Filipe Gonçalves transformou em 3D uma proposta para o nosso futuro pavilhão, desenvolvida pelo atelier Berger Arquitectos. Não sou, nem de perto nem de longe, um entendido em arquitectura, mas confesso que, de todas as imagens, a que mais me cativou foi a que mostra o pavilhão à noite. E o que mais me desagradou foi a ausência de lugares num dos topos do pavilhão. Um dos topos terá que ter lugares destinados às claques adversárias e esses lugares devem estar elevados, de forma a retirar impacto ao apoio alheio. A propósito de apoio, parece-me boa ideia a colocação das nossas claques numa zona em que existe um tecto intermédio, pormenor que, creio, ajudará a ampliar o vulcão que o pavilhão será sempre que o Sporting jogar. Ah, eu até percebo a necessidade de ganhar dinheiro com publicidade, mas não gosto, nada, daquele espaço em volta do ringue, separando-o demasiado das bancadas.
Seja como for, é emocionante sentir que já faltou mais para voltarmos a ter uma nave! (quem quiser espreitar todas as imagens, pode clicar aqui. E quem quiser perceber o tipo de pavilhão que mais me agrada, com a ressalva do topo adversário ficar mais longe do ringue, pode clicar aqui)
13 Dezembro, 2014 at 17:51
Boa tarde Sportinguistas,
enquanto estudante do 5º ano de Arquitectura na FAUP (Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto), talvez conseguisse, de forma muito vaga, avaliar este projecto.
Antes de mais, através destes render’s não se consegue perceber o contexto do pavilhão: o programa do mesmo? a sua implantação adequa-se ao espaço? a sua materialidade relaciona-se com a envolvente? …
Portanto esta avaliação torna-se difícil..
O PROGRAMA
Para que um projecto seja denso, devemos recolher uma grande quantidade de informações sobre as necessidades e desejos e que sem isso tudo, a arquitectura é superficial, sem fundamento. Se nos fecharmos as ideias definham. Em suma, a participação das pessoas alimenta a arquitectura e define um programa.. (número de espectadores, balneários, salas de aquecimento, pavilhão ecológico?)
IMPLANTAÇÃO
A implantação do volume arquitectónico também é importante, pois isto é o que o faz (ao que parece) estar próximo da rua. O facto dele estar perto de uma via pública, por um lado, pode ser benéfico: “chamada” do público, por outro lado, pode ser pouco espaço em frente à rua se este encher mas depende dos acessos interiores se são rápidos ou lentos..
MATERIALIDADE
Em relação ao seu aspecto exterior gostaria de ver a envolvente que o rodeia.. Há uma complementaridade nas cidades entre o que é institucional, colectivo, monumental e o tecido denso e repetido que origina periodicamente alternâncias. Ou seja esses momentos devem nascer de razões vitais e não de caprichos do desenho. Se é verdade que estes podem causar sensação, eles passam rapidamente por ridículos. Voltamos, assim, ao famoso tema da arquitectura: o das proporções e da contenção em todas as coisas.
Em suma, e para referir um grande nome da área:
Para Álvaro Siza, não existe diferença entre uma arquitectura que poderíamos considerar de “artística” e uma outra reservada a usos domésticos.
“Para mim, não há distinção mas sim complementaridade. Os elementos, as expressões, mesmo que diferentes, estão profundamente ligados entre si. Eles fazem parte de um conjunto. É como uma cara. Há uma pele, talvez algumas rugas, se já não somos muito jovens. Depois há os olhos, cuja intensidade e brilho, vindo do interior, se emancipam dos limites da cara… Há o nariz, as orelhas, esses pontos particulares da cara e da cabeça que fazem parte do corpo. Há provavelmente mais poemas sobre a beleza dos olhos do que das orelhas ou da pele. Apesar de, sobre a pele… Mas provavelmente não tantos como sobre os olhos. Há uma relação entre os olhos, a pele e as rugas, quando elas aparecem. Foram escritas tantas coisas sobre os olhos: azuis, pretos, verdes; sempre magníficos.”
13 Dezembro, 2014 at 18:23
Ahahah “render’s”
Já provaste q és aluno de arquitetura 🙂
13 Dezembro, 2014 at 18:56
hehehe 🙂
13 Dezembro, 2014 at 19:05
De facto não se entende a envolvente. As relações entre a volumetria proposta e a integração com as volumetrias existentes não tem leitura. Gostava de ver o programa do complexo, e as plantas do mesmo. Tudo o resto sem essa análise é vazio de fundamento.
13 Dezembro, 2014 at 19:24
render’s de bilros???
13 Dezembro, 2014 at 18:21
Independente D projecto importante é haver um período de consulta aos sócios.
Qualquer um de nós reconhece q há coisas q devíamos mudar no nosso estádio (eg. Fosso) dai ser importante podermos dar a nossa opinião.
E concordo q o estádio mão deve estar dimensinado para as enchentes dos derbys … Um pavilhão com 3k já é bem grande!
13 Dezembro, 2014 at 19:01
30k 🙂
13 Dezembro, 2014 at 19:01
A participação mais ou menos directa dos sócios no projecto, apesar de a maioria das pessoas achar que hoje em dia esta ideia se revela ultrapassada, antiquada e, até, um pouco troçada, revela-se fundamental para existir sempre relações e discussões necessárias para clarificar e especializar o projecto e os seus objectivos. Quanto mais nos aproximarmos dos problemas, melhor os conhecemos. O arquitecto, se se fechar as ideias definham. Em suma, a participação alimenta a arquitectura.
13 Dezembro, 2014 at 20:08
Acrescentei algumas imagens ao site para quem tiver curiosidade de ver melhor o projecto:
http://www.filipeg.com/wp-content/uploads/sporting07.jpg
http://www.filipeg.com/wp-content/uploads/sporting08.jpg
http://www.filipeg.com/wp-content/uploads/sporting09.jpg
13 Dezembro, 2014 at 21:06
A ideia dos campos exteriores está excelente!
14 Dezembro, 2014 at 13:57
Vai haver espaço para campos exteriores?
14 Dezembro, 2014 at 14:50
Parece que sim, na área onde têm de estar os espaços verdes.
13 Dezembro, 2014 at 20:10
[img]http://www.filipeg.com/wp-content/uploads/sporting07.jpg[/image]
[img]http://www.filipeg.com/wp-content/uploads/sporting08.jpg[/image]
[img]http://www.filipeg.com/wp-content/uploads/sporting09.jpg[/image]
Queria que aparecesse a imagem e não apenas o link…
13 Dezembro, 2014 at 20:17
Está fixe, mas o topo sem cadeiras faz lembrar um pavilhão de escola, e a acústica deve ser infernal com aquela parede enorme a ecoar o som.
Mas parece-me bem enquadrado com o estádio e com a envolvente.
14 Dezembro, 2014 at 14:11
Como já disse: não há simplesmente espaço para a dita bancada…
14 Dezembro, 2014 at 14:20
Acrescentei uma planta onde se percebe porque é que não há espaço para a outra bancada de topo:
http://www.filipeg.com/?port=pavilhao-jose-rocha
15 Dezembro, 2014 at 9:09
Nesta proposta o que gosto menos é que quem a fez parece desconhecer as regras das modalidades, e meteu marcações erradas, por ex. no basquetebol deixaram de ser como as que aí estão. 🙂
18 Dezembro, 2014 at 8:30
Além de terem chamado José Rocha no upload inicial o que mostra a ignorância. Nao percebo a omissao do topp se é ai que se vao concentrar rivais. Ou isso ou esperam mistur-alos com meros adeptos numa das centrais. O que vai obrigar a mais custos com segurança per jogo.