Não vale a pena tentar escrever um post sobre outro tema. Mercado, mercado, mercado. Quem entra, quem sai, quem é emprestado, quem é vendido… Vamos a ele, então.

Iuri e Fokobo no Arouca. Dois jogadores que precisavam, claramente, de sair para crescer. Esse parece-me ser, aliás, o caso de Esgaio, cada vez mais desmotivado naquele limbo entre a A e a B. Gostava de vê-lo evoluir ao longo dos próximos seis meses. Chaby terá essa oportunidade, no União da Madeira, uma aposta interessante para um jogador a quem não falta qualidade e que precisa de recuperar confiança em si mesmo. Diz que Dramé poderá ser reforço do Penafiel para a segunda metade da temporada. Nem vou pronunciar-me sobre o clube em questão, porque se formos por aí será complicado encontrar locais onde colocar os nossos jogadores, mas, sim, Dramé é daqueles que maturou o que tinha a maturar na B. E, já agora, até quando vai lá estar Cissé? Já chega, certo?

Entretanto, Zezinho e Rubio estão de volta. Sou suspeito para falar de ambos, pois sou apreciador das suas qualidades. Ao que parece o desaparecimento de Zezinho deveu-se ao ordenado que auferia (renovou ainda com Godinho, até 2018), porque em termos de futebol ninguém percebeu o porquê de deixar-se de apostar num jogador que respondeu bem quando se recorreu aos putos em desespero de causa. Espero que agarre a oportunidade com unhas e dentes. Rubio tem contra si o facto de não ser um ponta de lança, pese saber-se movimentar bem na frente de ataque. Entre ele e Ponde, por aqui passariam o ataque da B, até porque Sacko é tudo menos avançado e não se safa se não tiver a linha companhia.

Já ouvi defender que Wallyson também devia ser emprestado, mas não concordo. Fica, joga sempre na B e é alternativa à principal. Tal como Gauld. Aliás, diria que a situação de André Martins se complica cada vez mais, mas isso são outros quinhentos. Wallyson, Gauld, Podence e mais oito. Quem? Se ficar, Slavchev tem que jogar, pois já se percebeu que sem ritmo será impossível integrá-lo (mas não deve ficar, senão não se percebe o porquê de Zezinho estar de volta). Rabia ou Sarr, um deles terá que ser sempre titular na B, também para jogar. E, confesso, tenho pena que a carreira de Nuno Reis tenha chegado a este ponto. Depois, parece-me que todas estas movimentações visam diminuir o número de jogadores que formam as duas equipas (um exagero, é verdade) e abrem caminho ao que me parece lógico numa equipa B: ser o patamar seguinte aos juniores. No fundo, abre-se espaço a uma maior utilização de José Postiga, Ponde, Gelson, Francisco Geraldes ou Domingos Duarte. Meia época mais a próxima e, depois, caso não agarrem logo lugar na principal, empréstimo para crescimento final.

Maurício na Lazio. «Obrigado pela forma como defendeste a nossa camisola», é o que todos devíamos dizer, em vez de andarmos em parvos a escrever que levávamos ao aeroporto e afins. Ou a dizer idiotices como “então mas a cláusula era de 45 milhões!”. Podemos falar a sério? Fixe. Diz que vem aí o Ricardo Costa (podem mudar o apelido para Carvalho? Ou chamar o Bruno Alves?). Sou sincero, não gosto. Nunca gostei e sempre o achei um gajo com boa imprensa. Por outro lado, deu-se bem na Alemanha, capitaneou uma das principais equipas em Espanha e… e se vestir a verde e branca bato-lhe as palmas que conseguir! Mas será que vem mesmo? É que acabamos de receber por empréstimo, totalmente livre de encargos, um tal de Ewerton, um central que passou por Braga e que estava no Anzhi Makhachkala.
Ainda na defesa, parece-me que seria bom conseguirmos emprestar o Miguel Lopes. O Cédric vai renovar e o Geraldes vai mostrando merecer ser opção.

Estou a estranhar ainda não ter começado o 27º leilão com o nome do Capel. E estou desejando que a sorte tenha sido toda gasta no primeiro jogo e que a Argélia vá para casa dentro em breve. O Slim regressa. A propósito, o Hassan é parecido com o Slim e eu já escrevi várias vezes que eu gosto do Hassan. Mas acho que já todos percebemos que esta atitude do Rio Ave em puxar do megafone para confirmar o nosso interesse no avançado tem um nome, não percebemos?