Olá. O meu nome é Pedro e deixei Portugal há 37 anos. O meu pai encantou-se por uma loura de olhos verdes e, diga-se de passagem, teve um bom gosto do catano. Acontece que essa loura de olhos verdes, a minha mãe, que hoje está um bocadinho menos loura com a idade, era neozelandesa. Isso. Tinha raízes no outro lado do mundo, tão diferentes e tão distantes que quando, depois de uma noitada de namorados (poupem-me os pormenores), o meu pai lhe dizia «querida, é meio-dia» ela acordava sobressaltada porque tinha voltado a esquecer-se de ligar aos seus pais e «a esta hora eles já estão a dormir». Ora os meus avós pais do meu pai, morreram cedo. Acho que os vi ainda mal abria os olhos, naquele ano de 77 que dizem que foi uma maravilha e que nasceram Pedros e Ruis e Miguéis e Anas e Cláudias e Ritas com fartura. O meu pai pensou, pensou, deu um enorme abraço ao irmão e meteu-nos aos dois num avião. Aos três, melhor dizendo, porque eu vinha ao colo da minha mãe, deixando uma capital chamada Lisboa rumo a uma capital chamada Wellington.
Por esta altura deves já ter-te questionado sobre o porquê de estar a escrever-te. És capaz, até, de ter bufado com enfado, uma espécie de «mas o que é que eu tenho a ver com a tua história?!?». Ok, vamos lá: tu e eu temos algo em comum. Sim, somos portugueses, mas, mais do que isso, somos Sportinguistas! E se soubesses o orgulho que eu tenho em dizer-te isto… Não sei quantas vezes agradeci ao meu pai o facto de ele nunca ter deixado de alimentar a chama em relação a estas duas paixões: o país e o clube. Falo e escrevo português fluentemente e sou doente pelo Sporting! Sabes, tenho uma fotografia que anda sempre comigo. Tens uns tons meio violeta, porque naquela época fotografava-se em filme e o filme tinha esse tom algures entre o sépia e o sol do final do dia. Ora, contava-te eu, tenho uma foto que anda sempre comigo e que, atrás, tem escrito: «Em 1982 foste o único a perceber o meu abraço». Nessa foto, o meu pai e eu estamos com uma camisola do Sporting. Quer dizer, são camisolas de lã, verdes e brancas, com um lindo Leão Rampante estampado. O meu pai tem uma grande bandeira verde e branca na mão e, contou-me ele pelo menos umas 358 vezes, usava um bigode como o do Meszaros. Nesse ano o Sporting foi campeão e parece que jogava muito à bola. Depois… depois foram muitos anos sem ganhar.
És capaz de ter sentido mais do que eu esse vazio de conquistas. Ou talvez não. Tu tinhas colegas de escola com quem falar, tinhas outros com quem gozavas e por quem eras gozado. E estavas perto. Eu estava no outro lado do mundo, num país onde o desporto preferido se disputa com uma bola oval que se mete debaixo do braço (sim, obviamente que eu aprendi a jogar rugby e tenho um polo dos all blacks). A única pessoa com quem eu falava sobre o Sporting era com o meu pai. Ele contava-me tudo e não imaginas a festa que era quando chegavam as encomendas enviadas pelo meu tio. Jornais com notícias que para um puto da minha idade continuavam sempre frescas. Eu deixava o meu pai lê-las, ia aprendendo a ler e, no final, recortava tudo o que tinha a ver com o Sporting. Essas eram as minhas cadernetas, ou achas que eu tinha os paninis como tu? Recortes, recortes e mais recortes. Do futebol e de tudo o resto. Hóquei, atletismo, basquetebol, andebol. Sabia tanta coisa que, a partir de determinada altura, passei a jogar quizz leoninos com o meu pai. Ele olhava para mim, orgulhoso, de cada vez que eu acertava. E contava ao meu tio, por telefone, o quão Sportinguista era o puto, mesmo a milhares de quilómetros de Alvalade.
A propósito, eu nunca entrei em Alvalade. Nem no antigo, nem no novo. Sonhei jogar lá. Tantas e tantas vezes. Então no dia em que o meu pai mandou vir um equipamento de Portugal… nunca mais hei-de esquecer-me. Foi quando fiz dez anos. Caramba… tão longe e tão perto, eu um puto charila, aos gritos, a enfiar camisola, calções e meias, mais uns ténis e a levar todo o dia assim equipado no meio de pessoas que sorriam no seu desconhecimento. Outras perguntavam-me se era do Celtic, porque o que não faltam por aqui são gentes de descendência britânica, e eu berrava que era do Sporting de Portugal! E chutava a bola, para trás, para a frente, contra paredes e para o céu, orgulhoso daquela minha segunda pele que fiz birra para despir quando chegou a hora de tomar banho (obviamente que cheguei a dormir equipado, mas com o equipamento lavado). E já que te falo em festas de anos, eu nunca tive um daqueles bolos de aniversário com jogadores do Sporting feitos de borracha. Nem nunca tive amigos que dissessem que não queriam comer do meu bolo porque eu tinha enfiado um berlinde na baliza do benfica. O mais perto que eu estive disso foi, já adolescente, no ano em que pedi um bolo que fosse um campo de futebol e lá espetei o meu onze do Sporting feito de bonecos do Subutteo! Também não cresci a trocar picardias nos tampos da secretária da escola, com colegas de outros clubes. Só recados a miúdas giras (pelo menos para mim). Ao domingo usava o cachecol (tenho uma colecção de cachecóis do Sporting que há ultrapassou os 60, muito por culpa do meu tio e do meu primo, que estão em Portugal), mas não ia ao estádio. Ouvia na rádio, algumas vezes com o relato a chegar pelo telefone e o meu pai e o meu tio aos gritos. Depois começámos a conseguir ver alguns jogos, quando o meu pai comprou uma antena parabólica que apanhava canais do mundo todo. Depois veio a internet e os jogos em streaming. Facilitou tudo e aproximou-me, ainda mais, do nosso Sporting.
Dizia-te eu que tenho um primo e é com ele que mais vezes partilho esta paixão (claro que não o abracei naquela inesquecível tarde em que voltámos a ser campeões, mas eu e o meu pai andámos feitos loucos a festejar e a apitar pelas ruas de uma cidade que sorria à nossa passagem). Quer dizer, agora com os blogues e com o facebook o mais certo é ter-me cruzado e conversado contigo, mas tem sido o meu primo a fazer a ponte. No final de semana passado, quando o Sporting jogou com o Rio Ave, falávamos do porquê dos jogos serem todos à noite, do frio, da chuva, daquelas memórias que são minhas sem nunca tê-las vivido de bancadas cheias à luz do sol, pintadas de verde e branco por gentes de todas as idades. Foi quando ele me disse «meu, para a semana o jogo é às 16h! um domingo à tarde! e vai estar sol!». “Caraças, o estádio vai estar cheio!”, respondi-lhe eu. «Hmmm, não sei», responde-me ele, que lá vai de 15 em 15 dias e leva o filho, meu afilhado, a quem eu ofereci uma gamebox para poder rugir no meu lugar. «Não percebo este pessoal, mas arranja sempre uma desculpa para faltar. Devemos ter uns 40 mil, o que já é fixe».
Eu fiz uma pausa. Abri o site do Sporting, introduzi os meus dados de sócio e comecei a comprar. Um, dois, três, quatro, cinco bilhetes, que o meu primo e o meu sobrinho vão ter que mudar de lugar por uma semana. Depois, comprei as passagens de avião. «Estás a gozar?!?», perguntava-me ele, atónito. Não, não estava. Tanto não estava que te escrevo estas palavras no avião, a caminho de Portugal. Vão ser cerca de 23 horas de viagem e sinto-me como uma criança. Mais do que a minha filha de seis anos, que vem a meu lado (também eu me encantei por uma loura de olhos verdes, claro). E bem mais acordado do que o meu pai, que dorme na lugar ao lado. Não vejo a hora de entrar em território português e, aqui de cima, ver o nosso estádio. Só de pensar fico com um nó na garganta. E duvido que não me venham as lágrimas ao olhos quando, no domingo, com a minha camisola nova que me inscreve o nome num sonho chamado pavilhão, me sentar no meu lugar. Em Alvalade.
Sabes, quando eu era mais pequeno, principalmente quando estava zangado, perguntava muitas vezes ao meu pai porque raio é que ele tinha ido para a Nova Zelândia. Ele respondia-me, invariavelmente, «fiz o que o meu coração me disse para fazer. Tu, um dia, vais perceber e vais ver que tudo faz mais sentido assim». Faz, faz mesmo. Espero que outros cinquenta mil corações pensem como o meu. E que vocês os escutem.
* texto dedicado a todos os que amam o Sporting a centenas e milhares de quilómetros de distância.
23 Janeiro, 2015 at 11:10
Comecei a ler o texto e pimba, acabei a limpar os olhos e pumba.
Obrigado Cherba por estes textos soberbos que escreves, que aumentam logo a emocao de um gajo. Este é dos melhores que ja li.
Escreve um livro man.
23 Janeiro, 2015 at 11:12
Chorei…
SL
23 Janeiro, 2015 at 11:14
Epá.. não se faz… Nó na garganta e actividade lacrimal assim só me aconteceu quando entrei no nosso museu pela primeira vez e fui trucidado pela história do grande SPORTING. Parecia que tinha uma carpideira enfiada no corpo másculo de um quarentão.
Grande.. és grande!
Boa viagem e aproveita cada segundo!
23 Janeiro, 2015 at 11:14
Grande Pedro e grande pai do Pedro que soube transmitir ao filho o que é o Sporting e o que é ser sportinguista.
Espero que Domingo seja um dia para nunca mais esqueceres na vida…
Espero também que esta história não morra aqui neste post e que depois possamos saber mais sobre a visita do Pedro ao Estádio mais bonito do mundo…. Ouviste Cherba….Tov????
23 Janeiro, 2015 at 12:27
Leoa, preciso falar contigo… ida a Alvalade.
23 Janeiro, 2015 at 14:19
Qual o dia em que dizias para irmos???
23 Janeiro, 2015 at 14:48
sim…Hj vou falar com o defran através do mail dele, [email protected] , envia tb um mail com os teus contactos e falamos melhor…
23 Janeiro, 2015 at 11:18
DASSE……!!!
Eu não é que estou mesmo com o olhar embargado por uma película aquosa… de orgulho, dedicação e devoção….!!!
ATÉ À GLÓRIA…!!!
ISTO É O SPORTING CLUBE DE PORTUGAL…!!!
SL
23 Janeiro, 2015 at 11:19
Porra! Bonito serviço…. Já me fizeste chorar.
Bem-vindo a casa , Pedro!
Aparece nas roulotes. Dá-nos o gostinho de te dar um abraço.
( Para mim o melhor texto que já li neste cantinho. )
23 Janeiro, 2015 at 11:21
Duas palavras:
(o “-se” não conta, deixem -se de coisas)
Foda-se, brutal…
Nada mais que possa dizer fará jus a este testemunho !
23 Janeiro, 2015 at 11:22
Em primeiro lugar…
Bom dia para toda a “Familia da Tasca”…espalhada por todo o planeta Terra…
Depois dizer-vos que vocês são “todos uns mariquinhas”…
Chorarem…??
Mas isso é lá de homens…?
Esperem lá… deixem-me limpar aqui os óculos que estão embaciados…isto é da constipação concerteza…tenho os olhos húmidos…
Cof,cof,coof…(é para disfarçar…)
Mas chorar…??
Ah,ah,ah…!
Chorar…!!!
“Que mariquinhas…!!”
Pois é…
São “também estas coisas” que ajudam a fortalecer o nosso amor ao Sporting…
E acho eu às vezes dificil meter-me ao caminho sózinho, de noite…com frio…para ir ver o “nosso grande amor”…e dar um abraço aos amigos…!!
Que é isso…comparado com o “quase amor impossível” de quem está a tantos milhares de quilómetros…
Quem nunca saiu “daqui do cantinho…entende alguma coisa”… mas não abarca a profundidade da saudade…”mitigada pelas coisas de que gostamos”…
Fiz a guerra em Moçambique (1965/1967), como podem calcular …a saudade da namorada, da familia, dos amigos e a incerteza pela possibilidade real de os voltar a abraçar …”era muito” para um homem só…
Pois foi nessa altura, a partir do norte de Moçambique que me fiz sócio do Sporting (desisti mais tarde…por não concordar com algumas coisas feitas por uma Direcção…mas voltei há mais de 20 anos…)…
E sabem porquê…?
Sabem porque me fiz sócio nessa situação dificil da minha vida…?
Porque “isso” me ajudou a “matar” as saudades…!!
Um abraço para o Pedro e para tantos outros Pedro’s espalhados pela Europa, África, Ásia, Américas e Oceania…
Pois em todo o lugar onde o sol brilha pela manhã…um sportinguista “alegra” a sua vida…com a “visão” do Rampante…!!
Domingo…todos a Alvalade (o meu neto Tomás, se Deus quiser…nos seis 6 aninhos feitos recentemente…irá ver perla primeira vez…o que é ser do Sporting…!!)…
Um abração para todos/as e
SL
23 Janeiro, 2015 at 11:26
pertenceu a que divisão? esteve por onde?
23 Janeiro, 2015 at 12:05
Amigo…
Fui mobilizado em 1965 em rendição individual e fui colocada na 2ª Compª de Caçadores de Nampula, a Compª de Caçadores de Marrupa, que ao tempo estava sediada em Pundanhar no Cabo Delgado…
Passei por Mueda, Sagal (e famosa curva da morte…), Diaca, Mocímboa da Praia, Palma e Pundanhar, onde estive 8 meses…
Depois fui para Marrupa no Niassa, onde estive sediado11 meses e passei por Mecula, Lugenda, Chamba …Nova Freixo, Nampula (8 dias de férias em que levei 6 dias nas viagens e estive 2 dias…)…
E por fim 6 meses em Lourenço Marques (posso dizer que foram umas merecidas férias…), no Agrup. de Engenharia…
Abr e SL
23 Janeiro, 2015 at 12:26
Max … Agora chorei eu. O meu pai morreu em Marrupa … Em 68 …. Respect!
23 Janeiro, 2015 at 12:39
Ó Paulo…um sentido abraço amigo…!
Sei onde é o cemitério de Marrupa…acompanhei lá alguns amigos ao local onde o seu corpo ficou a repousar…aguardando a resurreição final (eu acredito, mas respeito os que possam pensar diferente…)
E o pai era militar do Batalhão sediado em Marrupa ou tambéme estava na CCaçMarrupa…
Ficaram em Moçambique alguns dos meus amigos “mais chegados”…
Os momentos dificeis que a vida nos trás muitas vezes, ajudam a cimentar a amizade…
Mais uma vez Paulo as minhas sentidas condolências…
Sou, graças a Deus…daqueles que voltaram vivos e às vezes interrogo-me o porquê daquela guerra (aliás considero todas …exercícios estupidos de individuos a quem foi dada inteligencia…)…mas nunca esqueço aqueles que por lá ficaram…
A minha homenagem a todos aqueles de quem dizia Camões…
“…e aqueles que por obras valerosas
se vão da lei da morte libertando,
cantando espalharei por toda a parte
se a tanto me ajudar o engenho e arte…”
SL
23 Janeiro, 2015 at 12:52
a minha família, do lado da minha mãe é toda ela moçambicana. da cidade da Beira. o meu padrinho foi militar e serviu nas coloniais.
23 Janeiro, 2015 at 21:43
Aqui cidade da Beira em 2015… Conheço alguns dos sítios de que falam atrás nos dias de hoje, o melhor conselho que posso dar a quem por aqui passou é o de guardarem as memórias. O cenário é o mesmo, mas a peça é outra…
Quanto ao texto do Pedro, sublime. Aqui há muito com quem falar de bola, o campeonato Português é seguido como se fosse o local, há Moçambicanos fanáticos pelas nossas cores, ostentam com orgulho a nossa camisola. Na Beira há o Sporting da Beira, que equipa de verde e branco (com calções pretos!), em Nampula há o Sporting de Nampula, não nenhum clube com o nome dos lampiões ou andrades! Em Maputo, assistir à ida dos adeptos do Maxaquene aos jogos é algo que nos deixa orgulhosos, camisola do Maxaquene com boné do Sporting, cachecol do Maxaquene com camisola do Sporting e outras combinações. Saudações das margens do Chiveve, junto ao Índico, a 8.000 kms de Alvalade, Sporting Sempre!
24 Janeiro, 2015 at 9:22
Olá Paíto…
O Xiveve “ainda obriga” a tapar o nariz…??
E diga-me uma coisa (sff)…ainda existe o Moulin Rouge…?
Abraço e SL
23 Janeiro, 2015 at 11:40
Max,
Sempre bem educado (cumprimenta sempre antes de começar a falar…ADORO) e sempre com comentários com um sentido de humor delicioso. É um cavalheiro, sem dúvida. Gosto sempre muito dos seus comentários.
Beijo para si e para o Tomás que vai ser sem dúvida nenhuma um dia que o marcará para sempre.
SL
23 Janeiro, 2015 at 12:06
Obrigado pela sua simpatia Leoa Ferrenha…
Beijinho para si também…e espero que o meu Tomás “se converta das más influencias” do pai…
SL
23 Janeiro, 2015 at 12:28
Sofremos do mesmo mal Max… deve ser do nome, pois o meu também é Tomás.
23 Janeiro, 2015 at 12:40
Um beijinho Claudia…e também para o Tomás…!!
SL
23 Janeiro, 2015 at 11:28
Isto dá que pensar. Muitas vezes arranjamos todas desculpas para não ir a Alvalade. Nem damos valor ao que temos.
Grande abraço, és uma grande Leão
23 Janeiro, 2015 at 11:29
Espetacular texto! 5 * mesmo!
Merece que a viagem e a acima de tudo a presença da família no estádio sejam registadas para ver um pequeno filme de toda a “aventura” e mais tarde partilhar! Para ilustrar toda esta brilhante história!
Cá aguardamos o resto da aventura!
🙂
23 Janeiro, 2015 at 11:32
Aos 12 também tive de deixar o nosso país para ir para a Alemanha porque a conjuntura em 1996 assim obrigou os meus pais que já estavam fora de Portugal desde 1994. Fui ao estádio antigo e as únicas memórias que tenho dele sao um jogo contra o Ajax que ganhámos e outro contra o Inter de Milao na estreia do nosso Cristiano. Ainda fui uma vez a Aveiro ver o nosso Sporting ganhar e vi a conquista da Taca de Portugal no último jogo do Balakov e do Figo pelo Sporting.
Depois disso fomos usando RTP Internacional, as boxs que reprogramei vezes sem conta quando os jogos passaram para a SportTV e desde 1999 que uso a internet regularmente. Já fiz com que dezenas de pessoas fossem a Portugal, uns até já foram ver o Sporting Lissabon (como eles ainda dizem). Nos Estados Unidos onde vivi um ano passaram a perceber o que é o soccer português e o quao grande é o nosso clube. Levo o Sporting sempre comigo para onde vou e até já apareci na Onda Verde.
Visito Portugal todos os anos uma ou duas vezes por ano e vou aos jogos TODOS em Alvalade e aqueles nao muito longe da minha cidade natal Marinha Grande.
Os portugueses onde os meus pais vivem sao todos ou lampioes ou tripeiros do pior que há e por isso ainda me dava mais gozo quando lhes dava uma sova em tudo que é futebol desde futebol de 11, 7, futsal ou matraquilhos.
Muitos de nós sportinguistas somos uma ilha isolada mas paradisíaca por este mundo fora.
Pedro…. forca! Imagino como será. É comigo sempre que lá vou.
PS: Cherba…. obrigado!
23 Janeiro, 2015 at 11:42
LeaoNaPorsche:
A frase: “Muitos de nós sportinguistas somos uma ilha isolada mas paradisíaca por este mundo fora” é do mais bonito que há. Parabéns e obrigada pela partilha da tua história.
25 Janeiro, 2015 at 12:11
E a história ainda só vai a meio… 😉
23 Janeiro, 2015 at 11:58
Grande LeãonaPorche, é isso mesmo, nós espalhamos Sportinguismo onde estivermos e por nós o Sporting sabe que “never walk alone”!
abraço e SL
23 Janeiro, 2015 at 12:14
Sporting vs Ajax…
Isto?
https://36.media.tumblr.com/0d2807e9bc6c15a5e386e54ae0278fe2/tumblr_nfpuadH9wU1so8dbdo1_1280.jpg
25 Janeiro, 2015 at 12:11
Nao sei se foi esse jogo. Acho que ganhamos 3-1!
23 Janeiro, 2015 at 11:34
Primeiro lugar, felicitar o pai, pela contribuição que teve na escolha no único Clube de Portugal, depois agradecer-te pelo texto, porque para além da riqueza da escrita e o facto de contar a tua história, conta um pouco da minha, e da de muitos outros, que filhos ou emigrantes de 1ª geração, sofrem, vivem, choram e festejam, com as vitórias e derrotas do Nosso Sporting Clube de Portugal. Saudações Leoninas
23 Janeiro, 2015 at 11:35
RESPECT
Também eu me emocionei com o que li. Certamente será um dia que te ficará marcado para sempre. Uma ida ao relvado era mais que merecida e certamente seria um momento emocionante para todos no estádio.
Também eu espero um relato do regresso.
Se puderes aparece nas roullotes para o habitual encontro de tasqueiros.
SL
23 Janeiro, 2015 at 11:36
Isto de um tipo entrar na Tasca e levar com os “pós” da cebola que o Cherba esteve a descascar tem de acabar…
Grande, enorme, monstruoso Pedro, isto É ser Sporting…
RESPECT
23 Janeiro, 2015 at 11:38
Ora depois de ler o texto 4 vezes e já com os olhos menos embaciados, não sei se este “Pedro” existe mesmo, ou se representa muitos “Pedros”.
Mantenho e reforço o que disse : O melhor texto que já aqui li!
23 Janeiro, 2015 at 11:44
Será Maria???????….agora fiquei triste 🙁
23 Janeiro, 2015 at 11:52
Epá se não for verdade não me digam. Não quero pensar que chorei a ler um texto do Paulo Coelho!
23 Janeiro, 2015 at 11:55
Ahahahahahahahahaha.
(isso escangalha o currículo de qq um! 😛 )
23 Janeiro, 2015 at 12:02
Escangalha?!!!
Eu diria que destruiria a minha masculinidade da mesma forma que a kryptonite destrói o Super-Homem!
O que ainda me vale é que posso sempre vestir o Manto Sagrado e sentir-me um Homem outra vez.
SL
23 Janeiro, 2015 at 11:57
Será fictício ? Não retira beleza e conteúdo ao texto mas… bahhh.. Gostava mesmo que fosse um adepto real a viver um sonho real. Era mais engrassade…
23 Janeiro, 2015 at 12:00
Não sei se será…. mas mesmo que seja, muitos sonhos destes já foram realizados. E muitos mais irão ser. 😉
O SPORTING É ENORME!
23 Janeiro, 2015 at 12:06
Verdade… Verdadinha! E o sonho comanda a vida!
SPOOOOORTING!
23 Janeiro, 2015 at 11:58
Então ó Maria…que dúvidas são essas…??
Se existe mesmo…?
Não se esqueça que todos nós “temos uma criança dentro de nós…” (sim…nem é preciso estar grávido…)…
Por isso os “sonhos existem”…
As “coisas boas existem…”
(Sim eu sei que o mal também existe, mas o mal é apenas a ausencia do bem …e isso quer dizer que está na nossa mão evitá-lo…)
E se necessário fosse…a gente “inventava” a verdade…para sermos todos felizes…!!
Por isso é mesmo que fosse mentira…este “era” um texto “extra-terrestre”…
Beijinho e SL
23 Janeiro, 2015 at 12:02
Dúvidas nenhumas Max. Se não for na Nova Zelândia é na Austrália, se não for na Austrália há-de ser em qq lugar do mundo! Temos “Pedros” em todo o lado. 😀
23 Janeiro, 2015 at 11:42
Isto é a nossa família… Bem vindo a casa Pedro, que desfrutes ao máximo.
SPOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOORTING.
Forte abraço e Saudações Leoninas.
23 Janeiro, 2015 at 11:45
lindíssimo, espero que este texto chegue ao Sporting e seja feita uma homenagem a este adepto
23 Janeiro, 2015 at 11:47
Grande grande texto. Uma prova de que não devemos arranjar tantas desculpas para estar longe do nosso grande amor. Está aqui tão perto!
23 Janeiro, 2015 at 11:49
Obrigado Cherba.
Obrigado Pedro
Quando li este post, vieram-me imediatamente as lágrimas aos olhos.
Quando li os comentários vi que ficaram todos como eu.
Ser Sportinguista em Portugal é facil, ir ao estádio sempre que queremos é muito bom e eu vou sempre, acompanhar o Sporting a jogos europeus é fenomenal.
Mas viver este Sportinguismo a 10.000 km é a demonstração que é especial ser do Sporting.
Vir para ver um jogo é demonstrar a muita gente o porquê de não ficar em casa e perguntando porque é que o estádio não está sempre cheio.
deveriamos de ser todos Sportinguistas assim.
23 Janeiro, 2015 at 11:52
Muito bom!
23 Janeiro, 2015 at 11:53
Belo aperto no estômago, para começar o dia. Muito bom.
E sim, isto TEM que ter lugar na Sporting TV e no Jornal Sporting.
23 Janeiro, 2015 at 11:54
Sem palavras para descrever a emoção ao ler este post.
Respeito. Muito respeito.
SL especiais só para ti.
23 Janeiro, 2015 at 11:54
Anda alguém a cortar cebolas atrás do meu computador…
23 Janeiro, 2015 at 11:59
Eu que estava para não ir ao jogo, foda-se que vou mesmo as 16h a Alvalade no Domingo!
23 Janeiro, 2015 at 18:59
Pensei exactamente o mesmo.
Domingo João consigo ir.
O ca@#$#@ é que não consigo.
Vai tudo comigo a Alvalade!
23 Janeiro, 2015 at 19:00
Domingo não consigo*
23 Janeiro, 2015 at 12:00
Porra…. Fazerem me chorar a estas horas…
Não sei se o texto é verdade ou não, mas nem quero saber…
Amo-te Sporting…
23 Janeiro, 2015 at 12:03
Apertou-me a alma, ler isto. A todos os que, como eu, sofrem ao longe, um grande abraço e Saudações Leoninas
23 Janeiro, 2015 at 12:05
Um amor além fronteiras. Muitos parabéns pelo magnifico texto, e que no domingo, saias do nosso estádio alegre e com sentimento de sonho cumprido.
23 Janeiro, 2015 at 12:05
E de repente dou comigo a limpar os olhos… foda-se Pedro, que assim não dá pá.. Saudoso e caloroso abraço
23 Janeiro, 2015 at 12:10
tambem fico sem palavras , isto é o Sporting , esta carta devia ser colocada em local frequentado pelos jogadores do clube , os novos , os quem estao na academia , todos , para de uma vez por todas perceberem a responsabilidade que é vestirem o manto sagrado . bem aja Pedro e todos os Sportinguistas espalhados por esse mundo fora , votos de boa viagem e que o Sporting esteja á altura! S.Leoninas
23 Janeiro, 2015 at 12:11
Engraçado depois de ler este texto é pensar nas desculpas que se vai ouvindo para dizer que não se vai ao estádio. “Ah e tal está a chover” , “Tá frio” , “dói-me a unha do pé”
Quando se quer e pode-se mesmo, vai-se.