Guarda-redes: RuiPatrício, Marcelo Boeck, Luís Almeida
Defesas laterais: CédricSoares, Jefferson, Jonathan Silva, Esgaio, Miguel Lopes
Defesas centrais: Maurício, Paulo Oliveira, NabySarr, Rabia, Tobias
Médios-centro: JoãoMário, William Carvalho, André Martins, Adrien, Uri Rosell, Slavchev
Médios-ofensivos: Ryan Gauld, Carlos Mané
Extremos: Nani, Capel, Carrillo, Sacko
Avançados: Tanaka, Slimani, Montero

Desta lista exclui Geraldes, Heldon e Shikabala. O último estará de partida para o Egipto, os outros dois julgo que serão ainda emprestados a clubes de campeonatos periféricos, como a Turquia ou Roménia.

Ao contemplar a nossa lista de jogadores não posso deixar de sentir orgulho. Sim, já sabemos que os rivais gastaram o dobro, que temos pouca experiência e isso se vai notar na Champions (aquela competição onde passámos a ter exigências tremendas em apenas 15 dias). Também sei que falta um centralão, um dez criativo, um extremo melhor, entre tantas outras coisas que não temos.

O que vejo, perdoem-me o meu excesso de optimismo, é uma equipa carregada de soluções de qualidade.
Na frente de ataque, a classe em pessoa (mas deprimida), um tanque de guerra e um samurai. Para diferentes jogos, diferentes tácticas e diferentes adversários. Cada ponta-de-lança tem características completamente distintas. Todos têm uma coisa em comum, neste momento: sentido de compromisso para com o nosso clube.
Nos extremos, posição que me fazia desesperar o ano passado, o nosso miúdo Carrillo parece ter entrado nos eixos. E agora não tenho dúvidas, será um dos melhores deste campeonato com o passar dos meses. Nani é Nani, para quê esmiuçar mais o craque? Mané é a alegria em pessoa. Poucos jogadores entram com aquela vontade, com aquela música nos pés, com tanta raça e desejo de mudar o rumo dos acontecimentos. Ter isto tudo, poder manter o adorado Capel e juntar uma solução, que para muitos é um dos jovens mais promissores a actuar nos escalões jovens de França, é a cereja no topo do bolo.

No meio-campo está o verdadeiro orgulho. William, Adrien, João Mário, André Martins, Slavchev e Rosell. Impera a escola de Alcochete, impera a juventude e o toque de bola. Tenho muita expectativa por Slavchev, mais do que por Rosell admito. Acho que temos ali um médio goleador, um trator, a fazer lembrar a raça de Rinaudo. Sobre os outros, que mais há a dizer? Conhecemos bem a importância que têm, o que dão à equipa. Sabemos que são achados neste mundo do futebol. Todos os sportinguistas estão ansiosos pelo que João Mário poderá trazer à equipa e já faltou muito mais.

Laterais estamos seguros. Miguel Lopes poderá ser o escolhido (em caso da ausência de Cédric) em jogos de gabarito europeu, com extremos ao nível de Hazard. Mais pela experiência do que pela velocidade. Ganhámos um pouco de sportinguismo, perdemos um pouco de dinheiro. Esgaio deveria estar nesta equipa há duas temporadas. Intensidade, inteligência, raça e sentido prático de fazer inveja a muitos jogadores do nosso plantel. Quanto a Jonathan, não deveremos vê-lo em acção para já. Jefferson é o titularíssimo e enquanto não começarem as taças e jogos europeus, Marco Silva vai manter o brasileiro.
Defesas centrais são a maior incógnita. Conhecer bem bem apenas conhecemos Maurício, Tobias (temos de lhe dar o tempo que os outros mereceram) e Paulo Oliveira, que já jogava no nosso campeonato. Sarr tem sido uma surpresa enorme pelo que tem dado à equipa. Quem o vê jogar não diz que tem apenas 21 anos feitos há uns dias. Velocidade, calma e jogo aéreo de meter respeito. Rabia, dizem os peritos, é a classe em pessoa. Não será de estranhar que roube o lugar a Maurício durante a época.
Por fim, guarda-redes. Com Rei Patrício e SuperBoeck estamos como queremos. Dois capitães, no verdadeiro sentido da palavra. Dois homens que servem este clube de forma fantástica. Terceiro posto fica a cabo de Luís Almeida e o jovem parece ter ganho confiança com esse facto. Está muito seguro na equipa B, apesar de mudar a dupla de centrais constantemente, e até pára penalties. Aqui estamos à tua espera miúdo.

Estes são os nosso homens, um plantel que não tem estrelas do Milan nem do Real Madrid, é certo, mas tem as estrelas da prestigiada academia de Alcochete. Tem juventude, tem dedicação e um enorme sentido de compromisso. Tem William e Slimani, que juntos custaram 300 mil euros mas os nossos rivais não se importavam de os ter. Não temos Rojo, ganhámos uma das maiores pérolas que o nosso clube já criou. Alguém conseguiu ficar triste no dia que transferimos Rojo? Impossível.
Agora, querido Marco, muito trabalhinho. As desculpas acabaram, já cedemos dois empates e está na altura de nos colocarmos na senda das vitórias. Para sermos campeões teremos de recuperar os 4 pontos que nos tiram do primeiro lugar e isso, só se faz com 3 pontos de semana a semana. E pelos vistos, a ideia absurda de Bruno de Carvalho de ver o Sporting dominar as convocatórias da Selecção Nacional já não é tão absurda. Hoje levamos 4 jogadores, no futuro levaremos 6, depois 8, depois 10.

 

*às terças, a Maria Ribeiro mostra que há petiscos que ficam mais apurados quando preparados por uma Leoa