Diga-se de passagem que esta paragem de quase um mês no campeonato trouxe mais espectativa e vontade para os jogos que se alinham frente à nossa equipa. Tal como Bruno Moreira disse na antevisão do jogo frente ao Sp. Horta a pausa foi benéfica para recuperar algumas lesões de jogadores leoninos e dar outro tipo de competição aos selecionados para representar o país internacionalmente.

A equipa dos Açores foi o primeiro “empecilho” com o qual perdemos pontos para o Campeonato Andebol Fidelidade 1 pois foi lá que o mau sabor do empate nos deixou bater com a palma da mão na testa nos últimos instantes da partida, por termos deixado fugir a vitória, mesmo tratando-se de um jogo super renhido. Nesta última 4ª feira, dia 14, estiveram presentes o anjinho e o diabo nos ombros da malta, um a pedir justiça, outro vingança, mas não foi a entrar em campo com os dentes cerrados que a partida ficou resolvida. O jogo dos açorianos passa muito pelas mãos de Iuriy Kostetsky, um dinossauro do andebol em Portugal e, não esquecendo a restante equipa, foi preciso aniquilar essa dependência o que nos fez ir para o intervalo a ganhar 19-12. A segunda parte foi mais desacertada e o resultado final não ficou mais dilatado do que os sumários 35-29, algo que o treinador Frederico Santos se prontificou a analisar para corrigir os detalhes dessa fadiga em futuras partidas. Esta valeu-se pelo total dos 60 minutos e chegámos aos 42 pontos.

Agora é já Sábado, dia 17, que há mais uma partida importante, desta vez para a prova rainha. Frente ao Madeira SAD e a jogar em casa (pelo menos é assim que vamos chamando) os 16 avos-de-final da taça terão de ser encarados como se de uma final se tratasse. Temos o campeonato e a Taça de Portugal, se por um lado queremos a melhor classificação possível antes do “mata-mata” por outro queremos subir todos os degraus e conquistar novamente o troféu. Será o tudo por tudo, partida a partida.

A quem possa ter um daqueles projectos de sentar no sofá e abrir uma cerveja enquanto chove e troveja nos próximos tempos, há programa certamente. O Mundial do Qatar já começou e podem ver-se bastantes jogos emotivos e cheios de qualidade. A história do Qatar-Brasil, no jogo de abertura, foi feita de momentos chave e, às vezes, basta a lesão do jogador “cérebro” da equipa para que os restantes elementos, tudo atiradores (no caso do Qatar) comecem a apostar no um contra um. O Brasil conseguia responder através do central Pozzer e do “right wing” Chiuffa (o gajo das rastas), com um combo de 11 golos pelos 2. O melhor jogador, porém, seria da equipa anfitriã. Com bastantes jogadores naturalizados, o guarda-redes bósnio Danijel Saric, de 37 anos, fez 20 defesas cruciais o que levou a que este homem do Barcelona, que já foi campeão europeu de clubes e considerado melhor jogador a atuar em Espanha, levasse o prémio individual. Bem… isto é uma história apenas. Imaginem as restantes que aí estão para serem jogadas!

Saber que Portugal perde por três ou ganha por três a equipas como o Qatar ou a Bósnia deixa um amargo por não ver a equipa das Quinas a participar nestes torneios. Talvez daqui por uns anos, com uma posição mais cimentada no ranking mundial não nos calhem tantos tubarões nos sorteios e assim Janeiro possa ser um bom mês para gritar – Portugal – alto e bom som. Para já contentamo-nos com a TV.

Texto escrito por Verde, logo Existo! (As Redes do Damas)

*às sextas, a bola encolhe. E passa do pé para a mão e do relvado para o pavilhão, dando ao nosso Andebol o destaque que ele merece.