Chego atrasado, eu sei. Mas o novo trabalho também traz novas rotinas, novos compromissos e novos hábitos. Durante estes 15 dias em que estive ausente da Tasca, o Sporting venceu na 17ª. Jornada o Águas Santas, na Maia, por um categóricos 23 X 33 e na quarta-feira, naquela que é uma espécie de casa, bateu o ABC, por 31-29, numa vitória que coloca a turma de Frederico Santos em segundo lugar a quatro pontos do F.C. da Fruta. Estas duas vitórias resultam principalmente de dois factores: Primeiro, o acerto defensivo que o Sporting tem revelado. Segundo a capacidade finalizadora dos pontas leoninos. Quando estes dois factores se unem, à intrínseca capacidade que esta equipa tem em jogar a toda a velocidade, tudo fica mais simples.
Quanto ao jogo frente ao Águas Santas, a enorme exibição de Ricardo Candeias, o bom desempenho defensivo e a exibição assombrosa de Pedro Solha (11 golos), foram os desbloqueadores que contribuíram para a clivagem no marcador. Uma vitória importantíssima, pois serviu para não perder o comboio dos primeiros lugares e, simultaneamente, para quebrar com a malapata de não conseguir vencer no reduto da equipa Maiense. Depois, recebemos o ABC, num jogo que, em caso de vitória, chegaríamos ao segundo lugar. E foi com este pensamento que os leões entraram na quadra. Fortes defensivamente, com um Fábio Magalhães em dia sim e um Pedro Portela mortífero no um contra zero, o Sporting, depressa fez questão de deixar claro que em casa mandamos nós.
Este Sporting do Andebol, como o do futebol, tem evoluído e melhorado substancialmente no processo defensivo, no qual Bosko tem tido um papel preponderante. O acerto defensivo dos leões tem conduzido ao aumento da produtividade atacante, com ambos os Pedros, na esquerda e na direita, a darem o corpo a estas minhas palavras. Dois jogos, os dois melhores marcadores. Ambos são como duas setas apontadas às balizas contrárias, elevando o ritmo de jogo para outro patamar, fazendo sempre parte da solução para resolver situação mais complicadas. Isto é o mesmo que dizer: Se está apertado mete nos Pedros!
Em suma, e fora de brincadeiras, estamos a quatro pontos do primeiro lugar. Contudo, existe a plena consciência por parte de toda a estrutura do andebol leonino, que tudo pode acontecer. Ainda faltam quatro jornadas para disputar os playoffs, uma ida ao Dragão, onde os jogadores acreditam que podem vencer e há também um Benfica X Porto na última jornada.
Uma pequena nota final: Fico triste. Triste quando falo com jogadores que me dizem que assim não mete “pica”. Não estavam mais de 50 pessoas a assistir ao Sporting x ABC… É uma assistência miserável para um jogo entre o segundo e o terceiro classificado do campeonato. Serve-lhes de consolo o símbolo que levam ao peito, porque apenas têm jogado por ele, não pelos adeptos. Fico triste, porque sei que eles também o sentem, porque têm dado a pele pelo Clube. Triste por eles pensarem que os adeptos do Sporting são apenas adeptos do futebol…
Texto escrito por Verde, logo Existo! (As Redes do Damas)
*às sextas, a bola encolhe. E passa do pé para a mão e do relvado para o pavilhão, dando ao nosso Andebol o destaque que ele merece.
31 Janeiro, 2015 at 9:44
Bom dia. Está explicada a cruzada do mercenário sem escrúpulos do Figo pela “regeneração” do futebol..Então o seu mentor Jorge Mentes acha que é com os fundos que as equipas como o Benfica e Porto (o cabrao volta a esquecer o Sporting) competem com os tubarões? De facto têm competido imenso… Que dupla de filhos da puta.. .
31 Janeiro, 2015 at 14:26
Quando esse Mendes e a Santa Aliança aparecem com essa treta do fim dos fundos significar desigualdades, mas o que é que os fundos provocam sem ser desigualdades? Quantos no Brasil já n estão na falência, p.exp?
Pq é que em Inglaterra e Alemanha (sem fundos) temos os clubes mais ricos e um Everton no top20 dos mais ricos?
Enfim, lamento dizer isto, mas o Figo é o candidato dos fundos…!
Do pouco que tenho visto, o melhor é mesmo capaz de ser o Jerome Champagne, o único que já apresentou propostas sem ser palavras vazias.
Deixo aqui o relatório Deloitte Money League para se comprovar que as desigualdades tem vindo a aumentar no actual regime dos fundos:
http://www2.deloitte.com/content/dam/Deloitte/uk/Documents/sports-business-group/deloitte-football-money-league-2015.PDF
Like the rest of the world and other human activities, football has been experiencing in the last twenty years a dangerous cocktail of deregulation, globalization in a context of systemic research of legal, tax, regulatory and judicial loopholes to escape from the football regulations
—Jérôme Champagne, Which FIFA for the 21st century?
In face of this crisis of a rudderless globalization without governance, states lose ground to the markets and the stock exchanges. But take this sentence and replace the words “states”, “markets” and stock exchanges” by “federations”, “leagues” and “clubs” respectively, the similarity is even more striking.
—Jérôme Champagne, Which FIFA for the 21st century
A análise de Jerome, onde aparecem preocupações como:
jogo ilegal
concentração riqueza e diminuição da incerteza no futebol
http://www.playthegame.org/fileadmin/documents/FIFA.Which_FIFA_for_21st_century.pdf
7 desafios do Futebol
The imbalance between amateur football and professional football
The balance between club football and national team football
The divide between the European football and football around the world
The precarious relationship between players and clubs
The relationship of football with money between the need of it and the dangers of its excesses
The autonomy of football from political power
The excesses of economic deregulation in the economy of football
11 propostas reforma da FIFA
Revive the democratic debate within football pyramid
Increase even more development programs with new solidarity mechanisms
Involve leagues, clubs and players in the decision-making process
Restore the role and the centrality of the FAs while clarifying the relations with the confederations
Adjust FIFA to the evolutions of today’s world to reflect them better
Reshuffle the power responsibilities between the FIFA President, the Executive Committee and the Associations
Strengthen FIFA’s governance structures
Reform FIFA’s administration
Modify the insulation of refereeing debates
Define and implement a more comprehensive notion of autonomy
Reconnect FIFA with the “people of football”
SL