Off:

Anda um video a circular de um casal a transar bem no centro de terreno do Charlton.

Bom dia para ti também Cherba,

Está na hora! A Glória está próxima, só falta agarrá-la.
Chegou o momento de não ter mais dúvidas, O Sporting fez a necessária purga da indecisão e da incerteza. Pernas sem firmeza e tremedeiras tíbias, não terão, hoje, lugar entre nós.
Em vez disso, teremos desta vez Jonathan, o talismã das Grandes Vitórias.

Corajosamente, olhos nos olhos, os nossos Navegadores vão enfrentar o Adamastor Alemão, das profundezas do nosso espírito mareante, vamos extrair forças que repousam fora dos olhares. No oceano da nossa sagrada relva, das tripas faremos coração; da tenacidade, certeza; da convicção, realização. A equipa revelará ao Mundo a Grandeza de um Sporting Renascido, de um Leão Dourado, Rampante e Vencedor.
Portugal vai à liça com o melhor da sua juventude, o horizonte alarga-se e a alegria toma conta dos jogadores, em sinal de Esperança e Fé.

O 12º jogador levanta-se, ergue bandeiras, arreganha os dentes, grita incentivos e entoa cânticos. Nós e os nossos rapazes em uníssono e união somos temíveis e imbatíveis.

Rui Patrício, Cédric, Tobias, William, Adrien, Mané, João Mário e Nani e porque não, Paulo Oliveira, são a base que ergue a equipe em pirâmide aperfeiçoada com talentos, oriundos de outras terras, herança de outras gentes. Slimani, Montero, Carrillo, Capel e Jonathan vindos de searas vivificadas pelo sangue Português, saberão navegar, saberão lutar e saberão vencer, heróis essenciais de uma Fénix que Bruno de Carvalho resgatou das garras da morte e fez renascer. Hoje, vamos chegar à almejada Glória que há tanto tempo perseguimos e nos tem escapado.

Perguntas-me tu, agora, como me é possível escrever hoje uma coisa tão diferente daquilo que escrevi, dizia fruto do necessário realismo, há dias atrás?

A minha resposta é só uma, aproxima-se a hora da batalha é agora que se cerram os dentes e as fileiras. Somos os mais legítimos descendentes não só dos Navegadores que lavraram os mares mas, dos povos que encontraram nos seus múltiplos caminhos e ainda, os mais directos descendentes dos legionários romanos que por cá ficaram, constituiram família e por cá morreram.

Com esses homens de 1,50m de altura, Roma conquistou o Mundo e derrotou os exércitos da barbárie do Norte da Europa.
Definida a estratégia para o combate e escolhida a táctica, o General observa mais uma vez as linhas bárbaras que ensaiam cânticos e em uníssono lançam um aterrador grito de guerra , urrado por quem se sabe maior, mais forte e se julga antecipadamente vencedor.

Então surge o sinal, as trombetas da guerra passam sinais, bandeiras e estandartes movem-se, numa aparente confusão e a Legião reorganiza-se e reordena-se nas suas múltiplas formações. Jovens na frente, veteranos atrás. A trompa de guerra manda avançar e a legião. Como um só dirige-se calada e a passo ao inimigo já próximo. Avança como um só, num bloco geometricamente exacto, sólido, impossível de romper, enquadrada pela cavalaria e segura de uma reserva em sintonia de propósitos na ânsia do combate, a legião avança e depois, para.
Escudos recolhidos, lança sucessivos vóleis de dardos e saraivadas de chumbo são disparadas pelos fundibulários, incutindo a dúvida e espalhando o terror no centro das hostes bárbaras, onde se concentram os mais destemidos e agressivos guerreiros.
A Legião espalha o caos nas hostes bárbaras que a confrontam a lançar gritos de guerra, agora já esparsos, confundindo-se com os gritos de medo e dor dos caídos.

A legião ergue agora os escudos e forma uma muralha compacta. Os homens da frente, empurrados e suportados pelas fileiras que se lhes seguem. Os centuriões gritam ordens que já nem todos ouvem mas, os de trás enquadram e imitam os das linhas da frente.
Escudo com escudo a legião estuga o passo, 50 metros para o impacto, 30 metros, 25, a legião, já em passo de corrida, carrega. Vencida a inércia, a massa daquela mole é imensa, brutal. Dá-se o primeiro choque. Os escudos embatem na carne exposta, caras são esmagadas, largos peitos Germanos cedem sob a pressão determinada exercida por cada coorte, cada centúria, cada legionário. A lutar por fora anseiam reservas e cavalaria.
Os bárbaros Germanos já não proferem gritos de vitória antecipada, só de dor.
a batalha desenrola-se agora num infindável número de duelos individuais e, nas hostes bárbaras é cada um por si.
Um gigante de dois metros, brandindo um machado enorme, atira-se sobre os escudos Romanos para abrir uma brecha nas filas da legião. Uma vez quebrada a unidade da fila a centúria será esmagada, o legionário sobre o qual cai procura perfurar o Bárbaro ululante com o gládio, mas o gládio não foi concebido para dar estocadas, foi pensado para cortar e aquilo que deveria ser um golpe decisivo, resvala na couraça do bárbaro e perde-se na História. O machado esmaga, rasga e decepa. Cai sobre o legionário da segunda fila que tentava desesperadamente fechar a brecha e abre-lhe o capacete, de alto a baixo abrindo-lhe a cabeça, como se de uma nós se tratasse, até meio do pescoço cobrindo de sangue os homens mais próximos. O corpo, num último frenesim de combate, estremece uma última vez, dobra-se pela cintura e cai mas, já os homens ao lado do legionário abatido retalham o gigante, com os gládios de fio afiado na véspera, da terceira fila surge um dardo, usado com perícia como se de uma lança se tratasse, enterra-se-lhe no pescoço e corta-lhe a carótida. O sangue jorra e o gigante cai. Outros legionários substituem os caídos as linhas da frente estão de novo cerradas, tudo está como deve estar.
A legião avança, as botas ferradas de pregos marcham determinadas sobre mortos e feridos, no percurso rasgam toda a carne espalhada pelo solo e amassam-na, com a erva molhada, numa amálgama sanguinolenta, pela qual escorrem riachos de sangue.
Entre os escudos, os gládios ferem, incansavelmente e ao ritmo dos tambores, as partes do corpo que se exponham. Por baixo dos escudos atacam membros e cortam tendões os gritos dos feridos, pedidos de socorro e lamentações de moribundos tornam-se ensurdecedores. Cabeças baixas, ombro esquerdo contra a parede interior dos escudos, a legião carrega e força mais o avanço. Numa pressão sem abrandamentos, a batalha aproxima-se do fim e a vitória já não escapa a Roma.
No flanco direito, uma centúria de legionários canhotos, desfere golpes improváveis e destaca-se pela mortandade que grassa no seu caminho. Os Germanos, voltam-se, largam escudos e armas e correm, fugindo encosta acima. Ouvem-se os apitos que a mandam parar.

Surgem as coortes de reserva que substituem as mais cansadas, aquelas que estiveram no centro nuclear da peleja, onde a refrega tenha sido mais dura. A Legião recompõe-se avançando e a cavalaria, galopa pelos flancos numa manobra de envolvimento que completa o círculo.
Os Germanos, cercados, já largam as armas e enfrentam a derrota e a morte com honra. Não fica nenhum para contar.
A Vitória é completa, fria e eficaz e a 10ª Augusta, a legião de Mário e de César, agora a única legião do Império cujo símbolo é um leão, segue em Glória.
É isto que queremos. Uma vitória fria mas avassaladora, calculista e estruturada, tirando o melhor partido das nossas forças, da Estratégia delineada e da táctica adoptada.
A eficácia atacante é o objectivo que se persegue. Não pode haver oportunidades perdidas; o desferir dos golpes há-de ser preciso, certeiro e letal.

Avancemos unidos e nada nos parará.

É isto que explica a minha posição hoje, onde havia dúvida e incerteza cresce agora a confiança e floresce a esperança.
Confio na nossa centúria de Navegadores e na nossa centúria canhota, confio nos heróis improváveis, no General, no Centurião e nos Optios.
Confio, finalmente, nos Legionários do Leão e do terror que vão infundir com o seu rugido de Reis da Selva, esta noite em Alvalade.
Confio nas reservas que, são o nosso 12º jogador e na cavalaria dos adeptos no desempenho de um papel determinante na Vitória Total.
Não chega vencer a batalha, temos de destruir as hostes bárbaras para que não levantem a cabeça senão, no próximo ano, na nova época de batalhas.
Parafraseando um Grande e Autêntico Português, legítimo herdeiro das virtudes da Ínclita Geração direi que, para vencermos, é necessário estudar com dúvida e realizar com Fé.
Foi isso o que se fez e será isso que temos hoje a fazer: Realizar com Fé.
Viva o Sporting Clube de Portugal que conquiste esta noite a Glória que a História lhe deve.

Alvalade fará ouvir bem alto, na Europa o rugido do Leão. Gosto mais deles quando nos não conhecem bem!