“Se não consegues vencê-los junta-te a eles” ou assim dizem. No caso do Sporting, juntar-se à mesa da “máfia” chamada Carnide ou Corruptos, só nos iria tornar mais num Guimarães ou num Belenenses a lutar pelas migalhas de dezenas de anos de “inside jobs”. Não. Juntarmos o nosso emblema aos esquemas de partilha de imundice só iria afastar-nos do que somos e do que queremos ser. Se outros emblemas começaram onde estamos agora e decidiram abandonar a luta, engolindo os “prémios” por baixarem a cabeça…isso será lá com eles. Por mim seremos dignos e independentes mesmo que isso nos leve a mais não sei quantos anos sem títulos. É que “Mais vale só que mal acompanhado” não é uma frase de conveniência ou um arranjo de circunstância, é um modo de vida.
“Faz o que eu digo, não faças o que eu faço” parece o paradigma do futebol português onde todos se mascaram de ordeiros e sérios homens de negócios e agem e falam como gorilas e arruaceiros. Enquanto me sentir parte do que o clube é, devo lutar para que o clube seja aquilo que eu sou e defendo. Não posso ser honesto e cumpridor das leis do meu pais e achar que o clube pode ou deve sair fora desse registo. Não posso ser pacífico e respeitador da liberdade de terceiros e opinar que o clube deve agir à margem desse comportamento. O mais recente corte de relações com o Carnide não é um “acto de guerra” é o que eu faria a alguém que me desrespeitasse e não se mostrasse minimamente arrependido. “Uma andorinha não faz a Primavera” mas desde que BdC tomou posse as faltas de respeito e ofensas institucionais que já vinham do passado, agravaram-se drasticamente.
Provavelmente na tacanha e bully mentalidade de andrades e lampiões o Sporting deveria subjugar-se e limitar-se a assistir da bancada à alegre vigarice de cada campeonato. Deixar-se lentamente, e sem levantar ondas, cair na posição de eterno terceiro, eterno perdedor. O azar deles é que ainda existem muitos leões com vontade e capacidade para os mandar levar na peida sistémica.
“Pássaro que come pedras, sabe o cu que tem” e esta Direcção não tem vacilado na hora de defender os interesses e o respeito que nos é devido por qualquer entidade. Para uns pode parecer um comportamento agressivo e permanentemente conflituoso, mas esses são os que provavelmente viram vantagens para o Sporting na eleição de Luis Duque ou os mesmos que acreditam que a “santa aliança” foi construída para salvar a Liga. Muito destes individuos, que leio e ouço falar na tv ou na rádio, opinam sobre o que o Sporting faz mal diariamente sem que ninguém vá investigar se não têm alguns milhares de euros de razões a mais graças a essas opiniões. É que normalmente “Onde há fumo, há fogo” e não deixa de ser curioso que sejam tão evidentes os dois pesos e duas medidas na análise da actualidade dos 3 grandes. Quantas capas e artigos não geraram umas cadeiras incendiadas no estádio da luz? O que tem saído sobre o lançamento de pirotecnia em cima de espectadores do Sporting? Cadeiras mais importantes que pessoas ou impunidade mediática do Carnide? Cada um que tire as suas conclusões.
Ao contrário de alguns (espero que sejam muito poucos) sportinguistas, para mim é apenas normal que o Sporting não tenha relações oficiais com o porto e benfica. E manteria esse estado, até que estes clubes mudassem para algo mais higiénico e parecido com uma instituição de bom nome e de valores sólidos. “Quem não se sente, não é filho de boa gente” e tal como se apresentam hoje, só seria ofensivo levar com tarjas a gozar com um adepto nosso que mataram e ainda ser capaz de lhes dirigir uma palavra que fosse. “Água mole em pedra dura, tanto dá até que fura” e acredito que o Sporting possa proseguir o seu caminho despreocupado com o que os seus rivais defendem como valores desportivos, cada um sabe o caminho que lhe é mais natural…uns preferirão sempre a via fácil e corrupta e isso é algo que não podemos mudar. Um dia alguém nos irá dar razão.
Apenas um aviso à navegação, estejam atentos, pois “Nem tudo o que luz, é ouro” e nos próximos tempos, atrás de um qualquer possível sucesso leonino haverá sempre uns snipers de apito na boca à espreita de uma oportunidade para ferir o leão. É que não serei o primeiro, nem o último a recordar que os colinhos não acabam por artes mágicas, por mais que muitos façam vista grossa e não chamem as imagens para discussão. “Em terra de cegos, quem tem um olho é rei” e o Sporting tem de permanecer com os olhos bem abertos se quiser reinar de forma autónoma os seus destinos futuros.
*às quartas, o Leão de Plástico passa-se da marmita e vira do avesso a cozinha da Tasca
11 Fevereiro, 2015 at 15:32
Tudo o que vem no post faz sentido. Há no entanto um problema que não está solucionado nem me parece que se avizinhe solução nos próximos anos.
Temos um Estado que, esteja o Psd ou o PS no poder, é formatado nos conceitos liberais. Não se envolve em matéria que caiba aos particulares gerir e regular. Este conceito dá para tudo mas dá para o Estado “Pilatos” lavar as suas mãos de tudo aquilo que entenda poder vir a fragilizá-lo no próximo processo eleitoral.
Assim, “não julga”; não decide e não legisla para regulamentar o futebol. Sabe que se hostilizar o Porto e o Benfica perde centenas de milhares de votos e portanto, o Estado Liberal, envergando a esfrangalhada camisa da Democracia Parlamentar, jamais legislará de modo a assegurar ou, a impôr a restauração das Verdades Desportiva e Financeira no futebol.
A UEFA e a FIFA, não irão além da questão dos “Fundos” e da introdução de algumas novas tecnologias que as não impeçam de manipular a verdade desportiva.
A médio prazo começarão a obter-se alguns resultados, fruto das iniciativas do Sporting e médio prazo significa que, nos próximos anos, os árbitros continuarão a roubar-nos para entregar o produto dos roubos ao Benfica e ao Porto. É esse o acordo a que a associação de mal-feitores Vieira/Pinto da Costa chegou.
Como os árbitros sabem que, se lhes desobedecerem ou, no mínimo, não fizerem aquilo que entendem ser os desejos dos dois crápulas, temos uma alternativa (não duas como é hábito dizer-se):
-Ou assumimos que vamos sofrer até as coisas mudarem (pensemos que mudarão, num prazo de 10 anos)
-Ou, alternativamente, tomamos o destino nas nossas próprias mãos e fazemos de dois árbitros dois exemplos que, incutam mais medo aos restantes que o temor que Porto e Benfica lhes infundem.
Só deste modo pode o problema ficar resolvido nas próximas semanas.
Depois daquilo a que assistimos este fim-de-semana, só podemos esperar uma escalada com a passividade do Estado, como pano de fundo.
11 Fevereiro, 2015 at 18:42
compreendo o teu raciocinio e o teu sentimento, mas “dar exemplos” é exactamente aquilo contra o que nós estamos neste momento a protestar, nota não é que eles não mereçam (e se continuarem assim até, pode ser que lhes saia a sorte grande) mas não é a nossa forma de estar no desporto e na vida, advogar “exemplos” de cariz violenta não consta do meu caracter (se me atacarem a mim ou á minha familia e amigos a coisa descamba rápidamente, mas isso não é a mesma coisa)
Mas há muitas coisas que se podem fazer a começar pela exposição pública e privada da corrupção e roubalheira, desde um anuncio no café que frequentam até um email para o patrão genero “se o x rouba assim em campo, tem a certeza que não faz o mesmo na empresa?” etc etc
11 Fevereiro, 2015 at 16:53
Permitam-me discordar um pouco.
Orgulhosamente sós não leva a algum lado. Mas nem é por aí que vou.
Vamos ser honestos: não é o Sporting que vai resolver o problema da violência em redor do futebol, como não foi o Liverpool a resolver em Inglaterra.
Quem tem de actuar são a LIGA e o GOVERNO.
A segurança do cidadão é do domínio do Estado. Não é o Sporting que tem de proteger os seus, através de milícias ou de segurança privada. Se esta é a sociedade que advogamos, exijo que me deixem defender a la states: quero ir à bola armado, tenho o direito de auto-defesa.
O Estado tem de intervir. Mas sabemos porque não o faz. Nem é preciso dissertar sobre isso.
A Liga tem de uma vez por todas impôr regras duras sobre todos os prevaricadore. Todos!
Cânticos racistas, apelos à violência, intimidação física, mão pesada. Jogos à porta fechada, perda de pontos, o que for preciso. Não podem é continuar preocupado com Fundos, quando o adepto tem receio de ir ao estádio porque pode levar com uma cadeira na tola, ou se tiver sorte, estar no extremo errado de uma carga policial. Aliás, esse é outro ponto… falamos (e bem) de claques, e de adeptos mal comportados, mas a actuação das forças policiais é pouco escrutinada. A polícia faz o que quer, à discrição, e a Liga assobia, não pedindo responsabilidades.
O passado não pode servir de justificação, todos os clubes têm no seu historial actos condenáveis. Há que atacar o problema no presente. Haja coragem.
12 Fevereiro, 2015 at 11:30
Muito bem, aprecio muito este tipo de visão!
cito:
“Mais vale só que mal acompanhado” não é uma frase de conveniência ou um arranjo de circunstância, é um modo de vida.
e com isto dizer SPORTING é dizer EU.
um dia sorridente para todos (mesmo para aqueles que não têm muito para sorrir)