Olá. O meu nome é Pedro e deixei Portugal há 37 anos. O meu pai encantou-se por uma loura de olhos verdes e, diga-se de passagem, teve um bom gosto do catano. Acontece que essa loura de olhos verdes, a minha mãe, que hoje está um bocadinho menos loura com a idade, era neozelandesa. Isso. Tinha raízes no outro lado do mundo, tão diferentes e tão distantes que quando, depois de uma noitada de namorados (poupem-me os pormenores), o meu pai lhe dizia «querida, é meio-dia» ela acordava sobressaltada porque tinha voltado a esquecer-se de ligar aos seus pais e «a esta hora eles já estão a dormir». Ora os meus avós pais do meu pai, morreram cedo. Acho que os vi ainda mal abria os olhos, naquele ano de 77 que dizem que foi uma maravilha e que nasceram Pedros e Ruis e Miguéis e Anas e Cláudias e Ritas com fartura. O meu pai pensou, pensou, deu um enorme abraço ao irmão e meteu-nos aos dois num avião. Aos três, melhor dizendo, porque eu vinha ao colo da minha mãe, deixando uma capital chamada Lisboa rumo a uma capital chamada Wellington.
Por esta altura deves já ter-te questionado sobre o porquê de estar a escrever-te. És capaz, até, de ter bufado com enfado, uma espécie de «mas o que é que eu tenho a ver com a tua história?!?». Ok, vamos lá: tu e eu temos algo em comum. Sim, somos portugueses, mas, mais do que isso, somos Sportinguistas! E se soubesses o orgulho que eu tenho em dizer-te isto… Não sei quantas vezes agradeci ao meu pai o facto de ele nunca ter deixado de alimentar a chama em relação a estas duas paixões: o país e o clube. Falo e escrevo português fluentemente e sou doente pelo Sporting! Sabes, tenho uma fotografia que anda sempre comigo. Tens uns tons meio violeta, porque naquela época fotografava-se em filme e o filme tinha esse tom algures entre o sépia e o sol do final do dia. Ora, contava-te eu, tenho uma foto que anda sempre comigo e que, atrás, tem escrito: «Em 1982 foste o único a perceber o meu abraço». Nessa foto, o meu pai e eu estamos com uma camisola do Sporting. Quer dizer, são camisolas de lã, verdes e brancas, com um lindo Leão Rampante estampado. O meu pai tem uma grande bandeira verde e branca na mão e, contou-me ele pelo menos umas 358 vezes, usava um bigode como o do Meszaros. Nesse ano o Sporting foi campeão e parece que jogava muito à bola. Depois… depois foram muitos anos sem ganhar.
És capaz de ter sentido mais do que eu esse vazio de conquistas. Ou talvez não. Tu tinhas colegas de escola com quem falar, tinhas outros com quem gozavas e por quem eras gozado. E estavas perto. Eu estava no outro lado do mundo, num país onde o desporto preferido se disputa com uma bola oval que se mete debaixo do braço (sim, obviamente que eu aprendi a jogar rugby e tenho um polo dos all blacks). A única pessoa com quem eu falava sobre o Sporting era com o meu pai. Ele contava-me tudo e não imaginas a festa que era quando chegavam as encomendas enviadas pelo meu tio. Jornais com notícias que para um puto da minha idade continuavam sempre frescas. Eu deixava o meu pai lê-las, ia aprendendo a ler e, no final, recortava tudo o que tinha a ver com o Sporting. Essas eram as minhas cadernetas, ou achas que eu tinha os paninis como tu? Recortes, recortes e mais recortes. Do futebol e de tudo o resto. Hóquei, atletismo, basquetebol, andebol. Sabia tanta coisa que, a partir de determinada altura, passei a jogar quizz leoninos com o meu pai. Ele olhava para mim, orgulhoso, de cada vez que eu acertava. E contava ao meu tio, por telefone, o quão Sportinguista era o puto, mesmo a milhares de quilómetros de Alvalade.
A propósito, eu nunca entrei em Alvalade. Nem no antigo, nem no novo. Sonhei jogar lá. Tantas e tantas vezes. Então no dia em que o meu pai mandou vir um equipamento de Portugal… nunca mais hei-de esquecer-me. Foi quando fiz dez anos. Caramba… tão longe e tão perto, eu um puto charila, aos gritos, a enfiar camisola, calções e meias, mais uns ténis e a levar todo o dia assim equipado no meio de pessoas que sorriam no seu desconhecimento. Outras perguntavam-me se era do Celtic, porque o que não faltam por aqui são gentes de descendência britânica, e eu berrava que era do Sporting de Portugal! E chutava a bola, para trás, para a frente, contra paredes e para o céu, orgulhoso daquela minha segunda pele que fiz birra para despir quando chegou a hora de tomar banho (obviamente que cheguei a dormir equipado, mas com o equipamento lavado). E já que te falo em festas de anos, eu nunca tive um daqueles bolos de aniversário com jogadores do Sporting feitos de borracha. Nem nunca tive amigos que dissessem que não queriam comer do meu bolo porque eu tinha enfiado um berlinde na baliza do benfica. O mais perto que eu estive disso foi, já adolescente, no ano em que pedi um bolo que fosse um campo de futebol e lá espetei o meu onze do Sporting feito de bonecos do Subutteo! Também não cresci a trocar picardias nos tampos da secretária da escola, com colegas de outros clubes. Só recados a miúdas giras (pelo menos para mim). Ao domingo usava o cachecol (tenho uma colecção de cachecóis do Sporting que há ultrapassou os 60, muito por culpa do meu tio e do meu primo, que estão em Portugal), mas não ia ao estádio. Ouvia na rádio, algumas vezes com o relato a chegar pelo telefone e o meu pai e o meu tio aos gritos. Depois começámos a conseguir ver alguns jogos, quando o meu pai comprou uma antena parabólica que apanhava canais do mundo todo. Depois veio a internet e os jogos em streaming. Facilitou tudo e aproximou-me, ainda mais, do nosso Sporting.
Dizia-te eu que tenho um primo e é com ele que mais vezes partilho esta paixão (claro que não o abracei naquela inesquecível tarde em que voltámos a ser campeões, mas eu e o meu pai andámos feitos loucos a festejar e a apitar pelas ruas de uma cidade que sorria à nossa passagem). Quer dizer, agora com os blogues e com o facebook o mais certo é ter-me cruzado e conversado contigo, mas tem sido o meu primo a fazer a ponte. No final de semana passado, quando o Sporting jogou com o Rio Ave, falávamos do porquê dos jogos serem todos à noite, do frio, da chuva, daquelas memórias que são minhas sem nunca tê-las vivido de bancadas cheias à luz do sol, pintadas de verde e branco por gentes de todas as idades. Foi quando ele me disse «meu, para a semana o jogo é às 16h! um domingo à tarde! e vai estar sol!». “Caraças, o estádio vai estar cheio!”, respondi-lhe eu. «Hmmm, não sei», responde-me ele, que lá vai de 15 em 15 dias e leva o filho, meu afilhado, a quem eu ofereci uma gamebox para poder rugir no meu lugar. «Não percebo este pessoal, mas arranja sempre uma desculpa para faltar. Devemos ter uns 40 mil, o que já é fixe».
Eu fiz uma pausa. Abri o site do Sporting, introduzi os meus dados de sócio e comecei a comprar. Um, dois, três, quatro, cinco bilhetes, que o meu primo e o meu sobrinho vão ter que mudar de lugar por uma semana. Depois, comprei as passagens de avião. «Estás a gozar?!?», perguntava-me ele, atónito. Não, não estava. Tanto não estava que te escrevo estas palavras no avião, a caminho de Portugal. Vão ser cerca de 23 horas de viagem e sinto-me como uma criança. Mais do que a minha filha de seis anos, que vem a meu lado (também eu me encantei por uma loura de olhos verdes, claro). E bem mais acordado do que o meu pai, que dorme na lugar ao lado. Não vejo a hora de entrar em território português e, aqui de cima, ver o nosso estádio. Só de pensar fico com um nó na garganta. E duvido que não me venham as lágrimas ao olhos quando, no domingo, com a minha camisola nova que me inscreve o nome num sonho chamado pavilhão, me sentar no meu lugar. Em Alvalade.
Sabes, quando eu era mais pequeno, principalmente quando estava zangado, perguntava muitas vezes ao meu pai porque raio é que ele tinha ido para a Nova Zelândia. Ele respondia-me, invariavelmente, «fiz o que o meu coração me disse para fazer. Tu, um dia, vais perceber e vais ver que tudo faz mais sentido assim». Faz, faz mesmo. Espero que outros cinquenta mil corações pensem como o meu. E que vocês os escutem.
* texto dedicado a todos os que amam o Sporting a centenas e milhares de quilómetros de distância.
23 Janeiro, 2015 at 12:15
Brutal!!! Do melhor que já li…
23 Janeiro, 2015 at 12:18
Volvidas 2hs continuo sem saber o que escrever. Lembrei-me no entanto agora de um episodio que me aconteceu aqui na tasca e que està relacionado com a mensagem do texto ou plo menos foi assim que o intrepretei….
Apos um jogo menos conseguido do Sporting passei pela Tasca para ler os comentarios, atè que passei por um que me enfureceu. Dizia qualquer coisa do genero “Se soubesse que ia ser assim tinha ido ao cinema”. Deixou-me te tal forma revoltado que devo ter escrito uns 10 comentarios a “mandar vir”. Dias mais tarde o proprio tasqueiro esclareceu que foi apenas um desabafo que nao devia ter sido levado à letra. Ainda hoje me arrependo um pouco de ter levado tao a peito.
Serve esta estoria para que? Nós que estamos longe temos dificuldade em aceitar que quem està perto nao faca um esforco para ir apoiar o Sporting. Ou porque està frio, ou porque é tarde ou porque isto ou aquilo… Acabo sempre a pensar no que eu nao daria para ter sequer a possibilidade de ir a Alvalade.
A ultima vez que fui à nossa Meca, ao chegar à bancada e ver a nossa casa, a Juve jà a cantar e os nossos a aquecer tive um verdadeiro acesso de emocao. Um momento que queria que fosse privado mas que foi topado logo por outro tasqueiro com que acabei por ver o jogo. Se nao me engano disse-me “bate forte, nao bate Barbosa?”. Acho que na latura nem respondi mas, se estiveres a ler Jorge… Bate forte. Bate mesmo muito forte!
Spooooooorting!
23 Janeiro, 2015 at 12:32
Claro que me lembro… deu para ver bem a tua emoção!
Olha, para recordares… agora que falamos nisso, não sei se te cheguei a enviar a foto (se não o fiz, peço desculpa!)
https://www.dropbox.com/s/5t87ub0x2yn8kcp/P1060456.JPG?dl=0
23 Janeiro, 2015 at 12:37
Obrigado Jorge. Mesmo depois de um resultado péssimo ninguem me tirava aquele sorriso!
Abraco!
23 Janeiro, 2015 at 13:12
Mas “esta”…é a “minha” zona…!!
E lá estão os amigos..:
Mário, Jorge, o “Gui” e o “nosso” Barbosa…!!
Um abraço para todos…má é claro…um beijinho para o “Gui”…!!
SL
23 Janeiro, 2015 at 13:33
Eu até lhe roubei o lugar Max. 😉
Foi com muita pena que nao o conheci nesse dia mas teremos outras oportunidades.
23 Janeiro, 2015 at 14:01
Vamos concertza meu amigo…!!
Abraço e felicidades para o amigo e para todos os leões “obrigados” a procurar outros “terrenos de caça…”
SL
23 Janeiro, 2015 at 14:00
Ó amigo jorge aquele “má” é um… “mas” …é claro…!!
Abr e SL
23 Janeiro, 2015 at 14:09
Bela foto!
Parabéns Jorge, o miúdo é lindíssimo.
Também tenho uma foto parecida com o meu miúdo.
Abraço e SL
23 Janeiro, 2015 at 16:53
Sao todos lindos, mas o Gui bate-vos aos pontos!
23 Janeiro, 2015 at 19:04
Grande foto leões!
Linda a nossa casa!
23 Janeiro, 2015 at 13:26
Tambem queres pôr o pessoal a chorar!!??
23 Janeiro, 2015 at 12:18
fantastico, náo há nada que nos separa da nossa paixão.
23 Janeiro, 2015 at 12:19
com textos destes até a minha mulher quer vir à Tasca! Impressionante!!!
23 Janeiro, 2015 at 12:30
Ó Cherba,
O refogado para o almoço hoje foi feito com cebola raivosa…o pessoal está todo a chorar 🙂
23 Janeiro, 2015 at 12:32
Sem dúvida, um post para entrar no meu Top 3, só podia ter sido um Pedro! 😉
Bem-vindo a casa, que Domingo seja um dia inesquecivel para ti e para a tua família!
Oxalá este texto chegue a quem de direito para teres um surpresa!!!
Nós recebemos sempre bem os nossos!!!!
23 Janeiro, 2015 at 12:35
uma das melhores postas de sempre… ao nível de uma outra que andou por aqui de alguém que telefonava da guiné só pra dizer: ganhámos!
23 Janeiro, 2015 at 12:36
Pessoal…
Infelizmente, ao contrario do que tinha previsto, não consigo ir no domingo a Lx ver a bola 🙁
Nada de grave, mas não consigo mesmo ir (raios partam a vida!).
Por isso, tenho o cartão da GB disponível para quem quiser ocupar o meu lugar no A22.
O Mário Schmeichel é que tem o cartão e quem quiser é só aparecer na porta e combinar-se a hora que o Mário leva o cartão.
Penso que além dele (e esposa, claro!) deve lá estar o Max.
23 Janeiro, 2015 at 13:08
Posso ser eu a fazer companhia ao Mário e ao Max?
23 Janeiro, 2015 at 13:16
OK! Combinado!
Tens é que gritar bem alto por mim…SPOOORTTINGGG!
hehehr
Abraço
23 Janeiro, 2015 at 13:39
Gritarei certamente!
Obrigado e um grande abraço!
SPOOOOORTING!
23 Janeiro, 2015 at 14:03
Que remédio tem…senão gritar…!
Ao pé do mim e do amigo “Mãos de Ferro” não fica ninguém “a dormir”…ou a “falar baixinho”…!!
Abr e SL
23 Janeiro, 2015 at 15:33
ehehe é mesmo amigo Max, aquilo ali é uma “apêndice” das claques, e agora temos lá mais um dos nossos…o Rui Jordão!
Qualquer dia a A22 passa a ser o sector oficial da Tasca!
SL
23 Janeiro, 2015 at 13:15
Ena amigo Jorge…e eu que já tinha dito ao meu Tomás…
“Vai lá estar uma amigo do avô o Guilherme……
E ele é da minha idade avô…?
Não…é um bocadinho mais novo…!”
Bem…fica para outra vez…o encontro…!!
Abraço e SL
23 Janeiro, 2015 at 13:26
Pois Max..tenho pena por isso e por tudo o resto.
Haverá outra oportunidade!
Até porque o Tomás depois de ir a Alvalade vai virar definitivamente LEÃO e vai lá querer voltar e vai encontrar o Guilherme.
Já agora, sabia isto?
Regras de Acesso ao Estádio
Proibida a entrada a menores de 3 anos
Após completar 3 anos, entrada gratuita até fazer 7 anos
23 Janeiro, 2015 at 14:04
Obrigado…o Tomás fez seis, dia cinco deste mês…!!
Abr e SL
23 Janeiro, 2015 at 14:08
Nem é preciso bilhete… é só entrar. Mas mais vale ter à mão algum documento que prove a idade dele, não vá ver preciso.
Se bem que a mim, nunca foi preciso.
23 Janeiro, 2015 at 14:36
Obrigado, estou a pensar em levar o cartão de Cidadão dele…!!
Abr e SL
23 Janeiro, 2015 at 15:34
É melhor levar! Já voltei para trás com o meu filho (tinha ele 2 anitos…). Nunca o tinha visto tão triste 🙂
23 Janeiro, 2015 at 17:12
Obrigado pelo aviso…
Abr e SL
23 Janeiro, 2015 at 12:47
Li o post enquanto almoço e a comida custa a passar da garganta. Acho que foi o melhor que já li aqui.
Agora facam um favor, esta familia tem de ir ao centro do relvado. Facam chegar esta historia a quem de direito.
E so me apetece dizer mais uma coisa
SPORTINGGG
23 Janeiro, 2015 at 12:49
Li este texto num restaurante, e estou aqui de lágrimas nos olhos.
Obrigado por partilhares o teu Sportinguismo!!!
SL
23 Janeiro, 2015 at 12:53
Quero acreditar que este texto não é ficção…e que, neste momento, o Pedro já passa de taxi em frente à nossa casa…respeito enorme por esta forma de viver o Sportinguismo…quem aqui vive, em Portugal, mesmo com as dificuldades do país tem sempre a certeza de ter o clube aqui e mesmo quem não mora em Lisboa está pertinho, é só querer ( respeitando, obviamente, quem não tem possibilidade )…
Este Domingo, se formos menos de 40.000 em Alvalade vai ser uma falta de respeito para com o Pedro e todos os Pedros espalhados pelo mundo que sofrem pelo Sporting, como nós sofremos…
Bem vindo a casa, irmão Leão, e como já alguem pediu, depois queremos saber toda a estória, no teu regresso…
Um grande abraço para ti e para o teu pai que tão bem te passou esse amor pelo Enorme…disfrutem no Domingo e, se possível, aparece nas roulotes para o convívio tasqueiro…
SL
23 Janeiro, 2015 at 12:53
Pedro estamos á tua espera. Revi-me em tanto e a distancia era só 150 km mas quase me sentia noutro país. Já chorei no trabalho pah, o que vale é que tou constipada e calha bem como desculpa.
23 Janeiro, 2015 at 12:59
Seja um Pedro real ou ficticio (ó Cherba, anda cá pá…), não tira em nada o valor a este post!
Sim, porque este texto podia ter sido escrito pelo Pedro da Nova Zelândia, pelo António do Japão ou pelo Luís do Canadá.
A lição a retirar seria a mesma!
E que lição de Sportinguismo 😀
23 Janeiro, 2015 at 13:04
Um homem chora … Ai chora. E quem não chora não é homem … É lampião ou outra coisa qualquer eheheheh.
Lindo post !! Atrevo-me a dizer que foi o mais bonito da Tasca até ao momento.
23 Janeiro, 2015 at 13:04
Só para dizer que é um texto brutal! Sem dúvida do melhor que já foi publicado por aqui.
Parabéns ao teu pai que soube transmitir-te este amor ao SPORTING!
Que vivas uma grande experiência!
23 Janeiro, 2015 at 13:10
respect!
é bom ver alguem escrever tudo aquilo que tb sinto.
sporting sempre, na Holanda ( onde vivo ) ou onde for!
23 Janeiro, 2015 at 13:16
Off:
Faleceu Miguel Galvão Teles, que foi Presidente da Assembleia Geral entre 1995 e 2006.
Por cada leão que cai, outro se levantará!
23 Janeiro, 2015 at 13:18
Paz à sua alma…!!
Os Leões “não morrem”…passam para a “Savana Eterna…”
SL
23 Janeiro, 2015 at 14:18
gosto da ideia da “Savana eterna”. 😀
23 Janeiro, 2015 at 13:17
off topic: parece que o hassan foi vendido para um clube estrangeiro. e ainda há quem queira comprar jogadores em portugal À escumalha que faz tudo para entrar no sistema. a maneira como este processo foi feito é um aviso ao SPORTING: querem um jogador só o levam super inflaccionado ou ele vai pa um clube qlq, com o alto patrocínio de um fundo quase de certeza
23 Janeiro, 2015 at 13:20
Já esperava isso…
Sempre pensei que o “porco” ou o “capão” se metessem pelo meio…
“Fizeram-no” certamente…pela mão de um os seus “cães de fila”…
SL
23 Janeiro, 2015 at 19:37
Por mim, desde que o RA teve o desplante de revelar publicamente que o SCP se mostrou interessado, era logo de negar publicamente qualquer interesse por parte do nosso Clube nesse atleta.
Isso para mim não passou de um estratagema para ‘inflacionar’ o preço do jogador, usando para isso o nome do Sporting CP…
23 Janeiro, 2015 at 13:31
Hhhmmm clube estrangeiro? Hhhmmm. Será o sulamericano bostafica ou o espanhol puerco?? Hhhmmm
23 Janeiro, 2015 at 16:26
Está visto que se torna quase impossível ao Sporting comprar jogadores no mercado nacional…
Os exemplos que temos é o de que para nós são sempre inflacionados…
Os presidentes desses clubezecos, na maior parte das vezes “devem favores” a essa “porcalha ” toda que está à frente dos clubes nossos rivais…
São tantos os exemplos que já nos tramaram…que nem vale a pena pensar em comprar jogadores portugueses…
Ou os formamos nós e mesmo assim…estamos sujeitos a que “nos passem” a perna quando na idade de juniores tiverem de fazer o 1º contrato profissional ou teremos de ir buscá-los ao estrangeiro, esperando que entretanto…os fundos “se finem”…
É o que temos…e é com isso que teremos de conviver…!!
Confio na nossa Direcção…!!
SL
23 Janeiro, 2015 at 13:22
… é um texto ‘complicado’, especialmente quando se lê no meio de um café (português) em Londres e começamos a fazer comparações com a nossa própria vida.
Brutal!
23 Janeiro, 2015 at 13:25
O mesmo daqui da Holanda.
Obrigado internet, obrigado Pedro, obrigado Tasca!!
23 Janeiro, 2015 at 14:23
….em Stockwell? Ou aquele mais no centro da cidade, creio que na zona de Hammersmith/Chelsea/Kensington?
23 Janeiro, 2015 at 20:32
Estava mesmo em Waterloo!
23 Janeiro, 2015 at 13:29
Post do caralho!!
Para alguém que a vida também levou para um país a milhares de quilómetros de Portugal, ler isto é brutal.
23 Janeiro, 2015 at 13:30
Um Kompensan é fote, não chora! Um kompensan não chora, um kompensan não chora…
o gajo por trás do kompensan teve de se levantar e ir à janela olhar para o sol, para não dar muita pala.
lembrei-me do final de tarde de 14 de Maio de 2000, e de passar mais ou menos uma hora agarrado a dois amigos e ao pai deles, a “chorar baba e ranho”…
Aquele abraço a todos os Pedros, Barbosas e um especial (não levem a mal) para o amigo Max!
Saudações Leoninas
23 Janeiro, 2015 at 13:34
Um abraço também amigo…e “força verde” para amenizar a saudade…!!
SL
23 Janeiro, 2015 at 13:42
fodasse … já lá vão 15 anitos…. GRRREEEEEEE
23 Janeiro, 2015 at 13:49
E vamos ter mais oportunidades de verter dessas lagrimas Kompensan.
SL e um abraco
23 Janeiro, 2015 at 13:31
Eu sabia que fazer bifinhos de cebolada para o almoço era má ideia…Tenho os olhos numa lástima.
Caro Pedro, é passares na roulote do Sagitário que tens lá uma fresquinha à tua espera e ainda levas um cachecol dos Ultra Jolas para a Nova Zelândia.
Nunca mais é domingo, xiça…
SPOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOORTING
23 Janeiro, 2015 at 13:32
So da vontade de fazer o mesmo!! Pegar no cartao de credito e marcar bilhete!!!
23 Janeiro, 2015 at 13:33
Malditas cebolas, que me marejam os olhos.
Grande post, enorme sportinguista.
Sê bem vindo a casa. Grita tão alto SPORTING pelos anos que tiveste fora.
SL
23 Janeiro, 2015 at 13:40
Lindo.
E um abraço de leão ao Pedro, ao pai, ao tio e principalmemte ao primo. Os olhos verdes são a nossa loucura.
23 Janeiro, 2015 at 13:40
Foda-se fiquei com cenas nos olhos… daammm!!!
SPOOOOOOOOOOOOOOOOOOORTING
SPOOOOOOOOOOOOOOOOOOORTING
SPOOOOOOOOOOOOOOOOOOORTING
SPOOOOOOOOOOOOOOOOOOORTING
SPOOOOOOOOOOOOOOOOOOORTING
23 Janeiro, 2015 at 13:45
Off mas tinha que partilhar..na serie “Os adeptos 5 estrelas!!”
https://www.youtube.com/watch?v=-cpjkxTOCe0
23 Janeiro, 2015 at 13:54
Só li agora
Só me emocionei um bocadinho (mentiroso)
Gostei tanto do texto como dos comentários
Mudei o meu nick……
P.S. Obrigado a todos
23 Janeiro, 2015 at 14:02
Outra vez a cena da moderação?
23 Janeiro, 2015 at 14:04
Quando mudas de nick isso acontece. É para não ser tão fácil andarem por aí multinicks a espalhar veneno.
SL
23 Janeiro, 2015 at 16:28
Então e antes o que era…?
Tenham Vergonha…?? 🙂
Abr e SL
23 Janeiro, 2015 at 16:55
Gosto deste nick. Muito!
23 Janeiro, 2015 at 17:48
Este é melhor que o anterior!
23 Janeiro, 2015 at 19:00
Este nick é de facto muito melhor que o outro. Teremos orgulho. Não duvides! (e os outros que tenham vergonha)
23 Janeiro, 2015 at 14:07
Desde há 2 anos vivo fora de Portugal. Sempre que venho faço tudo para ver o Sporting. Não imagino o fervor do Pedro!!
Obviamente chorei com o post
Obrigado
23 Janeiro, 2015 at 14:09
Caramba. Sem palavras.
Acabei de imprimir e colocar aqui no quadro da empresa.
Para todos perceberem o porque deste amor.
Bem haja.
23 Janeiro, 2015 at 14:11
Bem-haja a globalização e o desenvolvimento tecnológico que permite aos “expatriados” estarem um pouquinho mais perto de casa.
Excelente contributo para este espaço!
23 Janeiro, 2015 at 14:16
Mas que lindo texto .Pronto ja me vieron as lagrimas.So uma nota tamben nunca foi a Lisboa ver o NOSSO GRANDE AMOR o motivo imigrei a 48 anos SL
23 Janeiro, 2015 at 15:42
essa Savana deve ter uma coisa assim nunca vista … uma “manada” de Leões… Está a perder de vista….
Olha o meu Avô ali 🙂
23 Janeiro, 2015 at 15:44
este texto não era aqui…. foi lá em cima
Aqui é:
Está na hora de cá vires e trazeres outro leão, não achas??
23 Janeiro, 2015 at 16:30
…e o meu pai…olha…e a minha mãe…
que todos descansem em Paz e obrigado por me “terem feito” LEÃO…!!
Abr e SL
23 Janeiro, 2015 at 14:18
Pois e pois mas hmmmm ok pois bem , bom isto está mau para os meus lados hmmmmm ok já tenho um texto para ler a família logo , um grande abraço Pedro .
S.L
23 Janeiro, 2015 at 14:32
Por norma sou só um leitor da tasca no entanto este texto onde podemos verificar o Sportinguismo no seu estado mais puro é algo de maravilhoso, espero que a equipa consiga dedicar-te a vitoria e nós sportinguistas seguimos o teu exemplo e no domingo enchamos Alvalade.
23 Janeiro, 2015 at 14:38
Pedro todos temos um pouco de história com o nosso Sporting, de todas as maneiras que possam existir porque a nossa família é grande, no entanto não consigo deixar que a sua história me passe ao lado. Neste momento não consigo dizer muito e provavelmente se o encontrar no domingo também não conseguiria, mas gostava de o encontrar e lhe dar um forte abraço porque são pessoas assim que me fazem ficar mais contente e orgulhoso do que se tivesse ganho um troféu.
Gostava que o Sporting lhe fizesse uma surpresa, mas se não acontecesse que todo o estádio e com o apoio das nossas claques pudéssemos gritar o seu nome, não por ser mais do que os outros adeptos mas porque sempre se dedicou ao nosso Sporting e para ter a sua merecida prenda antes de voltar a partir para longe.
Obrigado Pedro!
23 Janeiro, 2015 at 14:43
Texto espectacular por tantos motivos…!
Tendo só tido uma breve passagem de meses pelo estrangeiro, na Holanda, com data certa para regressar, guardei uma pequena amostra do que será estar longe da «pátria», da dor que por vezes se sente, impotente. Fui ver o golo do Kelvin, a uma casa portuguesa com amigos do Benfica, pela companhia e amizade, e a promessa de poder beber uma cervejinha portuguesa e um comer bom petisco lusitano. Tudo a abarrotar, devia ser o único sportinguista presente, mas não, a senhora que lá trabalhava fazia questão de à passagem dizer a toda a gente “Eu sou do Sporting!” “Eu não quero saber, eu sou do Sporting”…!
Ganda melão para os lampiões, umas cervejinhas, e lá fui para casa na bicicleta, bem devagarinho…
Passado uns dias, vinha a lampionagem toda invadir a “minha cidade” disputar a final; felizmente tinha que ir apanhar o comboio para França, e ficar lá uns dias, por motivos profissionais. Ao chegar à Central Station, vejo a primeira leva de “encarnados” a chegarem e gritarem pelo “glorigozo”, ufa, vou bazar mesmo a tempo, pensei…
No meio de umas reuniões interessantes e proveitosas, com gente amiga e novos amigos, refastelado com a cozinha francesa (que não imaginam as dificuldades de um estômago luso sobreviver quando os colegas almoçam sandes de queijo em pão integral com um copo de leite…) engordei uns dois ou três quilos, e apreciei o “saber viver” gaulês, tanto que nem liguei à final do golo do Ivanovic, e só soube o resultado depois. Volvido à minha “nova casa temporária”, tudo estava limpo, nem sinal de lampionagem à minha volta…que sorte pensei eu…está tudo verde outra vez!
O texto evoca também as saudades dos tempos de criança, em que nos passeios de fim de semana pelas terras da Beira Alta, o carro parava para ouvirmos o relato do Sporting (sim, a família era toda do Sporting, excepto uma “ovelha negra” ;), ou o sofrimento que era ouvir os relatos no Algarve, os jogos que nunca passavam na televisão, o massacre que tinha que levar na turma e escola sendo um dos poucos sportinguistas, ou pelo menos um dos que mesmo no tempo das trevas levantava bem alto o estandarte, o trágico que era jogarmos um futebol espectacular e sermos sempre escandalosamente roubados, os recortes que também fazia e colava em dossiers (bom truque dos pais para conseguir alguns resultados em Educação Visual), portanto Alvalade, esse lugar mítico, era o lugar onde “morava gente como eu”. Lembro-me que não me calei enquanto não me compraram acções do Sporting (a ingenuidade de uma criança), o jogo que os meus pais me levaram a ver em Lisboa, o primeiro no estádio (Sporting-Monaco), de ter aterrado sozinho para estudar na capital e ter ido à maluca à Lixeira ver o Sporting (primeira vez que fui assaltado-roubaram-me o cachecol). Ainda hoje respondo, Já foste assaltado? Sim, no Estádio da Luz…
Nesse ano fomos campeões! Grande festa! Ainda outra, saborosa, mas pessoalmente sem a mesma magia.
E aos poucos ir ficando desencantado e magoado com o “roubo” do escudo que aprendi a amar, com um estádio onde me sento na minha gamebox numa cadeira azul, o equipamento cada vez mais adulterado, dirigentes que me fizeram chegar à conclusão “mas andas a sofrer para quê? são todos iguais”. O Sporting da minha infância, do Símbolo verdadeiro, do espoliado mas Honrado, do orgulho de lágrimas quando após as derrotas contra os rivais ouvia o meu pai dizer “tás a ver, as claques continuam a puxar pelo Sporting mesmo na derrota”, esse Sporting do Amor despareceu na frieza da “gestão”, da “tecnocracia”, do “consumidor”. Continuei a acompanhar e a sofrer, já pouco ia ao estádio, andava magoado, pisado no orgulho, com um sentimento de quem foi traído por um grande amor “the first cut is the deepest”…
Hoje posso afirmar que me sinto de novo uma criança, e não, não quero voltar a acordar deste sonho maravilhoso, que é abrir a carteira para ir pagar uma bica e ostentar o meu cartão de sócio, ir à tabacaria orgulhosamente comprar o jornal, sair de casa para o estádio de cachecol e ter carros a apitar “Viva o Sporting!”, a sentir orgulho nas nossas lutas, nas nossas posições, no nosso fight and resist, a dar aquele abraço a desconhecidos; sim eu que sou um “resultadista” na análise não sou daqueles que exige títulos,exigo só Amor pela camisola, Amor que nos transporta para aquela ingenuidade pura de que faz o mundo pular e avançar como bola colorida nas mãos de uma criança…
Ao ler este texto, lembrei-me de uma canção, que vou colocar a tocar, só falta mesmo a parte do Sporting, mas que resume o meu estado de espírito 😉
https://www.youtube.com/watch?v=-nm1f_5Se6A
SL
23 Janeiro, 2015 at 16:33
Olha o João Braga – às vezes tem umas “tiradas” um pouco “abananadas”…- …
Mas também é sportinguista…!!
E é interessante…:a mesma voz…só que” muito mais nova”…!!
Abr e SL
23 Janeiro, 2015 at 19:15
Muito bom!
24 Janeiro, 2015 at 2:20
7-1 tu és um….
https://www.youtube.com/watch?v=VJaNP_jzHRk
23 Janeiro, 2015 at 14:48
Ó diabo! Queres ver que fiquei comovido com isto? E é que fico mesmo.
Muito Bom, Obrigado.
Já agora, tem nick aqui na tasca este Leão?
23 Janeiro, 2015 at 15:02
Caraças pá…tocar no coração não vale!!
Fantástico, é tudo o que me vem a mente.
23 Janeiro, 2015 at 15:05
Sou Benfiquista ferrenho mas tenho de me curvar perante tal fervor clubístico e dar os parabéns a este Sportinguista! Muita sorte é o que lhe desejo!
23 Janeiro, 2015 at 15:15
É de louvar este teu comentário!
Eu, de igual forma, não teria qualquer problema em escrever um comentário idêntico num blog do benfica.
Os bons exemplos não têm cor clubística, digo eu…
23 Janeiro, 2015 at 16:34
Muito respeito…por aqueles que nos respeitam…!
SL
23 Janeiro, 2015 at 16:36
+1
24 Janeiro, 2015 at 2:25
+2
23 Janeiro, 2015 at 16:39
Sábias palavras, Max. Como sempre.
23 Janeiro, 2015 at 19:03
Exatamente
23 Janeiro, 2015 at 15:10
Sem dúvida, que GRANDE post. Grande AMOR á causa SPORTINGUISTA. Vou partilhar com o Núcleo de SPORTINGUISTAS de ALBUFEIRA…Têm de ser. Isto merece ser partilhado e lido por muita e boa gente.
Welcome home mate.
S.L.