«Somos o Sporting, caralho! Somos o Sporting, caralho!»
O grito de Heldon ecoou na noite, logo aos cinco minutos, altura em que o Sporting inaugurava o marcado em Guimarães. Belíssima jogada pela direita, com Esgaio a subir e a servir Heldon, para o remate certeiro do cabo-verdiano. Início de jogo fantástico para uma equipa sem rotinas e que foi capaz de fazer do esforço, da dedicação, da união e do pragmatismo as suas grandes armas. E da eficácia, obviamente, porque se há coisa a que não estamos habituados é a este impressionante índice de finalização com dois golos em três oportunidades.
É verdade que sofremos, nomeadamente no arranque da segunda parte, altura em que alguns dos jogadores rebentaram. Slavchev, Podence, Heldon já pouco ajudavam a montar a teia que manietou as gazelas de Guimarães, dando espaço a que pudessem surgir embalados de trás. A estrelinha protegeu-nos durante esses 15 minutos, até à entrada de Wallyson (Marco Silva voltou a estar em alto nível na leitura da situação e nas substituições, sendo que eu apenas teria metido o Iuri em vez do Sacko, embora confesse que se trata de uma mera questão de simpatia), mas no resto do tempo fomos competentes, muito competentes. E inteligentes, só saindo em pressão alta quando percebíamos que os defesas do Vitória não tinham condições para colocar a bola jogável no André ou nos extremos.
Para lá de uma vitória com que tantos não contavam, de três pontos que nos dão a liderança do grupo da morte da Taça da Liga, fica o sorriso provocado por este exemplo de união (ainda há dias li que alguns jogadores eram discriminados, colocados a treinar à parte e o camandro, mas parece que está tudo a remar para o mesmo lado), em que todos deram o que podiam e o que não podiam. E por algumas exibições individuais, claro. Marcelo foi o que se pedia, um líder. Tobias deixou bem claro que, neste momento, tem inegavelmente mais qualidade do que Sarr e, sinceramente, do que Maurício, mas nem me estico tanto e só afirmo que é incontornável estar entre o chamado plantel principal. Geraldes, ó Geraldes, dizia-te eu à tarde para mostrares o que vales agora que te habituaste ao peso da verde e branca e tu não vais de modas, secas o tal do Hernâni, o menino bonito lá do clube da facada. Jogo do cacete, rapaz! Ryan, de cada vez que tocavas na bola ela suspirava (toma, Freitas Lobo! Desta não te lembraste tu!). A forma como trabalhas em prol da equipa e, depois, tens o discernimento para aqueles passes a 40 metros a pedir entradas em velocidade ou para aquelas delícias de calcanhar, deixam um gajo a salivar por mais. Se o Adrien ou o João Mário estiverem indisponíveis, estás lá tu. Tu e o Wallyson. Puto, que pé esquerdo e que pinta de adulto. Estás pronto, acho que é inegável. Claro que também há o golaço do Dramé ou a forma como Tanaka mostrou saber bem o que tem que fazer em campo (aquele livre, meu, quase que berrei Tsubasa!), entre tantos outros pormenores como as arrancadas do Podence (falta amadurecer), mas estes foram, quando a mim, os jogadores mais desta noite. Embora, repito-o, todos mereçam o meu aplauso de pé pela forma como levaram para dentro de campo a máxima do esforço, da dedicação e da devoção.
Depois, a histeria. Pronto, já temos os reforços! Claro que se o Tobias jogar e cometer um erro, pimba, raio do puto que volte para a B que isto não temos centrais de jeito, pumba! Claro que depressa o Gauld voltará a ser um anão que custou demasiado dinheiro. Que o Geralde voltará a ser um barrete só suplantado pelo Weldinho, o rei das selfies. Não vale a pena continuar, pois não? É que esta merda esgota-me. Mesmo. Numa noite que podia ser tão fixe, numa noite em que ganhámos opções (isso, opções), numa noite que devia servir para unir-nos, mesmo na incerteza da continuidade, sou brindado pela continuação de verdadeiras campanhas separatistas na Internet (e desengane-se quem acha que «isso não tem peso nenhum»), promovendo a clivagem entre presidente e o treinador. Porque um estava demasiado contente e fala demais, porque o outro estava com cara de enterro e nem queria ganhar o jogo.
E não, não é o “profissionalíssimo” do Manuel Queiroz com a inesquecível frase «Houve pouca interacção entre Marco Silva e o presidente, mas aparentemente o Sporting vai ganhar o jogo». São pessoas que se dizem sportinguistas e que, digo eu, não se cansam de ver o seu clube levar paulada diariamente. Eu estou cansado, mas cansado a valer. Ainda assim, e para aqueles que não perceberam que a vitória desta noite não é de um presidente ou de um treinador e que pensar assim é colocar-nos mais perto das derrotas, imito o Heldon e desato a correr e a bater com a mão no Rampante. Estranhamente, faço-o virado para uma bancada repleta de gente com as minhas cores, mas que se lixe. «Somos o Sporting, caralho!». Consegues perceber que “somos”… significa “nós”?
30 Dezembro, 2014 at 10:23
Num hipotético jogo onde o Sporting pode apenas contentar-se em garantir a defesa, não usar laterais no ataque, poder perder tanto jogo no meiocampo, i.e. ter uma forma mais humilde de enfretar os guimarães desta vida, aí sim, podemos dizer que jogadores como o Geraldes deram uma boa resposta…
Agora, sem euforias de “todos jogaram bem” 🙂 …
Gostei do Guald, teve muitos bons pormenores, mas precisa de gajos tipo William e Adrien a lutarem por ele mais atrás…
Gostei do Tobias, mas já percebi que é um pouco um central à Rojo, não tira o pé, mesmo quando um defesa deve ter mais cuidado…
Gostei do Tanaka, porque é esperto a jogar e para 3º avançado parece-me OK. Julgo que até o Heldon podia dar uma perninha a avançado num jogo de contra-ataque. Carrillo, Nani, Heldon a galgar 30 metros parece-me bem.
Agora, não gostei nada do Rossell (não vai passar disto, e isto julgo que não chega), do Wallyson (pode ter tido um jogo mau, por nervosismo, mas só falhava passes por todo o lado, e os que acertava eram para a canela ou para a cabeça) e do Sakho (nem uma mudança de direção, só mete a correr à camadas jovens).
Bem, boa vitória, e jugo que hoje merecemos todos estar de sorriso parvo na cara! 🙂
30 Dezembro, 2014 at 10:25
cenas do jogo de ontem…
para o estoril ainda há Slimani… mas para braga já não. Daí que Tanaka tem de ser olhado de outra forma sobretudo nos quartos de final da taça com o famalicão. Não vamos ter ninguém para ir ao choque contra os defesas do braga, um avançado com presença física.
O nosso ataque tem de ser olhado de outra forma… O Mané está on fire, jogará ele mais como 2º avançado e menos descaído nas alas?
30 Dezembro, 2014 at 10:30
Gostava de ver Mané a 10 e Montero a PL nos próximos tempos.
Adrien, João Mário e Mané seria o meu meio-campo.
30 Dezembro, 2014 at 10:53
penso que o Mané originalmente era 2º avançado… é gajo pra vir detrás e partir a defesa.
30 Dezembro, 2014 at 10:33
Ontem grande atitude da equipa.
Mas continuo sem perceber que raio de estigma paira sobre o Iuri Medeiros. O rapaz tem sido, já desde a época passada, o melhor jogador da B. Tem um talento do cacete e é sempre preterido. Fiquei chateado por não ter jogado de início, zangado por não ter substituído o Podence e fod#%o por não ter entrado para render o Heldon. Espero que seja titular no próximo jogo desta competição.
30 Dezembro, 2014 at 10:43
O Iuri tinha ontem partido aquilo tudo. Algo se passa. O Gauld e o Podence têm de pedalar muito ainda para chegar aos A´s.
Acho que temos jogadores (com talento) a mais nas duas equipas, e isso esta atrasar a afirmação de alguns. Tobias, Iuri e Dramé são os melhores exemplos.
30 Dezembro, 2014 at 11:00
Se tinha partido tudo ou não, não sei. Sei é que a gestão deste jogador tem sido incompreensível. Sei que merecia, acima de qualquer outro, uma oportunidade, um incentivo, uma cenoura que o mantivesse motivado e focado na sua evolução, um sinal ao jeito de “Contamos contigo, puto!”. Corremos o risco de estar a fazer medrar um dos nossos melhores talentos.
30 Dezembro, 2014 at 11:02
Mas o Marco não viu o jogo que este jogador fez contra o seu Estoril na Taça de Honra da época passada?
30 Dezembro, 2014 at 11:41
Sem dúvida! Certamente que não viu o jogão do Iuri contra os reclusos da Trafic.
30 Dezembro, 2014 at 13:18
E vcs sabem o que se passa durante a semana? O tipo de trabalho do plantel? Se o iuri dá o litro para merecer estar no 11?
Eu não …
30 Dezembro, 2014 at 10:51
entraram o Wallyson, o Sacko e o Dramé…
talvez tivesse colocado o Iuri e não o Sacko embora o francês seja um gajo mais apontado à baliza e não tão descaído nas alas como acabou por jogar.
Pra mim há uma diferença entre Wallyson/Gauld e o João Mário… é que o JM é jogador para atacar a baliza, fazer golos… os outros 2 são gajos óptimos a lançar jogo, várias daquelas bolas no espaço vazio foram autênticos doces. 😀
30 Dezembro, 2014 at 11:25
O melhor da B para mim tem sido o Wallyson.
O Iuri ainda não me convenceu nadinha.
30 Dezembro, 2014 at 11:40
Marokas, o Iuri ainda não convenceu mas já é o gajo com mais assistências de golo. Está longe daquilo que produziu no ano passado mas estes últimos jogos já tiveram o seu cunho de qualidade (suas assistências a rasgar no jogo contra o putedo B. Só não foram três porque o Enoh falhou descaradamente um golo de baliza aberta.
30 Dezembro, 2014 at 10:53
CAPTOMENTE e DIOGO (e outros que se quiserem juntar e ajudar na procura de merda que o Carlos Daniel diz)
Encontrei 2 declarações nos poucos minutos que fui correndo o programa “Grande Área” no RTP Play. São estas:
Carlos Daniel
07/10/2014 – PARTE 2 [min 47:45]
“E é por isso que estarmos aqui a discutir Paulo Oliveira, Maurício ou Sarr, com franqueza, estamos a falar da mesma coisa. E isto não invalida nenhum desrespeito por eles (…) o Sporting não tem centrais top. Não tem. Não tem centrais top”
Para este senhor, os 3 centrais referidos são iguais uns aos outros: são todos maus.
O tempo – e como não seguiu certamente a carreira do Paulo Oliveira no Guimarães – já veio comprovar que afinal há centrais e centrais… E que afinal no Sporting há pelo menos um que é mais top que os outros e se trata de um jovem muito promissor.
09/09/2014 – [min 68:27]
“Não me parece um bom principio isto de querer responsabilizar quem ficou para trás, querer ir à procura de algo que já não vai trazer nada de substancial ao clube e lembro-me sempre que os grandes generais perderam as grandes guerras quando multiplicaram os inimigos e quiseram actuar em várias frentes e acho que Bruno de Carvalho às vezes está a querer multiplicar inimigos a mais e agora está a encontra-los dentro de casa, se calhar não é uma boa ideia”
Em relação ao processo instaurado à direcção anterior pelos casos Jeffren, Izmailov e Rodriguez.
30 Dezembro, 2014 at 11:37
lembro-me perfeitamente do gajo defender que o Amorim era melhor que o Adrien
30 Dezembro, 2014 at 11:49
Pelo menos de “valor semelhante” lembro-me eu.
Já procurei o vídeo e não encontrei.
30 Dezembro, 2014 at 10:55
tb já nem me aguento fartinha que estou desta converseta da tanga do diz que disse que olhou que fez bla bla bla… Ganhámos e isso é que interessa, representamos o clube e dignificámos a camisola, porque como dizem os 2 o Sporting está acima de tudo! O que me custa é que quem se diz verde se consegue enliar neste jornalismo roscof, pasquinagem como por aqui se diz… Sabem do que me lembra isto? Conversas de aldeiazinha pequena que sem provas lança boatos só para entreter dias de inverno! Tou com o Heldon e contigo Cherba “Somos o Sporting” vamos falar do Estoril ?
30 Dezembro, 2014 at 10:59
Friamente, não foi uma exibição de encher o olho, foi uma exibição resultadista, com alta eficácia ofensiva, e em que o Guimarães, ao contrário do que fizera na 1ª parte do campeonato, não conseguiu concretizar as (poucas) bolas de golo que teve.
Era difícil fazer melhor, visto que o onze nem sequer continha os “menos usados”, era mesmo constituído pelos “não usados”. Faltaram rotinas, alguns jogadores acusaram deficiente forma física (muitas rabanadas, pouco tempo de jogo), foi o que se pôde arranjar. Alguns jogadores mostraram ser opção para o futuro próximo (curioso como esta questão não foi abordada na entrevista pós-jogo… outros valores se levantam).
Individualmente
Boeck: ora a agarrar ora a socar cruzamentos (faltou cabecear uns quantos, não vinha mal ao mundo), revelou segurança qb.
Esgaio: primeira parte tranquila, mais dificuldades com entrada de Alex. A jogada do golo mostra a sua inteligência e leitura de jogo. Merece 6 meses à Joao Mario.
Tobias: falta alguma tranquilidade na resolução de alguns lances para ser um Ricardo Carvalho. De resto, posicionamento, tempo de entrada, abordagem aos lances, técnica de corte, está tudo lá.
Sarr: o oposto do colega. Faltam fundamentos básicos. E nem são as fífias várias, são pequenas coisas, como aquele corte com o ombro, ou o facto de, embora alto, perder bolas aéreas devido a tempo de salto incorrecto. Demasiado “cru” para ser opção na equipa principal. Se evolui ou não, é uma questão de fé.
Geraldes: lutou com o melhor jogador do VG (o que destroçou o Jonathan), embora perdendo alguns lances, ganhou boa parte deles, e teve ainda 2/3 cortes muito oportunos. Pouco ofensivo, foi dos que mostrou pulmão na parte final.
Rosell: boa circulação de bola, problemas a sair com ela controlada. É jogador de 1, 2 toques no máximo.
Slavchev: boa presença física, tecnicamente parece um jogador limitado. Claramente o sinal menos do onze inicial.
Gauld: os pormenores estão lá, mas o que não engana é o posicionamento, e o facto de ganhar bolas em que estas parecem ir ter com ele. Junta qualidade técnica àquela garra britânica.
Heldon: um golo e uma ou duas arrancadas não escondem o facto de estar a anos-luz dos alas titulares, e de não servir para mais de 4ª opção numa equipa com as aspirações do Sporting.
Tanaka-san: pouca bola, muito sacrifício, o livre não deixa dúvidas de que o remate é um ponto forte. De resto, viu-se pouco em termos ofensivos.
Podence: tem de simplificar os processos; não pode arriscar sempre o passe de morte quando tem outras opções mais simples à disposição. Pareceu demasiado interessado em mostrar serviço.
Wallyson: ao contrário de Podence, é jogador de processos simples. Pé esquerdo notável, entrega a bola com precisão, e de imediato cria uma linha de passe mais à frente. Ou recebe 6 meses de empréstimo para jogar sempre, ou tem de tirar o lugar de 4º médio a André Martins.
Sacko: possante, mas pouco mais. Não parece um extremo clássico, poderá render mais a avançado(?).
Drame: pouco tempo, suficiente para um golo de execução técnica acima da média. Teve tempo e espaço, mas o facto é que nem todos conseguem efectuar aquele tipo de remate. Para ver mais.
PS: os lamps cá do serviço já andam a puxar o argumento dos 10pt. E que não jogámos pisso. De valor é ganhar 1-0 ao último, com um golo em fora de jogo. Ou ganhar na Choupana com golos anulados ao adversário. Mas já vamos a 10…
30 Dezembro, 2014 at 11:20
Grande Posta
Mais uma a juntar a tantas outras.
Afinal os reforços jovens não são assim tão maus.
Fiquei muito contente por vários motivos:
– pela vitória
– pela azia provocada em quem estava preparado para maldizer os reforços do “Bruno”,( são do SPORTING Caralho),
– pela oportunidade de alguns sportinguistas que não conhecem a qualidade de alguns (e se deixam levar pela pasquinada) tiveram de poder observar alguns dos nossos diversos talentos com 19/20 anos.
Sim Gauld e Podence são séniores de 1º ano.
Tobias, Sacko, Wallyson são de 2º ano só para citar alguns
E ainda existem muitos outros à espera de ter oportunidades, que não jogaram e têm um enorme potencial como Gelson, Ponde, Riquicho, Iuri ou Chaby só para citar alguns.
Para terminar uma palavra ao Geraldes, rapaz as minhas sinceras desculpas pelo que achei ser uma aquisição a mais mas…
Como já tínhamos quatro laterais direitos (Cedric, M.Lopes, Esgaio e Riquicho), disse-o várias vezes.
No entanto depois do que mostraste ontem parece-me que tens todo o valor para conquistar o teu espaço, ainda mais podendo jogar à esquerda ou à direita.
SL
30 Dezembro, 2014 at 11:44
Bem o Sacko a sacar o cruzamento de primeira, e não a temporizar (faria com que a defesa vimaranense se reposiciona-se) e excelente a recepção de bola do Dramé que é meio golo. Uma má recepção faria com que interpretasse o lance de forma diferente e provavelmente já não sentiria confiança para meter a bola em jeito.
Dois pormenores que fazem diferenças. Primeiro toque e recepção.
obs: veja-se a jogada do primeiro golo, com o Podence a dar de primeira para o Esgaio. Eu só peço mais disto, mas parece que é dificil…
30 Dezembro, 2014 at 13:43
O Sporting somos nós, os adeptos. E sempre seremos.
Que os presidentes, treinadores, atletas e colaboradores nos acompanhem e nos respeitem.
Que os adversários nos temam.
30 Dezembro, 2014 at 17:00
Cherba estou contigo, c******!!!!
30 Dezembro, 2014 at 18:12
Cherba
Venho aqui todos os dias, nunca disse nada!
Vou dizer agora:
Podes, por favor, parar com os posts sobre o Bruno e o Marco?
Podes por favor eliminar todos os comentários que refiram esses nomes ou tema?
O Sporting Clube de PORTUGAL, agradece.
PS: Tenho 53 anos, recebi o emblema de prata.
Desisti na era Roquete, falha minha.