Hoje não há marmitas, nem comida de plástico, não descongelei nem sequer limpei os tupperwares desde a semana passada. Vou preparar a coisa agora mesmo no balcão e vai ser tipo live cooking experience.

No passado dia 26 de Outubro tive a honra e o prazer de participar no almoço do 1º aniversário daqui da Tasca. Conheci muitos, reconheci outros, mas acima de tudo, o que valeu mesmo a pena (sorry egos) foi sentir a alma sportinguista a transbordar de saúde por entre todos os que compareceram. Tivessem 5, 16 ou 60 anos, viessem de Aveiro, Faro, Tomar ou da Baixa da Banheira, fossem de que profissão fossem, o amor ao clube torna-nos próximos e o resto…é deixar a generosidade, paixão e boa onda ocupar o espaço da distância que estas coisas da virtualidade ainda não desfaz.

Deixem-me, antes de vos continuar a passar a mão pela juba, de dar os parabéns ao Cherba. Faltam-me muitas vezes os adjectivos para classificar a importância do que escreve e sobretudo a sua dedicação em prol de um Sporting maior, vencedor e exemplar. Tantos e tantos dias, ler a Tasca foi massajar a minha auto-estima leonina (como já o tinha sido o Cacifo) e muito desse espírito, orgulhosamente grande apesar dos resultados, é o que dá dimensão ao mito (ah pois é…) por detrás do nome Cherbakov.

Mas chega de maricagem….na Tasca, a estrela sempre foi o Sporting e os Sportinguistas. O tema sempre foi o clube, nunca o autor. A dinâmica sempre foi partilhar e não doutrinar. O melhor elogio que posso fazer a este espaço, depois de um ano de actividade é que clico no link do blog com a mesma curiosidade desde o momento em que fui redireccionado pela primeira vez.

E verdadeiramente o que seria de uma Tasca sem clientela? Sem os cromos, os grumpies, os amantes do “off topic”, os espalha-brasas, os moderados, os menos moderados, as “edites estrelas”, os sakés e jolas? O que seria de uma tasca sem os cocktails gráficos do Jusko. O que seria da Tasca sem a caixa solidária à entrada que avisa os mais alcoolizados de que há mais na vida do que aviar copos de penalti? O que seria da Tasca…sem tudo isto? Pois é caro Cherba…a Tasca cresce. E cresce rápido, com um ano já anda e fala pelos cotovelos…imagina…
Aos tasqueiros espalhados pelo país e pelo mundo os meus parabéns. Não pelo que fazem na Tasca que isso é do pelouro do taberneiro, mas pela vontade que todos os dias têm de partilhar o vosso “estado” leonino.

Nunca me vou esquecer do que o meu pai me disse uma vez em pleno Alvalade cheio, numa noite europeia, com o Malines ou com o Timisoara…”tás a ver puto? Achas que isto acontece em mais algum lado no mundo?” Foi das poucas vezes na vida em que fiquei convencido que nunca existiria forma de lhe responder e ficando calado expressei todo um grandioso obrigado. Pelos regressos a casa ao colo a dormir, pelas 7ups nas roulotes, pelas cavalitas nas escadarias, pelos nougats, queijadas e batatas fritas, mas sobretudo por esta paixão de verde vivo e orgulho leonino que ele me deu e que trazem todos vocês diariamente ao entrar na Tasca.
Porra que tenho a garganta seca!…Ó Cherba ainda tens daquele da Vidigueira?

 

*às quartas, o Leão de Plástico passa-se da marmita e vira do avesso a cozinha da Tasca