Prova nº1
Para o diabo com as ligas da verdade. 2+2 são 4, não são “um número algo superior a 2, vagamente inferior a 5, com a incerteza de podermos mesmo afirmar com segurança que é 4”. No final de cada época todos nos esquecemos dos golos anulados, dos penaltis por marcar, dos amarelos cirúrgicos. A razão é simples. Depois de colocar os peões no lugar desejado, a trela alarga e os adeptos Sporting voltam a duvidar da sua própria desconfiança. “Se calhar estava a exagerar…olha até nem nos têm prejudicado nestes jogos”.

a) Há quantas épocas se sucedem os casos gritantes de erros contra o Sporting no principio da Liga? E como acabam…? Certo…

Prova nº2
A Liga teve poder enquanto controlava a arbitragem. A arbitragem teve algum poder enquanto foi dada alguma margem a Vitor Pereira. Ambos terminaram por vontade de alguém. Alguém que pagava muitas “contas” e deixou de conseguir untar tão bem as juntas do sistema. Se não há dinheiro, o poder tem de voltar a ser exercido “à moda antiga”. Os árbitros (principalmente os da AF Porto) revoltam-se e esvaziam Vitor Pereira de autoridade. Só se mantém, porque é muito bem visto na UEFA e por receio do sistema de dar demasiado nas vistas internacionalmente. Pelo sim, pelo não a arbitragem volta à FPF, não sem antes o Presidente da Liga ter feito o mesmo percurso.

b) o assunto arbitragem sempre foi o tema principal do futebol português e a preocupação da cúpula sempre foi o controle deste sector

Prova nº3
Há demasiados indícios, suspeitas e factos provados ao longo dos últimos anos que nos permitem dizer com certeza absoluta que alguns clubes têm demasiada simpatia dos árbitros e observadores. A teoria do pós-Calheiros era que não existindo retribuições directas, a regra era favorecer com aceleramentos de carreira arbitragens que favoreciam os clubes que “prometiam” esse poder. Se olharmos às classificações dos últimos anos e às arbitragens mais desastrosas, entendemos que há muitos “sobreviventes” surpresa.

c) Os relatórios dos árbitros e a sua classificação pelos observadores não pode ser pública. Mas sempre, sempre(!) que o são é evidente que prejudicar porto e benfica é muito mais grave que prejudicar o Sporting.

Prova nº4
O porto, boavista, braga e guimarães são desde há 30 anos os alimentadores do dito sistema. E o sistema é muito simples de resumir: controlo e favorecimento da arbitragem. O porto fica com a fatia grande – os títulos, os outros com as boas classificações. Outros lacaios vão-se prestando a este papel e neste momento em que a descida de divisão pode significar fechar portas, os clubes pequenos degladiam-se para mostrar serviço. As recentes alianças na Liga deixaram bem evidentes a unanimidade súbita gerada pela falta de dinheiro. O benfica, como o Sporting tão prejudicados nos últimos anos tem de repente no mandato de Vieira uma miraculosa trégua arbitral – também conhecida por colinho. Vieira privou com o sistema nos tempos do Alverca e soube entender o quadro. Não mudou uma pedra na sua estrutura, mas soube colocar as suas. Estas movimentações benfiquistas tiveram reacção feroz, durante 4 ou 5 anos só faltaram balas e granadas na disputa. Hoje e porque faltou o dinheiro do lado da barricada azul (a Olivedesportos estourou e não garante já a influência sobre o sistema) fez-se um pacto e esse acordo foi feito partindo o sistema em dois. A arbitragem funciona agora declaradamente com dois donos.

d) A esmagadora maioria dos árbitros de 1º e 2º escalão são ou portistas ou benfiquistas. Vitor Pereira dá jeito, sendo (dizem) sportinguista repete a fórmula de equidistância de Duque. Eleger adeptos do Sporting nunca esteve tão em voga, pois são os únicos que supostamente nunca se venderam a nenhum dos lados do sistema. Supostamente.

Prova nº5
A APAF é uma marioneta invertebrada que tem diferentes tratamentos para com os clubes consoante se chame Sporting, benfica ou porto. Tudo o que o Sporting diz ou faz é gravíssimo. Tudo o que é dito e feito pelos outros 2 grandes faz parte da normalidade. A associação de classe dos árbitros nunca tentou mexer uma palha contra o sistema, pelo contrário, defende-o com unhas e dentes. Isso é um dado importantíssimo já que as direcções da APAF que sustentam a sua voz e acção são compostas por árbitros de 1º escalão no activo (!). Portanto será fácil de entender que se falarmos nos árbitros colectivamente, a sua vontade mais que expressa nos últimos anos é condenar o Sporting à marginalidade competitiva. Porquê? Porque são árbitros no activo e dependem do sistema para sua convocatória para grandes provas internacionais e o acesso ao tal profissionalismo – ou seja dinheiro (vejam as tabelas de remuneração nacionais e internacionais para entender melhor de que verbas se estão a falar).

e) Os melhores árbitros nacionais são dos que piores exibições fazem nos jogos do Sporting, muitos de forma repetida. Greves e ameaças, processos disciplinares…a relação dos árbitros com os jogadores, treinadores  e dirigentes do Sporting é eternamente tensa e conflituosa. E no entanto as grandes atrocidades cometidas sobre árbitros (agressões, insultos e vandalismo à sua propriedade) foram sempre realizadas por pessoas ligadas a porto e benfica.

 

Depois de lerem isto, peço-vos que digam onde me enganei. Apontem o que não é verdade. Desmintam-me se fazem o favor. É que tenho a desconfiança que isto é tudo fruto da minha imaginação. Só pode. Pois ainda vejo adeptos do meu clube a comprarem jornais e concordarem com as teorias da nossa incapacidade desportiva. Pelamordedeus….pior cego é o que não quer ver. Às vezes acho que o problema é ainda não nos ter saltado verdadeiramente a tampa, mas depois acalmo-me e tenho a certeza que o verdadeiro problema é não nos ter saltado a tampa há 20 anos.

*às quartas, o Leão de Plástico passa-se da marmita e vira do avesso a cozinha da Tasca