Analisando as contratações deste defeso temos Rabia, Paulo Oliveira, Naby Sarr, Jonathan Silva, André Geraldes, Rosell, Slavchev, Gauld, Tanaka, Sacko e Gazela que custaram cerca de 15 milhões aos cofres leoninos. Questiono se não teria sido preferível mexer menos mas bem. Imaginando que em média cada atleta ganha 30.000€ por mês (impostos incluídos), dá em salários algo como 3.600.000€ por ano. Resumindo, houve um investimento total de cerca de 18.600.000€ (contratações + salários de uma temporada). Nani não entra nestas contas porque o empréstimo foi a custo zero e o Sporting não lhe paga a retribuição.
Mantendo o empréstimo de Nani, penso que teria sido preferível manter a equipa base + recrutamento de alguns elementos da equipa B + 3 contratações. As contratações seriam um DC (dava para investir 5 milhões com um salário bruto de 100.000€ mês); um n.º 10 (dava para investir 5 milhões com um salário bruto de 100.000€ mês); um avançado (dava para investir 5 milhões com um salário bruto de 100.000€ mês).
O Plantel seria este:
GR: Rui Patrício e Marcelo Boeck
DD: Cedric e Esgaio
DC: Contratação, Maurício, Tobias e Nuno Reis (ou Semedo ou Nuno Reis);
DE: Jefferson e Miguel Lopes (Também pode jogar a defesa direito. Estamos a pagar-lhe salário logo para mim fazia sentido usá-lo em prol da equipa)
Med. Def: William e Fokobo (Parece curto mas se o JJ adapta jogadores o MS também o pode fazer e como a equipa joga muitas vezes com duplo pivot, tanto o Adrien como o André Martins podiam fazer dupla quando o William não jogasse)
N.º 8: Adrien, André Martins e João Mário (podia-se recrutar o Wallyson à equipa B caso necessário)
N.º 10: Contratação e Mané (Montero e Nani também podem jogar aqui)
Ext: Nani, Carrillo, Capel e Héldon (Mané e Esgaio também pode jogar a extremo e podia-se recrutar o Podence, o Dramé ou o Iuri à equipa B caso necessário)
Ava: Contratação, Slimani e Montero
Possível onze: Patrício; Cedric, Contratação, Maurício (ou Tobias), Jefferson; William, Adrien (ou André Martins), Nani, Carrilo, Contratação; Contratação.
Era o plantel ou o onze perfeito? Claramente que não. O plantel e o onze tipo dariam mais garantias que o atual e que o da época passada (sem esquecer que galvanizava os putos da B e dos juniores)? Parece-me claramente que sim. Obrigava a um maior investimento? O investimento seria exatamente o mesmo, quer em termos de compra de passes quer em termos de salário, a diferença é que a equipa B teria mais juniores a jogar o que lhes permitia ganhar experiência, fomentando a nossa formação.
Provavelmente perdíamos possíveis estrelas como Rabia, Rosell, Gauld, Slavchev e Sacko mas se as três contratações, por cerca de 5 milhões cada, fosse canalizada para atletas jovens e com margem de progressão poderíamos ter três potenciais estrelas, a diferença é que estas já teriam mais provas dadas, maiores garantias de mais-valia desportiva a curto prazo e de mais-valia financeira a médio-prazo. Não inventei a pólvora porque não é necessário, às vezes o melhor é não inventar muito.
Texto escrito por Alexander Sweden
*às quartas, a cozinha da Tasca abre-se a todos os que a frequentam. Para te candidatares a servir estes Leões, basta estares preparado para as palmas ou para as cuspidelas. E enviares um e-mail com o teu texto para [email protected]
25 Setembro, 2014 at 0:51
Alexander,
Não há fórmulas perfeitas. Há demasiados casos de sucesso e insucesso em ambas as estratégias para que consideremos alguma delas infalível.
Para mim, é tudo uma questão de risco. Tu consideras que é um risco maior apostar em 11 jovens promessas do que em 3 jogadores consagrados. Eu acho precisamente o contrário. Não se trata dos outros serem estúpidos e nós inteligentes. Trata-se da nossa capacidade em suportar aquilo que eu chamo de “custo da não afirmação”. Que no nosso caso é pouca ou nenhuma. Se contratas 3 consagrados assumes que estás a meter as fichas todas nesses 3 jogadores e que a sua margem de erro é zero. Chegam, são titulares e têm de começar a render desde o dia 1. Se contratas 11 promessas tens margem para os lançar no momento em que achares mais adequado, de acordo com as necessidades da equipa sem a pressão do rendimento imediato.
Acredito que chegaremos a esse ponto. Se calhar até mais rápido do que estamos à espera. Neste momento, entendo que ainda não estamos preparados financeira e psicologicamente para fazer uma aposta desse tipo. O passado ainda faz mossa. E esse passado trouxe-nos consagrados como Elias, Bojinov, Jeffren, Schaars, Boulahrouz, Pranjic, Onyewu, etc. Nenhum, repito, nenhum se afirmou. Acho perfeitamente normal que, em face do insucesso desta estratégia, se esteja de pé atrás em repetir algo do género (mesmo sendo outra direcção). Convém não esquecer que foi esta direcção que andou a pagar indeminizações a essa trupe toda. Isso pesa no subconsciente quando se tem de tomar decisões desta natureza.
25 Setembro, 2014 at 1:07
Sá,
Não é uma questão de ser infalível até porque como dizes nenhuma é. É uma questão de ser adequada ou não. Tão simples quanto isto.
É preciso ter a noção da nossa posição no mercado. Não perceber que o porco é um Mônaco/city/psg/Valencia do Portugal dos pequeninos e que nós fomos os mais rapidos a adequarmos a nossa política de contratações à realidade do futebol português é negar os factos.
25 Setembro, 2014 at 1:21
De acordo.
E estamos a falar de “promessas” referindo-nos a jogadores que, provavelmente, já serão algo mais do que isso. Para mim, jogadores como Gauld, Slavchev, Rosell, Rabia e Jonathan já são mais do que simples promessas. Estamos a falar de jogadores com rendimentos muito aceitáveis nos campeonatos onde jogavam. Rosell era o jogador mais influente do campeão da MLS. Slavchev foi o jogador jovem do ano da Bulgária, com golos e assistências superiores a 2 digitos e habitual internacional A. Rabia é titular A do Egipto. Jonathan era um indiscutível de uma equipa que ainda não à muito tempo ganhou a Libertadores.
Pessoalmente, acho que acertámos em cheio, sobretudo nestes. O tempo dirá.
25 Setembro, 2014 at 1:22
Esqueci-me do Gauld, que é hoje considerado o maior talento que a Escócia produziu desde a lenda Dennis Law. Isto dito por eles.
25 Setembro, 2014 at 1:25
Touché Sá! Teoricamente eu posso defender uma ou outra e teoricamente é uma discussão interessante! Na realidade as coisas são muito diferentes! E por isso…enquanto a discussão foi teórica defendi uma coisa! Se o meu presidente diz que não é possível significa que foi ponderada e analisada essa hipótese e foi provada ser incomportável! E temos um exemplo disso! Foi perguntado por um jogador desses (brahimi) e foi barrado! Como este terão acontecido mais! E por isso, embora em teoria tenhamos 2 hipóteses, na prática uma delas era incomportável! E isso, para mim arruma a questão! Fomos empurrados para era estratégia pelas circunstâncias (financeiras, nossas e de outros) e por isso não houve possibilidade de ponderar realmente as 2 hipóteses! Assim optou-se por contratar jovens promessas e nesse aspecto estou muito contente! Há 3 que tenho muitas dúvidas (gasela, sacko e geraldes), de resto há 8 que acho que todos têm muito potencial, assim o sigamos dar-lhes tempo e eles consigam crescer…
25 Setembro, 2014 at 10:57
Daqueles que referes (Elias, Bojinov, Jeffren, Schaars, Boulahrouz, Pranjic, Onyewu, etc), apenas o Jeffren se encaixa naquilo que defendi, só que este nunca deveria ter sido contratado porque não teve o aval do departamento clínico. Acho que não podemos dar-nos ao luxo de gastar 5 milhões num jogador com mais de 24 anos ou sem a aprovação do departamento médico porque as possibilidades de rentabilização baixam consideravelmente. Praticamente todas as contratações do GL e seus pares chumbavam de acordo com os parametros apresentados, pelo que me parece injusto qualquer comparação.
25 Setembro, 2014 at 11:00
Daqueles que referes (Elias, Bojinov, Jeffren, Schaars, Boulahrouz, Pranjic, Onyewu, etc), apenas o Jeffren se encaixa naquilo que defendi, só que este nunca deveria ter sido contratado porque não teve o aval do departamento clínico. Acho que não podemos dar-nos ao luxo de gastar 5 milhões num jogador com mais de 24 anos ou sem a aprovação do departamento médico porque as possibilidades de rentabilização baixam consideravelmente. Praticamente todas as contratações do GL e seus pares chumbavam de acordo com os parametros apresentados, pelo que me parece injusto qualquer comparação.
No entanto reafirmo que não sou contra a estratégia executada pela Direção, só acho que perante o mesmo problema há várias soluções e humildemente considero que a minha, face à candidatura imediata ao título, era mais viável e não representava maior esforço financeiro.
25 Setembro, 2014 at 12:45
Eu não estou a comparar, apenas disse que para esta direcção deve ser difícil largar 5M ou mais por um jogador, seja ele qual for. Estamos a falar de 1/3 do orçamento total para contratações.
A contratação mais avultada foi a de Ryan Gauld, por cerca de 3M. E estamos a falar de alguém que, apesar dos seus 18 aos, já tem uma história na PL escocesa, onde, em 28 jogos marcou 8 golos e fez 6 assistências. Repara que ele foi decisivo em metade dos jogos que fez. O risco foi calculado.
Voltamos àquilo que eu disse. Para investir 1/3 do orçamento num jogador, esse jogador tem de ser uma garantia de rendimento desde o dia em que assina. Se corresponde, muito bem, temos um craque. Se não corresponde temos um “mono” que ganha mais do que aquilo que rende. E já temos alguns assim no plantel, como Miguel Lopes e Capel.
25 Setembro, 2014 at 13:02
Compreendo isso Sá. Ambas as vertentes, ainda que distintas, têm os seus próprios riscos.
25 Setembro, 2014 at 13:23
É isso!
Mas há uma coisa que concordo contigo, não eram precisos 11 jogadores novos. Se calhar com cerca de metade teríamos a mesma competitividade.
25 Setembro, 2014 at 11:34
Quanto vale em problemas de balneario um ordenado de 100 ao lado de um de 30?? Naaaaaaa….
Isto não… Não quero malta a olhar de lado e a achar que o gajo de 100 que corra!
A politica para mim seguida é sem dúvida a mais segura!
Há anos que digo que prefiro não ganhar titulos e ter um clube equilibrado e que pague as dividas em que nos meteram! Para mim a sobrevivencia do clube ACIMA de tudo… Não gosto de saber que o dinheiro que lá gasto é para disparates! E não é pouco entre game box, quotas, modalidade…
25 Setembro, 2014 at 13:13
A questão é que já há gajos que no plantel que já ganham isso ou praticamente. Penso que nos grandes clubes há sempre uma considerável diferença entre os mais mal pagos e os mais bem pagos e não me parece que isso seja obrigatoriamente um problema. O Barcelona nos anos de ouro do Guardiola tinha um Messi, um Xavi ou um Puyol a ganharem balúrdios e que conviviam com outros atletas, muitas vezes titulares, como um Keita ou um Yaya Touré que proporcionalmente ganhavam muito menos. Por um lado pode servir de incentivo porque sabem que o clube pode pagar bem. Acho, por exemplo, uma excelente estratégia o aumento do salário do William Carvalho (ainda que distante do ordenado do Adrien, Capel ou Patrício).
27 Setembro, 2014 at 10:23
Depois do jogo de ontem acho que o Jefferson já foi…
Aos que dizem que não houve contratações a entrar de caras no onze, pode-se dizer o seuinte de caras
:
– Nani
– João Mário (promoção)
– Jonathan Silva
Sarr ainda não me convenceu. Não é pelos erros dele, nem pelo autogolo de ontem, até porque ele é puto. É porque temos dois centrais iguais… na marcação e a cheirar o pescoço aos avançados, como dois pitbulls, são impecáveis… o pior é o posicionamento e a saída de bola. Vamos ver o Rabia…
SL