«Eu tenho tido experiências com presidentes com personalidade vincada, alguns deles difíceis de trabalhar (risos). Mas o importante é as pessoas manterem o respeito e justificarem a sua posição. Eu não tenho de concordar sempre com os presidentes, mas sim manter as coisas viáveis. Mas atenção, eu tenho uma boa relação com ele. Trata-se de alguém que vive o Sporting com intensidade, foi necessário no processo de mudança do clube. É um facto que tem uma personalidade diferente da minha. Ele tinha as opiniões dele publicamente e em termos de futebol eu dava a estabilidade que eu entendia que o grupo necessitava. A forma de ser por vezes é difícil, realmente, se não estiver em consonância com aquilo que estamos a fazer, mas entre nós houve sempre respeito. Ao longo da época eu e o Bruno de Carvalho tivemos algumas opiniões diferentes, mas as nossas decisões foram sempre em prol do êxito do Sporting. As opiniões entre um treinador e um presidente nem sempre convergem, pois um presidente defende o clube e o treinador defende o grupo, mas há que levar sempre em consideração a estrutura»

«A sua presença no banco? Quando estou no jogo nem sinto a presença do presidente ou de qualquer factor extra-jogo. A mim não me cria qualquer problema uma realidade dessas. Nunca senti que o presidente tentasse interferir no que quer que seja. Aliás, nem me lembro de conversar com as pessoas durante o jogo».

«Acho que os projectos devem ser sempre dos clubes e não dos treinadores. Contudo, também não acho nada positiva a alteração de um técnico que, como já disse, eventualmente poderia estar melhor na Liga, mas que nas outras provas está a fazer um bom trajecto. Não vejo motivo ou razão para existir uma ruptura, para despedir Marco Silva, mas estou só a falar em termos desportivos»

 

Leonardo Jardim in Record