava o SCP: vários jogadores com potencial e ordenados pagos
Ganhava o ManU: jogador de mundial a custo zero em troca de alguns excedentarios que não tinham espaço e respectivos ordenados que são peaners para eles.
Ganhava o Fundo: 3 euros
Ganhava o Spartak: 1 euro
SL